Sem Forma - Capítulo 16
Kangwoo agarrou o cabelo de Heewoon com força e o levantou enquanto ele cambaleava, evitando que ele desabasse. Em seguida, examinou cuidadosamente a testa de Heewoon. Embora estivesse vermelha, não estava sangrando. Quando ele tentou exercer mais força, Heewoo agarrou a mão do homem.
— O que? Agora você sabe?
— Aaha… sim, sim. Oh, sim eu sei.
Quando a mão que segurava o cabelo de Heewoon finalmente se afastou, ele caiu impotente. Sua visão distorcida mal via o rosto do homem à sua frente. Kangwoo inclinou a cabeça como se estivesse dizendo para Heewoon falar.
— Eu… eu menti sobre o fato de ter deixado de dar aulas particulares.
O corpo de Heewoon estremeceu. Dobrando os joelhos, Kangwoo inclinou a cabeça e olhou fixamente para o rosto dele. Depois de um tempo, ele abriu a boca devagar.
— Mentiras realmente corroem relacionamentos.
— Uh…
— Os relacionamentos são construídos com base na confiança e quando uma mentira atrapalha, torna tudo difícil.
— Sim… sim.
Heewoon assentiu como se concordasse plenamente com as palavras de Kangwoo.
— Por isso, não gosto de mentiras.
— De-desculpe. Não vou mais mentir.
Heewoon juntou as mãos. Kangwoo, com uma expressão indiferente, continuou sua explicação.
— Você não aceita quando ofereço dinheiro e acha que é inteligente mentir por causa disso? É irritante ver você mentir por algo tão pequeno.
— Eu simplesmente não confio em promessas que envolvem dinheiro…. É isso. Não me senti confortável em deixar de dar aulas particulares de repente. Eu não disse porque achei que você ficaria chateado….
Nervoso, Heewoon começou a falar.
— Eu estava pensando em como lidar com as coisas depois que deixasse meu emprego de professor, mas eu fui realmente tolo, um idiota.
— Ah, não, não é isso. Não é isso. — Kangwoo riu suavemente enquanto balançava a cabeça.
— Você é tão fofo que eu quis ser cuidadoso com vc e acabei deixando as coisas escorregarem entre meus dedos. O errado fui eu. E tudo porque pareci menos assustador.
— Não é verdade. Você… você é realmente assustador. Sé-sério. Sério, você é assustador.
Surpreso com as palavras de Kangwoo, Heewoon negou. O olhar de Kangwoo caiu sobre a bochecha que estava tremendo.
— Eu… sou assustador?
— Sim, sim.
Heewoon acenou com a cabeça várias vezes, como se visse um lampejo de esperança. Kangwoo ergueu os cantos de sua boca.
— Então tenha um pouco mais de medo.
Com isso, Kangwoo se levantou. Heewoon se sentou e observou atordoado enquanto ele saía para a varanda.
Agora é minha chance de fugir…
O som de uma gaveta sendo aberta soou como se estivesse procurando por algo. De repente, um pensamento passou pela mente de Heewoon: poderia ser uma faca. Tenho que escapar. No momento em que esse pensamento surgiu, Heewoon conseguiu, com dificuldade, se levantar e foi em direção à entrada. Mas então uma voz foi ouvida.
— Sente-se no sofá.
Mas eu tenho que fugir.
Contrariando sua intenção, o corpo de Heewoon deu meia volta e ele foi até o sofá, sentando-se. As pernas sobre as quais ele apoiou as mãos tremiam descontroladamente. Seu coração batia tão rápido que ele achou que poderia morrer. Mesmo que quisesse fugir, seu corpo não se movia.
Quando Kangwoo saiu da varanda, ele segurava algo parecido com um alicate na mão. Sentindo o olhar de Heewoon, Kangwoo ergueu o objeto, abrindo a boca para falar.
— Sunbae, você sabe o que aconteceu com aquele bastardo?
— Uh….
Heewoon emitiu um gemido fraco, mais por conta do tremor do que por outra coisa.
A cena que ele havia enterrado em sua memória por um momento veio à tona. Um homem ajoelhado e vários homens ao redor dele.
— De um jeito estranho, o dinheiro começou a desaparecer. Quando seguimos o rastro até o final, o idiota apareceu.
O ambiente sombrio e a atmosfera tensa vieram à mente.
— Não importava quantas vezes eu perguntasse, ele não me dizia a verdade, então esmaguei seus dedos um por um.
A mão do homem que estava encharcada de sangue e tremia enquanto ele gemia, apareceu.
Kangwoo deu um passo à frente. Heewoon soltou um gemido enquanto encolhia os quadris para trás. A cena do sangue jorrando passou diante de seus olhos.
Kangwoo riu baixinho ao ver Heewoon se contorcer de terror.
— Eu não faria isso com você. Seria uma pena estragar suas lindas mãos.
— Uh-huh….
— Vou puni-lo por mentir. Vou arrancar só um dente.
Heewoon ficou atônito com as palavras dele.
— …O quê?
Kangwoo parecia tão casual que Heewoon pensou ter ouvido errado.
— Sim. Não se preocupe, vou escolher um da parte de trás, assim ninguém vai perceber.
Quando Heewoon se afastou de Kangwoo, foi agarrado pela garganta e jogado no sofá. Enquanto Kangwoo subia em cima dele e prendia seus braços com os joelhos, Heewoon olhava fixamente para o alicate em suas mãos.
Sua outra mão entrou na boca do rapaz e pressionou os dentes inferiores. Ele olhou fixamente para a boca aberta por um longo momento antes de murmurar: — Seus dentes são pequenos.
Depois de pressionar os dentes posteriores e molares com os dedos, Kangwoo enfiou o alicate em sua boca. O metal raspou em seus dentes com um som estridente. Uma sensação de frio atingiu a carne de sua bochecha.
— Não se mexa, ou terei dificuldade em arrancá-lo.
Heewoon ficou atordoado e só voltou a si quando o alicate prendeu seu dente. Parecia que pelo menos metade do dente já havia sido puxada.
— Ahh! Ahh!
Ele abriu os olhos e gritou. O líquido que escorreu para a parte de trás de sua garganta era, sem dúvida, sangue.
— Ah, fique quieto. Eu ainda não arranquei.
Kangwoo olhou para o rosto de Heewoon, contorcendo-se de agonia como se o dente já tivesse sido arrancado. Ele parecia incrédulo.
Ele apertou com força o queixo de Heewoon. A respiração áspera dele escapava de sua boca e nariz.
— Argh, ugh. Eu não quero… Eu não quero. Por favor, Kangwoo, não faça isso.
— Eu só vou tirar um. Pare de fazer drama e fique quieto.
De costas para a luz fluorescente, Seo Kangwoo parecia um demônio. Ele realmente estava pensando em arrancar o dente de Heewoon sem anestesia. Aterrorizado pelo medo, ele se debateu e gritou em agonia.
— Ahh! Ahh!
De algum lugar, Heewoon encontrou força suficiente para se debater. Kangwoo apertou ainda mais seu queixo, enquanto ele balançava a cabeça. Foi uma luta desesperada.
Por causa disso, os lábios de Heewoon, que bateram na ferramenta desalinhada, começaram a sangrar. Mesmo quando Kangwoo colocou o alicate sobre a cabeça de Heewoon, ele continuou gritando descontroladamente.
— Ei.
Uma mão grande pressionou firmemente os lábios e o nariz de Heewoon.
— Ugh…
Diante de Heewoon, que havia arregalado os olhos, o rosto de Kangwoo se aproximava cada vez mais. Os olhos congestionados tremiam incontrolavelmente. O peito em que Kangwoo estava sentado, pulsava intensamente.
— Fique quieto.
Uma voz fria penetrou nos ouvidos de Heewoon. Os esforços frenéticos dele cessaram, mesmo a respiração áspera que ele estava soltando parou abruptamente.
Quando seus olhos se encontraram, Kangwoo fixou o olhar em Heewoon. Havia algo queimando em suas pupilas, como manchas de sangue.
— Caso contrário, você sabe o que eu vou fazer.
Era uma energia abrasadora e uma loucura que fazia sua pele arrepiar. Algo como uma mancha, um traço, deixado por alguém que já matou antes.
A mão presa em sua boca se retirou lentamente.
— Vou pegar a fita.
Enquanto Kangwoo saía de cima dele, Heewoon ficou imóvel. Não conseguia mover um músculo. Se Kangwoo pegasse fita adesiva para amarrá-lo, ele sofreria uma terrível tortura, assim como aquele homem na fábrica abandonada.
Nesse instante, Heewoon caiu do sofá como um boneco. Fazendo um som de impacto quando seus joelhos atingiram o chão. Rastejando desesperadamente, ele abraçou as coxas de Kangwoo.
Olhando para Heewoon agarrado à sua perna, Kangwoo sorriu.
— K-Kangwoo. Por favor, olhe para mim apenas uma vez. Eu realmente vou te ouvir. Você não precisa arrancar meu dente… Eu vou, eu realmente vou te ouvir.
Apesar de seu olhar frio, Heewoon não afrouxou o braço em volta da perna de Kangwoo.
— Por favor. Eu estava errado, Kangwoo, eu posso morrer se você arrancar esse dente sem anestesia.
— Ninguém nunca morreu.
Era como se ele tivesse feito isso várias vezes antes. A espinha de Heewoon gelou.
— Eu… eu vou morrer. Eu vou realmente morrer. Eu, eu odeio dor… eu vou entrar em choque…
Olhando para Heewoon, que estava chorando enquanto agarrava desesperadamente suas pernas, Kangwoo franziu a testa.
— Huh… desculpe eu estava errado… por favor… não me machuque… Kangwoo…
Heewoon parecia que ia mastigar a língua de tanto falar. Kangwoo sentiu algo úmido tocar o topo do seu pé. Quando ele olhou para baixo, viu uma mancha redonda e úmida na virilha de Heewoon. Parecia que ele tinha feito xixi na roupa de tanto medo.
— E-eh… eu não posso comer sem meu dentes…
— Quem disse que vou tirar todos eles?
— Esse alicate nem está desinfetado…
A expressão de Kangwoo ficou estranha quando ele olhou para Heewoon, que estava tremendo e chorando. Ele esfregou sua testa e chamou a Heewoon pelo nome.
— Woo Heewoon.
Heewoon olhou para onde a voz vinha. Seu rosto estava encharcado de lágrimas e muco. Entre o breve intervalo, seu suor frio foi tão intenso que sua franja estava molhada.
— Me solte.
Ao ouvir esse breve comando, Heewoon apertou a calça de Kangwoo com mais força e depois a soltou lentamente. Kangwoo olhou para o rosto molhado de Heewoon. Sua expressão era como se estivesse se equilibrando em uma corda bamba pendurada à beira de um penhasco.
O olhar de Kangwoo se voltou para o alicate no sofá.
— Kangwoo, Kangwoo… por favor….
O olhar dele se moveu para baixo novamente. As pupilas úmidas cintilaram. O homem de vinte e poucos anos chorando mostrava uma aparência impressionante.
Kangwoo olhou para Heewoon e murmurou algo como se estivesse preocupado.
— Se eu deixar por isso mesmo, vai acontecer de novo…
— Não, não vou fazer de novo. De verdade, eu não vou mentir para você.
Os olhos de Heewoon se abriram amplamente e ele negou, tremendo, como se quisesse agarrar as calças de Kangwoo novamente. Seus dedos finos tremiam. Kangwoo olhou para ele por um momento e então perguntou, como se estivesse considerando.
— Tem certeza?
Heewoon ergueu a cabeça rapidamente e a balançou várias vezes ao encontrar o olhar de Kangwoo. Algumas lágrimas que estavam penduradas nos cantos de seus olhos caíram no chão.
Kangwoo suspirou e passou por Heewoon para se sentar no sofá. O som do vento sendo expelido saiu do sofá quando o homem se sentou nele.
Heewon o seguiu com os olhos.
Será que acabou?
A expressão de Kangwoo parecia ter relaxado um pouco. O alicate também não estava mais perto de sua mão. Heewoon não tinha certeza se isso significava que ele não iria mais tirar o dente.
Um pouco aliviado, Heewoon finalmente notou que sua virilha estava molhada. A vergonha veio tardiamente, ele hesitou por um momento antes de tentar cobrir com sua camisa, mas Kangwoo interveio.
— Tire a roupa e venha aqui.
Heewoon se moveu rapidamente. Ele tirou a jaqueta e a camisa em um movimento. Hesitou por um momento ao ver as calças molhadas e a cueca ensopada, mas logo as retirou. Como de costume, ele também tirou as meias e ficou na frente de Kangwoo.
Seu corpo continuava a tremer levemente, sem saber o que iria fazer. O ar moderadamente quente parecia muito frio.
Seu corpo continuava a tremer freneticamente, pois ele não sabia o que Kangwoo faria. O ar, que era normalmente confortável, parecia gelado demais.
— Ajoelhe.
Heewoon obedeceu sem hesitação e usou as costas da mão para enxugar as lágrimas. Olhando para as sobrancelhas franzidas de Kangwoo, ele ouviu atentamente suas palavras.
— O sunbae é estúpido, então acho que não vai se lembrar, a menos que eu deixe tudo bem claro….
Os olhos de Heewoon se arregalaram. Suas pupilas dilatadas e assustadas olharam para Kangwoo. Sua expressão mudou rapidamente, imaginando o que poderia acontecer.
— Você vai chupar meu pau até eu dizer que pode parar.
O alívio brilhou nos olhos de Heewoon. Kangwoo percebeu isso e sorriu.
Quando ele chutou levemente o joelho de Heewoon, este colocou a mão na frente da calça de Kangwoo. Com as mãos trêmulas, ele abaixou o zíper e puxou o pênis do homem para fora, que mesmo sem estar ereto, era volumoso.
Heewoon não hesitou nem por um momento: ele segurou o falo com as duas mãos como se estivesse segurando um poste e o engoliu sem pensar muito e, então, olhou para Kangwoo de relance.
Não havia expressão especial em seu rosto. Acho que isso está funcionando. Heewoon abriu a boca amplamente e movimentou a cabeça como fez antes.
Foi difícil engolir tudo, então ele empurrou o máximo que pôde, mas só conseguiu enfiar metade quando o pênis atingiu sua garganta, o fazendo quase vomitar. Heewoon rapidamente engoliu a saliva que se acumulou.
— Enfie até o fim.
— Ugh… huh….
Um comando lânguido veio de cima. Heewoon respirou fundo pelo nariz e enfiou o pênis pouco a pouco na boca. Quando ele jogou a cabeça para trás e tossiu várias vezes, Kangwoo o encarou.
— Eu mesmo devo fazer isso?
— Ah, não!
Foi uma voz indiferente, mas Heewoon ficou assustado e recusou. No entanto, ele não conseguia levar o pênis à boca porque ainda estava engasgado e a saliva continuava saindo.
Heewoon agarrou o membro de Kangwoo apressadamente. O pênis viscoso e molhado estava mais volumoso do que antes. Engolindo com força, ele balançou o membro para cima e para baixo algumas vezes. As veias pulsando roçavam na palma de sua mão.
— Ha…
Um riso baixo veio de cima, Heewoon olhou para cima, assustado. Kangwoo afastou a mão dele.
— Quando foi que eu te deixei brincar com isso?
— Não, não é isso…
Kangwoo, que estava apoiado no sofá, inclinou o corpo para frente. Seus ombros curvados e o rosto próximo eram assustadores.
Ele esfregou o lábio inferior de Heewoon, que estava molhado de saliva. Seu polegar, que estava se movendo para espalhar o sangue que pingava de um canto nos seus lábios, de repente entrou em sua boca. Com a língua pressionada firmemente, Heewoon olhou para Kangwoo com medo.
— Hmph…
O polegar, que havia tocado o lábio inferior dele ao se retirar, lentamente pressionou com firmeza a gota de sangue que se formou em seus lábios.
Quando um suspiro trêmulo escapou de seus lábios, Kang-woo enfiou os dedos indicador e médio de volta, pressionando-os com força contra a língua enquanto os dedos se aprofundavam cada vez mais. Heewoon endureceu o pescoço para não recuar.
— Mmmm… ooooh….
As lágrimas se acumularam nos olhos de Heewoon enquanto sua boca permanecia bem aberta. Kangwoo agarrou o cabelo dele com a outra mão.
— Assim, coloque em sua boca e balance a cabeça.
Dedos duros perfuravam sua garganta a cada puxão em sua cabeça.
— Ugh, huh… ugh…
Seo Kangwoo repetiu isso várias vezes. A saliva se acumulou e fez um som gorgolejante. As laterais de sua boca foram pressionadas dolorosamente contra os ossos da mão do homem.
Quando os dedos saíram, a saliva fluiu, escorrendo como um fio fino, e caiu sobre sua coxa.
Cof, cof.
Kangwoo disse casualmente a Heewoon, que abaixou a cabeça engasgado.
— Tente novamente se você já entendeu.
— Hmm… — Heewoon, que mal tinha conseguido recuperar o fôlego, colocou o pênis na boca.
Ele fez o melhor que pôde, mas Seo Kangwoo não pareceu estar gostando e, por fim, uma mão grande agarrou sua cabeça com firmeza.
— Uhh. Uh, ugh…
— Abra mais a boca.
Heewoon fechou os olhos e abriu a boca. Uma mão forte empurrou sua cabeça para baixo e a glande grossa bloqueou sua garganta.
Mesmo com sua visão embaçada, os comandos continuavam chegando.
— Abra mais a boca, controle seus dentes e olhe para mim.
Quando ele não conseguiu fazer direito, Kangwoo segurou seu nariz. Ele não conseguia respirar, por isso tentou passar algum ar pelos lábios ao redor do membro, toda vez que isso acontecia um som de estalo era ouvido.
Os pêlos pubianos ásperos tocaram seu nariz. Heewoon se esforçou para não empurrar as coxas de Kangwoo.
— Seus olhos.
Com um soluço, Heewoon abriu seus olhos cansados e olhou para Kangwoo. O homem, que havia soltado brevemente seu nariz, o bloqueou novamente. A mão de Heewoon deslizou sobre a coxa de Kangwoo.
— Está difícil?
Olhando para os olhos avermelhados, Kangwoo perguntou. Heewoon piscou em resposta. — Sim, deve ser um pouco difícil. — Kangwoo concordou com a cabeça e continuou: — Mas nos não estamos fazendo sexo.
— …Ugh, ugh, uh…
— Você está sendo punido por mentir.
Kangwoo puxou mais a cabeça de Heewoon com força ao dizer isso.
Ele sentiu que ia morrer. Os quadris de Heewoon tremeram quando seu rosto se chocou contra as coxas de Kangwoo e, enquanto seu corpo se contorcia, Kangwoo pressionou as coxas dele com o pé. A pressão foi forte o suficiente para interromper os tremores, mas Heewoon não sentiu dor. Estava sem fôlego.
— Não se mexa. Se concentre aqui. — Kangwoo disse, balançando o nariz de Heewoon.
Tremendo, Heewoon moveu a cabeça com dificuldade. Ele limpou a garganta, cerrou os lábios e se esforçou ao máximo para não desviar o olhar de Kangwoo.
— Ugh, uh… huh….
— É isso aí. Continue fazendo isso.
A mão que cobria seu nariz foi retirada. Ele tentou respirar pelo nariz, mas só saiu um muco claro, o que tornou tudo ainda mais difícil.
Suas bochechas estavam molhadas de lágrimas e um líquido desconhecido escorria toda vez que havia uma abertura em seus lábios. Observando o rosto bagunçado, Kangwoo sorriu languidamente e disse como se estivesse se divertindo.
— Isso também é um truque. Você não sabe chupar um pau direito, mas agora está fazendo isso bem enquanto olha para o meu rosto. Haaa…
Depois de soltar um longo suspiro, Kangwoo colocou a mão na cabeça de Heewoon, que se movia para frente e para trás. Depois de apertar e sacudir a cabeça de Heewoon algumas vezes, ele ejaculou em sua língua. Com apenas a ponta da glande em sua boca, Kangwoo disse:
— Engula.
O esperma escorregadio atingiu sua língua e ele pôde sentir o gosto rançoso. Heewoon engoliu com dificuldade, lutando contra a ânsia que ameaçava surgir.
Quando o pênis saiu, Heewoon tossiu e esfregou o rosto. A saliva continuava saindo e, ao engolir, o gosto amargo que ficou em sua boca tornou-se palatável.
Kangwoo levantou o queixo de Heewoon enquanto abaixava a cabeça. Heewoon engoliu em seco e olhou para cima com mansidão.
Depois de olhar para o rosto de Heewoon por um momento, ele estendeu a mão para pegar um lenço de papel. Entao, com o lenço, limpou o nariz e o rosto do rapaz.
No entanto, ele ainda não havia terminado. O homem que estava apoiado relaxadamente no encosto do sofá, disse de maneira casual enquanto abria mais o zíper e tirava o órgão sexual para fora.
— Coloque na boca de novo.
Heewoon se desesperou. Pensar que chupar um pênis seria mil vezes melhor do que ter seu dente arrancado foi um erro.
***
— Ugh… ugh, ugh, ahh….
Heewoon estava deitado no sofá, com a boca em torno do órgão de Kangwoo. O peitoral nu de Kangwoo, que não havia tirado a camisa, cobria completamente a luz fluorescente, e suas coxas grossas bloqueavam os lados de sua cabeça. Completamente bloqueado na frente, dos lados e atrás, ele sentiu como se estivesse preso.
Quando a glande penetrou profundamente sua garganta, sua visão ficou embaçada. Ele perdeu a conta de quantas vezes pensou que poderia morrer dessa maneira.
— Haah… — Kangwoo soltou um gemido.
Um líquido branco escorreu sobre seu rosto ruborizado e fechou os olhos com força enquanto líquido jorrava sobre suas pálpebras. Os cantos de sua boca já haviam sido rasgados há muito tempo e sua garganta irritada estava doendo. Sua mandíbula também estava rígida e ele mal conseguia respirar.
— Urgh… huh…
Heewoon piscou algumas vezes por causa do sêmen em seus olhos e lágrimas rolaram pelas suas têmporas, entrando em seus ouvidos.
Kangwoo esfregou o órgão em seu rosto e aproveitou o momento. Ele esfregou a parte que tinha fluido seminal em uma bochecha e puxou para a outra. Passou a mão nos pontos avermelhados de sua pele, onde os pelos pubianos grossos os haviam arranhado.
Cada vez que o som úmido era ouvido, Heewoon se encolhia e apertava os olhos.
— Você acha que fez um bom trabalho?
Heewoon ofegou e disse “sim.” Uma dor pungente continua a subir em sua respiração.
— Realmente. Usar força nos lábios, abrir bem a garganta e evitar que seus dentes me arranhem não é tão difícil assim.
Seo Kangwoo ainda parecia cogitar a hipótese de arrancar seus dentes por ele não conseguir fazer uma “felação”. Heewoon colocou as mãos em suas coxas grossas e disse:
— Sinto muito, eu posso fazer melhor, desta vez…
— Você já disse isso antes.
Kangwoo disse, fingindo estar entediado.
— Levante-se e fique contra a parede, acho que o seu buraco faz um trabalho muito melhor.
Heewoon, com o corpo trêmulo, lutou para se levantar e se encostou na parede. Quando jogou os tornozelos para os lados, ele automaticamente abriu as pernas e inclinou a cintura.
Kangwoo acariciou seu membro, que ficou duro novamente, e alinhou a glande com o buraco, empurrando gradualmente para dentro. Por ter usado gel e brincado um pouco com a abertura, entrou sem dificuldades, embora estivesse um pouco apertado. No entanto, o choque que Heewoon estava experimentando não diminuiu.
— Ahh! Espera um pouco, Kangwoo!
Gritando, Heewoon levantou os calcanhares e encolheu os ombros. As paredes internas se grudaram firmemente ao membro. Mesmo assim, Seo Kangwoo ignorou o fato e continuou empurrando.
Nesse ritmo parecia que todo seu interior seria arruinado.
— Relaxe.
Ele sentiu uma mão tocar em seus órgãos firmemente conectados. Suas unhas arranharam suavemente as rugas esticadas de seu traseiro. A qualquer momento, parecia que ele ia deslizar os dedos e alargar o interior.
— Hmph….
Ele precisava relaxar à força. Colocou tanta força no quadril que as nádegas apertaram mais o pau grosso. Seo Kangwoo soltou um gemido abafado com a forte estimulação.
— Relaxe logo!
Kangwoo rosnou enquanto dava um tapa nas nádegas de Heewoon. Heewoon fechou os olhos com força e respirou fundo. Kangwoo recuou lentamente, deixando apenas a ponta, e depois enfiou tudo novamente.
— Aaah, isso dói…. Kangwoo…
Heewoon choramingou e estremeceu. Kangwoo, que estava olhando para o pelo que se eriçava na parte de trás do pescoço dele, inclinou-se e falou baixinho em seu ouvido.
— Você está sendo punido agora.
— Ugh….
— Se sua mão que está na parede cair ou mudar de posição, vai voltar a chupar meu pau como no início.
O corpo esbelto se enrijeceu. Kangwoo olhou para a cabeça que balançava e depois deu um tapa na coxa de Heewoon.
— Você continua sem me responder.
Sua voz baixa e fria era arrepiante. Heewoon respondeu várias vezes assustado.
Agarrando sua pélvis com força, Kangwoo se moveu sem qualquer consideração. A cada investida dos seus órgãos genitais, seus testículos batiam fortemente contra sua bunda. Quando as nádegas de Heewoon se moveram um pouco para frente por conta das estocadas, uma mão grande bateu com força em sua coxa.
— Mmmm, mmmm, hmmm….
Heewoon soltou um gemido abafado e fechou os olhos. Ele segurou as pernas e os braços para não cair, mas quando colocou força no buraco, outra palmada ardente caiu em seu traseiro.
Naquele momento, as mãos que ultimamente tocavam suavemente seu peito agora apertavam seus quadris com firmeza. Não havia nenhum outro tipo de toque: ele estava apenas sendo usado.
Ele estava com medo do alicate que, devido a toda movimentação, caiu embaixo do sofá e estava com medo de Seo Kangwoo, mas esse sexo bruto também era assustador. Sua mente ficou em branco, seus sentidos estavam embotados e apenas seu medo era nítido.
Por isso, quando os movimentos de Kangwoo finalmente pararam, Heewoon só conseguiu tremer.
Kangwoo acariciou as nádegas avermelhadas dele e, em seguida, seu olhar foi direcionado para as pequenas mãos na parede. Seus dedos estavam dobrados devido à força e as pontas dos dedos estavam brancas, tremendo devido a tensão.
— Hmph….
Um pequeno gemido escapou.
Depois de observar Heewoon por um tempo, Kangwoo deu um tapa audível em sua bunda. O som ressoou na espaçosa sala com poucos móveis, fazendo Heewoon finalmente abrir os olhos.
— Já chega. Você pode abaixar as mãos.
— Sim.
Heewoon deixou escapar a resposta como se estivesse atordoado e, em seguida, moveu as mãos, que pareciam estar congeladas no lugar. Seu corpo desabou como se estivesse prestes a se desfazer ao se soltar da parede.
°
°
Continua….
Tradução Rize
Revisão MiMi