Sem Forma - Capítulo 09
Heewoon largou o telefone e pegou seus talheres. Esse era seu terceiro almoço com Seo Kangwoo. Mesmo nos dias em que não havia aulas, o homem ainda vinha à escola e almoçava com ele. E, agora, estavam jantando juntos na casa de Seo Kangwoo. Que bom que amanhã é sábado e não teremos que almoçar juntos… Heewoon sentiu pena de si mesmo por ter se consolado com isso.
— Isso é tão irritante…
A reclamação murmurada por Kangwoo assustou Heewoon, que pegou uma grande porção de arroz com sua colher. Ele rapidamente esvaziou sua tigela enquanto olhava para o homem. Vou ter um dia ruim, pensou Heewoon.
— Sunbae, sabe de uma coisa?
Seo Kangwoo falou quando a refeição estava quase terminando. O tom discreto deixou Heewoon ansioso, fazendo ele exitar antes de perguntar.
— … O quê?
— Faz uma semana que não fazemos sexo.
Olhando para o belo rosto que sorria maliciosamente, Heewoon conseguiu engolir o que estava em sua boca. Ele não tentava fazer sexo com ele há algum tempo, então pensou que naquele dia havia sido apenas pura curiosidade. Mas talvez fosse isso o que Kangwoo realmente esperava.
— Entendo.
Hee-woon tomou um gole de água e baixou os olhos. Uma rápida olhada em seu relógio de pulso mostrou que eram seis horas.
— O machucado no seu buraco já cicatrizou completamente?
— … Não tenho certeza.
— Posso dar uma olhada?
— Hã?
Kangwoo olhou para Heewoon com um sorriso leve.
— Não seja tímido. Eu não gosto disso.
— Uh-huh.
— Você terminou de comer? Vamos subir.
O rosto de Heewoon empalideceu quando ele olhou para Seo Kangwoo, que se levantou primeiro. As terríveis lembranças daquela noite voltaram à tona. Foi intenso, assustador e mórbido. Suas pernas tremeram quando ele subiu as escadas.
— Queria te mostrar meu quarto, mas não temos muito tempo. Afinal, o sunbae tem que dar aulas particulares.
Kangwoo disse docemente e puxou o braço de Heewoon. Os olhos de Heewoon se arregalaram quando os dois entraram no quarto e ele foi abraçado por Kangwoo.
— … Seo Kang-
— Kangwoo.
— Ah, certo, Kangwoo.
Quando o chamou por seu nome corrigido, Seo Kangwoo perguntou baixinho: — O quê?
— Não é melhor tomar banho? Nós suamos muito antes…
— Suor? Não, eu estou bem.
Puxando a cintura de Heewoon um pouco mais para perto, Kangwoo enterrou o rosto na nuca dele e inspirou. — Tem cheiro de suor? — ele murmurou suavemente. A ponta do nariz dele contra a parte inferior de sua orelha lhe causou calafrios.
— Acho que é melhor tomar banho.
Heewoon criou coragem para falar. Kangwoo, que estava curvado, endireitou as costas, olhou para o rosto tenso dele e sorriu.
— Tudo bem, você pode se lavar aqui em cima. Eu vou tomar banho no primeiro andar.
— Está bem.
Heewoon seguiu o gesto de Kangwoo e entrou no banheiro do quarto. Após fechar a porta, ele soltou um suspiro. A crise havia sido evitada, pelo menos por enquanto. Ele olhou novamente para o relógio de pulso, 6:03hrs. Seo Kangwoo provavelmente o deixaria ir embora às oito.
Tenho que demorar o máximo possível.
Ele tirou a roupa devagar, escovou os dentes duas vezes, lavou o cabelo duas vezes e lavou o corpo algumas vezes. Deve ter demorado bastante por passar o resto do tempo olhando para coisas escritas em inglês por toda parte. Ao sair do chuveiro, ele pegou o relógio de pulso que estava seco na pia. 6:35hrs. Algo parecia errado, pois jurava que já tinha se passado uma hora.
Heewoon pendurou a toalha no toalheiro e entrou novamente no chuveiro para se lavar. Pensou que seria melhor sair por volta das 7hrs, pois não sabia como Seo Kangwoo se comportaria se ele demorasse muito mais. Heewoon olhou para o relógio, que mostrava faltarem cinco minutos para as 19h, e mordeu o lábio. No espelho, ele viu seu reflexo, assustado. Os hematomas em sua bochecha agora estávamos esverdeados, mas os hematomas que surgiram nos braços e pernas ao rolar com a cadeira alguns dias atrás ainda estavam roxos e os anteriores agora estavam um pouco mais claros. Em vez de sumirem completamente, eles haviam se espalhado e manchado todo o seu corpo. Heewoon olhou para si mesmo no espelho, incrédulo, enquanto abria o box do chuveiro novamente.
— Quantas vezes você vai tomar banho?
A voz atrás dele era mais aterrorizante do que qualquer outra coisa.
Heewoon mal engoliu um grito e se virou. Parado na porta do banheiro, que havia sido claramente trancada, estava Seo Kangwoo, com o rosto inexpressivo. Vestido confortavelmente em um roupão de seda azul-marinho, ele não parecia tão ameaçador.
— Só estou tentando ficar limpo.
Assim que as palavras saíram de sua boca, Heewoon já esperava por isso. Ele fechou os olhos quando sua cabeça foi empurrada dolorosamente para trás, mas Seo Kangwoo apenas levou os lábios até a nuca dele. O homem respirou fundo, exatamente como havia feito antes, e levantou a cabeça.
Heewoon sentiu o toque suave do roupão em suas costas nuas e olhou perplexo para o reflexo dos dois no espelho. Quando seus olhos se encontraram, Kangwoo sorriu estranhamente, afrouxou o seu aperto e brincou com o cabelo dele.
Ele havia secado o cabelo com a toalha rapidamente, mas algumas gotas ainda estavam nas pontas de seu cabelo. Quando Kangwoo esfregou os cabelos, a água escorreu por seu pulso e seus olhos seguiram esse movimento. Quando as gotas passaram por seu pulso e entram sob o roupão, ele levantou a cabeça, abraçou Heewoon pela cintura e lentamente abriu a boca.
— Foi meio estranho ouvir você se lavar.
— …….
Heewoon olhou para o braço em volta da sua cintura. Tendões brotaram dos braços sobre o manto. Mesmo que o abraço não estivesse extremamente apertado, ele sentia como se não pudesse se mexer., talvez porque o corpo contra suas costas era duro como uma parede de tijolos.
Um corpo machucado envolto naqueles braços grandes e firmes não teria chance. Heewoon pensou que eu parecia um rato em uma armadilha.
— Sinto como se fosse minha primeira vez fazendo sexo.
Seo Kangwoo, que falava em um sussurro, deu uma risadinha e colocou a testa em seu ombro branco. Uma pequena risada penetrou nos ouvidos de Heewoon, que não conseguia entender o que era tão engraçado, então apenas mordeu os lábios. Kangwoo, que estava esfregando a bochecha em seu ombro, disse baixinho.
— Você costuma ficar roxo com facilidade?
— … Huh?
— Vamos. — Kangwoo saiu do banheiro abraçando a cintura de Heewoon por trás.
Sentindo a respiração lenta em sua orelha e cabeça, Heewoon ficou ainda mais tenso e a cada vez que o pênis rígido de Kangwoo tocava sua bunda nua, ele caminhava um pouco mais rápido.
— Ah… É tão erótico. Você está fazendo isso de propósito para me seduzir?
De pé, em frente à cama, Kangwoo puxou com força a cintura de Heewoon. Sua bunda foi pressionada firmemente contra a parte da frente do outro. Heewoon estava nu, sem nenhum pedaço de tecido, enquanto Kangwoo estava usando apenas um roupão fino. Era o suficiente para sentir o calor e a dureza de seu orgão.
Enquanto o pênis ereto roçava nas suas nádegas, os cabelos do faziam colegas nas suas bochechas e nuca. Exalando uma respiração lânguida, Kangwoo abaixou a cabeça para lamber a bochecha de Heewoon. A língua quente e firme passou pela bochecha do rapaz, deslizando paraa orelha e ao longo da nuca. Heewoon esticou o pescoço e olhou para o relógio na parede. Já passava das sete. Talvez ele pudesse fugir sem sexo.
— Aaah!!
De repente, Seo Kangwoo mordeu com força o pescoço dele. Segurando firmemente o corpo de Heewoon, que gritava, ele aprofundou um pouco mais a mordida.
— Por que você continua olhando para o relógio com uma expressão triste?
— Uh…
A sensação das presas afiadas pressionando a pele era assustadora. Sentiu que sangraria.
— Parece que você quer terminar logo, então por que não fazer isso? Deite-se. — disse Seo Kangwoo sem rodeios enquanto empurrava Hee-woon para a cama.
Heewoon tremeu e deitou com as mãos sobre a cama. Os lençóis eram de um branco imaculado, mas as manchas marrons de antes continuavam vindo à sua mente.
— Você deveria se abaixar um pouco mais. — Kangwoo disse, agarrando a parte de trás do pescoço de Heewoon e pressionando-o para baixo. Os hematomas em seus quadris e coxas pareciam ter desaparecido consideravelmente. Kangwoo segurou as nádegas rechonchudas dele com uma das mãos e as apertou com força, mas Heewoon não gemeu e apenas inclinou as costas como reflexo.
Kangwoo olhou para Heewoon, que estava tremendo de barriga para baixo.
— Abra sua bunda.
Os ombros de Heewoon tremeram e, quando ele hesitou, Kangwoo deu um grande tapa em sua bunda — Ugh! — ao ouvir o gemido sufocado, os cantos da boca de Kangwoo subira, um pouco.
— Estamos ficando sem tempo, vamos lá.
Uma mão grande deu um tapa forte em sua coxa. Heewoon fechou os olhos firmemente, colocou as mãos para trás e afastou as nádegas. Então, ao som do comando, ele apertou as mãos na bunda com força. Com o rosto afundado no lençol, Heewoon respirava pesadamente.
De pé, ao lado da cama, Kangwoo se abaixou e olhou entre as nádegas de Heewoon.
— Está tudo bem. Posso enfiar em você imediatamente.
Ele disse de forma lasciva, fazendo cócegas nos dedos de Heewoon sobre as nádegas. Parecia que um inseto estava rastejando por cima dos seus dedos. Seo Kangwoo, que até então estava se movendo suavemente, pressionou firmemente contra a carne macia projetada através do espaço entre os dedos.
Ele esfregou o polegar sobre o orifício bem fechado e o buraco se contraiu em resposta.
— Hmph…
Os olhos de Kangwoo brilharam com o som do gemido de medo que escapou. Ele olhou em volta, pegou a loção e espremeu entre as nádegas redondas.
— Ah!
Assustada com a sensação fria, a mão de Heewoon escorregou.
— Abra direito.
Pam.
Quando Kangwoo deu um tapa selvagem na sua coxa, as mãos de Heewoon tremeram e agarraram a carne branca novamente. A loção branca escorreu pela bunda machucada em direção ao orifício apertado. Passando a língua em sua boca seca, Kangwoo então enfiou o dedo médio no buraco que parecia estar pingando esperma.
Heewoon respirou fundo quando a ponta grossa do dedo entrou. Ele se esforçou ao máximo para relaxar, algo que havia aprendido naquela noite assustadora. Após mexer nas paredes internas algumas vezes, o dedo saiu e mais uma vez um líquido frio caiu, fazendo Heewoon tremer. Uma voz um pouco mais suave foi ouvida.
— Aguente isso um pouco. Assim não vai reclamar de dor novamente.
— … Ugh…
Se ele ia ter que aceitar o pênis de qualquer maneira, preferia não sentir dor. Heewoon concordou com a cabeça e os lábios de Kangwoo se moveram um pouco. Ele desceu os lábios até as costas brancas e respirou perto da cintura de Heewoon.
Quando as mãos de Kangwoo abraçaram a cintura tensa, o homem deslizou para baixo e agarrou um pedaço de carne firme. Era o pênis de Woo Heewoon. Kangwoo olhou para ele, depois afastou a mão e levantou a cabeça.
As nádegas, com loção branca escorrendo pelo buraco, estavam visíveis. Kangwoo de repente ficou curioso com a expressão no rosto de Heewoon naquele momento.
— Vire a cabeça. Você pode soltar sua bunda agora.
Heewoon apoiou a mão na cama e virou a cabeça. Seu pequeno rosto estava completamente franzido e vermelho. Parecia uma cereja ou um tomate: pequeno, vermelho e redondo.
Kangwoo lambeu os lábios, por hábito, e colocou uma mão ao lado da mão de Heewoon. Os peitos de Kangwoo e as costas de Heewoon se tocaram e seus lábios foram pressionados juntos.
— Hmmm…
Heewoon gemeu quando seu lábio inferior foi mordido com força e a língua, que não havia perdido o ritmo, girou dentro de sua boca. Ele lambeu o céu da boca do outro e pressionou a língua. Kangwoo suspirou, satisfeito, enquanto bebia a saliva que se acumulava sob sua língua.
— Coloque a língua para fora.
Sua voz era baixa e rouca, cheia de luxúria.
Heewoon respirou com força e colocou a língua para fora de seus lábios. — Mais.— Kangwoo insistiu em voz baixa.
— Huh.
Kangwoo beijou a bochecha dele e passou a língua entre seus lábios, esfregando as pontas das línguas uma contra a outra e chupando com força.
— Mmmm…!
Heewoon estremeceu com a dor de sua língua sendo puxada e se mexeu, fazendo com que os dedos de Kangwoo saíssem de seu buraco.
— Uhhh…
Exalando um longo suspiro, Kangwoo endireitou as costas. Heewoon observou com medo enquanto ele desfazia as tiras soltando seu roupão. Seus ombros largos e corpo densamente musculoso se tornaram visíveis através do roupão. Inconscientemente, Heewoon se moveu para o centro da cama.
— Venha aqui e fique de barriga para baixo, como antes.
A voz suave contrastava com os olhos semiserados, cheios de desejo e brilhando ameaçadoramente. Heewoon moveu seus membros rígidos.
Deitado na ponta da cama, seu corpo magro parecia ainda menor e mais frágil em comparação com o corpo grande e robusto que estava em pé atrás.
Kangwoo aplicou lubrificante no seu pênis ereto. Quando ele pressionou a glande sobre o buraco do rapaz, as nádegas macias ficaram tensas.
— Relaxe.
— … Hum…
Heewoon fechou os olhos, sentindo sua respiração ficar cada vez mais irregular. O roupão de Seo Kangwoo era macio contra suas coxas, mas a glande pressionada com força entre suas nádegas era intimidante.
Kangwoo empurrou a glande no orifício encharcado de loção. Olhando para Heewoon, que estava tremendo e reprimindo seus gemidos, ele lentamente acariciou a cintura tensa.
— Sunbae… ufff… tente fazer assim.
— … Uh?
Heewoon perguntou em um tom inseguro.
— Não assim. Inspire fundo e depois expire.
Hee-woon seguiu as instruções de Kangwoo, inspirando profundamente e depois soltando um suspiro.
— Puxe mais, um pouco mais longo.
Ouvindo a voz encorajadora por trás, ele inspirou novamente e soltou o ar por um longo tempo.
— Uhhh-ah!
Quando ele exalou e o pênis, que até então tinha entrado só um pouco, entrou nele de uma vez, até o limite. Com a pressão, Heewoon se contorceu enquanto gemia.
— Ah, é tão apertado… — Kangwoo deu um tapa nas nádegas de Heewoon. — Relaxe um pouco.
Tremendo, Heewoon tentou suportar. A sensação de ser preenchido por trás era estranha, mas também familiar, trazendo de volta lembranças e sentimentos daquela noite.
Algo sólido preencheu a passagem estreita, deslizando para dentro, para fora e depois entrando novamente. Sua visão oscilou descontroladamente. As mãos que seguravam seus quadris com força eram grandes e quentes, causando desconforto.
— Uh, huh… hmph…
Lágrimas se espalhavam sobre o lençol enquanto ele tremia. Sua respiração se tornava cada vez mais áspera. Ele temia que sua respiração pudesse parar a qualquer momento e sua mente bagunçada repetia incessantemente o pensamento de que ele poderia morrer.
— Haah… Woo Heewoon.
Kangwoo, que pressionou o peito contra as costas de Heewoon, mordeu e chupou a parte de trás do seu pescoço. Incapaz de conter a excitação, ele beliscou os mamilos de Heewoon com força e apertou sua pele.
— Hmmm… hmph, uhh…
Foi só quando a respiração de Heewoon se tornou quase imperceptível que Kangwoo finalmente se afastou, ejaculou e se afastou. Ele esfregou o polegar sobre o sêmen que escorria do orifício cor-de-rosa e o espalhou.
— Não sei como consegui segurar isso por uma semana.
A voz áspera tinha um tom sinistro e, enquanto Heewoon fechava os olhos, ainda tremendo, Kangwoo mordeu sua omoplata. Ele provocou o mesmo ponto incansavelmente, deixando uma marca vermelha, antes de alinhar as costas preguiçosamente.
— Vamos ver o quanto você chorou.
Uma mão quente agarrou o braço rígido de Heewoon e o puxou para levantá-lo. Olhando para o rosto dele, que certamente estava uma bagunça de lágrimas, Seo Kangwoo sorriu satisfeito.
— Ah… Só de olhar para o seu rosto, meu pau ficou duro de novo.
Kangwoo riu maliciosamente e esfregou o pênis ereto na coxa de Heewoon, que enxugou as lágrimas e engoliu a saliva. Ele se sentiu mal do estômago. Não era de se admirar ele estar se sentindo assim, já que havia comido uma refeição desconfortável e seus intestinos foram praticamente dilacerados.
— Eu… não estou me sentindo… bem.
— Você está fingindo de novo?
— Não, é sério… eu estou… ugh-
Enquanto Heewoon falava, ele foi surpreendido por um impulso de vômito que o fez tapar a boca. Depois de alguns suspiros, Kangwoo franziu a testa e soltou o braço que segurava a cintura dele. Heewoon cambaleou até o banheiro, quase caindo várias vezes ao perder o equilíbrio no caminho.
Ela abriu a porta e puxou apressadamente a tampa do vaso sanitário. Assim que abaixou a cabeça, a comida regurgitou. Ele vomitou por um tempo e finalmente conseguiu se levantar com dificuldade.
Ele enxaguou a boca na pia e ergueu a cabeça. Seus olhos estavam vermelhos e suas mãos tremiam enquanto lavava o rosto encharcado de lágrimas.
°
°
Continua…
Tradução: Rize
Revisão: MiMi