Sem Forma - Capítulo 05
— ……
Heewoon olhou para as costas do homem que estava indo embora e mordeu o lábio, nervoso. As sobrancelhas de Kangwoo franziram.
— Você realmente quer fazer isso com ele também?
— Ah, não!
Heewoon pulou para trás, negando veementemente, Kangwoo estreitou os olhos.
— Eu só quero você, só você…
— ……
— É verdade…
Kangwoo, que estava olhando fixamente para Heewoon enquanto falava, de repente franziu o rosto.
— Que droga. — Kangwoo agarrou o braço de Heewoon, que se esquivava, enquanto soltava palavrões duramente cuspidos e o arrastou para dentro da fábrica. Enquanto isso, Heewoon se debateu e implorou por sua vida.
— Você disse que só queria ficar comigo. Então, vamos fazer isso agora.
Kangwoo disse duramente, empurrando Heewoon para um colchão no canto. Seu corpo magro se esparramou, levantando uma nuvem de poeira. Ele o agarrou pela nuca e o segurou com o rosto voltado para baixo. Suas nádegas redondas se ergueram.
Kangwoo segurou o saco de papel que havia tirado do homem de cabeça para baixo, espalhando seu conteúdo pelo colchão. Heewoon olhou para trás, horrorizado.
Pam!
A palma da mão bateu forte em sua bunda.
— Fique quieto.
Kangwoo disse, rasgando a embalagem do preservativo com os dentes. Heewoon estremeceu e virou a cabeça para o outro lado. Ao mesmo tempo, notou a própria mão tremendo levemente e as manchas marrom-escuras por todo o colchão.
— Ahhh!
Quando Heewoon gritou, Kangwoo perguntou nervosamente:
— O que foi? — Seu dedo, com o preservativo, tateou entre as nádegas do rapaz.
— Sangue, sangue…
— Sim, é sangue.
De forma indiferente, Kangwoo abriu a tampa do gel que estava no colchão e empurrou o bico do tubo do lubrificante no buraco apertado, forçando-o de forma brusca e logo o jogou a embalagem para trás, sem o menor cuidado.
— Vou afrouxar seu buraco para que você não sangre.
Apavorado, Heewoon só conseguia tremer, mexendo a cabeça freneticamente sem nem mesmo conseguir sentir os dedos de Kangwoo mexendo em suas entranhas.
Kangwoo olhou para a parte de trás da cabeça de Heewoon. A orelha vermelha chamou sua atenção e ele a mordeu sem pensar duas vezes.
— Ah!
Os ombros de Heewoon se sacudiram e ele se debateu. Com uma risada baixa, Kangwoo lambeu a orelha, a envolvendo com boca, e a soltou. De repente, ouviu-se um som estranho.
Heewoon olhou para trás, finalmente recuperando seus sentidos. Seus olhos, distorcidos como se ele estivesse prestes a chorar, voltaram-se para Kangwoo.
— Apenas se concentre, ok?
Ele assentiu com a cabeça. Kangwoo lambeu seu0lábio inferior, observando as lágrimas que se formaram escorrerem pelas bochechas de Heewoon.
— Aww…
Quando o dedo dentro do ânus fez movimentos circulares, Heewoon se contorceu, gemendo. Não doía, mas era uma sensação estranha. A coisa dura dentro dele pressionava, se esfregando em suas paredes internas e, toda vez que isso acontecia, Heewoon respirava pesadamente, como se estivesse prestes a vomitar.
A mão que estava se movendo mecanicamente se afastou e emitiu um som de farfalhar. Heewoon sabia o que viria a seguir. Seo Kangwoo estava agora tentando empurrar seu pênis para dentro do buraco estreito que ainda não havia sido aberto adequadamente.
Heewoon cerrou o punho com a mão no colchão.
Ele realmente estava sendo estuprado.
Heewoon não era gay. Embora ocasionalmente pudesse se sentir atraído por um homem, ele se considerava heterossexual. Ele até teve namoradas antes. Embora ele tivesse confirmado que podia se sentir atraído por pessoas do mesmo sexo ao se apaixonar completamente por Kangwoo, isso não significava que ele estivesse aberto para fazer sexo com homens. A atração por Kangwoo não era de natureza sexual.
Algo duro se esfregou entre suas nádegas. Está tudo bem. Está tudo bem. Heewoon repetia para si mesmo.
— Relaxe. — disse Kangwoo, pressionando o pênis coberto com uma camisinha sobre o buraco dele. Com medo de falar alguma bobagem, o corpo prostrado se enrijeceu. Kangwoo, que mordeu sua língua, deu um tapa na bunda de Heewoon.
— Ugh, ugh, isso dói… Eu vou relaxar. Espere um pouco…
Os esforços desesperados de Heewoon para relaxar funcionaram, e a mão, que era grande o suficiente para cobrir uma de suas nádegas, parou de bater nele.
Tomado pelo desejo, Kangwoo agarrou uma das nádegas avidamente avermelhadas e a afastou para o lado. Ele lambeu seu lábio inferior por hábito, agarrando seu pênis, e empurrou a glande para dentro.
— Ack-!
Heewoon gritou, com os olhos arregalados.
— Eu disse para relaxar.
Vários outros golpes ardentes atingiram sua bunda. Cada vez que ele gritava, o falo grosso forçava seu caminho através das estreitas paredes internas. Os pensamentos positivos de que “está tudo bem” não conseguiam mais serem processadas por sua mente.
— Não, não, não quero! Aaah… ugh… ahhh, não faça isso!
Heewoon estendeu as mãos para frente, tentando se esquivar da arma que perfurava seus intestinos. Suas palmas tocaram as manchas marrons secas no colchão. Mas, mesmo assim, ele avançou apressadamente.
— Hah… Fique quieto.
Kangwoo agarrou a pélvis em fuga com as duas mãos e a puxou rapidamente para baixo. Com um baque alto, as nádegas macias se chocaram contra as coxas do homem.
— Ah… aaaah!
Heewoon gritou como um animal, retorcendo o corpo desesperadamente. O órgão que parecia preencher todo o espaço de baixo para cima foi retirado. Heewoon tremeu enquanto descansava a testa no colchão sujo.
Uma grande mão veio por baixo do ombro e virou o corpo de Heewoon. Os membros se agitaram como se estivessem leves como o ar, levantando poeira. Então, com um baque, faíscas brilharam na frente de seus olhos. Foi um tapa em sua bochecha.
— Agora fique quieto antes que eu realmente te mate.
Kangwoo repetiu, agarrando a garganta de Heewoon. Heewoon engasgou e segurou o pulso de Kang-woo que agarrava seu pescoço. A pancada na bochecha fez sua cabeça girar. As lágrimas embaçaram completamente sua visão.
Quando piscou, as lágrimas escorreram pelas têmporas. A visão clara mostrou os olhos de Kangwoo, que brilhavam com uma calma implacável.
— Aaaah… Está bem, me desculpe, vou ficar quieto. Por favor, não me mate…
Seu rosto avermelhado estava molhado de lágrimas. Após acariciar o pescoço dele preguiçosamente com uma das mãos, Kangwoo acariciou gentilmente a bochecha que havia esbofeteado. A bochecha já estava inchada devido aos muitos golpes que havia recebido. Kangwoo falou com pesar:
— Veja, se não me ouvir, eu vou continuar batendo em você.
Heewoon balançou a cabeça com uma expressão assustada.
— Ah, isso dói tanto… eu vou, vou ficar quieto… h-hmm…
Suas bochechas vermelhas tremiam. Os cantos de seus olhos, inchados pela quantidade de vezes que ele havia chorado, se contraíram e novas lágrimas se formaram.
— …….
Quando Kangwoo olhou para ele, Heewoon cobriu o rosto com o braço. Achou que ele poderia lhe dar outro tapa por estar chorando. Pressionou o braço sobre os olhos e mordeu a carne na parte interna da bochecha, engoliu os soluços que ameaçavam sair do controle até chegar ao fundo da sua garganta.
— Ahh, seu rosto… — um sussurro áspero fez seus ombros brancos se enrijecerem. — Não cubra.
Heewoon abaixou o braço e olhou para Kangwoo, trêmulo. Seus olhos molhados encontraram os de seu algoz, que torceu o lábio e deixou escapar um riso zombeteiro.
— Você é teimoso.
Com um tapa rápido e leve na parte externa da coxa do rapaz, Kangwoo agarrou os tornozelos de Heewoon e os empurrou para cima. Heewoon dobrou os joelhos e pressionou as coxas contra o peito.
— K-Kangwoo…!
Seu olhar caiu sobre o rosto de Heewoon enquanto ele chamava seu nome em um sussurro. Os grandes olhos piscaram e as lágrimas rolaram para os lados das bochechas, passando pelo maxilar. Ele lambeu os lábios, que pareciam ainda mais secos do que antes. Sentia uma sede inexplicável.
— Se eu fizer sem machucar, você vai se comportar bem? — a voz rouca soava afetuosa, como se estivesse fingindo ser carinhoso.
— Sim, eu vou me comportar.
Kangwoo olhou para Heewoon, que estava tremendo de medo.
— Você parece um cachorrinho que foi pego na chuva.
O homem despejou o novo tubo que estava sobre o colchão diretamente sobre o buraco úmido. Pegou o líquido escorrendo pelo osso do quadril com o dedo e o inseriu diretamente no buraco, como se tivesse esquecido completamente de mandar seu subordinado comprar um preservativo para colocar nos dedos antes de inseri-los no buraco.
Heewoon soltou um suspiro agudo. O dedo que acariciava abaixo não doía de forma alguma, mas era uma sensação completamente estranha e desconhecida. Quando ele se surpreendeu com o movimento circular mais forte, tentou se esforçar para afastar a mão grande, mas a outra mão atingiu a lateral de sua coxa. Então ele tentou se esforçar para soltar a mão do outro.
O número de dedos dentro dele aumentou. Um, dois, três. Quando sentiu três dedos grossos, a dor de antes voltou à tona.
— Eu disse para relaxar e se comportar.
Vários tapas pungentes o acertaram na parte de trás das suas coxas.
— Hmph… estou com medo…
Heewoon prendeu a respiração, tentando ao máximo relaxar.
— Não é como se eu fosse enfiar uma faca no seu traseiro. Do que você tem medo?
Diante daquelas palavras, Heewoon soltou um gemido de medo e estremeceu. A mão na parte de trás de seu joelho era tensa e pálida. Kangwoo cutucou o buraco, movendo os dedos como uma tesoura. Por causa do desconforto, o aperto de Heewoon em sua cintura se afrouxou, e uma de suas pernas se esticou no ar.
— A perna, segure direito.
A voz, rouca de excitação, ordenou. Antes que Heewoon pudesse agarrar suas pernas novamente, o pênis assustadoramente grande entrou com tudo de uma só vez.
— Argh!
— Seu gemido é irritante.
Apesar de suas palavras, ele abaixou a cabeça e lambeu a bochecha de Heewoon. A saliva se acumulou em sua boca seca enquanto ele lambia a bochecha molhada e salgada. Kangwoo teve a sensação de que a estranha sede que havia sentido antes parecia ter desaparecido.
— Uhhh, Ahh…
Heewoon abriu a boca e soltou um suspiro irregular. Parecia que um espeto grosso estava sendo enfiado do ânus até sua boca. Suas exalações erráticas, tentando de alguma forma lidar com a pressão sufocante, chegaram ao ouvido de Kangwoo, que estava lambendo sua bochecha.
Com uma cara feroz, Kangwoo colocou o cotovelo na lateral da cabeça de Heewoon. Seu pênis, que havia escorregado para fora, deixando apenas a glande, mergulhou rapidamente dentro dele.
— Huh!
Os olhos de Heewoon se arregalaram, como se estivesse sem ar, e ele respirou fundo novamente. Dessa vez, seu fôlego atingiu o queixo de Kangwoo. A boca escancarada ficou visível, e ele enfiou a língua naquele buraco úmido e erótico.
— Hmph…
Ele explorou cada canto da boca do outro, como se sua lingua tivesse vida própria. Lambeu o palato e passou a língua sobre os dentes, movendo a ponta do órgão delicadamente para estimular a mucosa úmida.
Heewoon agarrou seus ombros firmes. A saliva se acumulou com o movimento estimulante da raiz da língua e ele, por reflexo, moveu a garganta para engolir.
Após uma breve pausa, Kangwoo lambeu lentamente o lábio inferior de Heewoon e, em seguida, pressionou a cintura de maneira mais suave do que antes.
— Hmmmm…
As mãos, segurando os largos ombros, ficaram tensas. Os olhos de Kangwoo pousaram brevemente naquelas mãos e, em seguida, moveram-se para os lábios trêmulos de Heewoon. Os lábios rosados estavam um pouco inchados e brilhando devido à saliva. Com a sobrancelha franzida, o homem levou os lábios dele à boca e os mordiscou.
— Ugh…!
Heewoon lutou, colocando força nas mãos. Era como se aqueles dentes afiados estivessem tentando arrancar sua boca fora. Ele se debateu, mas os dentes se prenderam em seus lábios, esticando-os. Heewoon ofegou e apertou cada vez mais o ombro de Kangwoo. Incondicionalmente, ele cravou as unhas no corpo do homem, incapaz de se dar conta que poderia levar um tapa.
— Ha… eu disse para você ficar quieto.
Jogando a cabeça para trás com um suspiro lânguido, Kangwoo olhou para a marca da mordida logo sobre os lábios do outro. Não apenas os lábios dele, mas toda a área acima deles estava vermelha, coisa que, para ele, era extremamente erótico.
Heewoon gemeu e passou a mão nos lábios, sem saber se a umidade era saliva ou sangue.
— Eu também disse para você não cobrir o rosto, minhas palavras são uma piada para você?
— Oh, não, não, eu não cobri, eu só… eu só toquei nele por um segundo.
Surpreso, Heewoon abaixou a mão e negou com voz trêmula. Kangwoo olhou para o rosto de Heewoon e estendeu a mão para tocá-lo.
Heewoon cerrou os dentes e fechou os olhos, preparando-se para que outro golpe atingisse em sua bochecha. Mas a mão de Seo Kangwoo tocou levemente o topo de sua sobrancelha, afastando o cabelo de sua testa. Heewoon abriu os olhos hesitantemente.
— Segure meus ombros.
Ele ordenou sem expressão, Heewoon começou a tremer novamente, olhando para o homem como se não soubesse se realmente deveria fazer isso. Heewoon rapidamente agarrou os ombros de Kangwoo. Ele não conseguia se segurar, então praticamente o abraçou com as duas mãos e puxou com força.
Por um momento, a postura de Kangwoo desmoronou. Ele, então, mostrou um leve sorriso e passou os lábios de leve pela têmpora Heewoon, onde seu cabelo estava emaranhado de suor.
— Hmph… ugh, ugh…
Os olhos de Heewoon se fecharam enquanto ele emitia um som que não conseguia distinguir se era um grito ou um gemido. O corpo dele se sacudia para cima e para baixo freneticamente, enquanto o pênis grosso deslizava para dentro e para fora do seu buraco. A dor se dissipou, mas a pressão sufocante permaneceu. Ele fechou os olhos e escutou os gemidos ásperos em seus ouvidos, esperando que aquilo acabasse logo.
Seo Kangwoo colocava a boca em sua orelha e mordia sempre que ele se mexia. Cada vez que ele fazia isso, Heewoon apertava ainda mais seu pescoço com força para evitar qualquer movimento.
— Ugh, ahhh… haah…
Finalmente, o movimento parou. Heewoon ficou aliviado. Embora não soubesse o que aconteceria com sua vida, estava aliviado com o fato de que o grande membro que atormentava suas estranhas havia saído.
Mas quando Seo Kangwoo jogou a camisinha no chão e alinhou seu pênis com o orifício novamente, seus olhos escureceram em desespero.
***
Heewoon moveu apenas os olhos. A luz do amanhecer entrava por uma pequena janela perto do teto. Ele ouviu o som do zíper subindo.
— Você está acordado?
Kangwoo já vestido, deu um leve tapinha na bunda de Heewoon, fazendo o sêmen pegajoso em sua carne fazer um som de estalo. Uma mancha marrom apareceu em sua visão. Enquanto rastejava e se contorcia para evitar a mancha, Heewoon respondeu tardiamente com um murmúrio rouco.
— Consegue se levantar? — Kangwoo disse com um leve sorriso como se sentisse pena dele. O corpo branco estava caído, coberto de marcas de dentes, hematomas e vermelhidão. — Você não parece estar dormindo, então, por que não responde?
— … Na-não consigo me levantar…
Heewoon disse quase em um sussurro.
— Ah… Então por que você não volta a dormir? Tenho trabalho pela manhã e preciso ir agora.
O tom de Seo Kangwoo era muito indiferente, ao ponto de ele se perguntar se tudo o que havia acontecido desde a noite passada até as primeiras horas de hoje era um sonho.
— Eu… vou em um instante.
— Está bem.
Tap, tap, tap.
Os passos ficaram um pouco mais distantes. Finalmente acabou, pensou Heewoon. Mas os passos que estavam diminuindo gradualmente começaram a ficar mais altos novamente. Kangwoo parecia estar voltando.
O aperto da mão de Heewoon no colchão se tornou mais forte.
Agora ele vai me matar. Ele estava vindo para esfaquear minha garganta e criar uma poça com meu sangue, como fez com aquele homem.
Heewoon tentou se arrastar para longe de Kangwoo. Seu corpo mal se movia, como se não pertencesse a ele.
— O que está fazendo?
Kangwoo estreitou a sobrancelha e puxou o tornozelo fino para baixo. Houve um rangido e o som da carne contra o colchão. Heewoon tentou gritar, mas uma voz baixa e estridente veio de trás dele.
— Sunbae.
— S-sim.
Mesmo tremendo, Heewoon respondeu rapidamente. Ele sabia que qualquer atraso na resposta ou postura inadequada resultaria em mais bofetadas. Foi por causa disso que suas coxas e nádegas estavam cheias de hematomas.
A boca de Kangwoo se contorceu em um sorriso enquanto, ele observou Heewoon tremendo de barriga para baixo. Uma mão segurou gentilmente o tornozelo dele, deslizando pela panturrilha até, finalmente, tocar a coxa machucada. O aperto da mão de Kangwoo se intensificou logo abaixo do seu quadril.
— Ai…
Mesmo quando Heewoon estremeceu de dor, Kangwoo continuou a apertar a parte interna de sua coxa. Apesar da agonia, Heewoon conteve o grito enquanto a voz grossa era ouvida.
— Estou falando com você aqui. Por que você está olhando para lá?
— Eu… sinto muito.
Heewoon tentou se virar, mas seus pulsos, agarrados ao colchão, só conseguiam tremer e estremecer.
— Sunbae.
Kangwoo o chamou insistentemente, dando um leve tapinha nas nádegas machucadas.
— Ah, ahh… Não consigo fazer isso…
— Ah, é isso? Você deveria ter dito antes. Pensei que o sunbae estava sendo idiota de novo.
A voz debochada de Kangwoo soava de maneira terrível. Enquanto Heewoon ofegava, Kangwoo segurou seu braço e o levantou para sentá-lo.
— Uhuh…
Um gemido escapou de seus lábios quando suas nádegas machucadas foram pressionadas no colchão e o espaço entre elas doeu.
— Está doendo?
— Sim.
Abaixando-se, Kangwoo levantou o queixo de Heewoon.
— Mmm, você também está machucado aqui. — Kangwoo acariciou sua bochecha arroxeada. A respiração de Heewoo ficou agitada enquanto ele tentava conter o medo. — Oh, você deve estar com frio. — murmurou, acariciando a nuca de Heewoon. Era como se ele estivesse medindo o local para uma futura facada.
— Está… tudo bem… — Heewoon mordeu a língua enquanto sua mandíbula tremia ao falar.
— Hm? — Kangwoo inclinou a cabeça como se não tivesse ouvido claramente, então Heewoon apertou os lábios e baixou a cabeça. — Ah, voltei porque esqueci de te dizer uma coisa.
Heewoon assentiu com a cabeça. Se ele abrisse a boca, um grito poderia escapar. Então, a mão grande que estava acariciando sua bochecha e pescoço imediatamente puxaria uma arma.
— O que aconteceu ontem…
A imagem de Kangwoo esfaqueando o pescoço do homem de joelhos, o sangue espirrando no ar, os dedos ensanguentados e a poça de sangue… as terríveis cenas do que aconteceu ontem vieram à sua mente.
Olhando para as pupilas de Heewoon, que estavam perdendo o brilho por medo, Kangwoo sussurrou.
— É um segredo.
Heewoon prendeu a respiração. O assassino diante dele sorriu ameaçadoramente.
— Se você não guardar o segredo, espalharei por aí que você me stalkeou, sunbae.
— …….
— Ahaha, estou brincando.
Ele começou a rir. Heewoon estava prendendo a respiração, incapaz de rir ou chorar. Com um sorriso no rosto, Kangwoo tocou a bochecha dele.
— Se você falar por aí o que aconteceu e irritar as pessoas… hm… quem eu devo matar primeiro? Ah, acho que o irmão do sunbae é uma boa opção. Vocês não são muito próximos, não é?
E se… e se… e se eu chamar a polícia? Eles protegerão minha mãe e a mim. Hyung está nas Filipinas, então Seo Kangwoo não conseguirá encontrá-lo.
Mas… a polícia vai nos proteger? Eles ignoraram minhas mensagens ontem.
— Mas mesmo que seu irmão morra em breve, não suspeite de mim. Parece que ele anda viajando por vários lugares e se envolvendo em muitos negócios suspeitos. Talvez ele tenha muitos inimigos.
— O quê?
— Os filipinos podem ser muito assustadores se você mexer com eles.
— Uh… como você sabe disso?
— O quê? — Kangwoo inclinou a cabeça e seus olhos se estreitaram.
— Que meu irmão mais velho está nas Filipinas. — Heewoon murmurou baixinho, enquanto os dedos do homem acariciavam seu rosto.
— Ah, é por isso que você ficou surpreso? Sunbae, você é realmente fofo.
Era claro que ele precisava saber com que tipo de idiota estava lidando.
Heewoon olhou para Kangwoo, que agora estava bagunçando seu cabelo. Ele não esperava que o homem soubesse que seu irmão estava nas Filipinas. O homem parecia saber coisas sobre ele que nem ele tinha ideia. O quão mais ele sabe?
— Depois do irmão, vem sua mãe. Não se preocupe, o sunbae será o último.
Seo Kangwoo sorriu docemente enquanto olhava para o rosto pálido.
Não era apenas uma ameaça simples. A imagem da sua mãe sendo esfaqueada no pescoço, caindo em uma poça do seu próprio sangue parecia bem vivida em sua mente.
— Vai me deixar falando sozinho?
Com a palavra sutil de Kangwoo, Heewoon, tremendo, respondeu.
— … Eu… eu nunca vou contar a ninguém… estou falando sério. Eu não vou contar para ninguém. — os olhos de Heewoon lacrimejaram novamente quando ele acrescentou mais algumas palavras.
— Tudo bem. Não precisa chorar de novo. — Após acariciar os cabelos de Heewoon, Kangwoo se esticou e ficou de pé. — Então nos vemos segunda-feira na escola, sunbae.
Com o rosto de um hoobae educado, Seo Kangwoo se virou.
Passos firmes ecoaram na fábrica vazia. Heewoon ouviu o som com a respiração suspensa e seguiu os passos distantes com os olhos.
— Oh…
Os passos pararam. Estavam perto de uma mancha marrom-avermelhada que podia ser vista claramente à distância.
— Mas se quiser, pode contar que transamos.
Seo Kangwoo deu uma risadinha maliciosa enquanto estava de pé no local onde havia matado alguém.
°
°
Continua…
Tradução Rize
Revisão MiMi