Angels - Capítulo 02
Capítulo 02
The Other Side
Pov Surgat
Me afasto rapidamente do delicado anjo, algumas pessoas olham em nossa direção com caretas feias, provavelmente achando absurdo dois homens em público se pegando, mas, como todo bom ser que quer que o mundo se exploda, eu não poderia ligar menos. O ergo para que fique em seus dois pés novamente, com menos pose de beijo de novela das nove, seu rosto delicado está corado e eu tenho de segurar minha vontade de rir, mordo o lado interno da minha bochecha enquanto apalpo meus bolsos a procura da caixa de cigarros e meu isqueiro, uma vez que não posso conjurar nada em frente aos rostos humanos.
-O que foi? – viro meu rosto em direção a Ethan, seus castanhos olhos se focam em algum ponto atrás de mim, para tentar disfarçar.
-Você fica bem diferente sem chifres ou asas.
Sua declaração alta me faz rir, amaldiçoando seja lá o que tem em sua cabeça para não lembrar que estamos no limbo, o universo paralelo que permite todo ser místico transitar entre os destinos das almas e o mundo humano.
-Uma fantasia pode tornar bem real, quando bem feita.
-Ahn? – vai se foder: a forma que sua cabeça se curva ligeiramente para o lado e a genuína confusão em seus olhinhos me fazer querer o apertar.
O que estou dizendo? Ele é um anjo! Sua mão aperta o terço colorido que comprei a pouco, gesticulo com a mão para que ele não tente entender, apenas aceite, o que o faz acentuar a dúvida no rosto. Acho finalmente o maldito cigarro e o ponho nos lábios, pouco me fodendo com a criança sussurrando algo e apontando em nossa direção pra uma senhora de cabelos curtos aloirados, num corte genérico que a geração Z chamaria de “corte de Karen”. Acendo a pequena tira de tabaco procurando uma desculpa para afastar o anjinho, uma vez que ele não vai permitir que eu faça meu trabalho, solto uma baforada pensando em como posso me livrar dele rapidamente.
-Compra alguma comida pra gente, por favor. – tiro a carteira de meu bolso frontal e pesco duas notas de 20, ele analisa as notas com a mesma admiração que um pirralho catarrento, aponto para uma direção aleatória e finalmente sua atenção se volta pra mim.
-O que eu posso comprar?
-Qualquer coisa que chegue num valor próximo de quarenta: eu não tenho alergia a nada humano, então se sinta livre pra escolher.
-Wow! – seu sorriso é incrivelmente infantil, tenho que fingir tranquilidade enquanto ele se afasta.
Mal me viro e a Karen intitulada já está do meu lado, sua aura exala irritação e o sabor é agradável para mim, seu bico quase dá voltas no próprio corpo, rio internamente.
-Ô moleque, não sabia que tem gente de família aqui? Como vou explicar pros MEUS filhos como tem dois homens se beijando? – por algum motivo que não compreendo, seu dedo tá quase na minha cara, além de sua voz ser estranhamente alta.
-O que a senhora mais deseja? – curvo um pouco o corpo para estar em sua altura, seus olhos perdem o foco, em transe.
Ela parece pensar um pouco, talvez tentando se conter de me contar o que quer, tenho de intensificar para não correr o risco de perder uma alma fácil que nem essa. Até o brilho em seus olhos se vai e sei que a pesquei, tão tranquilamente quanto pegaria uma fruta do pé, minha aura se prolonga das minhas costas até o braço, criando o contrato para ela se comprometer.
-Eu… Eu… – sua mão se abaixa um pouco, meu sorriso se prolonga. – Ter a fidelidade do meu marido, para criarmos nossos filhos na igreja, como Deus manda.
Reviro os olhos: eta empata foda…
-Façamos um trato: eu realizo seu desejo e não beijo mais meu… Amigo… Enquanto eu estiver em um campo de visão que seus filhos possam ver. – pisco sedutor pra ela e estendo a mão, demora um segundo para que aceite. Sua alma se entrelaça a minha aura, a deixando maior e mais vívida, não consigo evitar degustar o sabor doce dela: seu cerne é como de uma criança sonhadora, porém, pra minha sorte, sua idade permite que eu fique perto sem nem sentir tremor. – Você fez um bom negócio, minha senhora.
Normalmente, essa é a hora que gosto de aproximar pra ver as pessoas se decepcionando: eu sou só o demônio detentor de riquezas que pode ou dar um valor muito bom ou indicar onde podem descobrir essas riquezas, claro, variando o valor de almas, logo, não realizo acordos como a grande maioria dos demônios ou Samael, mas as pessoas ficam sempre tão tentadas com uma boa aura que nem pensam nisso. Eu adoro meu trabalho.
Escondo as mãos nos bolsos, sem evitar soltar uma risadinha ao vê-la voltar a seu marido desinteressado e comentar sobre as amantes dele. Pronto, confusão feita: ambos gritam e despejam falsas lágrimas conforme a briga fica mais e mais violenta, os filhos jovens do casal choram e pedem pra que parem com a cena, mas são ignorados. O marido parte para cima da esposa e sei que as coisas foram longe demais, mas antes de eu dar um passo, duas moças o contem: uma é baixa e tem cabelos cacheados voando em todas as direções, mas deixa visível seu pescoço longo e fino, mas sua pele negra está maculada com uma tatuagem da Deusa Mãe e um septagrama em suas costas, já a outra é mais alta, porem não tem muito mais do que 1,60m, sua cabeça é raspada e o pouco cabelo que nasceu está pintado de rosa-choque, ela também é negra, num tom ainda mais escuro que a amiga, ela não tem tatuagem, mas suas orelhas estão lotadas de piercings. Na distancia em que estou, não posso ouvir o que dizem, mas sei que foi alguma ameaça e, pela cara do homem, não foram muito gentis.
-Ei, não sabia o que comprar, aí comprei esses peixes mortos com alga e arroz! – quase infarto com o anjinho voltando a se aproximar, me viro pra ele, que segura dois pratinhos cheios de sushis e sashimis.
-Isso se chama sushi, não dizemos que eles estão mortos quando compramos alguma comida.
Sua cabeça entorta para a direita, confusa.
-Então eles estão vivos fora da água?
-É claro que não: ninguém praticamente come animais vivos, mas não se comenta isso em voz alta.
-Por quê?
-Eu sei lá: a humanidade é estranha. – aceito um dos pratos que ele me estende e cato um sushi com a mão, envolvo os ombros de Ethan para conduzi-lo pra longe da confusão, pra que não perceba que eu tenho algo a ver. – Vamos pra um lugar menos tumultuado.
Sem pestanejar, o conduzo para o extremo oposto, para uns bancos de pedra debaixo de árvores sem quaisquer folhas, mas com os galhos cobertos de flores amarelas de ponta a ponta. O chão também está coberto com as mesmas flores, porém elas não estão tão vistosas quanto as das árvores e estão de diferentes tons: não consigo não associar ao meu mundo de “céu vs inferno”, mostrando pros seus fieis o lado bom de subir enquanto pintam nós, os que desceram, como os horrorosos, malditos e mal agradecidos pelo milagre da criação de todos os deuses.
-Me desculpe… – Ethan me tira de meu devaneio (regado a ódio e mágoa) com o rosto cheio do nojo que é o wasabi com o shoyu, tenho de me segurar pra não sair limpando todo seu rosto.
-Pelo que? – lhe entrego um lenço descartável de meu bolso e gesticulo para sua boca.
-Não sei me comportar bem no meio humano, essa é a primeira vez que saí de casa sem asas.
-Você aprende com o tempo.
Ele fita o chão em silencio, considerando algo, fico sem entender direito.
-SEU FILHO DE UM ANJO! – uma voz feminina se faz presente e alta, da direção que viemos, as duas garotas que separaram a briga do casal estão vindo em minha direção, a de cabelo cacheado está com o dedo julgador apontado pra mim.
-Olá Rusallka, olá Agares. – tento manter o tom leve, apesar de sentir o ódio delas prontos para mover toda e qualquer coisa pesada na direção da minha cabeça.
-COMO CONSEGUE DORMIR À NOITE, SEU CRETINO? JÁ IMAGINOU O QUE PODIA TER ACONTECIDO COM A POBRE MOÇA?
-Eu não ia deixar nada acontecer com ela, Ru, não tenho culpa que vocês voaram para ajudá-la na hora que eu ia.
-NÃO FAZ ESSA MERDA DE TROCA DE CULPA, SURGAT! – Ru bate o pé feito criança e tenho vontade de rir, Aga apenas cobre o rosto com uma das mãos e balança a cabeça, em claro constrangimento. – VOCÊ É UM IRRESPONSÁVEL!
-Talvez seja melhor a gente ir pra outro lugar, tipo um lugar privado.
-QUE SE FODA A PRIVACIDADE, QUERO QUE TODOS SAIBAM O IRRESPONSÁVEL QUE O SU É, AGA!
-Ru, você vai acabar expondo nosso mundo se continuar a berrar, então faz o caralho do favor de falar baixo. – Aga tem o tom urgente e irritadiço, isso parece fazer a outra se acalmar um pouco, ofereço meu prato pra elas, qual ambas aceitam prontamente.
-Isso é meu agora. – tenho meu prato roubado, observo de boca aberta Ru virar tudo diretamente na boca e engolir sem uma mordida.
-Vocês deviam estar felizes por eu ter conseguido uma alma numa situação nada convencional, até porque…
-Aham, senta lá Cláudia. – Aga empurra uma carta em meu peito. – Independente do que for, foi descoberto que um anjo está no mundo normal e você precisa capturar, considerando o quão inútil você é, em um antro demoníaco.
-Eu não sou inútil!
-Você apenas consegue ser útil pra guarda de riquezas, então cace este bendito anjo fugitivo para que os superiores te chutem pra fora do inferno, por favor: imagina a vergonha que vai ser você ser chutado pra fora do único lugar existente pra criaturas amaldiçoadas como nós.
Dou de ombros: sendo irmão de Mammon, as chances de eu ser chutado do meu mundo é muito baixa, a não ser que descubram que eu sai com um anjo, apesar dele mesmo ter sido praticamente descartado como a grande maioria de nós, jogado como um lixinho. Sem se importar, ambas viram as costas e seguem na direção que vieram, conversando alegremente, volto a tomar meu lugar no banco, do lado de um Ethan desnorteado.
-Demônias… – seu sussurro sai tão baixo que tenho de me curvar em sua direção para lhe ouvir. – Elas falaram com você…
-São minhas amigas, ué, com quem achou que eu andasse? – dou de ombros, sem ligar muito. – Tudo bem que eu ando com alguns Mirins, mas normalmente ando com os mais semelhantes a mim.
Sua boca se abre para que reclame, mas ele parece pensar um pouco e opta ficar calado, imerso em pensamentos que não consigo ter a menor ideia sobre o que pode ser. Quer dizer, tenho uma ideia sobre o que pode ser, mas prefiro ignorar e manter meu olhar na movimentação das pessoas: algumas dançam perto de uma fonte, outras estão sentadas debaixo de árvores tocando violão, conversando, comendo ou só descansando, outras mexem no celular e outras só compram coisinhas aleatórias. Eu poderia o levantar para ir dançar e depois deixar meus feromônios livres para que ele fique propenso ao pecado, que nem quando nos conhecemos uns dias para trás, mas, de alguma forma, isso parece errado.
-Vem, vambora: ficar sentado aqui me dar dor de cabeça com essa taquara rachada cantando aqui.
Coloco seu braço na dobra do meu e o puxo, o levando junto comigo em direção as barraquinhas de coisas religiosas que, sinceramente, são extremamente bregas com a quantidade de informação que tem, mas que parece fazer Ethan se interessar e percebo que estou disposto a comprar todas essas coisas extravagantes se isso me der mais informações sobre ele, que traga o sorriso fofinho dele. Sou arrastado até uma com um Espírito Santo particularmente feio, como se fosse feito de bosta de pombo e depois atropelado várias vezes por uma manada de elefantes, mas aí você joga um pouco de glitter pra tornar mais aceitável.
-Se as pessoas querem tanto se aproximar de Deus, pra que comprar essas coisas brilhantes?
-São a tentativa de ter a melhor representação divina, o que torna muito legal.
Seguro o bendito pombo branco e analiso: ele é feio, mas pelo menos está reconhecível e meticulosamente pintado.
-Pra mim soa como um dever mal feito por uma criança de primário.
-Você é muito mal! – ele bate de leve em meu braço e livra o seu próprio, tomando a escultura de minhas mãos. – Ele não quis dizer isso, pombinho: ele só é besta.
-Ele é uma estátua!
-Ele tem sentimentos, né pombinho? Você merece um nome até…
Aproveito para passar o dinheiro para o senhor de idade do outro lado da bancada, com cara de poucos amigos pra mim, por ter ofendido seu trabalho, a senhora do outro lado da banca ri discretamente por detrás de uma mesinha de alumínio em que ela corta pedaços de madeira para fazer algo que me parece ser um porta temperos. Percebo que provavelmente devem ser casados e ela deve criticar o trabalho dele, pela forma que seu sorriso fica ainda mais aberto quando o velho forma uma carranca na minha direção.
-Sério, só você pra gostar dessa coisa.
-Ele é simpático, né Eloah? – ele faz o bicho balançar a cabeça e o beija no bico, alegre, acendo outro cigarro.
Sinceramente, esse anjo tem problemas de bipolaridade. Continuamos até chegarmos no final do corredor de barracas, onde encontro Aga, um cigarro está entre seus dedos e ela bate o pé incessantemente, seus olhos voam diretamente para Ethan e o pombo, seus olhos adquirem um tom vermelho-sangue, quase no tom da blusa que usa. Não preciso de muito pra saber que ela quer perguntar abertamente e está seriamente tentada a ajudar Ru no meu degolamento, unindo-se à imprudência de mais cedo, passo o braço pelos ombros de Ethan e o conduzo na mesma direção que viemos, o levando em direção à saída do parque, os passos de minha amiga nos perseguem sem pressa. Não tenho muita certeza, mas Ethan não parece nem mesmo se ligar sobre quem está ao nosso redor, uma vez que age como se o pedaço de barro mal feito fosse o santo Graal ou aquelas aureolas que os anjos usavam alguns séculos atrás e atualmente eles protegem como se fosse o rosto de Deus.
-A feira já acabou?
-Até tinha algumas coisas extras, mas acho que prefiro que você tome um banho enquanto eu tomo um remédio pra cabeça.
Seu rosto adquire novamente dúvida, mas não faz comentários, apenas aceitando tão passivamente quanto quando o trouxe para tomar um sol. Passamos novamente pela hamburgueria e pela floricultura, tenho de resistir à vontade de comprar uma rosa para ele e depois roubar outro beijo, mas sinto que isso seria filme de romance demais pra mim: ele é meu inimigo natural!
-Olha: passarinhos! – rapidamente, ele se desvencilha de mim e corre para a janela de uma pet shop, apoiando ambas as mãos no mesmo. – Olha que fofos!
-São só pássaros.
-Não são “só” pássaros: eles são filhotes!
Me aproximo dele, um grupo de periquitos verdes saiu de suas brincadeiras ao redor da gaiola para observar Ethan, piando alegremente como se conversassem diretamente com ele.
-Eles não são filhotes: são periquitos. Papagaios são outro tipo de pássaro.
-Eu costumava ficar olhando passarinhos que passavam pela minha nuvem ou quando descia pra recolher orações ou mesmo quando estava na gaiola de punição. – ele faz carinho na cabeça de seu pássaro de barro, parecendo feliz. – Eu até te pediria um se eu não tivesse que voltar lá pra cima.
-Você não tem que voltar se não quiser…
-Se eu não vou voltar, vou acabar sendo perseguido pelos principados pra voltar e provavelmente vou ter que, além de cumprir as punições comuns, devo ter que me autoflagelar ou – ele estremece – até mesmo me tornar um anjo caído. – por um momento, parece perceber o que disse. – Sem ofensas.
Eu deveria ficar tranquilo, mas isso me incomoda um tanto inexplicável.
-Eles não virão se souberem quem estaria com você aqui.
-Ninguém, eu sou um ser solitário: não tenho ninguém me esperando em lugar algum.
Mantenho o silencio, esperando que me peça desculpas por sua frase, mas ele só se afasta do vidro e gesticula um tchau para os bichos, então me olha, esperando que eu volte a lhe conduzir pelo caminho até meu apartamento. Sinto-me pessoalmente ofendido.
O resto do caminho não tem nenhuma conversa, nem mesmo um comentário para si mesmo. Meu apartamento parece ainda mais frio e escuro que o normal quando chegamos, Ethan para do lado da porta, como se esperasse alguma permissão para andar, jogo meu cigarro no chão e piso para apaga-lo.
-Quero que fique aqui, então aceite minha oferta: – tiro o casaco e o jogo no sofá, seus olhos estão fixos nos meus com surpresa genuína, – eu posso te livrar das amarras de lá de cima se trocar sua aureola por mim.
-O que?
-Você é um anjo, tem que ficar lá em cima e só descer em casos muito específicos, mas, como sou um demônio sortudo, consigo te dar passe livre pra ficar aqui. – quero ressaltar que ele tem de ficar comigo aqui, mas provavelmente ele fugiria se eu dissesse e, sinceramente, seria muito trabalhoso subir. – Aqui você pode ter uma vida boa, ter amigos novos, não precisa ficar sendo subordinado de um velho que não consegue nem mesmo fazer seu trabalho sujo! Vê que perfeito?
Isso soa “Crepúsculo” demais? Pra cacete, mas valeu a pena saber daquela merda em troca de almas de pessoas tolas o suficiente pra achar que conseguiriam ser vampiras que nem os Cullen: só era fazer o acordo e se tornavam frágeis ao sol, aí era só questão de serem teletransportados para áreas abertas e puf! Estavam no inferno tão rapidamente quanto uma piscada de olhos, fora uma das épocas de ouro para os demônios.
-Eu até disponibilizo o quarto extra daqui pra você! Vai ser tão livre quanto os pássaros que ama ver!
-Eu não quero ser incluso nisso: os anjos já me detestam sendo um deles, imagina eu sendo que nem você! Estou bem vivendo como eu vivo, apesar de achar legal a sua ideia, até que consigo tirar algo legal da minha vida de cima disso tudo. – rapidamente, sua pose de menino infantil se esvai e sinto que ele adquire a mesma postura birrenta de um adolescente. – Tenho asas que nem eles, então posso ser livre e conhecer o mundo inteiro!
Decido arriscar, ir pro lado pessoal.
-Então sua liberdade é ter de pagar penitencia e se autoflagelar por viver a vida um pouco? Isso me soa como uma prisão, uma espécie de alegoria do Platão.
If I were mixed up with you, I’d be the talk of the town Disgraced and disowned, another one of the clowns
-Você não entende: se eu sair do céu, vou ser tão mal falado quanto Samael… Lúcifer… Sei lá foi!
But you would finally live a little, finally laugh a little Just let me give you the freedom to dream
-1: isso é mentira, porque eu cai junto com Lúcifer e não sou mencionado até os Papas e nobres começarem a me invocar atrás de riquezas fáceis ou pra ser invocado e exorcizado com cruzes na era medieval; 2: você estaria sendo preso em uma relação totalmente desagradável em que você vive sendo preso por fazer as mesmas coisas que os anjos; e 3: não tem nada de errado em querer quebrar as regras, elas foram feitas para serem quebradas. – estendo a mão para que ele aperte, feixes compridos de fogo envolvem cada membro de meu corpo, sua bochecha está mordida por dentro.
And it’ll wake you up and cure your aching Take your walls and start ‘em breaking
– Finalmente viver um pouco, rir um pouco, ser você mesmo um pouco: isso é seu maior desejo, não é? Isto é um acordo que pretendo deixar pra você pensar.
Now that’s a deal that seems worth taking But I guess I’ll leave that up to you