Uma noite só para dois. - Capítulo 22
Naito teve que ficar no quarto do pai até que a casa fosse reformada e Alto, que estava rondando cada um dos quartos recentemente, se tornou em algo como um grão de areia em sua boca. Parecia que ele frequentemente saia do quarto, então, por mais que tentasse não esbarrar nele, não era algo que pudesse ser evitado para sempre.
Seu pai, que trabalhava à noite, era uma pessoa que dormia de manhã. Quando Naito começou a viver nesta casa, Elsie acordava durante horas incrivelmente incomuns e assediava Naito de tal forma que eles estendiam suas atividades para outros lugares além do quarto. Fizeram isso na mesa, no sofá e na escrivaninha do escritório do pai. No tapete, fora dele, e também tão constantemente que era evidente que essas duas pessoas estavam em um relacionamento.
Alto, que havia testemunhado isso de longe, parecia tão desconfortável que chegava a tempo para obrigar seu pai a ir trabalhar.
Naito fechou os olhos na banheira e mergulhou em seus próprios pensamentos destrutivos. Nessas ocasiões, precisava ficar calmo e repetir constantemente que não devia perder a paciência. Não importava o quão louco estava e não importava o quanto pensasse que iria morrer. No momento em que se rendesse e desistisse de sua própria vontade para se apaixonar por seu pai, então seria o momento em que sua vida terminaria para sempre.
Naito abriu os olhos e exalou.
Depois de beber a água gelada que prepararam para ele, sua mente voltou ao normal em um segundo. Ele tirou o gelo do copo, colocou-o na boca e inclinou-se suavemente para a frente, mergulhou na banheira e ficou de molho por um bom tempo. A água quente sempre cura o corpo que vinha sofrendo…
O pai não tinha intenção de libertar Naito. Em vez disso, ele parecia gostar de ter seu corpo à vontade entre suas mãos e, enquanto brincava com ele, sentia que estava caindo cada vez mais em um buraco sem fundo.
Por enquanto, a única coisa que poderia considerar ser verdade era que seu pai havia se apaixonado por ele.
Ele descobriu que não era mentira por meio de vários experimentos: quando a mão de Naito pousou sobre a dele, seu pai ficou tão animado quanto um adolescente. E quando não se afastava dele, seus olhos violetas brilharam com calor. Emocionados e como se fosse tudo para ele. Naito pensou em usar essas descobertas para sair de casa.
Papai saía regularmente de férias no verão. Ele sempre levava seu amante, mas desta vez, havia uma grande probabilidade de que ele o levaria. Naito, então, fingiria ser arrastado e pediria como condição adicional para também levar o Alto. Definitivamente perguntaria por que estava chamando por ele, mas já que ele o amava, lhe perdi algumas vezes teria que ser o suficiente.
“E obviamente eu pretendia usar meu querido irmão mais novo muito bem”.
O plano estava meio dentro de sua cabeça. Ele pensava nesse dia praticamente o tempo todo, acreditando que se fosse obediente o máximo possível, definitivamente poderia funcionar.
Naito se levantou após beber toda a água restante em seu copo. Ele vestiu uma camiseta preta, calça jeans e saiu por instinto. Ele não tinha apetite, mas sentiu que precisava colocar qualquer coisa na boca imediatamente para se livrar da ansiedade. Caminhou… Joe, o chefe de seu pai, estava tirando o pão do forno quando chegou à cozinha. E esse era o seu pão favorito! O homem, que sentiu o olhar de Naito, imediatamente sorriu e apontou para um bolo com a ambas as mãos estendidas. Era o bolo de chocolate favorito de Naito e Alto desde que eram crianças, então ele imediatamente o pegou e foi até a mesa do canto para começar a comer:
— Você está bem?
— Sim…
Zora , a filha do chefe que ele conhecia desde pequenina, estava escrevendo algo em uma folha de papel bastante colorida. Joe encontrou alguns utensílios de cozinha e depois de se organizar, ele ficou ao lado de Naito e despejou o leite em copos vazios. Lhe ofereceu um guardanapo, Naito o pegou e disse secamente: “Obrigado”. Tornando mais fácil para o cozinheiro analisar melhor o seu rosto. Está mais branco do que antes, mas também estava estranhamente limpo. Seus olhos pareciam opacos, então ele não pôde deixar de perguntar:
— Há algo incomodando você? — Joe perguntou em segredo porque notou que a atmosfera na casa não estava muito boa. Naito, dando voltas e mais voltas no garfo, disse:
— Não é nada.
— Trabalho aqui há mais de 10 anos. E agora, parece que entre você e o presidente as coisas…
Ele não queria mais ouvir, então Naito se esforçou para dizer:
— Já falei que está tudo bem, sério.
— Eu sou seu tio Joe, posso advogar por você. Posso ajudá-lo.
Isso era uma mentira, claramente. Não poderia ajudá-lo. Na verdade, quem poderia fazer isso? Seu pai, que compartilhava o mesmo sangue com ele, constantemente o forçava a fazer sexo como se fosse seu amante. Na verdade, Naito, lembrando-se do olhar apaixonado do pai, perdeu o apetite e largou o garfo.
— Naito.
Pensou muito claramente? Os olhos de Joe estavam cheios de decepção, então Naito estava obviamente envergonhado. Ele largou o bolo e disse:
— Não, não é que eu não possa confiar no tio Joe. Você conhece a personalidade do meu pai. Ele não vai ouvir, mesmo que você fale sobre isso de todas as maneiras possíveis.
— Bem… É realmente tão ruim assim?
Joe agarrou seu peito e perguntou impaciente. Bem, com o caráter feroz de seu pai, era óbvio que o cozinheiro teria medo do que ele diria se lidasse com as coisas da maneira errada. O homem oferecia enormes coberturas salariais, previdenciária e de aposentadoria e por isso a família de Joe continuava trabalhando ali, mesmo com medo dele. Naito se engasgou com suas memórias, então engoliu leite para passar o bolo. Largou a xícara vazia e amorosamente disse, para não preocupá-lo:
— Você não precisa temer por mim, tudo bem? Prometo que nada aconteceu.
Assim que sorriu, Joe assentiu com o rosto ligeiramente mais calmo. Era um método que ele costumava usar quando queria evitar tanto constrangimento.
Com ternura, sussurrando e olhando diretamente nos olhos da outra pessoa enquanto sorri, também sorrirá e começará a acreditar em suas próprias palavras. No entanto, assim que se virou, tornou-se incrivelmente sério e estranho novamente.
Naito então foi ao banheiro. Apoiando os braços na pia e logo após sua atuação, olhou diretamente em seu rosto espelhado pelo espelho: Seu rosto com certeza estava muito magro. Sua pele estava incrivelmente pálida e seu cabelo comprido picava seus olhos. Ele olhou para si mesmo de perto, baixou a cabeça. De repente, perdeu as forças e soluçou. Suas mãos tremiam inconscientemente e havia muitas lágrimas dançando em seus olhos. Enquanto ele se sentava, com a cabeça abaixada sob a pia, juntou as as mãos.
— Está tudo bem, está tudo bem. Vai ficar tudo bem. Tudo vai ficar bem.
Depois de murmurar isso por um longo tempo, seu coração se acalmou um pouco e ele conseguiu respirar obviamente melhor. Mas o tremor ainda estava lá. Em seus punhos, em suas pernas… Naito se levantou, pigarreou e escovou lentamente os dentes.
O banheiro era conectado diretamente ao quarto pela porta dos fundos, então foi fácil para ele entrar sem fazer barulho. Seu pai estava dormindo. O espaço da cortina estava entreaberto e a luz do sol, fluindo em pequenas ondas, molhava aquele corpo inteiro. Seus olhos estavam fechados, sua boca ligeiramente aberta. Ele parecia muito gentil e lindo dormindo, então Naito se sentou ao lado dele e, estendendo seus dedos trêmulos, tocou sua cabeça e enterrou as pontas dos dedos sob seu cabelo. Era uma textura muito lisa e maleável. Era como tocar no cabelo de Alto quando ele era criança. Ele tomou um pouco mais de coragem e olhou para o rosto do pai agora. Tocou sua bochecha com os dedos trêmulos. Naito examinou o rosto que parecia ter sido feito por um escultor.
“Você pode matá-lo agora?”
“Se apertar a garganta dele com força, você conseguiria?”
Os olhos de Naito congelaram com o passar do tempo. Naito afastou a mão e deu um passo para trás.
— Agora não.
Naito escapou de seu pai adormecido e foi direto para a biblioteca. Andando como se tivesse medo do que havia pensado. O quarto era incômodo porque seu pai poderia atacá-lo novamente a qualquer segundo, então era algo que ele tinha que evitar…
Naito, admirava a coleção de seu pai, então era fácil se familiarizar com aquele quarto. Havia vários livros e alguns aparelhos conectados. Ele é um cafetão, mas como também deseja abrir um negócio oficial, parece que está estudando administração de empresas. Havia dicionários de negócios, política, economia, história mundial, entre outros títulos. Pareciam livros normais, mas muito caros. E no canto, o livro mais atraente, um gordo e dourado, parecia chamar sua atenção. Ele o tirou e abriu: ⟨Como controlar seu carácter em 5 passos⟩
— 5 passos não são muito pouco?
Ele murmurou, lendo as palavras de autoajuda. O conteúdo era engraçado, então ele sorriu e balançou a cabeça ao ver o quão absurdo parecia. Abriu outro livro. Era um romance de comédia romântica que definitivamente não agradava a seu pai. Naito riu de novo e foi pego por um conteúdo mais interessante do que pensava. Havia um romance de sexo. Era um livro que falava de homens bonitos nascidos nobres, que iam de encontro com um país vizinho. Ao chegar, a filha de um homem importante e poderoso, se apaixona pela protagonista, que era compassiva e inocente. Ilite, que era uma mulher nobre, ergueu os olhos e as mãos para agradar ao líder masculino, Kashas. Ele a atacava, amarrando suas pernas abertas em uma cadeira e cobrindo seus olhos para auto penetrá-la…
Naito estava ficando com tesão, mas a cena também o assustou.
— O que você está vendo?
Seu pai, que se aproximou lentamente, pegou o livro entre suas mãos para que pudesse ler o título. Quando Naito entrou em pânico e abriu os dedos para tentar afastá-lo de seu lado, ele descobriu que seu pai, que estava olhando o conteúdo da página que Naito estava lendo, logo começou a rir alto. Então ele se atreveu a dizer o nome do livro em voz alta:
— Domesticando-me.
As bochechas de Naito ficaram vermelhas quando ele ouviu o título.
— Eu só… encontrei na prateleira.
Seu pai sorriu ao colocar o livro em seu lugar.
— E você gostou?
O pai pegou Naito pelas costas e o carregou para sentá-lo em sua mesa do escritório. Quantas vezes já tinha feito isso com ele? E de qualquer maneira, Naito ainda odiava que complementam a situação. Ele ainda sentia muito ressentimento dele…
Naito usou as costas da mão para empurrar o homem que o tocava em todas as direções.
— Não…
— Vamos fazer como Illite e seu amante fizeram. Você será a mulher e eu serei Kashas.
O pai pressionou suas mãos contra a mesa e o beijou usando muito de sua força. De cima a baixo e fazendo os lábios se tocarem em um ângulo reto perfeito. Estava frio, mas, depois de chupar seu lábio inferior várias vezes, quando a língua do pai tocou a área sensível de seu palato e foi mais fundo, um gemido quente fluiu e se estabeleceu bem em suas bocas. Naito inclinou a cabeça para tentar evitá-lo, mas Elsie ergueu os lábios e o capturou. Os olhos do pai estavam muito quentes. Nublado de prazer… Naito tinha a incrível sensação de que poderia derreter apenas por estar na frente dele.
Suas mãos começaram a tremer novamente. A rejeição fisiológica de Naito por seu pai o fez querer fugir, mas antes que ele fizesse qualquer tipo de movimento ou mesmo pensasse sobre isso, seu pai rapidamente agarrou o pulso de Naito e o colocou de bruços em sua mesa. Ele observou o pai, vasculhando as gavetas até encontrar algumas cordas e uma bandagem preta. Não sabia por que ele mantinha coisas assim na gaveta da biblioteca. Nem mesmo ousou perguntar.
— Não… não faça isso.
Naito acenou com a ponta dos dedos e tremeu. Ele estava com medo dos prazeres que viriam, ou melhor, com medo de quão doente poderia ficar quando eles estivessem sozinhos. Não queria sentir isso. Ele não queria cair nos braços de seu pai novamente.
Elsie, com seu pênis longo e duro, começou a estimulá-lo tão rápido que ele nem percebeu. Isso até fez com que ele perdesse a paciência e ofegasse com o corpo entorpecido e trêmulo.
— Eu quero fazer isso agora… eu quero penetrar em você.
_________________ Continua…