Uma noite só para dois. - Capítulo 20
Elsie soube que a condição física de Naito era ruim, então ele foi pessoalmente buscá-lo para levá-lo ao seu quarto…
Com o rosto no travesseiro, Naito, que se escondia para evitar o olhar intenso do pai, de repente ergueu a cabeça ao se lembrar de uma pergunta que queria fazer a alguns dias… Papai estava sentado na cadeira, e estava olhando para ele com os braços cruzados sobre o abdômen e uma perna em cima da outra. Seu corpo estremeceu ao som de uma risada deslumbrante em um rosto angelical. Mas esse rosto bonito e seu pênis, eram coisas que contrastavam terrivelmente bem.
Naito finalmente abriu a boca:
— Desde quando você tem vontade de brincar comigo?
— Bem… Por muito tempo, houve muitas coisas que eu queria que fizéssemos juntos.
Ele franziu a testa. Quando o sorriso de seu pai apareceu, tão largo e hipócrita, Naito teve que conter seus sentimentos e apertar os lábios. Ele esperou um segundo, dois, e então disse:
— Desde quando você queria fazer sexo comigo?
As bochechas de Naito gradualmente ficaram vermelhas. Ele, que não conseguia superar seu constrangimento, levantou o cobertor e cobriu todo o rosto mais uma vez, até os olhos. Seu pai estava muito sério, com o queixo entre as mãos e os olhos pairando aqui e ali no corpo do filho. Ele finalmente abriu a boca e simplesmente respondeu:
— Depende… Quando você começou sua vida sexual?
Naito riu da resposta inesperada, mas meu pai suspirou como se estivesse falando sério. Ele estava na cadeira, mas então se levantou e foi se sentar na cama também. Acariciou sua testa com uma mão amorosa, então começou a pentear seus cabelos. Assim como seu rosto, foi um toque amoroso, lento e caloroso. Seus olhos estavam realmente brilhantes, como se olhasse para seu amante.
Seu calor parou sua respiração.
— Fazer sexo ou namorar é tão ruim assim para você, papai?
A mão de seu pai parou. Então, os dedos desceram e começaram a tocar os lábios de Naito…
— Não. Mas ainda estou muito chateado. Quero dizer, me roubaram meu filho. Acho que é por isso que decidi dar um grande passo com você… Porque você é meu de qualquer maneira. Você é meu, então não importa o que eu faça ou deixe de fazer.
Ele era um pai com uma lógica bastante estranha para seu próprio gosto. Naito removeu a mão de Elsie e se afastou. Eles não podem fazer mais sexo do que já fizeram. Se ele deixa que o penetre novamente, então definitivamente seu corpo e mente estarão distantes outra vez e ele não será capaz de falar ou entender o que está acontecendo.
— Não me toque hoje.
Papai inclinou a cabeça:
— Então, amanhã?
— Nem amanhã.
— Depois de amanhã.
— Estou fazendo isso com meu pai… E isso é horrível. Fazendo sexo com meu pai, me sinto mal.
Um lindo rosto se aproximou do seu. É incrível que aos 38 anos ele ainda tenha aquele tipo de expressão tão fresca. Naito sempre olhou para ele, durante a comida, na cama, mas hoje o rosto do pai está diferente. Mais suave, possivelmente… E ele não quer vê-lo. No entanto, a energia de Elsie perseverou e perseguiu Naito até que ele conseguiu beijá-lo novamente. Ele o beijou suavemente, e o cheiro de perfume de repente embotou todos os seus sentidos. Era parecido com o cheiro de incenso, sabonete ou lençol… E Naito estava cansado dessa brincadeira em que alguém o deixava totalmente à sua mercê.
Naito se levantou e tentou dar as costas ao pai. Elsie não se afastou nem um centímetro e, ainda sentado na cama, olhando para as costas arredondadas de seu filho, sorria como se aquela visão fosse a coisa mais linda do mundo inteiro.
— Por que você simplesmente não admite e deixa? Foi bom, porque eu acertei exatamente no ponto onde você gosta.
Irritado com as palavras do pai, Naito deu um pulo e gritou:
— Não fale assim! Sinto que meus ouvidos vão apodrecer só de ouvir você!
— Não se preocupe. Algo assim não pode apodrecê-los.
Naito não tinha certeza se não entendia o que havia falado ou se ao contrário, respondia assim porque gostava de provocá-lo. O pai apenas encolheu os ombros e estendeu a mão para segurar Naito em seus braços… E entre as mãos do papai, Naito, que continuou se movendo, o empurrou repetidamente até que Elsie não teve escolha a não ser apertar e aumentar a força para que não escapasse.
Ele se sentiu como se estivesse sendo esmagado por uma parede pesada porque os braços de Elsie eram firmes e aterrorizantes.
Naito, mesmo assim preso, perguntou ao pai outra coisa:
— Por que você quer ficar comigo?
— Hum?
E ele parecia desejá-lo tanto… Mesmo agora, enquanto tentavam conversar, ele levava a mão de vez em quando até a bunda dele para começar a acariciar. Naito olhou para o pai e continuou:
— Muitos homens são mais bonitos do que eu.
— Você é o mais bonito de todos no planeta inteiro.
A expressão de Naito se contorceu com o elogio aberto, como se dissesse: “O que esse louco está dizendo agora?”.
Ele estava indefeso, então estalou a língua, e quando ouviu este pequeno som, seu pai sorriu e beijou os lábios de Naito novamente. O mesmo como se já fosse um costume entre os dois.
No início, foi um beijo sincero que parecia pedir permissão. Com o tempo, o beijo foi ficando mais denso, como se ele pedisse sexo…
Ele sentia, mesmo quando dormiram pela primeira vez: Papai beijava terrivelmente bem. Isso o fez maravilhar-se e, aos poucos, até mesmo o fez sentir prazer. E Naito, que gemia sem saber, assumiu o controle de sua razão após alguns minutos de tentativas e recusou com raiva cada vez que a língua de seu pai tentava entrar.
Não, não pode se dar ao luxo de pensar besteiras porque ele é seu pai. E um pai não deve fazer isso como se nada…
Mas como se papai lhe dissesse para não pensar em besteiras, ele lambeu seus lábios com força e o atropelou gentilmente até atingir seu paladar.
Um gemido escapou dele…
Empurrou o ombro do pai algumas vezes, mas nada aconteceu. Na realidade, o impulso de seu pai vem tão violento quanto uma onda enorme, então Naito não teve escolha a não ser deitar na cama para poder beijá-lo tanto quanto aquele homem parecia querer.
Com os lábios molhados, o pai sorriu ao ver Naito ofegante e com o rosto todo vermelho:
— Só quero ficar com você, porque te amo.
— Não quero isso.
Naito cobriu o rosto, o pai agarrou seu pulso e estendeu-o até pressioná-lo contra a cama.
— Na verdade, eu te odiava… Não, a coisa mais razoável a dizer é que eu odiava crianças. Eu estava me perguntando por que eles tiveram que nascer? Por que eu tive que ter filhos? Quando eu era mais jovem, isso me incomodava muito, sério… Mas acho que agora entendo o motivo do seu nascimento.
Elsie tocou o rosto de Naito com as costas dos dedos… Quanto mais ele ficava ciente dos sentimentos de seu pai, mais odiava o carinho que parecia ter por ele.
— Amar você é incrivelmente conveniente para mim. Você não pode engravidar, e o registro familiar diz que você é meu filho, então posso ter você comigo sem explicação. É perfeito!
Naito fechou os olhos com força. Tudo o que ele podia fazer era fechá-los e tentar encontrar algum sentido nisso. Seu pai estendeu a mão e sussurrou, tocando sua barriga lisa:
— Mas eu te amo tanto que acho que se você tivesse meu bebê não seria nada ruim. Sim, eu gostaria que você pudesse engravidar de mim. Seria seu irmão ou seria seu filho?
Naito disse:
— Por favor, pare…
O pai agarrou-lhe o queixo:
— Mas ainda temos muito tempo para tentar, não é?
Seus lábios tocaram os dele com ternura. A mão de Naito, flutuando no ar, acabou agarrando seu ombro até apertar… O beijo se aprofundou com um toque fraco.
____________________ Continua…