Uma noite só para dois. - Capítulo 17
Naito dormiu por horas e depois acordou antes do pai sair para o trabalho.
Ele estava lutando para caminhar até o provador e quando chegou à portinha, tirou apenas uma camiseta preta lisa e shorts. Embora talvez não fosse a melhor opção para sua condição atual. Ele ainda não estava se sentindo bem e estava com bastante frio, então optou por um cardigã bege claro. Tentou descer as escadas, mas quando suas pernas cederam e ele caiu contra sua bunda, foi tão doloroso que quase chorou e gritou desesperadamente. Ele se segurou no corrimão, suor frio escorrendo de sua testa, e quando se inclinou, ofegante e entorpecido, ele viu pés consideravelmente grandes ao lado dele. Os pés de Contor.
Naito ergueu os olhos e observou o homem, que o observava com uma expressão descuidada.
— Onde você vai?
— Eu quero ver meu pai.
— Quer ajuda?
Contor estendeu o braço em sua direção e, surpreso com a visão daqueles dedos se aproximando, Naito se aproximou e bateu com força o dorso de sua mão. Então, ele também começou a empurrar seu torso como se quisesse derrubá-lo no chão… Não queria falar com ele, óbvio, e com certeza não queria sua ajuda.
Naito caminhou por conta própria e abriu a pequena porta no final do corredor. O ar fresco da noite saudou Naito e ele, finalmente e depois do que pareceu uma eternidade, foi capaz de respirar o cheiro do exterior que enche seus pulmões.
Naito, que estava admirando o céu noturno com uma lua cheia redonda no centro, viu Contor. Caminhando em direção a ele, mas mantendo distância:
— Vou ligar para o seu pai, para avisar.
— Sim.
E então Contor, que falou brevemente com seu pai pelo celular, se aproximou até por um lado e o informou:
— O presidente está me dizendo que você pode ir.
— Ótimo.
Naito suspirou e deu um passo à frente. Durante sua caminhada, a mansão que seu pai guardava ficou tão grande e sombria que pensou:
“Como diabos tinha tanta certeza de escapar?” Se ele continuar assim, ficará preso em casa para sempre. Desamparado e à mercê de seu maldito pai. Ele tinha que justificar sua partida de alguma forma, mas não conseguia pensar em nada inteligente ou perspicaz o suficiente. Além disso, mesmo que dissesse algo que pudesse ser justificado, ele se perguntava se seu pai realmente confiaria nele…
A coisa boa sobre esta situação, pelo menos, foi que Rayan não morreu. Naquele dia, seu pai seria capaz de matá-lo como uma mosca sobre sua palma e ele provavelmente tinha muita vontade de fazer isso. No entanto, embora Rayan fosse um filho ilegítimo, ele definitivamente era filho de seu amigo, o Duque. Ele não poderia fazer isso com um homem que respeitava tanto, então acabou apenas moendo sua cabeça e jogando-o escada abaixo. Algo pequeno, se levar em conta sua terrível personalidade.
Naito então se lembrou do rosto de Rayan quando foi espancado por seu pai. Sangrando, afundando… O rosto inchado de Rayan estava fortemente esculpido em seu coração porque, afinal, Rayan nunca havia sido surrado por ninguém em sua curta vida. Sentia muita pena por ele, que teve que passar por tudo isso por causa dele.
‘Rayan vai ficar bem? Você vai comer bem? Ele deve estar preocupado comigo…’
E enquanto tantas preocupações estavam constantemente girando em sua cabeça, ele chegou à casa de seu pai. Parou na frente da porta enorme e respirou fundo… Era um lugar onde sempre ia comer, mas agora o deixava mais do que nervoso.
A porta se abriu quando ele a empurrou um pouco. Tinha que passar pelo salão e depois subir as escadas que eram iguais às que tinha em casa…
Sempre pensei que papai era sombrio, olhando fixamente para mim em vez de olhar para Alto. Exatamente como da primeira vez que me encontrou. Sim, certamente daquele momento em diante, os olhos de meu pai não eram os de um pai comum.
Desde o início, com seus olhos vazios e lábios entreabertos… Ele havia gritado que o amava como um louco.
Naito, que estava pensando nisso, sentiu frio e abraçou a parte superior de seu corpo em um segundo. Balançou a cabeça para o lado e foi até o escritório do pai. Ele estava fraco e dolorido e quase caiu como em sua própria casa, mas ele ainda conseguiu escalar silenciosamente e resistir…
O escritório de seu pai ficava no terceiro andar, conectado a seu quarto pessoal e ao lado estava o quarto que ele usava quando dormia com Keshan. Naito pensou para onde ir e bateu primeiro na porta do quarto. Não havia ninguém. Naito foi até o escritório do pai e, não muito depois de bater, a porta se abriu lentamente: Seu pai, que sempre usava terno, hoje vestia uma camisa confortável de mangas curtas e decote em V. Ele usava calça de treino, então o surpreendido Naito, tremendo e olhando para cima e para baixo, apenas deu um passo para trás. Seu pai sorriu, levantou-se e abraçou Naito gentilmente para conduzi-lo até seu escritório.
Naito parecia esmagado de medo porque não conseguia se mover. Ele está apenas endurecido e sendo guiado por seu pai.
— Vamos, me diga o que quer.
O escritório do papai estava uma bagunça. Vários documentos, como uma montanha, estavam empilhados no chão e a estante estava cheia de livros novos e velhos. Naito, que olhava em todas as direções, foi guiado por seu pai que o levou a uma espécie de biblioteca improvisada logo na esquina. O pai primeiro sentou-se no sofá, depois, em cima de si mesmo, colocou o filho e o abraçou. Naito estava carrancudo. Seu corpo, que havia endurecido, foi quebrado por seu pai algumas horas atrás, então dói e ele não para de tremer… Papai parece ser fofo. Ele sorriu como uma criança pequena e segurava sua coluna para que não doesse mais devido ao atrito. Ele o acariciou, então o rosto de Naito ficou incrivelmente vermelho. Não importava que estivessem sozinhos, era constrangedor criar uma atmosfera de amor assim do nada. Seu pai era imprudente e seu coração batia forte como se subisse em uma montanha russa.
Naito tentou recuperar o fôlego e disse:
— Eu não vim aqui para isso. — Ele se soltou dos braços do pai e se sentou no sofá em frente a ele. Apenas em uma posição confortável. Naito olhou novamente para o rosto do pai e acrescentou: — Livre-se da câmera.
Seu pai riu baixinho. Cruzou as pernas e colocou o queixo na mão em um gesto gracioso e furtivo. Olhou para Naito com olhos terrivelmente excitados e perguntou:
— Qual é a razão?
— Porque me sinto mal com isso! O que há de tão bom em meu pai me olhando em um espaço privado?
— Eu disse a você. Eu tinha que saber com quem meu filho estava brincando. Eu não ia deixar passar o fato de que alguém tocou um corpo que claramente pertence a mim.
— Eu não sou amante do papai. Não te pertenço em nada.
Diante da irritação de Naito, seu pai riu brevemente pela segunda vez. Tocou sua boca com o dedo indicador e disse:
— Por que você pensou em fugir?
Naito engoliu em seco. Obviamente ele sabia disso também, mas ficou nervoso e cerrou o punho até que começou a doer e estralar.
Assim que fez isso, o pai deu uma risadinha e balançou a cabeça:
— Sabe o que estou pensando?
— Não, o que você pensa?
O pai esticou as pernas e as deixou descansar sobre a mesa:
— Não é divertido se contamos tudo um para o outro. Eu gosto mais… Desse jogo que estamos deixando avançar entre nós dois. Te descobrindo e te punindo…
Naito estava sentado teimosamente com os braços cruzados sobre o peito. Olhando para o lindo rosto do pai, Naito insistiu até o fim:
— Livre-se da câmera.
— Se eu me livrar da câmera, o que eu ganho? Obviamente não é bom te deixar ao acaso. Você tem um plano para fugir, um namorado, até tem um celular. Mas eu tenho que deixar você sem perguntar nada?
— Se eu não fugir, você vai se livrar dela?
Quando seu pai ouviu, seu rosto mudou radicalmente em um segundo. Naito endureceu o coração e caminhou em direção ao pai, perto o suficiente para Elsie envolver sua cintura entre as mãos. Ele abraçou o filho novamente e o sentou em sua coxa. Mesmo quando era jovem, ele nunca tinha sido abraçado assim, então Naito, humilhado, virou a cabeça e depois de um minuto tentando se acalmar, o encarou. O pai tocou o pescoço esguio do filho com as costas de seus dois dedos.
— Você realmente não vai fugir?
— Eu não vou fugir.
Claro que iria, ele já tinha se decidido. Mas, externamente, finge obedecer e ser um bom menino. Papai tocou a cabeça de Naito como se estivesse acariciando um cachorrinho e então, seus lábios se separaram:
— Só há uma maneira de me fazer acreditar em você — seu pai agarrou o queixo de Naito e o ergueu. O polegar do pai pairava ternamente sobre seu rosto, pressionando seu lábio inferior antes de atacar sua boca e sussurrar: — Faça Rayan se afastar de você. Você mesmo… Eu quero que você o canse tanto que não lhe deixe nenhuma escolha a não ser te abandonar.
—… O que?
Você achou que eu te deixaria em paz enquanto Rayan ainda estivesse em sua vida?
— Por que Rayan está abordando o assunto?
— Porque eu não gosto. — Naito estava cansado da resposta honesta de seu pai. Elsie deu uma risadinha, porque seu rosto confuso era bonito o suficiente para resistir. Ele estendeu a mão e tocou a coxa exposta de seu filho. Devido aos eventos recentes, o calor parecia estar aumentando perto de onde seus dedos estavam viajando… Além disso, as emoções negativas também aumentaram de volume de um momento para o outro. Naito agiu com franqueza, mas tremia como uma vela ao vento. Papai abraçou Naito com força e disse:
— Não tenho o hábito de compartilhar.
— O que você está dizendo?
— Eu te dei à luz. Então você é meu.
— Minha mãe que me deu à luz… A única coisa que meu pai fez foi semear sua semente.
Seu pai ficou em silêncio por um momento. Pensativo, ele encolheu os ombros e estendeu a mão para tocar o pênis dele. Naito prendeu a respiração e balançou o ombro. A ansiedade parou momentaneamente…
— Isso mesmo. Foi Jan quem te deu à luz. Mas fui eu quem lhe deu isso.
O pai disse, segurando o pênis de Naito até que ele o fizesse reagir.
Papai enfiou a mão na cueca e tocou todo o seu membro. O pênis, que cabe confortavelmente em sua mão grande, era tão quente e confortável que começou a crescer cada vez mais. Naito pensou: “É meu pai, é a mão de meu pai. Eu não deveria fazer isso.” Mas mesmo assim desmaiou pelo prazer que os seus dedos lhe deram, o seu calor, as palmas inteiras… As mãos eram bastante experientes e embora nem se esforçasse para entrar nele, ficou fascinado. Mesmo em comparação com a maneira como Rayan o tocava.
E era muito assustador pensar nisso.
— Chega… Papai, já chega.
— Ele já foi tão bom assim? O seu lindo pau já tremeu com ele do jeito que faz comigo? Huh? Olha, eu te conheço tão bem… Porque eu sou seu pai.
Naito negou com a cabeça lentamente diante dessas palavras que eram quase obscenas.
Porém, a mão do pai, ao acelerar e excitar seu pênis, finalmente apertou e apertou até que seu filho culminou em sua mão inteira. Naito engasgou, ele sentiu que estava ficando sem energia e que as pontas dos dedos dos pés estavam se contraindo e então estendendo a mão para dizer adeus ao seu orgasmo. Naito estava tão energizado que não conseguia se mover. Papai, com sêmen nos dedos, levou a mão aos lábios de Naito e, assim, seu próprio gosto espesso e salgado começou a encher sua língua.
Assim, quando seu pai finalmente o soltou, Naito caiu no chão e sentiu náuseas. Ele estava enojado de si mesmo. Por que isso teve que acontecer da mão do seu pai? Ele não entendia nada, que chegou ao clímax e chupou seu sêmen. Nojo, desprezo e vergonha, é o que ele tem.
Naito estava deitado no chão, chorando, mas seu pai riu e tocou sua cabeça novamente. Lágrimas escorrem por seu queixo:
— Você precisa saber que me importo muito com você.
Naito olhou o seu pai sorrir, mas ainda assim sua imagem era completamente ameaçadora para ele. A atmosfera parecia patética devido às roupas, cabelo bagunçado e suor. Naito apertou seu cardigã e abriu a boca:
— Isso é ‘se importar’?
— É.
O pai sorriu alegremente, levantou-se da cadeira para ficar ao lado dele e tirou um cigarro do bolso. Antes de começar a fumar, ele falou, olhando avidamente na direção do pescoço de Naito.
Gosto de fazer sexo enquanto engasgo com a fumaça, mas não faço porque estou pensando em você. Só quero te dar prazer, quero que grite e morra de prazer. Meu filho… Você não quer o mesmo? Vem cá, eu não acho que você pode ter um orgasmo sem as mãos do papai…
Naito continuou parecendo animado enquanto ele tirava suas calças…
Papai fumava e olhava para as costas magras de Naito o tempo todo. Ele fumou, cuspiu e voltou a fumar novamente. Quando a fumaça cinza desapareceu, a bunda branca do filho se revelou. Saudável, redonda e aquela pele elástica com pernas finas tão lindas. Muito diferente dos outros homens… Ao ver sua coxa ligeiramente exposta, notou também que a parte inferior latejava e estava tão vermelha que com certeza doía muito. Gemendo, o buraco vermelho se abriu e o sêmen leitoso, que não havia sido bem removido, escorreu.
Espalhando-se… Há sêmen dentro, e como chuva o esperma escorre entre as nádegas elásticas que ele acaricia e amassa e Elsie, com uma imaginação perversa e um rosto educado, engasgou tão obscenamente que não percebeu quando a porta foi aberta sem sua permissão.
Ele franziu a testa.
Keshan entrou com uma cara zangada.
_________________ Continua…