Querido Benjamin - Capítulo 33
Isaac bebeu só um pouco… Não sabia o que havia sido colocado no suco, mas estava com medo de continuar. Então Cole segurou uma espécie de controle remoto e assim que apertou o botão, a televisão em uma parede da sala de jantar ligou e mostrou uma imagem toda preta. Isaac olhou para cima e voltou toda a atenção para a tela. Era uma sala que o lembrava de uma prisão. Não havia nada além de uma cama, nem sequer tinha janelas ou luz. E no canto, deitado na cama com Benjamin, estava sua mãe. O garoto estava perto do peito, com a mãozinha na boca enquanto a mulher acariciava gentilmente suas costas.
— Você deveria me agradecer por dar a eles uma cama… Foi muito difícil conseguir.
Cole deu de ombros e sorriu, como se tivesse feito algo muito grande e benevolente, apesar de ter cometido o pecado de sequestro e encarceramento. Isaac o encarou sem perder a calma.
— Eu trouxe os documentos que você queria. Então. Por favor. Liberte minha mãe e Benjamin.
Cole nem sequer pretendia fingir que o ouvia. Ele estava lá, derramando mais suco de laranja no copo de Isaac.
— Farei isso mais tarde. Beba isso primeiro.
— Se você mandá-los para casa em segurança, eu vou beber.
— Você acha que sou um idiota? Eu não tenho certeza de como, mas você certamente vai escapar logo depois de deixá-los ir.
Cole, diferentemente de seu comportamento despreocupado, tinha um ar agressivo constantemente circulando ao seu redor. O que eu deveria fazer? Até onde devo ir seguindo o fluxo da corrente?
Ele apertou o punho debaixo da mesa.
— Kay, por que você acha que eu mostrei a sua família? Para mostrar que eles estão seguros e fazer você se sentir melhor?
“….”
— É para você ver como o corpo da mulher se enche de buracos toda vez que você se recusa a cooperar.
Isaac arregalou os olhos e, em seguida, Cole disse algo como: “Entre”. Isaac não tinha notado que tinha um pequeno fone de ouvido sem fio conectado ao ouvido… Ele revirou os olhos imediatamente, com o rosto completamente rígido. Na sala, a porta foi aberta e um homem alto e musculoso entra. Pistola na mão. Sua mãe notou imediatamente, sentou-se e depois cobriu a criança adormecida com seu próprio corpo magro e trêmulo. Assustado, Isaac levantou-se tão rápido que a cadeira moveu e acabou caindo. O som da madeira foi ouvido tão alto que até fez seus ouvidos formigarem.
— Chega.
A voz de Isaac era forte. Seu punho ainda estava cerrado e as veias pulavam do seu pescoço, mas Cole estava ao lado dele, tomando café de maneira descontraída.
— Sentar-se.
— Já chega!
Isaac ficou tão ansioso que ele estendeu a mão para agarrá-lo pela camisa e levantá-lo alguns centímetros do chão… Mas se ele lhe der um soco na cara, o que ele conseguiria? Certamente o homem na sala atiraria imediatamente e mataria os dois. Ele respirou e cerrou os punhos com tanta força que seu tendão imediatamente inchou e sua palma ficou molhada. O soltou, foi para a mesa e pegou o copo de suco para beber tudo até o último gole.
Ele jogou o copo sobre a mesa com tanta força que acabou quebrando-o.
— Você deveria ter me ouvido desde o início, teríamos evitado todo esse drama.
Cole, que se sentou novamente, revirou os olhos e disse que estava satisfeito com o que havia feito. Ele ordenou: “Saia daí”, para o homem na tela; assim, quando ele desapareceu da sala, sua mãe relaxou os ombros. Isaac fez exatamente a mesma coisa, levantou a mão e cobriu os olhos já terrivelmente quentes.
— Eu já fiz, então deixe-os ir.
Até certo ponto, Isaac abaixou a mão que estava cobrindo as pálpebras e depois mostrou a ele um semblante mais frio do que antes. Cole que estava segurando a xícara de café, apenas levanta a cabeça e sorri.
— Vamos encerrar nossos negócios primeiro… Você já percebeu, quem eu preciso é você, não eles. Sua mãe e filho são um fardo difícil, então eu vou me aproveitar da sua menor reclamação para fazê-los terminar em um cesto de lixo.
“….”
— Então agora traga os papéis que você prometeu e me deixe vê-los.
Isaac ficou calado. Se sentou e colocou a cadeira bem perto da madeira da mesa. Não teve escolha a não ser seguir suas instruções.
— Oh meu Deus, é um momento muito chato. Revisar documentos enquanto como.
Cole cortou as panquecas e as colocou uma atrás da outra na boca, rosnando, como se estivesse fazendo algo realmente irritante para ele. Isaac, por sua vez, silenciosamente abriu o saco de papel e empurrou uma pilha de documentos amarelados na frente de Cole. Sua expressão, olhando e verificando tudo o que estava lá, era tão natural como se ele estivesse lendo um jornal ou um livro.
— Félix disse alguma coisa? É improvável que você o tenha informado de que chegaria tão longe… Mas ele certamente sabe.
De repente, Cole perguntou isso sem tirar os olhos do papel.
— Não sei o que você está falando.
— Oh, é sério? — A pergunta parecia trivial se ele tomasse café em grandes goles. — Porque ele parece estar fundindo até o fundo nisso.
— O que você colocou no suco… Que eu tomei?
— Não é nada.
Cole deu de ombros e colocou a xícara de café de lado. No entanto, imediatamente depois disso, olhou para ele com um sorriso mais do que intimidador. Olhos afiados… Como se estivesse tentando ver todas as partes do interior de Isaac. Sob as roupas dele. Muito desagradável, certamente.
— Como você diz que não é nada quando me fez beber?
— Quero dizer, não é nada sério… Mas pode ser um grande problema para você. Bem, desde que você o tomou, suponho que não há sentido em escondê-lo. É um medicamento que neutraliza os inibidores que você certamente tomou antes de vir.
Isaac, que foi confrontado com uma resposta inesperada, momentaneamente parou de respirar.
— Você-…
— Kay. Você acha que eu não sei que você é Ômega? Eu até sei que Félix é o pai do bebê.
— Isso-…
— Ômega, embora me enganou por um longo tempo e fingiu ser um Beta. Provavelmente foi porque você tomou inibidores por anos… Isso significa que você não é um Ômega Dominante porque eles são incapazes de esconder completamente seus feromônios com medicamentos. Você é um recessivo.
Isaac não podia nem dar desculpas, sua garganta estava completamente bloqueada.
— E sobre Félix, bem… O garoto tem a palavra: “Prixel”, tatuada na testa.
Isaac revirou os olhos sem saber acabou assistindo Benjamin na tela. Ele estava pálido, respirando muito rápido e tão cansado que nem parecia querer acordar, mas mesmo assim ele tem um rostinho bonito como o de um anjo. Loira brilhante, pupilas azuis, nariz reto. “O garoto é idêntico a ele! Qualquer um que tenha visto o chefe e Benjamin pode adivinhar…” De repente, as palavras que Tony cuspiu da última vez imediatamente perfuraram seus ouvidos.
Tentou manter uma atitude insensível, mas quanto mais pensava, mais nervoso se sentia.
O coração de Isaac ficou fora de controle porque estava enfrentando um cenário que nunca tinha visto antes. As pontas de seus dedos tremem e endurecem depois.
— Se Félix não tivesse me dito que ele é o pai, eu não teria descoberto que você é um Ômega. Sabe de uma coisa? Temos que agradecê-lo por isso mais tarde…
Desta vez, a expressão no rosto de Isaac quase se distorceu imediatamente. Nem fez um esforço para esconder que estava confuso.
— Agora… O que você disse?
— O quê? Você não sabia que tínhamos conversado? Ele não era o contato que ele tinha em mente, mas…
— Não, ele… Ele disse que era seu filho? Ele realmente quis dizer isso?
— E me ameaçou. Ele disse que, se o tocasse, provaria o quão cruel um homem pode ser. “Eu o amo.” Uma coisa ridícula dessa.
O rosto de Isaac, que estava vermelho de raiva, gradualmente empalideceu… Como se houvesse alguém segurando seu pescoço com força e apenas apertando e apertando. Ele estava com falta de ar e sentia como se estivesse perdendo toda a força e energia que haviam acumulado. Cole disse muito mais coisas depois disso, mas era difícil manter a mente clara.
—… Félix.
Você realmente sabia? Você já sabia que Benjamin era seu filho? No entanto, ele nunca revelou nenhum sinal de saber, nunca perguntou nada, então… Como? Quando?
Seus pensamentos não estão organizados, seu cérebro parecia ter parado de funcionar. Deixou cair os ombros porque também não conseguia se sentar direito.
— Desde aquela época, quando você não o matou, eu sabia que algo estava acontecendo entre vocês dois… Não, antes disso. Quando você viu a foto dele nos relatórios, eu lhe mostrei. Seus olhos ficaram tão brilhantes.
— Eu…
— Mas isso de ter um filho dele… Eu não sei como aconteceu, mas honestamente me dá nojo.
—… Então, o que você vai fazer agora que sabe?
— O que vou fazer?
Só então, Cole — que se divertira muito com o café e as batatas — largou a comida e abriu os olhos um pouco mais.
— Sinceramente, pensei cuidadosamente… Acho que se eu cortasse a cabeça do garoto e o jogasse diante de seus pés, ele ficaria louco. Seria incrível e eu adoraria vê-lo destroçado por perder o garoto, quando ele já o tem tão perto. Uma comoção que duraria e duraria…
Mas ele também era muito impulsivo e não podia garantir o que aconteceria a seguir. Félix estava intimamente relacionado ao governo e às forças armadas, e havia também o avô. A própria organização da máfia trabalhou junto com governo na lavagem dinheiro, eles tinham um negócio tributário… Era uma máfia grande o suficiente para poder contar nos dedos das duas mãos, um homem que tem tantas conexões por todos os lados e pode influenciar todas as partes disponíveis. É perigoso. Todos eles cairão no seu pescoço.
— Eu vou libertá-lo… Uma criança não vale a minha vida.
— Oh, obrigado. — Isaac respirou tão profundamente que sentiu seu coração parar de bater por um segundo… Organizou seus pensamentos novamente e olhou para cima. Como obsidiana, suas pupilas negras parecem brilhar com desespero. — Então seria melhor tirá-lo daqui o mais rápido possível. Félix certamente o encontrará e poderá levá-lo com ele. Por favor, você só precisa…
— Woo, é claro que sim. Mas antes disso…
Cole se levantou e o olhou de cima a baixo. Ele ainda parecia calmo o suficiente, mas quando se aproximou dele e o forçou a levantar a cabeça, Isaac ficou tão nervoso que teve que engolir a saliva acumulada.
— No entanto, você ainda não foi marcado?
—… O que?
Isaac ergueu as sobrancelhas…
— Você deu à luz seu filho sem se enlaçar? Quão impróprio para você.
Bem, se o que ele disse era verdade, Félix era um caso totalmente diferente que ele não sabia como lidar. Mesmo sabendo que Benjamin era seu filho, agiu como se não soubesse nada sobre isso. Nunca o tratou de maneira diferente, embora parecesse ter descoberto que ele era um Ômega e até lhe disse que eles iriam passo a passo. Que não saberia de nada até que Isaac lhe dissesse… Não doía nada o que ele fazia, mas Cole fez tudo parecer terrivelmente amargo.
— Eu acho que isso é normal. Félix é um homem famoso por sempre está sempre quente. — Então, de repente, Cole se inclinou e colocou a boca na bochecha de Isaac… O hálito úmido do homem corre da ponta do nariz até os lábios. — K…
Cole, que o chamava pelo seu nome de código, estendeu a mão e agarrou os cabelos pretos de Isaac até que ele fosse puxado para trás completamente. Isaac gemeu, franziu a testa e tentou se sentar novamente… Mas seu pescoço se dobrava cada vez mais e mais.
— Vou te marcar como meu.
—… O quê?
— Você ainda não entendeu? Vamos nos ligar.
Não parecia brincadeira, então…
— Você está louco?! Ainda sou o filho de Keith, seu parceiro! Legalmente, sou seu filho!
No final, ele gritou em plena suas emoções insuportáveis e tirou suas mãos de cima. Mas como poderia fugir dele? Cole o seguiu com olhos tão nublados quanto os seus.
— Sim, assim é. Por isso que acho isso tudo ainda mais emocionante. Não havia nada interessante sobre você quando era um Beta… Ser Ômega é uma história diferente. Veja bem, eu sou um Alfa que ama feromônios ômega, ainda mais quando parecem tão infinitamente fortes, como um cavalo rude. Domesticá-los é divertido, você sabia? Além disso… Um homem que é o pai adotivo, engravidando o filho. Isso acrescenta ainda uma sensação de imoralidade fascinante.
(N/T: Não gosto desse tipo de fanfic não Cole!)
— Você… Definitivamente é um filho da puta louco.
Rindo silenciosamente, Cole acariciou sua bochecha novamente. Ele estava piscando sem parar.
— Como eu disse antes, não tenho pensamentos sobre deixar meu cachorro ir…
— Eu não sou mais seu cachorro.
— Mas você será meu Ômega.
— Você não pensou que eu te mataria antes de deixar você me tocar…?
— Você não poderá me tocar até que eu os solte.
— Não, estou falando sério. Se você tentar me marcar, você vai morrer.
Então Cole riu como se tivesse ouvido uma história realmente engraçada.
— Kay, você pode ser um Ômega… Mas você não sabe nada sobre eles. — Cole tirou a gravata que estava vestindo e a jogou na cadeira. Ele desabotoou a blusa e até afrouxou um pouco o cinto… A ação era tão ameaçadora que as costas de Isaac se congelaram e seus ombros se encolheram. — Um ômega, uma vez que se vincula a um Alfa, não pode reagir a nenhum outro feromônio… Em vez disso, você se tornará viciado em meu perfume. Goste ou não, você vai correr até mim porque vai me necessitar como se eu fosse sua maldita água…
— Eu não ligo para o que você diz…
— Você fará isso… Ao ver como eu consigo fazer seu corpo obediente. Escute bem, toda vez que você sentir meus feromônios, seu buraco não terá escolha a não ser pingar e pingar para que eu possa pará-lo… Será igual ao seu pai, se recusando a princípio e depois me implorando como se fosse uma puta.
Então Cole disse outra frase inesperada…
Quando ele disse a palavra “pai”, os olhos de Isaac se arregalaram.
— Meu pai… Que tipo de coisa estúpida está dizendo…?
— Hmm, provavelmente ninguém teve coragem de te contar… Mas a realidade é que Keith sempre quis me matar. Ele me odiava. Você não pode imaginar o quanto. Mas ah, meu Deus. Eu o adorava. Sua coragem, sua força, aqueles olhos negros incríveis e cheios de fogo…
Cole começou a rir… Isaac estava completamente pálido. O homem de quem se lembrava não parecia depender de Cole, como foi dito. Na verdade, estava longe dessa aparência lamentável. Ele era infinitamente forte, embora na adolescência pensasse que havia outros muito mais fortes. Ele estava sempre lutando, correndo de um lado para o outro. Trabalhando por tantas horas que até se esqueceu de ir para casa… Além disso, foi aquele que abriu os braços todas as noites para segurá-lo com ternura contra o peito. Dizia que o amava, muitas vezes ao dia, o sentava na frente do carro — com ele e Steve — e fingiam que todos faziam parte de uma missão secreta. Mesmo quando cresceu… A verdade era que sempre foi bom demais pra ser verdade.
Desde sua chegada a este lugar, Cole revelou segredos que nunca imaginou antes. Sua cabeça formigava tanto que era difícil ficar de pé. Isaac respirou fundo enquanto segurava a mesa com uma mão… Desejava que tudo fosse um sonho. Uma espécie de pesadelo bastante elaborado. Se fosse esse o caso, quando acordasse, tudo voltaria ao normal. Benjamin estaria com ele, Félix chegaria à floricultura à tarde… E ele não ouviria tantas histórias que incluíam seu pai.
— Meu pai… Você o marcou à força…?
A voz de Isaac tremeu sem querer…
Cole apenas deu de ombros como se fosse algo bastante trivial.
— Havia uma situação como essa. O cenário, a casa, um homem terrivelmente preocupado com seu garotinho. Ele também disse para deixá-lo ir, e que eu ficasse com ele. Ele gritou por você, repetidamente…
— Então você… Me levou como refém e aproveitou a situação para se vincular ao meu pai. E está tentando fazer o mesmo outra vez?
Sua mandíbula tremeu porque ele estava completamente atordoado… No entanto, Cole não respondeu desta vez. Ele apenas agiu como sempre, andando pela sala de uma maneira despreocupada, como se quisesse colocar suas ideias em ordem antes de contar toda a verdade.
Isaac estava em pânico.
— Eu simplesmente não posso evitar… Quando o Ômega começa a lutar muito, desesperadamente e com todo o seu poder, a verdade é que isso me excita demais.
— Toda uma cadela pervertida.
Com a mão fechada, Isaac olhou novamente para Cole, que estava lentamente se aproximando dele. Seus olhos estavam cheios de nojo, de raiva. Então Cole apenas esticou os dedos, e agarrou o queixo de Isaac e o levanta para ficar nariz contra nariz.
— Uh…
— Você quer saber algo engraçado? Os Ômegas não são os únicos que demonstram dependência dos feromônios, os Alfas também ficam completamente loucos. Eles só reagem ao seu companheiro, vivem para o parceiro, só transam com o parceiro… Mas, enfim, o RUT ainda é uma coisa terrível, entende? Graças a isso… Uma vez, nós dois acabamos perdendo o controle. Levei muitos dias até perceber que na realidade ele havia parado de respirar.
Cole agarrou o queixo e olhou para ele, dando um sorriso gigantesco…
Isaac, que o enfrentou todo esse tempo, rapidamente escureceu. Do que esse cara está falando agora? Ele havia escutado claramente… Mas as palavras estão flutuando, sua cabeça está terrivelmente confusa e dificilmente é possível criar um pensamento adequado para isso, se enrijece, como se todos os seus músculos fossem feitos de pedra.
Um Ômega poderia morrer no meio de um RUT e ser um acidente? Houve casos com Betas, mas… Isso significa que o seu pai…? Não, isso é… Simplesmente impossível.
Ele pensou e pensou sobre isso, mas seu coração lhe disse que isso não poderia ser verdade. Ele não era assim, nunca viu que “perdeu o controle”…
Steve disse que ele sofreu um acidente repentino em uma missão em um porto. Algo que havia sido causado por Cole e por outros agentes de alto escalão, quando perceberam que não o precisavam mais. É nojento que a verdadeira razão de sua morte tenha sido que aquele maldito bastardo o estuprou até que não houvesse mais nada que ele pudesse tirar.
Por dias e dias…
— Mas, novamente, isto prova que você não é como ele. Você pôde resistir a Félix, até deu a ele um bebê… Um potencial incrível, certamente.
“….”
— K. Você está ouvindo?
Isaac levantou a cabeça quando sentiu o puxão de cabelo… Seus olhos ainda estavam firmes, olhando para Cole como se quisesse matá-lo ali mesmo e com suas próprias mãos
— Você quer que eu escute? Então seja um homem maldito e fale a verdade. Não foi um simples acidente, e não é como se os dois tivessem perdido o controle. Você… Você matou meu pai. E você fez isso com toda a intenção, olhe para mim, e diga que não é a verdade.
Cole com uma linha reta onde antes havia um sorriso, parecia ter esquecido todos os traços de emoção com a mera lembrança de seu pai. Coçou o pescoço.
— Não, foi um acidente.
E com isso, ele finalmente ficou furioso. Um sentimento forte o suficiente para tornar cada parte de sua cabeça obscura…! Isaac não disse nada, mas acabou acertando um bom soco no meio do nariz. Ele esqueceu momentaneamente tudo, sua mãe, seu filho, os inibidores, seu plano. Agora havia simplesmente o rosto de seu pai, sua voz, seus olhos… Uma morte como essa para um homem como ele. Que piada!
O golpeou e então o golpeou novamente até que seu nariz quebrou e o sangue espirrou da boca e se espalhou alto pelo chão.
— Esse ainda continua sendo único defeito, filho. Você ainda não olha com cuidado para suas brigas!!
Ao mesmo tempo em que gritava os feromônios, que pareciam visíveis, derramaram e colidiram em todas as direções… Era uma sensação horrível! Seu nariz coçou, seus olhos escureceram, e os membros que colocou em guarda decidiram que estava tudo bem não obedecê-lo. Começou a tremer, então os pequenos ombros de Isaac se encolheram e depois desabaram. Já não conseguia mais pensar ou falar; existe apenas esse sentimento de colapso. Essa asfixia, quando ele cai estende as mãos para frente… Como se ele precisasse segurar o chão para sobreviver.
Só então olha para cima e observa Cole flexionando o joelho para pisar em seu abdômen o mais forte possível, uma e outra vez, até que as feridas da bala acabem cobrando seu preço e ele comece a gritar.
Isso deve ser semelhante a quando Félix derramou feromônios sobre ele… Mas a verdade é que não é assim. Já sabia que cada pessoa possuía feromônios diferentes, mas isso parecia tão estranho que, pela primeira vez em todo o tempo em que estava ali dentro, está morrendo de medo. Ele nunca havia respondido a nenhum feromônio alfa em sua vida, exceto durante seu primeiro ciclo de calor há quatro anos. Félix era dominante em um grau exagerado, e de qualquer maneira, era como se sua essência estivesse se infiltrando diretamente em sua pele e nos pulmões. Como se estivesse substituindo todas as células, destruindo tudo até que algo estivesse queimando.
Isaac rastejou longe o suficiente para alcançar a perna da mesa… Quando se ajoelhou e tentou se levantar, a energia em seus membros desapareceu e acabou caindo de costas. O som era muito escandaloso.
Nem conseguia se lembrar… O que deveria fazer a seguir.
— Os efeitos finalmente atingiram o pico.
Cole estava atrás, falando, com sua voz áspera e ofegante, seu rosto uma bagunça. O sangue escorria de um nariz afundado, o canto da boca aberta era uma linha que parecia muito profunda e o queixo completamente vermelho. Mas ainda assim, não parecia que ele estava com dor. Ele não sentiu nada, então simplesmente limpou a manga da camisa e cuspiu uma massa marrom no chão.
— Você esqueceu que eu disse que o remédio que fiz para você beber era um neutralizador que removeu o efeito de todos os inibidores que você tomou? Agora, estou pronto para ver qual é a sua verdadeira natureza ômega.
Cole continua respirando com dificuldade, mesmo quando tira o paletó e puxa todos os botões da camisa.
— Ah, ah… Filho da puta.
Isaac poderia insultá-lo o quanto quisesse… Mas a realidade era que não entendia mais nada. Sentiu como se tudo estivesse nublado à sua frente e dentro dele. Ele tentou limpar a mente balançando a cabeça, mas era o mesmo que não fazer nada.
— É leve… Mas seus feromônios ômega estão saindo, certo? Eu não tinha notado graças ao sangue, mas agora… Ah, agora que me aproximo, percebo que você é um doce que tenho que comer rapidamente.
Cole, que mostrou sua luxúria nua e crua, parecia um demônio tirado de algum tipo de livro de terror… Talvez agora, com o perfume de Isaac fluindo constantemente, seja que ele pudesse se dar ao luxo de revelar sua verdadeira natureza, como vermes que simplesmente rastejam sob sua pele.
— Fique longe…!
— Por que eu deveria ouvi-lo? Você tem que ser punido. Um cachorro não pode tentar morder o dono.
Isaac tentou novamente, mas seus joelhos simplesmente dobraram… Sua voz não saia coo queria, seus olhos se tornaram uma linha muito fina e, às vezes, sua respiração estava tão quente que teve que abrir a boca para afastá-la.
Definitivamente seria difícil escapar de Cole nesse estado lamentável, então apenas se amaldiçoava repetidamente pela situação, por ser um Ômega, e o fato de seu pai e ele terem passado pela mesma coisa, e caindo pelo mesmo e possivelmente morrendo sem ter a chance de evitá-lo.
Então a voz de Cole veio à tona novamente.
— Você sabe o quão bonito você é? Se você não fosse tão complicado… Eu definitivamente faria você se olhar no espelho para que apreciasse comigo.
Rindo de Isaac, Cole desabotoou completamente a camisa. Ele pegou Isaac como se ele fosse um pequeno pacote de batatas e depois, baque. Ele o jogou contra a mesa com tanta força que parecia que iria quebrá-la. O empurrou para baixo, segurando-o pelos ombros e o arrastou até que os pratos de comida caíssem no chão. Xícaras e copos, garfos, cerâmica. O som era alto e confuso… Mas ele se sentia que estava submerso em água gelada.
O escutava e — ao mesmo tempo — não.
Sabia o que estava acontecendo e — ao mesmo tempo, não.
Era um enorme caos causado por uma droga conflitante.
Isaac, de costas para a mesa, olhou para o teto com os olhos borrados… Alguém agarra sua perna, afrouxam os botões da calça e enfiam os dedos na cueca boxer. São dois ou mais… E eles estão esfregando sua virilha. Parecia um sonho. Uma situação que ele nem imaginava porque estava muito preocupado com as pessoas que amava. Liberando sua mãe, trazendo Benjamin de volta, e impedindo Félix de ser ferido.
Félix…
Onde estará… Félix justo agora?
Os dentes de Isaac começaram a fazer barulho devido a todos os espasmos que estava tendo. Havia barulhos, sensações, mas a água era definitivamente mais profunda do que todas as anteriores.
— Kay… Kay… Você sabe quão doce são os feromônios ômega que fluem de você? Eles são melhores que os do seu pai.
Como um louco, Cole se inclinou e enfiou o nariz na curva do pescoço de Isaac. Ele inalou profundamente e depois inalou por mais tempo para tentar fazer com que seus feromônios entrassem profundamente e continuassem descansando dentro de sua garganta.
— Eu me pergunto então… Quão bom será o seu buraco se ele já se sente assim?
Quando ele o moveu e virou de lado, ele beijou e lambeu a nuca até que ele finalmente baixou a camisa também.
— Pervertido… Filho da puta…
— Eu não me importo com o que você diz, você pode me chamar do que quiser.
— Você fez o mesmo com meu pai… Nojento maldito. Eu queria… Eu poderia te matar agora…
Cole riu, aproveitando o momento enérgico de Isaac para começar a brincar com seu mamilo.
— Sim, eu fiz. Mas se o pai morreu, é responsabilidade do filho tomar o lugar dele. Você não acha que isso é normal? É o destino, dizendo que você sempre deve ser meu Ômega.
— Prefiro morder minha língua e morrer…
Na verdade, ele teria feito isso desde o início… Mas a voz de Félix veio de repente e se instalou profundamente em seu ouvido para fazê-lo parar. Era a única coisa clara. “Você não pode se machucar. Você não pode morrer… Apenas prometa. Que você voltará para mim, que me olhará como está fazendo agora e que me contará à história que não poderia me contar hoje. Por favor.” Eles eram tão claros que irremediavelmente fizeram seu coração chorar.
Félix… Ainda pensa nele como se o mundo inteiro girasse ao seu redor, mesmo nesses tipos de situações.
Apesar da promessa, Cole tocava cada parte de seu corpo como se já lhe pertencesse. Ele não tinha mais calça ou roupa debaixo… Havia apenas os dedos, a mão e a boca que beijavam os joelhos e depois gritava: — Chore. Chore e me diga que você quer que eu pare.
“Chorar.”
“Apenas chorar.”
Pegou o pênis de Isaac. Acaricia e depois o aperta muito, muito forte. Tão forte que um grito horrível saiu de sua garganta e permitiu que a dor subisse até que o fizesse sentir como se sua cabeça estivesse prestes a explodir. De repente, Cole também abaixou a calça e puxou seu pênis para se juntar ao de Isaac. Ele faz com que ambos se esfreguem, suba e desça enquanto se diverte sugando sua nuca até que fique todo molhado com sua saliva.
A sensação é terrível, a umidade é desconfortável e a respiração é tão repugnante que Isaac logo sente que ficaria melhor se fechasse os olhos. Os feromônios cavam diretamente em sua cabeça e pele e logo se tornam tão potentes que o fazem parecer um ser indefeso, em vez de um ex-capitão da marinha.
Cole não irá parar… Ele apenas esfrega o seu pênis e seu pescoço, chupa-o e às vezes o beija completamente enquanto começa a ofegar. Não há penetração, mas ainda sinte que tudo dentro e fora dele está morrendo.
— Seu buraco já está encharcado e molhado, sabia?
Cole murmurou isso na parte de trás do pescoço de Isaac… E novamente ele não disse nada. Nem se sentia mais como ele, embora, é claro, houvesse uma terrível impotência esmagando seu corpo inteiro.
Cole estava ansioso enquanto masturbava os órgãos genitais de seu antigo filho, e afundava os dedos até o fim, e os abria para fazer o som desleixado de seus fluidos serem ouvido ainda mais através das paredes da sala.
— Não mais…
Cole — que chupava tanto como podia — querendo machucar o pescoço de Isaac, finalmente levantou a cabeça e riu novamente.
— Agora você deve saber que não importa o quanto resista, é inútil… Apenas coopere comigo, ok? Coopere e resolveremos isso rapidamente. Se você lutar, só vai se machucar. Eu não quero te machucar. Não sente que meus feromônios amam teu corpo?
— Não, eu não…
— Um pouco mais.
— Solte … Ah…
— Assim, é bem assim. Se você envolver meu pênis com seu cu, assim como engole meus dedos, será perfeito.
Cole, lambendo os lábios, agarrou ferozmente a coxa de Isaac e a levantou para expor seu ânus. Ele esfregou até que a umidade finalmente caiu sobre a mesa.
— Você é meu. É algo que tinha que acontecer em algum momento de nossas vidas…
Enquanto ele falava, como um grande suspiro, chupou sua garganta e depois o puxou para que ele pudesse se aproximar um pouco mais, queria poder esfregar o pênis de Isaac tanto quanto quisesse. Queria… Chegar até fundo.
Isaac fechou os olhos, com uma horrível sensação de desprezo e raiva subindo por seu abdômen, mordeu o lábio inferior com tanta força que a pele começou a ferir, o sangue espirrou e correu como um pequeno rio até o queixo. Tentou parar de respirar, parar de sentir o batimento cardíaco no ouvido ou a dor, ou que iria começar a implorar a qualquer momento…
Ele moveu a mão sobre a mesa.
Continua…
NOTA/Créditos:
(Capítulo foi traduzido pela AdaLetcia, e revisado por mim Yuri.)
Agradeço demais a Ada, que irá me ajudar com a tradução de alguns capítulos de QB daqui pra frente, “de uma querida leitora… Agora está sendo uma tradutora que tá me dando uma forçinha”<3
Nota: A tradutora e a revisora desse capítulo estão completamente arrasadas, e o Félix que nunca chega??…