Querido Benjamin - Capítulo 03
Escrever o começo do cartão foi fácil, continuar escrevendo era um assunto completamente diferente. Supostamente, se continuar pensando, com a caneta pressionando no papel, eventualmente algo acontecerá e anotará seus pensamentos mais honestos.
Às vezes é difícil expressar perfeitamente o que se sente.
Primeiro de tudo, no momento em que ele escreveu o nome “Benjamin“, a imagem de seu rosto veio à sua cabeça e seu coração ficou completamente cheio de emoções.
— Sinto sua falta …
Isaac murmurou isso baixinho, com as duas mãos na testa e os olhos fechados. O cartão estava em branco e talvez continuasse assim por mais algum tempo.
— O que há de errado? Você quer me ver tão desesperadamente Pensou em mim?
De repente, um tom brincalhão soou acima de sua cabeça. Isaac inclinou-se para o balcão e ficou com a cabeça erguida… Nenhum som, nenhum sinal apareceu. Mas do lado de fora da porta, um homem com um loiro ofuscante estava bastante firme. Acenando.
Ele sentiu um arrepio terrível pelo fato de um cara com tanto físico aparecer sem ser capaz de percebê-lo.
O que aconteceu?
Estava tão triste que nem ouviu o som do maldito sino tocando na porta?
Ele olhou novamente: A porta estava aberta… Se a porta estiver fechada, parece que a loja também está fechada. Geralmente deixa tudo aberto por algumas horas por dia, então era absolutamente óbvio que a campainha não tocaria.
Isaac havia esquecido isso e agora não conseguia se preparar para a enorme presença que Félix Prixel representava, enquanto estava caminhando para o balcão com as mãos nos bolsos da calça.
Percebendo que seu olhar repousava no cartão que estava escrevendo, Isaac o colocou na gaveta e perguntou:
— Como posso ajudá-lo hoje?
Isaac, como as outras muitas pessoas, de repente deu-lhe um sorriso largo e bastante agradável. Não foi intencional, mas agora ele estava escrevendo um cartão pensando em Benjamin e não podia deixar de sentir uma onda dentro do peito que o encheu de uma infinita sensação de paz e, ao mesmo tempo, algo semelhante à euforia. Como ele pensa que certamente notará que não é o mesmo de sempre, em vez de assistir Félix, ele olha para Tony: Parece ter mais de quarenta anos, sério, muito alto, e agora estava sentado confortavelmente na cadeira dos clientes. Enquanto olhava para a tela do seu celular…
Pode não parecer, mas é claro que está se concentrando em tudo o que está acontecendo ao seu redor.
— As cartas continuam se acumulando em sua mesa. Você não está terminando corretamente?
A pergunta chamou a atenção de Tony. Isaac negou, porque ele finalmente decidiu confrontar Félix com todo aquele tema sobre as cartas… Fechou a gaveta com as pontas dos dedos para emitir um som que poderia ser considerado tão agressivo.
— Claro que estou terminando bem.
— Sério? Porque eu só vi a frase ‘Querido Benjamin’ um milhão de vezes. Estou curioso sobre o conteúdo inexistente.
Félix deu de ombros como se fosse um assunto trivial… Mas Isaac não parecia confortável com isso. Antes queria, mas faz duas semanas que espera que aquele homem pare de andar tão livremente pelo centro de San Diego. Era difícil vê-lo cara a cara, de qualquer maneira, Félix entrava e saía da loja como se fosse sua segunda casa.
Comprou buquês a preços altos, conversou e criticou a embalagem bagunçada, mas ainda assim pagou pelo buquê. Dizia sempre: “pratique um pouco mais”. “Pratique para ser melhor.”
Isaac não estava reclamando, embora fosse uma situação bastante ridícula. Por que ele achava que precisava do seu dinheiro?
— Que tipo de buquê você quer?
Toda vez que o via, fazia a mesma pergunta. Era como se fosse um novo cliente.
Com as mãos ainda nos bolsos, ele falou com Isaac com um olhar anormalmente irregular. Ele disse: — Você quer ver Benjamin?
Isso foi o suficiente para fazer seu coração chorar…
Havia lhe perguntado se queria vê-lo?
Benjamin era a única coisa que ele estava pensando ultimamente!!
Em vez de responder à pergunta com uma frase diferente ou se concentrar totalmente no buquê, buscou o que havia esquecido por um tempo:
— Sim, eu quero vê-lo imediatamente.
Uma expressão infantil inesperado apareceu no rosto bonito que Félix deveria ter.
Sempre evitará de falar sobre ele, nunca respondeu perguntas sobre as cartas ou o nome. O que era diferente agora?
— Então você…
— Que tipo de buquê o senhor quer?
Era a terceira vez que fazia essa pergunta. Mas de qualquer forma, não havia nenhuma resposta.
— Está me ouvindo, senhor cliente?
— Qual seria… O seu tipo de buquê ideal?
— … Eu gostaria mais de está em um jardim, do que receber um buquê de flores.
— Tudo bem, entendo isso…
Félix teve um enorme sucesso em seu fluxo normal de pensamentos.
— Mas você acha que pode fazer um buquê que é do seu agrado? Algo que você diz: ‘Droga. Eu quero levar esta casa inteira’.
— É sério?
— Sim.
Então, um buquê que seja do seu gosto…
Escolheu um vaso de flores rosa. Ele gosta de peônias, porque elas florescem de uma maneira bonita e natural. São elegantes e atemporais, como uma flor que transmite beleza calma e tentação selvagem ao mesmo tempo… De certa forma, na linguagem das flores, sentia que elas se combinavam com aquele belo homem chamado Félix.
— O Senhor está…
— Você pode embrulhá-la como presente?
Era uma ordem estranha, mas Isaac silenciosamente embrulhou o pote em papel de embrulho e colocou uma fita colorida nela. Félix, que estava observando silenciosamente o que estava fazendo, novamente segurou as flores e pagou mais por elas do que custavam. Foi quando ele disse:
— Para você —, e de repente ele empurrou o pote de volta… Os olhos de Isaac se arregalaram.
— Você já pagou por elas. Por que está devolvendo para mim?
Isaac parecia tão confuso, que Félix não teve escolha a não ser mostrar outro sorriso bonito.
— Como o por quê? É um presente… estou interessado em você.
Ah, é embaraçoso quando o homem que te lembra uma peônia a entrega como presente. Isaac coçou a bochecha como se estivesse com problemas… Ele certamente não sabia mais o que dizer.
— Por que você está interessado?
— Bem, eu vou te dizer. Sinto que te conheço… Mas não sei de onde e não sei o por que! Minha cabeça não está funcionando bem desde o meu encontro com CIA, entende? Mas, existem… Partes de mim que… Desesperadamente…
— Oh …
— Então te vi uma noite! E comprei um buquê horrível de você e depois li seu nome naquele cartão ridículo… Pensei que você iria me ajudar a lembrar de onde eu te conheço, mas você diz que também não me conhece.
Felix murmurou tudo muito rapidamente, estalando a língua para fazê-lo entender que estava realmente frustrado… Isaac estava perplexo, mas pegou toda a força que tinha e juntou-a no peito para balançar a cabeça na frente dele. Quem está confessando, não é outro senão o conhecido traficante de drogas Félix Prixel. Quem poderia ter rejeitado aquela aparência, esse poder, riqueza e notoriedade? Quer goste ou não, o aceitaria sem pensar por um segundo no simples fato existir. E ficou claro que a personalidade e a atitude do homem se desenvolveram nessa base.
— Obrigado por se interessar em mim, mas vou ter que rejeitá-lo.
Não é de surpreender que uma sobrancelha de Félix se levante… Como se pensasse que estava definitivamente ruim da cabeça. Sua expressão incrível fez parecer que ele tinha uma pedra enorme embutida no peito.
— Qual é a razão?— Mas antes que Isaac dissesse alguma coisa, Félix tinha feito seus olhos parecerem ainda mais selvagens. — Pelo o ‘Querido Benjamin’?
— Sim. — Isaac engoliu o nó na garganta e olhou diretamente para ele. — Não estou pedindo para não nos vermos mais… Em vez disso, por que você não continua me tratando como tem feito até agora?
— … deixe Benjamin.
— Não
Mais uma vez, as sobrancelhas de Félix se erguem com uma resposta tão firme… Agora, o ato de cerrar e fechar os punhos ficou mais forte. Os tendões de seus antebraços, expostos sob as mangas dobradas, também foram apertados e cheios de veias.
— Você sabe que é o primeiro a me rejeitar? — Félix estava triste e fez uma voz muito irritada, mas Isaac estava prestes a rir. Seria bom poder lhe dizer que não precisava agir como uma criança do pré-escolar do terceiro ano.
— Sinto muito.
Mas a verdade é que se orgulhou de ouvi-lo dizer — Você é o primeiro.
— Realmente não…? Não tenho chance?
Felix gritou e apertou os lábios. De fato, era como um bebê.
— Nenhuma
— Pense de novo… Se você recusar, se arrependerá mais tarde, porque eu definitivamente sou uma boa escolha. Posso fazer você desfrutar mais do que qualquer pessoa na cama. Além do mais, nem precisamos fazer mais do que dormir, se isso for o que tiver vontade!
Deprimido e infantilmente esmagado, a verdade é que ele parecia fofo demais de resistir. Pela segunda vez desde que enfrentará Félix, um sorriso apareceu nos lábios de Isaac… Embora agora essa expressão fosse toda para ele.
Os olhos de Félix, olhando fixamente para a expressão dele, estão estranhamente abertos agora…
— De qualquer forma, aceite meu presente. E se você quiser que eu lhe dê um tempo para pensar, tudo bem. Você pode pensar o quanto quiser. Mas da próxima vez terá que responder sim.
Ele era mais persistente do que pensava.
Depois disso, Félix se virou como se não pudesse aguentar mais… Isaac fixou o olhar nas suas costas, e o seguiu completamente até que desapareceu. Tony, que ainda estava sentado na cadeira, sem nenhum tipo de sinal, Isaac se aproximou e abriu a boca:
— Aqui está, pelo seu esforço.
— Não é necessário que me dê mais dinheiro.
Tony balançou a cabeça negativamente. — Parece-me que não há outro…
— É tão estranho… Se fosse ele, não estaria andando com tanta tranquilidade por esses lugares. Conhecendo sua reputação, suponho que eles possam pegá-lo de um momento para o outro.
— Meu chefe se parece muito com você … Talvez seja por isso que decidiu fazer sexo com você.
— …
— Você entende o que eu quero dizer? Deve ter cuidado e esquecer o que está planejando, porque não é tão inteligente quanto imagina.
Tony, que lhe deu um aviso misterioso, acabou ignorando a palavra de não dar gorjeta e colocou uma nota de 100 dólares no balcão…
Depois de sair da loja, Isaac fechou os olhos, a testa firmemente aninhada nas mãos… Droga! Se pensasse sobre isso com calma, tudo realmente tinha ido para o inferno desde a primeira vez que Félix entrou na loja. Antes, quando fazia as malas e escapava da ilha! Ele não pode deixar de se arrepender do tsunami que causou e das coisas que deixou levar com ele…
Isaac ficou assim por um longo momento.
****
Félix se agachou no banco de trás de um sedan elegante. Para ele, que havia vivido a vida inteira sem conhecer alguém capaz de rejeitá-lo, essa situação era irritante e definitivamente insuportável. Seja homem ou mulher, ficou feliz em saber que era absolutamente desejado…
Mas quem diabos é esse florista?
Ele quase nem aceitou suas flores!!
Ele estava desesperadamente tentando não trincar os dentes, fazendo seu rosto parecer estranho. Então lembrou-se… Que um leve sorriso se espalhou pelo rosto do florista, como uma aquarela pastel em um rosto sempre sério. Ele está dentro e fora de sua loja há mais de duas semanas, mas foi a primeira vez que o viu agir dessa maneira adorável.
Porra, foi bastante tentador! Foi muito, muito fofo também. O leve sorriso que Isaac mostrou pela primeira vez fez com que seu sangue corresse para a parte inferior do corpo em um instante. Félix suspirou terrivelmente enquanto segurava a cabeça…
(N/T: Não é a cabeça do pau tá gente. Kkkkk só pra não confundir a mente de ninguém, pq antes quando li, pensei besteira kkkkk)
Então Jack, sentado no banco do motorista, de repente puxou o beretta da cintura e ele a carregou em um instante.
— Estou pronto, chefe.
— … O que você vai fazer com isso?
Félix, que ainda estava pressionando a testa, levantou os olhos como se achasse que finalmente tinha conseguido deixá-lo louco. Jack encolhe os ombros, ainda não ousando olhar para ele:
— Eu vou matar o homem que ousou iludir meu chefe!
(N/T: kkkkkkkk ó louco mano)
— Ah, cale a boca.
Um sapato e um jornal enrolado voaram diretamente para a cabeça de Jack, que murmurava coisas estranhas enquanto ainda tinha a arma nos braços…
Quando Jack fingiu que sentiu dor e esfregou a nuca, ele revirou os olhos e olhou para o rosto de Félix.
Rugiu para ele: — Então o que posso fazer pelo senhor?
— Já veremos…
Seus olhos são assustadores, escuros e emoldurados por uma expressão aguda. Engolindo, mais nervoso do que um momento atrás, Jack ficou em silêncio para aguardar comandos futuros…
Mesmo se tivesse encontrado um leão faminto no meio da noite ou um rebanho inteiro de hienas, não teria tido tanto medo como o que tinha por seu chefe agora. Graças a ele, ninguém no carro, que começou a andar pelo centro da cidade em direção à estrada principal, conseguiu abrir a boca novamente…
E, no entanto, Félix, que olhou pela janela, finalmente tocou seu ombro quando o sedan parou na frente de uma mansão:
— Traga-o para mim.
Jack e Tony olharam para trás ao mesmo tempo. Foi a primeira vez, com tão pouco, que eles entenderam exatamente quem pegar.
— Trazer ele? — Jack perguntou assim mesmo. — Sério?
Os olhos azuis de Félix de repente brilham como loucos…
— Ele é o personagem principal da carta que o florista escreve, como ele será? Onde ele está? Não parei de pensar nisso desde a primeira vez…
— Senhor…
— Não importa quem seja esse tal de Benjamin, pegue aquele homem e traga-o para mim imediatamente.
Quando as palavras saíram de sua boca rígida, seu rosto endureceu. É como o som de uma batida.
— Chefe, não importa o quão bravo você esteja, um sequestro…
— Eu entendo que, se eu quiser ter o florista comigo, tenho que conseguir de qualquer maneira.
— Senhor, tenho que ficar do lado de Jack dessa vez. Você não sabe, mas…
— Cale a boca e faça o que eu pedi.
E assim, quando eles finalmente pararam, ele saiu do carro sem olhar para trás. A passagem de Félix para a mansão foi mais feroz do que nunca! Os suspiros dos dois homens restantes no carro fluíram pesadamente.
Há quatro anos, Félix tinha um plano ambicioso de construir um laboratório de pesquisa para desenvolvimento tecnológico em uma ilha remota na América do Sul. Era uma época em que ele era jovem, forte, vigoroso… E estava contribuindo com tudo o que tinha, porque, na realidade, nunca havia experimentado um fracasso em sua vida. Também era arrogante, porque essa é uma das características de um bom alfa.
Félix era um jovem mafioso e um homem de negócios fantástico que vivia todos os dias com uma sensação avassaladora de inconsciência. A realidade do porquê ele não podia vender armas legalmente era devido a várias restrições absurdas impostas com toda a intenção de destruí-lo. Incluindo, é claro, os impostos caros que ele tinha que pagar.
Finalmente, o negócio de vender armas usando o poder do avô começou a aumentar significativamente… Mas o engraçado é que o governo estava vendado e explorava outro imposto que poderia muito bem ser confundido com um suborno suculento.
— Distribuição ilegal, nada acontece se você nos der metade do lucro.
— Por que não 75%?
Félix, que não gostou dessas novas regras, começou a trabalhar nas sombras do mesmo país. Comprou outra pequena ilha na América do Sul para construir seu próprio arsenal e também criou um segundo instituto de pesquisa para expandir suas próprias armas. Tendo a primeira ilha como escudo…
A máfia estava por trás, a Cosa Nostra também e, na realidade, os negócios de Félix já eram um pouco grandes, então não havia nada difícil para fazer funcionar… O problema era que o governo não tinha medo de atacar. Eles tinham espiões.
Haviam enviado um exército inteiro para lidar pessoalmente com Félix.
Tentaram fechar a base de Félix de uma maneira estratégica, citando as regras de modificação e distribuição ilegal de armas. Mas essas histórias sempre terminam com um cara correndo em cima de um armazém com outro tiro atrás dele… Todos os prédios e armas de camuflagem foram destruídos ou confiscados, as baixas noturnas também foram significativas e o número de feridos foi absolutamente escandaloso. Félix teve que levantar as mãos, render-se e concordar em ser levado a um baixo nível de encarceramento que operava sob a tutela do governo militar.
Toda a tortura foi cruel e terrivelmente dolorosa para ele por quase um ano, mas a coisa mais irritante sobre isso é que… Ele realmente não consegue se lembrar bem disso.
— Então você encontrou ou não? — A cama tremia quando acordou e sentou-se nela… Era um corpo pálido e terrivelmente suado.
Félix estendeu a mão e pegou a perna de um homem que ainda estava enrolado na sua cintura. As pernas longas do sujeito caem da cama sem energia. Como se fosse uma boneca. Tudo nele estava uma bagunça: cabelos pretos estavam encharcados de suor, grudados na testa e nas bochechas. Ele não estava mais respirando e todo o seu corpo robusto estava manchado de sêmen…
Fazia muito tempo desde que enlouqueceu, assim de novo.
Como havia dito antes: uma parte de seu cérebro queria que ele se lembrasse de algo importante. É só quê, não consegui encontrá-lo em lugar nenhum.
Depois de sair da cama, com um homem/cadáver atrás dele, Félix limpou o suor com uma toalha de mão… Tony tinha um rosto bastante complicado. Com o florista e qualquer outra pessoa, tenta ser muito cortês e sensato. Inclusive com esse homem loiro que se comporta como um animal de verdade. A personalidade de Tony não o faz ter a capacidade de mostrar completamente suas emoções, mas o oposto definitivamente parecia acontecer hoje.
Félix jogou fora a toalha com a qual havia limpado o suor, pegou uma garrafa de água e imediatamente a levou à boca.
— Bem, acho que você deveria vir ver por si mesmo.
Tony respondeu muito rapidamente, evitando os olhos o tempo todo… Quando a água caiu em sua boca e começou a cair abaixo do queixo, Félix limpou-a com o braço e estreitou o olhar.
— E o que foi que perdi?
— Parece…
— Você sabe o que vai acontecer se não souber.
Com uma resposta fria, Félix foi direto ao banheiro. Seu corpo nu e forte era como um pedaço de mármore polido com os melhores instrumentos, mas a expressão de Tony, quando olhava todas as marcas na parte de trás dos músculos peitorais, estava ficando cada vez mais estranho. Dolorida.
— Senhor, eu acho …
— Eu vou sair imediatamente, então tire esse bebê enorme da cama e jogue-o lá fora.
O pequeno murmúrio de Félix desapareceu completamente devido a água do chuveiro. Só então Tony finalmente calou a boca e se virou para o homem na cama.
Não há mudança. Continua trazendo homens com cabelos escuros e curtos. Seu corpo é esbelto, com pele levemente marrom e rosto pequeno com olhos negros. Quando Félix olha para garotos assim, seus olhos ficam estranhamente nublados. Fica alguns dias com eles e não os solta por nada. Ele lambe-os, cheira-os…
Quem entra em suas mãos é imediatamente devorado e, depois de fazer uma bagunça, pede para os jogarem fora.
O vício de Félix continuou inalterado, com isso já há quatro anos.
Tony olhou para a cama bagunçada e balançou a cabeça. Então, abriu a porta, chamou os meninos que estavam esperando e, como outras vezes, eles entraram e agiram. Imediatamente, o homem morto e nu foi arrastado e retirado rapidamente pelas costas. Quando os lençóis e travesseiros foram trocados e o quarto estava arrumado, como se nada tivesse acontecido, o som da água caindo parou dentro do banheiro.
Tony, que estava com Félix há muito tempo, alegou que ele nunca havia agido tão mal quanto agora. É um surto, como uma doença.
Suspirou…
Ao mesmo tempo, com um olhar refrescante, Felix abriu a porta do banheiro de uma maneira estranha.
— Woo, o que você está fazendo aqui?
Tony deu um passo pesado e se aproximou para segurá-lo.
Continua…
***