Pontos de sutura - Capítulo 49
Ting.
Ele apertou o botão da porta do elevador.
Hee-jae, que perdeu no “pedra, papel ou tesoura” e saiu da estação para comprar o café da manhã, deu um passo para trás e arrumou todos os copos de café e doces na caixa em seus braços. Então, virou a cabeça para a direita e ficou ali por tanto, TANTO tempo, que até começou a se sentir um pouco desconfortável. Um homem, de jaleco branco e cabelo todo arrumado com gel, que também aguardava o elevador enquanto revisava alguns relatórios, estava parado bem ao seu lado. Ele sentiu sua presença e olhou para Hee-jae.
—Ugh!
—Bom dia.
—Umm…
—…Você vai subir?
—Ah, sim. Vou.
Antes mesmo do homem alto e bonito, de pele clara e aparência fresca entrar no elevador e a porta se fechar, ele percebeu que várias pessoas, em cada cubículo e consultório, até mesmo os da recepção, taparam o nariz e começaram a ficar estranhamente pálidas. Hee-jae, com as duas mãos cheias de coisas, não conseguiu cobrir o nariz ou a boca com as mãos, então tudo o que ele fez foi estufar as bochechas para prender a respiração o máximo possível.
Hee-jae entrou com ele porque não queria ser grosseiro, mas havia um feromônio impressionante, realmente impressionante, preenchendo todos os lugares por onde Hyewon havia passado. Aquilo permeava o corpo de Kang Hyewon. Era um feromônio tão denso, tão agressivo, que até mesmo Hee-jae, que já tinha um parceiro, estava um tanto nervoso e com o coração acelerado. Prender a respiração também foi difícil e ele até sentiu seu rosto começar a ficar muito quente. O que esse aroma dizia era muito explícito.
E rapidamente veio à mente a imagem do belo homem a quem o cheiro pertencia.
Então, Hyewon saiu do elevador sem perceber todos aqueles sons de “Aaaaah!” de cada um dos ômegas e alfas que estavam por perto, e perguntou sobre seu próximo compromisso tão casualmente que ficou evidente que Hyewon não tinha percebido nada. Os Betas, é claro, apenas olhavam para um lado e para o outro como se não soubessem exatamente o que estava acontecendo com toda aquela multidão.
Hee-jae, que entrou na sala de descanso com os cafés e sacolas de biscoitos e batatas entre os braços, ele se aproximou de Dohan, que estava todo bagunçado deitado no sofá, e sentou-se ao lado dele como se estivesse esperando o homem falar primeiro. Ele se perguntou por que o homem parecia um completo desastre agora, mas, levando em consideração todo aquele show com o aroma impregnado no corpo de Hyewon, concluiu que talvez já tivesse tido o suficiente por um dia.
Hee-jae entregou um Americano gelado para Dohan e disse que na verdade era o último. No entanto, o homem nem se mexeu quando o copo tocou sua testa ou quando o garoto o molhou de propósito. Na verdade, ele nem parecia ser capaz de abrir os olhos corretamente para olhá-lo.
—Ah, obrigado Hee-jae.
—Professor.
—Sim?
—Você está bem?
—Meu quadril está doendo um pouco, é só isso.
Dohan respondeu secamente à pergunta de Hee-jae e deu um grande gole em seu café. Na verdade, parecia estar tão sedento que ele bebeu e bebeu e BEBEU sem parar, nem mesmo para respirar. A cafeína certamente conseguia fazer milagres em algumas pessoas.
—Acabei de ver Hyewon no elevador.
—E…?
—Professor, Hyewon está impregnado com seu feromônio.
—Sim, como eu disse antes, nós vivemos juntos.
—Não, não é por isso… Um. Esse cheiro… bem, é mais como se vocês tivessem feito sexo. a
—Phfpt!
Dohan, que ouviu atentamente as palavras de Hee-jae, cuspiu o café que tinha na boca de uma forma que fez com que toda a cadeira à sua frente ficasse encharcada. Hee-jae pulou antes que também fosse molhado.
—O que isso quer dizer!?
—Professor, por favor, você realmente achou que ia esconder isso? O cheiro dele é forte o suficiente para que todos no hospital saibam! Na verdade, pode-se dizer que você está exibindo o homem para todos os alfas e ômegas aqui. Como se… como se estivesse usando um adesivo na testa que diz: é meu ‘amante’ não chegue perto! E definitivamente não tem como ele estar tão cheio de feromônios só porque mora com você.
—… Você pode manter segredo sobre estarmos namorando?
—Mas todos no hospital já perceberam! É o principal assunto no momento! Eles abriram um tópico no Twitter sobre vocês! Até os chamam de HyeHan.
—… Meu Deus. Já é tarde demais então.
—Não me diga, é por isso que o Dr. Kang cheirava a feromônios da outra vez!?
—… Se o nome de Hyewon vem primeiro no nosso apelido de casal, significa que eles acham que ele é o dominante? Porque…
—Professor responda!
Diante da pergunta de Hee-jae, Dohan cobriu o rosto com as duas mãos e assentiu de maneira bastante desesperada. Claro que naquela época eles só faziam sexo sem serem um casal, mas não havia necessidade de explicar essas coisas ao pobre rapaz. Sua bunda doía agora e mesmo aquele banho de feromônios não foi intencional. Nem mesmo Dohan conseguiu controlar! Era seu instinto como Alfa, mesmo que seu parceiro fosse um Beta.
Dohan, que estava envergonhado demais com toda essa situação, não conseguia olhar diretamente para Hee-jae sem sentir que seu rosto estava pegando fogo. E ao ver Dohan, balançando a cabeça como se não soubesse exatamente como se justificar, Hee-jae começou a rir e deu tapinhas em suas costas.
—Achei que vocês dois nunca seriam honestos.
—… O quê?
—Eu sabia que estavam apaixonados um pelo outro desde que me juntei ao hospital!
—Acho que todos sabiam menos eu.
—Sim, na verdade todo mundo sabe.
—De qualquer forma, Hee-jae, você pode manter isso em segredo? Por favor. Não quero fazer barulho e também não quero que fiquem por aí falando sobre isso porque vão começar a me incomodar.
Era um hospital onde todos gostavam de falar sem parar. Era melhor esconder isso e fingir ignorância para poder passar o resto do plantão em paz. Hee-jae sorriu diante do pedido e assentiu. Então, com um olhar astuto, ele o segurou pelos ombros e pediu que explicasse em detalhes tudo sobre isso. “Quando se confessaram?” “Quem confessou primeiro?” E se “foi romântico ou não.” Dohan disse que não queria falar sobre isso por agora e levou Hee-jae com a desculpa de que tinham que arrumar a sala de cirurgia. No entanto, neste momento, ele se deparou com Hyewon, que estava caminhando pelo corredor enquanto falava ao celular com o médico com quem aparentemente precisava se coordenar para sua próxima cirurgia. Eles estavam em extremos opostos, mas apesar da distância, os olhos dos dois rapidamente se encontraram.
Dohan moveu o olhar para a porta de saída de emergência. Ele disse para Hyewon “Te vejo lá?” Mas sem dizer uma palavra.
Hyewon fingiu não vê-lo, mas assentiu levemente com a cabeça e dizendo um “Sim.”
O comportamento do homem foi muito fofo, então Dohan lutou para conter o sorriso que estava surgindo em seus lábios. As comissuras dos lábios do médico também se ergueram suavemente.
***
Dohan, que saiu primeiro pelas escadas da saída de emergência, subiu meio lance e olhou para os lados. E sim, era possível que todos já soubessem sobre ele e o cirurgião de base, mas de qualquer forma estava fazendo tudo ao seu alcance para tentar esconder isso. E aquele lugar era perfeito para isso. Quer dizer, muitas pessoas entravam pela porta de emergência, mas poucas subiam até ali.
Dohan parou na beirada para esperá-lo.
Hyewon, que escapou tão rápido quanto pôde, subiu correndo as escadas com um sorriso bastante bonito no rosto.
—Ei, não sorria assim. Qualquer um que olhe para o seu rosto vai saber que está apaixonado!
—Desculpe. Nem eu tinha percebido que estava fazendo isso.
—Se eu soubesse que você conseguia sorrir assim de forma tão linda, eu teria…
— Você teria?
—Eu teria me confessado primeiro.
—Sério?
—Eu já estava prestes a fazer isso de qualquer maneira.
Dohan agarrou as mãos de Hyewon, que estavam de cada lado de seu corpo, e as aproximou de seu peito para poder acariciá-las. Ele não tinha prestado muita atenção antes, mas depois de ouvir as palavras de Hee-jae sobre o que aconteceu no elevador, agora ele realmente estava sentindo: Cheirava muito aos seus feromônios. Tanto que se o homem fosse um Ômega em vez de um Beta, seu coração estaria batendo loucamente e chegaria um momento em que ele derreteria por causa do Alfa.
Quando Dohan o abraçou, Hyewon, incapaz de entender completamente a situação, sorriu e deu algumas pequenas batidinhas em suas costas. O cheiro do seu shampoo, o amaciante de roupas e o álcool desinfetante em seus dedos chegaram até ele tão intensamente que até o levaram a uma estranha sensação de estabilidade em vez da excitação que o havia deixado preocupado o tempo todo.
Então Dohan, que na verdade estava se sentindo um pouco tonto com essa sensação e se permitiu abraçar Hyewon com um pouco mais de força, de repente recuperou a sanidade e empurrou o homem contra o corrimão no momento em que percebeu que estavam prestes a se beijar.
—Não! Todos no hospital vão saber que estamos saindo.
—…Eles já não sabem?
—É só um rumor. Ainda não está confirmado.
—Tudo bem.
Depois que Dohan e Hyewon confirmaram seus sentimentos e começaram a agir seriamente um com o outro, também começaram a se comportar muito mais distantes no hospital do que antes. Segundo Dohan, era para não deixar tão óbvio, mas tão óbvio como? Alguém que não conhecesse a situação poderia pensar que os dois tinham brigado tanto que decidiram nunca mais se ver, então era uma situação que poderia ser mal interpretada para o lado negativo. Afinal, quando os homens, que costumavam estar muito juntos o tempo todo, se encontravam no corredor ou na sala de cirurgia, simplesmente passavam um pelo outro sem dizer uma única palavra. Parecia até que os dois não se suportavam.
Era até meio ridículo.
Hyewon segurou as mãos de Dohan, que o empurrou, e fez o necessário para poder abraçá-lo novamente. Ele sabia o que deixava Dohan desconfortável, o que ele não gostava e o que o deixava nervoso. E sim, infelizmente, o problema era que várias pessoas no hospital já estavam de olho neles dois. Mesmo que não agissem como adolescentes apaixonados o tempo todo ou que suas escapadas para as escadas de emergência fossem bem raras. E embora já tivessem um nome de casal, apostas sobre quem era o ativo, quanto tempo durariam e até mesmo, havia médicos esquisitos que falavam sobre a aparência hipotética de seus filhos que nem existiam (só por diversão, é claro) Hyewon estava “fingindo que nada estava acontecendo entre os dois” porque ele viu que Dohan estava tendo dificuldades com o assunto. Talvez estivesse se comportando da mesma forma com Mi-hee, Eun-soo e Byung-jun porque, quando estavam com eles, agiam como se estivessem ignorando o quão felizes estavam por não terem mais que suportar o quão idiotas eram.
—Agora só tenho que controlar os feromônios.
Dohan respirou fundo enquanto começava a sentir a mão de Hyewon envolta em sua cintura. Quando ouviu de Hee-jae que tinha deixado seu cheiro por todo o corpo do homem, seu coração começou a bater muito forte e ele pensou que teria que ser extremamente cuidadoso dali em diante. Mas quando olhava nos olhos de Hyewon e o segurava entre suas mãos, esse pensamento simplesmente… passava para segundo plano.
Enquanto Dohan sorria bobamente, Hyewon apenas suspirou e decidiu colocar os lábios em sua bochecha. Foi apenas um gesto casual, tão casual que nem parecia correto chamar de beijo. Mas toda vez que ele respirava ou tentava falar, o calor do seu hálito entre seus lábios ligeiramente separados tocava a pele de Dohan e então se dispersava repetidamente para todos os lados, fazendo-o tremer com força. E com uma sensação de formigamento e calor com a qual ainda não estava totalmente familiarizado, Dohan aumentou a distância e olhou para Hyewon com uma expressão que gritava “não é justo você agir assim comigo”. Ele não queria fazer isso no hospital, mas era verdade que seus lábios se contraíram terrivelmente diante da ideia de beijá-lo.
Dohan olhou ao redor, para o corredor silencioso atrás da porta de emergência, então colocou os braços ao redor do pescoço de Hyewon e o puxou um pouco em sua direção novamente. E quando o corpo, que não ofereceu resistência, entrou em contato próximo com o dele, Dohan ficou completamente pressionado entre a parede e o médico.
—Você é perfeito, sabia?
—Mesmo?
—Hmm…
—Você sabia que estou apaixonado por você?
—Muito?
—Muito.
Quando ele fechou os olhos, Hyewon entendeu o significado e, naturalmente, sorriu e inclinou a cabeça na sua direção para dar um beijo. Mas então:
Bam!
O som de uma pesada porta de ferro batendo na parede ecoou, junto com passos um pouco violentos subindo. O som da sola dos Crocs batendo nas escadas de emergência era típico de um interno ou residente com pressa, então assim que ouviu isso, Dohan empurrou Hyewon com força e quase o lançou para o outro lado. Mas o homem, um pediatra que eles conheciam muito bem, já havia chegado lá, viu que os dois estavam juntos até um momento atrás e também notou que estavam vermelhos como uma cereja. Hyewon foi derrubado no chão por Dohan, e o homem, com uma perna nos degraus de cima e outra nos de baixo, olhou para Dohan com uma expressão um tanto desconfortável. Ele tinha apostado que eles durariam uma semana.
—…
—…
—…
—…?
—Desculpe. Eu não queria interromper.
—Apenas, suba.
Dohan inclinou a cabeça e respondeu. O médico, percebendo que não deveria estar ali desde o início, passou por Hyewon, que estava sentado no chão com o rosto inexpressivo, e por Dohan, que tinha a cabeça baixa como se tivesse sido repreendido por alguém. Ele disse “desculpe” novamente, ouviu-se o som de alguém correndo escada acima e depois o som da porta se fechando com um horrível “bam”. Mas Dohan nunca virou a cabeça na direção dele novamente. Hyewon, que já tinha se levantado do chão, tirou o jaleco, sacudiu e eles se viraram de costas um para o outro, como se nada tivesse acontecido para começar.
—Eu acho que eu…
—É eu também…
—Ok.
—Tchau.
***
Depois de uma breve reunião secreta nas escadas de emergência, Dohan voltou ao trabalho e teve uma tarde relativamente tranquila. Com a notícia de que Kim Na-young, que se casou no início deste ano, estava tirando licença maternidade, os colegas, que ficaram na sala de descanso para ouvir as “fofocas”, começaram a falar sobre a situação dela, sobre como ela rapidamente aumentou o tamanho da família e também sobre o quão terrível era ter que trabalhar mais.
Dohan, que parecia estar ouvindo todas as queixas por um momento, começou a mudar de assunto e acabou se concentrando mais no que ia comer com Hyewon naquela noite do que nas histórias sobre as injustiças do hospital.
Depois de um tempo, enquanto pensava em ir a um restaurante agradável depois do trabalho, o celular de Dohan tocou com a notificação de uma mensagem de texto:
Kang Hyewon: «Estou de plantão hoje. Você vai para casa primeiro?»
Im Dohan: «Está bem ❤️❤️❤️ Não se preocupe, trabalhe duro, mas vá com calma.»
Dohan, que tinha respondido à mensagem de Hyewon dizendo: “Não pode faltar ao trabalho?”, imediatamente apagou o texto e enviou algo que soava como um adulto habilidoso, mas carinhoso. Hyewon disse que o prognóstico de seu paciente, que estava tratando há alguns dias, não estava muito favorável, então não queria incomodar alguém que já estava se esforçando ao máximo. Porém, as duas setinhas ainda não tinham aparecido ao lado de sua mensagem, então achou que o médico estava mais ocupado do ele que imaginava.
Mi-hee se aproximou de Dohan para trocar de roupa depois de terminar o expediente e disse que iria a um restaurante de barriga de porco com seus antigos colegas da universidade, até o convidou, mas Dohan pensou por um momento e negou com a cabeça. Talvez estivesse esperando por Hyewon, então Mi-hee não perguntou duas vezes.
Depois que todos saíram, Dohan tirou as meias de compressão e trocou de roupa, depois seguiu em frente, demorou um pouco e saiu tarde do trabalho. Quando chegou em casa, abriu a geladeira, olhou o conteúdo e, em vez de comer, pegou uma lata de cerveja bem gelada.
Dohan, que estava bebendo cerveja e examinando descuidadamente as roupas que precisava lavar, de repente olhou para algumas camisetas e pensou em Hyewon, que estava de plantão. Ele provavelmente tinha uma muda extra de roupa no consultório dos “médicos em tempo integral”, mas de repente sentiu a necessidade de levar para ele algumas roupas mais quentes para a noite. Assim que esse pensamento veio à mente, Dohan não conseguiu mais resistir e sentiu muita vontade de ver Hyewon.
Dohan empacotou apressadamente a camisa, as calças e a roupa íntima de Hyewon em uma mochila, deixou a lata de cerveja restante na mesa e foi para o hospital. Realmente foi um impulso estranho. Dohan, que parou em um restaurante de kimbap próximo ao complexo de apartamentos e comprou uma porção para ele e outra para o seu parceiro, correu para o hospital como se tivesse um trabalho urgente.
O escritório de Hyewon estava vazio, então ele se sentiu meio bobo por correr num dia quente como aquele. Refrescando o rosto com a mão, Dohan se deixou cair em uma cadeira no corredor e tentou recuperar o fôlego por um minuto. Então, ele se lembrou das palavras que uma vez compartilharam ali enquanto estavam encostados um ao lado do outro e também de como ele estava nervoso e como se sentiu tolo naquela época por amá-lo secretamente. Naquele momento, ele nunca sonhou que seria assim, que confessariam seus sentimentos ou que começariam a fazer planos íntimos juntos. E enquanto estava sentado, sentindo a suave brisa pela janela ligeiramente aberta, ele ouviu o som familiar de passos se aproximando e um suspiro que soou um pouco como um lamento. Dohan sorriu alegremente e acenou com a sacola do restaurante enquanto o homem que tanto queria ver dobrava a esquina do corredor para aparecer em sua frente. Seus ombros e rosto, que estavam caídos enquanto ele caminhava, de repente floresceram como uma rosa na chuva no momento em que ele encontrou o sorriso de Dohan.
—Quer jantar?
—Sim. Mas você ainda não saiu do trabalho?
—Saí do trabalho. Mas depois vim aqui para ver meu namorado.”
Dohan riu e Hyewon o seguiu, então se sentou ao seu lado e lhe deu um beijo.
Dohan olhou para os sapatos de Hyewon enquanto abria o papel que envolvia os kimbap. Os Crocs que ele havia comprado já estavam com o homem por muito tempo, então ficaram um pouco desgastados. Dohan deu um tapinha no ombro de Hyewon e pensou que ele devia estar muito cansado ao ver as manchas de sangue em suas calças. Então, enquanto Dohan continuava sorrindo para ele, Hyewon encostou a cabeça em seu ombro e disse — Eu te amo.
—Eu também te amo.
Depois, Dohan olhou para o homem e sacudiu a cabeça quando viu seus óculos com um monte de horríveis impressões digitais e sujeira.
—Mesmo que você continue com esse péssimo hábito.
Dohan tirou os óculos de Hyewon sem dizer uma palavra e limpou as lentes como sempre fazia.
A sensação do peso do homem em seus ombros, a brisa de verão ligeiramente abafada que entrava pela janela e as luzes da máquina de venda automática que iluminavam o final do corredor, tudo era tão familiar que fez Dohan sorrir.
°
°
{FIM.}
Sim gente esse é o fim, eu TBM estou feliz e triste cadê meus extras?! Mas é isso AMEI essa história, vou ficar com saudades dos meus bebês 😭