Pit Babe - Capítulo 03.3
Capítulo 03.3
Com um olhar provocante, Charlie começou a mover suas mãos maliciosamente pelas pernas de Babe, suas mãos grandes deslizaram por toda parte, descendo pelas pernas largas do short de Babe até chegar em sua bunda redonda. O jovem acariciou-as com prazer, alternando entre apertos e amassos. O piloto que estava sendo provocado não podia negar que aquilo o fazia se sentir bem, assim como antes.
“Você não disse que queria um abraço?”. Babe perguntou calmamente: “Por que está me provocando?”
“Minha mão se guiou sozinha”. Charlie respondeu, ainda sem querer tirar o rosto das pernas de Babe.
“Pare de me provocar, você está claramente muito excitado”
“Não estou”
“Você é tão, tão atrevido”
“Você me ensinou ser assim”. A figura alta beijou gentilmente as pernas macias e delicadas, depois levantou o rosto para olhar bem de perto o homem que estava à sua frente. “Eu simplesmente só sigo seu exemplo”
“Você discute melhor a cada dia”
Até o momento, Charlie ainda mantinha contato próximo com as pernas de Babe.
“Verdade”. Charlie sorriu: “Eu estive pensando, como seria você no rut?”. (Ashy: Tradicionalmente conhecido como o cio)
“…”
“Mesmo no modo normal, você ainda conseguiria se controlar bem
“Ah, você nunca me viu no rut antes”. Babe fez uma pausa e brincando, acariciou a cabeça de Charlie várias vezes: “É um pouco mais intenso do que o normal”.
“Mais intenso?”
“Intenso o suficiente para impedir que você vá a qualquer lugar”. Babe moveu a mão para a bochecha de Charlie, acariciou a bochecha e depois a beliscou, como uma sugestão brincalhona no tom questionador de Charlie: “Você teria que ficar comigo até eu me sentir melhor”.
“E não é como esses dias?”
“Talvez”. Babe deu de ombros: “Mas multiplicado por cinco vezes”.
“Oh…”
“Prepare-se”
“Então, se eu estiver no rut, Phi assumirá a responsabilidade por mim?”
Os olhos brilhantes de Charlie escondiam segredos dos quais Babe não conseguia decifrar. Não a ponto de ser loucura, parecia algo mais intenso. Quanto mais próximos ficavam, aos poucos Charlie revelava sua verdadeira natureza. Mas nada muito diferente da estupidez usual do jovem. Não importava o quanto uma criança fosse burra, ela continuava sendo burra todos os dias. E elas não ficavam mais espertas do que isso.
“Não teria problema?”. Babe respondeu casualmente como se não fosse nada demais.
“Quanto de um falso alfa você finge ser? Você não tem cheiro, deve ter baixa produção de feromônios”
“Talvez”. Charlie sorriu levemente antes de sua mão grande e puxar com força a figura para o seu colo em uma postura natural. “Dessa forma, você não ficará chateado comigo”
“Não precisa dizer isso. Eu já fico chateado com você todos os dias”
Depois de terminar a frase, Babe aproximou o rosto dele e beijou gentilmente aqueles lábios, ambos se abraçando com força e trocando beijos até que cada um ficasse satisfeito. Eles transaram sempre que podiam, mas ninguém sabia que estavam gradualmente se tornando viciados no gosto e toque um do outro.
…
“Acordou cedo”
Charlie, que tinha acabado de sair do quarto, acenou para Babe que estava sentado no sofá da sala falando ao telefone. O jovem foi direto para a cozinha, pegou um copo e encheu com água do bebedouro. Ele se sentia mais calmo por ter entregado seu trabalho para o cliente no prazo ontem e também havia se divertido um pouco com Babe, então ele estava mais animado e cheio de energia.
“Você acordou tarde” Babe disse em um tom calmo enquanto seus olhos permaneciam fixos na tela de seu celular.
“Eu dormi como um morto” Charlie riu baixinho e virou a cabeça para olhar ao redor da sala onde Babe estava sentado. Naquele momento, seu olhar se deparou com uma grande caixa colocada perto da parede. Ele tinha certeza de que não tinha visto aquilo ali ontem, então perguntou ao proprietário do quarto com curiosidade: “O que é essa caixa?”
“É a minha mesa. Acabou de ser entregue”. Respondeu o piloto casualmente.
“Ah”. O jovem fez uma pausa, depois colocou o copo de água na pia e foi direto para a sala de estar: “Posso arrumá-la para você?”
“Se você conseguir encontrar as peças, vá em frente”
“Ok”
O jovem respondeu com um sorriso. Em seguida, ele arrastou a caixa grande para o centro da sala. Ele desempacotou a caixa com entusiasmo e pegou o manual para ler antes de montar cuidadosamente as peças da mesa, seguindo o passo a passo. O dono da mesa nem se deu ao trabalho de olhar, nem mesmo por um segundo.
Charlie levou mais tempo do que o esperado para montar cada peça corretamente. Como a mesa era bem projetada, a montagem era um pouco complicada. Entretanto, à medida que ele continuava a ler o manual seguindo cada passo, a mesa cinza-escura tomava forma e ficava mais definida.
Depois de quase terminar, Charlie percebeu que ainda não tinha perguntado a Babe onde ele queria colocar a mesa.“Onde você quer que eu a coloque?”. Se a mesa for colocada em um local difícil? Ela é pesada, muito pesada, pensou o bobo Charlie.
“Onde você quiser. Escolha ai”. Babe disse sem tirar o foco de seu celular e sem se importar com a pergunta de Charlie.
“Hum… Mas eu não sei para que ela vai servir”
“É a mesa para o seu computador. Então coloque onde quiser”
A atitude indiferente de Babe era realmente estranha, porque normalmente a outra pessoa era indiferente a Charlie. Geralmente, Babe não era uma pessoa “legal” que se preocupava com a presença de outras pessoas. Mas o fato de Babe parecer se importar e dar atenção a ele era diferente.
O jovem não pensou que Babe se importaria com a mesa. Trabalhar na mesa de estilo japonês é muito cansativo. No entanto, Charlie nem pensou mudar para uma mesa melhor, pois tudo o que ele queria era terminar seu trabalho. Portanto, ele ficou surpreso com o fato de Babe prestar atenção nisso e ainda mais surpreendente ainda, com o fato de ela estar completa. Charlie não se importou com o fato de que aquela era sua mesa de trabalho. A princípio, ele se perguntou por qual motivo Babe havia comprado, se era pra algum computador dele.
Charlie pensou que no fundo Babe era uma pessoa bondosa.
“Obrigado”. Charlie disse com um sorriso genuíno de gratidão, enquanto Babe parou por um momento antes de voltar ao seu comportamento indiferente. Sabendo que a mesa era dele, Charlie estava ainda mais ansioso para completá-la. Com um pequeno sorriso, ele pegou as peças pequenas restantes e as colocou nos encaixes, levantou as pequenas pernas e as pressionou no lugar. Em seguida, colocou o parafuso no buraco usando a chave de fenda.
“Ah!”
De repente, Charlie exclamou bem alto fazendo com que Babe que estava sentado com a cabeça baixa no sofá pulasse como se fosse uma resposta automática. Babe largou o celular no sofá e correu apressadamente até Charlie, que estava sentado no chão segurando a sua um pouco em choque.
“O que aconteceu? Você se machucou?”, perguntou Babe impaciente assim que viu uma pequena gota de sangue pingar no chão.
“Me cortei”. Charlie respondeu com uma careta de dor, parecia doer bastante. O sangue gotejava. Babe vendo isso correu para pegar um lenço de papel na mesa ao lado do sofá e o entregou a Charlie para estancar o sangramento. Em seguida, olhou em volta da sala em busca da ferramenta a qual o jovem garoto se machucou, a pegou e colocou de lado em segurança para que ninguém acidentalmente se machucasse.
“Deixa eu ver”. O sênior disse com uma voz firme e um olhar de indignação no rosto, fazendo com que o jovem se sentisse mal por fazer Babe passar por uma situação inconveniente. Era apenas uma mesa simples para montar ele conseguiu transformá-la em um problema. Quanto mais Babe via o longo corte na mão de Charlie, mais frustrado ele ficava: “Como você pôde ser tão descuidado? Como você conseguiu se machucar tanto, seu idiota?”
“Desculpe…”, Charlie disse se sentindo culpado.
“E também não tem nenhum curativo por aqui”. Babe suspirou irritado, antes de se levantar pegando sua carteira e chaves, pronto para sair.
“Aonde você vai?”, perguntou o garoto timidamente, agarrando rapidamente a mão de Babe antes que ele pudesse sair.
“Vou comprar alguma coisa para cuidar do seu ferimento. Espere um pouco”
“Certo…”, Charlie recusou, se sentindo incomodado, “Eu mesmo vou ir comprar”
“Se eu deixar você sair por aí com a mão sangrando, eu me sentiria culpado”. Babe respondeu com um suspiro, levantando a mão para silenciar Charlie antes que ele dissesse algo sem sentido: “Vá se sentar, eu já volto”
“Mas não–”
“Senta”
Por mais que quisesse protestar, Charlie não ousou fazer nada e permaneceu em seu lugar, observando Babe sair da sala com uma estranha sensação de conforto e preocupação, ficando sozinho.
Babe caminhava apressadamente, irritado. No início, quando ele viu Charlie machucado, ele ficou frustrado. E agora ele estava estressado porque a farmácia do condomínio estava fechada hoje. No fim, ele teve que continuar andando. Babe virou em um beco estreito pelo qual raramente passava antes, esperando encontrar uma pequena farmácia ou loja de conveniência. Ele teve sorte de caminhar mais um pouco pelo beco e encontrar uma farmácia. Ele pediu ao farmacêutico um kit de primeiros socorros, depois de pagar, saiu rapidamente da loja. Ele estava com medo de que demorasse e o ferimento do garoto piorasse.
Babe caminhou rapidamente, sem prestar atenção ao seu redor, perdido em pensamentos sobre se ele havia sido muito duro com Charlie mais cedo. Ele sabia que a culpa não era do garoto, mas ver a cara de choque de Charlie quando ele se machucou fez com que ele não conseguisse conter sua irritação, não importava o que Charlie fizesse tudo sempre pareceria meio desajeitado e caótico. Se… se ele mesmo tivesse montado a mesa, Charlie não teria se machucado estupidamente daquele jeito.
É assim que as coisas são.
Se havia alguém para culpar, deveria ter sido ele, não é mesmo?
Babe resmungou consigo mesmo, olhando para frente e suspirando profundamente porque sua casa parecia mais longe do que ele se lembrava. Além disso, o sol estava quente e essa área estava cheia de construções que pareciam ser futuros condomínios. Talvez a mesma rede do condomínio em que ele estava. Porque parecia muito grande. O tráfego era tranquilo porque era uma rua de mão única. Quanto às casas, não havia muitas nos arredores. Ainda o surpreendia o fato de uma farmácia no meio desse beco, ficar aberta esperando vender para qualquer pessoa ou para os moradores do condomínio.
Babe pensava sem parar enquanto continuava a caminhar, esperando que acabasse logo. E, por conta disso, ele não prestou atenção ao seu redor ou quem estava lá….
Thump!
Baque!
“Ei!”
Babe se assustou e se virou para ver o que tinha colidido. De repente, viu um homem bem ao seu lado caído no chão. Em seguida, outro homem pulou em cima dele pressionando seus joelhos nas costas do outro, depois o agarrou pelos dois braços o prendendo atrás das costas, exatamente como ele tinha visto policiais fazerem em filmes de faroeste.
Mas que diabos!
“Você se machucou?”
O homem que estava pressionando o outro virou para encará-lo e surpreso com o que estava acontecendo, Babe não percebeu quem era esse homem à primeira vista.
“Charlie!”
E quando ele percebeu, os olhos de Babe se arregalaram quase a ponto de rolar. Agora ele tinha três perguntas em mente. Primeiro, quem é o homem que Charlie estava pressionando no chão? Segundo, porque Charlie fez isso? E em terceiro lugar, como Charlie chegou até aqui no fundo do beco?
“Não vá atrás dele… Ei!”. Charlie se virou antes que ele terminasse a frase. Quando o cara parecia estar prestes a sair, Charlie se levantou rapidamente e se preparou para correr atrás dele. Mas Babe rapidamente agarrou seu braço para impedi-lo.
“Não vá… Não vá atrás dele”. Babe disse seriamente. Vendo que Charlie só queria seguir essa pessoa, ele acrescentou: “O que aconteceu e como você chegou aqui?”
“Nunca mais ande por esse beco”. Charlie disse calmamente enquanto pegava um objeto preto caído no chão e pressionava a lateral dele, fazendo com que uma lâmina saísse. Ao ver isso, Babe ficou surpreso: “É uma área em construção. E costuma ter muitos roubos por essa parte”
“E quem pensaria em perseguir um ladrão em plena luz do dia?”, disse Babe com uma expressão que parecia que ele ainda não queria admitir que quase havia sido roubado há alguns minutos. “Eu sou um homem. Não seria uma vítima fácil”
“Bem, ele tinha uma faca. Ele não teria medo de um homem desarmado”
“Você está de mãos vazias”. Babe disse olhando para Charlie, que havia aparecido de repente do nada. Sem mencionar que ele facilmente derrubou o assaltante antes que algo acontecesse, Babe não achava que alguém tão assustado quanto Charlie pudesse fazer esse tipo de coisa. “Sua mão está doendo, por que você saiu?”
“…”
“E como você chegou aqui?”
Charlie piscou os olhos e percebeu que não deveria estar alí.
“Ai!”
Charlie choramingou segurando sua mão como se acabasse de sentir dor em seu corte, Babe puxou a mão machucada de Charlie um pouco irritado com a ação do jovem. Em seguida, moveu a mão para pegar uma gaze na sacola. Ele começou a limpar cuidadosamente o sangue da mão do garoto estúpido. Charlie estava prestes a perseguir o pequeno ladrão sem nem mesmo prestar atenção em sua própria mão, o sangue que já havia parado começou a sair novamente.
“Deixe assim por enquanto, quando chegarmos no condomínio vamos limpar seu ferimento”. Babe disse em um suspiro. Ele achava que pararia de repreender Charlie, mas o garoto conseguiu encontrar algo para irritá-lo novamente. Bom, isso já era de se esperar. Então ele o questionou um pouco frustrado: “Quanto mais problemas você vai criar, Charlie?”
“Me desculpe”. O jovem murmurou, mas ele já sabia disso que isso aconteceria. Independente do motivo, ele seria repreendido por Babe. Mas ele só conseguia pensar: O que teria acontecido se ele não tivesse chegado a tempo? Então, valeu a pena ser repreendido por Babe.
“Obrigado”
Babe abaixou a cabeça continuando a limpar o sangue da mão do jovem e murmurou baixo um pouco hesitante. Charlie parou quando ouviu as palavras de agradecimento da figura esbelta de Babe. Mesmo sendo um sussurro, ele as ouviu claramente.
“Tudo bem”. O jovem alfa sorriu sentindo algo agradável por não ter só sido repreendido, ao ouvir as palavras “obrigado” de Babe. “Está tudo bem, Phi”
“Você não pode simplesmente agir como um herói”
Beijo.
“Mmmmmh! Agora é hora pra isso?!”
Babe deu de ombros, irritado. Pois o garoto bobo de repente lhe deu um beijo nos lábios. Embora estivessem na calçada e ninguém estivesse passando por ali, aquele não era o momento para eles se beijarem. Será que ele tá louco?
“Sinto muito”. Charlie se desculpou com um pequeno sorriso, sem qualquer culpa pelo que tinha feito.
“Se você realmente sente, não precisa se desculpar”
“Sim. Não posso me desculpar”. O belo alfa olhou para ele com um sorriso malicioso, Charlie não pode deixar de sorrir mais ainda. Mesmo que ele não soasse amigável, ele só ignorou.
“Por que diabos você está sorrindo?”
“Quando você está irritado, fica muito sexy”
“Isso dói”. Charlie disse assim que Babe cerrou os dentes apertando a gaze sobre o ferimento. Depois, é lavar e fazer um curativo adequado quando voltar para o quarto. “Você só consegue pensar nisso”
“Assim como Phi, certo?”
“Porra, Charlie”
Charlie riu satisfeito. Quanto a Babe, ele imediatamente soltou a mão dele: “Não tente ser esperto. Não é bom para se masturbar agora”
“É apenas um ferimento leve na mão. Estou bem”. O jovem alfa disse sorrindo. Babe teve de admitir que naquele momento, aquele era o rosto mais “encorajador” do mundo para ele.
“Eu posso fazer outras coisas”
“Sério? Se é talentoso, faça sozinho. Não me peça ajuda”
“Quer dizer fazer o curativo em meu ferimento?”
“Não”. Babe respondeu casualmente, fingindo inocência fazendo Charlie ficar com uma expressão irritada, mas de alguma forma estranhamente fofo. “Quero dizer, faça daquele jeito”
“Que jeito?”
“Do jeito que você gosta de me chamar de mama mama”
“…”
“Se você for talentoso, não precisará mais das mãos da mama”
“…”
“Ein?”
Depois que o belo piloto terminou de falar, a linda mama se virou e foi embora, deixando Charlie sozinho, sorrindo como um louco apaixonado pelo esbelto piloto como jamais imaginaria.
E o que é mais louco do que isso… é que esse definitivamente é um sorriso que Babe nunca verá no rosto do jovem estúpido chamado Charlie.
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Continua…