Os Piratas: O Prisioneiro Do Rei - Capítulo 16 - Ataque Surpresa

— Então devemos tirá-lo agora?

O homem mostrou os dentes e sorriu maliciosamente. As sobrancelhas brancas de Claire franziu impiedosamente.

— Não há necessidade disso. Você parece bem, então vamos sair.

— Ei, como você pode saber sem ver? Havia uma ferida bem profunda aqui… … .

Vendo o homem sorrindo e tentando desamarrar as calças, Claire suspirou e abriu a gaveta.

— Você sabia?

— O que?

— Se seus órgãos genitais se machucarem, você terá que cortá-los.

Enquanto falava, Claire estendeu a faca que havia tirado da gaveta e a ergueu contra a luz do sol. A faca bem afiada brilhou tão estranhamente que lhe deu um arrepio. O rosto moreno do homem endureceu num instante.

— Ah, isso é o suficiente, isso é o suficiente. Quando penso sobre isso, acho que está tudo bem.

— Por que? Deixe-me ver. Talvez eu tenha que cortá-lo rapidamente.

— Eu disse que estava tudo bem! Não há feridos nem nada!

O homem empurrou Claire, que segurava uma faca, e fugiu. Mary, que estava sentada em um baú do lado de fora da porta comendo uma maçã, entrou na sala rindo.

— Oh, vejo que você está lidando com isso muito bem agora? Até ontem você estava tão envergonhado que correu até mim e se agarrou a mim.

— Você nunca foi enforcado?

Claire respondeu rigidamente, colocou a faca na gaveta e se levantou. Mary perguntou enquanto seguia Claire porta afora.

— Você vai desistir agora?

— Isso é uma perda de tempo.

Mary deu um tapinha no ombro de Claire como se ele tivesse descoberto agora. Subiram juntos para o convés e foram até a rede onde Giltre sempre se sentava e descansava. Não havia ninguém por perto, então estava muito quieto.

— Você disse que eu me arrependeria mesmo se fizesse isso.

— Eu não sabia que era assim. Não há nenhum paciente que esteja bem?

— Se você está bem, você não é paciente, Claire.

Mary riu, como se estivesse satisfeita com seu próprio humor. Claire caiu no chão, pegando a maçã jogada para ele.

— No final, fui muito provocado hoje.

— Ahaha. Quem precisa de ser examinado por um médico de navio pirata quando já chegou ao Porto?

— Se você já sabia, deveria ter me dito!

Claire corou e protestou.

Já passaram duas semanas desde que chegaram ao Porto.

Embora ele tenha começado sua prática médica de forma ambiciosa, quase não havia piratas procurando por Claire, e entre aqueles que vieram, não havia pacientes adequados.

Um cara sujo que pergunta: “Estou com coceira nas costas, por favor, coce” ou “Meus dedos dos pés cheiram muito mal, isso não é uma doença” ou “Olhe isso em mim, o que você acha?” Ou Claire estava completamente farto dos caras sujos que diziam: “Faça por mim o que você fez pelo capitão”.

— Não há melhor médico do que eu no Porto. Sou um médico de sucesso na capital do Império Britânico.

— Sim Sim. Ok, coma algumas maçãs.

Mary deu um tapinha nas costas mal-humoradas de Claire como se estivesse confortando uma criança. Claire olhou para o porto enquanto mordia uma maçã de mau humor. Embora ele tenha tentado desistir, ficou chateado por não conseguir sair quando a terra da liberdade estava bem na sua frente.

Chegaram ao Porto no dia seguinte ao confronto com Elpian. Bisbilhotou Elfian para ver se conseguia escapar, mas tudo que recebeu foi uma resposta fria: — Não faça nada tolo e fique calmo. — E ele saiu do barco sem nem olhar para trás.

— Maldito filho da puta. Ele não me deixou sair do barco.

— Eu confrontei o capitão, mas este tratamento não é bastante brando?

Mary falou alegremente enquanto estava deitado na rede, e quando viu a expressão podre de Claire, ela rapidamente acrescentou:

— Mas ele não te prendeu.

— Apodrecer em um navio como este não é diferente de estar preso!

Claire gritou alto enquanto olhava para Miguel, cujos olhos tremulavam do topo da torre de vigia. Era claramente audível porque não estava longe, mas Miguel não se mexeu.

— Mas já que ele está livre, não é melhor do que ficar aí sentado protegendo você?

— Por que diabos ele está me protegendo assim? Não importa se eu saio ou não.

— Porque as ordens do capitão são absolutas. E ele provavelmente quer ver você implorando para ele deixar você sair no Porto.

— Prefiro ficar preso ou não e não tenho intenção de sair.

— Isso é melhor. Assim que você sair do navio, ele definitivamente tentará matá-lo em um lugar tranquilo.

Mary falou com calma, mas Claire ficou arrepiado.

— Por que ele me odeia tanto?

— Você se rebelou contra o capitão e ainda está vivo, e o capitão secretamente se preocupa com você, mas você o odeia. Há muitas razões para não gostar.

— Quem se importa comigo? Um maldito homem que me ameaça quando está entediado e usa violência para me manter preso?

— Isso é tudo com que ele se importa. Se outra pessoa tivesse feito o que você fez, seria comida de tubarão ou teria um ou dois membros cortados.

Mary bateu no nariz de Claire enquanto ele ainda parecia não convencido.

— De qualquer forma, se você ficar perto de mim, Miguel não poderá tocar em você, então não fique andando sozinho.

— Sinto muito por ter feito você apodrecer no barco também.

— Nada com que se preocupar. “Eu gosto de estar com você.

Era um tom altruísta, mas afinal, Mary também era uma mulher, então o rosto inocente de Claire ficou vermelho. Quando ela viu isso, ela riu e brincou com ele.

— O quê, você está excitado por mim agora?

— Isso não pode ser possível!

— Ok, não fique animado. Porque você tem o capitão.

— Já faz um tempo que não vejo seu rosto. Não quero me envolver com esse maldito bastardo.

— Você quer dizer que o capitão está sendo gentil com você? Apenas aceite agora.

Claire ficou irritado, mas Mary insistiu naturalmente. Enquanto os dois falavam bobagens como essa, o sol começou a se pôr antes que eles percebessem.

— O sol está se pondo lentamente. “Giltre estará de volta em breve, então vamos parar de ficar com raiva e fazer uma festa divertida em um navio vazio.

Fiel às suas palavras, após cerca de 30 minutos, Giltre foi visto na ponte ligada ao porto. Achando que seria um rosto feliz e bêbado, mas para sua surpresa, não parecia bom. Quando os dois se aproximaram, Giltre falou imediatamente.

— Ouvi isto e aquilo no Porto, mas a situação é inusitada. Parece que desta vez houve muitos combates nas Ilhas Canárias.

Claire também sabia que as Ilhas Canárias ficam no noroeste da África, perto de Las Palmas. Este é o destino da frota e fica perto de onde pretende se juntar a Elcain. Mary perguntou com os olhos arregalados.

— Nas Ilhas Canárias? Quem estava brigando com quem?

— Dizem que a frota espanhola travou uma batalha com um pirata misterioso, mas foi derrotada e recuou.

— O exército espanhol? É ridículo ser e por piratas!

— Você sabe que isso pode acontecer.

A expressão de Mary endureceu com as palavras significativas de Giltre.

— Sem chance… … Capitão?

— Sim. Acho que não fomos os únicos que chegaram rapidamente.

Mesmo que eles não tenham exatamente concluído a conversa, Claire foi capaz de entender a conversa. Não há muitos piratas que possam lutar e vencer o exército espanhol. O Rei das Caraíbas, Elcain Capransis, já está perto do Mar Mediterrâneo.

— Por que diabos a frota espanhola está… … eles estão buscando tributo?

— Talvez sim. Você provavelmente já conhece a informação de que eles vêm aqui a cada dois anos.

— Então você está dizendo que se preparou com antecedência e atacou? Não importa o quanto ele seja capitão, ele não estaria bem se lutasse contra um navio de guerra.

Giltre baixou a voz em resposta às palavras de Mary e acrescentou:

— Há rumores generalizados de que o capitão Elcain está ferido e deitado em Las Palmas.

— O capitão está ferido?

— Sim. Parece uma lesão muito grave.

Claire, que estava ouvindo com indiferença, também arregalou os olhos com essa história. A notícia de que o Rei dos Caribi estava ferido já era grande por si só, mas o que aconteceu depois foi ainda mais problemático. Se ele ficar doente e morrer e Elfian o suceder, será um grande problema para Claire.

— Então, o que acontece conosco agora?

— Bem. Provavelmente terei que me juntar a eles, então eles não partirão em breve?

— O que aconteceu com o capitão? Algo a dizer? Quando ele vai voltar?

— Eu também não sei disso. Não ouvi nada desde que disse que tinha algo para investigar.

Giltre balançou a cabeça.

Os três entraram no restaurante, esquecendo tudo sobre a festa, e conversaram seriamente sobre o que aconteceria no futuro. Por volta da meia-noite, houve uma comoção do lado de fora da porta e ouviu-se o som de alguém entrando correndo.

— O que está acontecendo?

— O capitão voltou?

Mary, por mais curiosa que estivesse, levantou-se rapidamente e saiu pela porta. E depois de um tempo, os gritos de Mary foram ouvidos.

Claire e Giltre se levantaram surpresos e saíram correndo. Assim que saíram, viu Mary correndo em sua direção. Ela puxou o braço de Claire com o rosto pálido, seus grandes olhos cheios de lágrimas.

— Claire, venha rápido, venha rápido.

— O que? Onde?

— O capitão foi atacado.

Os lábios de Claire se abriram ligeiramente. No corredor familiar, o cheiro de sangue de peixe picou seu nariz.

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LILITH TRADUÇÕES: YANP, COVEN, NOCTURNE, MR.YAOI, BL NOVEL’S E WATTPAD