Os Piratas: O Prisioneiro Do Rei - Capítulo 08 - Plymouth
Bem na sua frente estava um rosto tão delicado e frio quanto uma escultura de gelo. Claire, cuja distância era tão próxima que era difícil posicionar os olhos, abaixou a cabeça e empurrou o corpo de Elpian com força fraca.
— Não faça isso. Há muitos homens aqui para você brincar.
— Mary o aconselhou você a negociar comigo usando a obediência como isca?
Elpian apoiou o queixo de Claire com sua mão grande e a fez encará-lo.
— Não tem nada vê. Acabei de saber sobre seu estilo de vida promíscuo.
Embora ele falasse em tom acusatório, um sorriso apareceu em seus olhos verdes brilhantes.
O olhar satisfeito de Elpian caiu sobre o cabelo loiro úmido de Claire, bochechas vermelhas, lábios rosados e doces e pescoço reto. O rosto de Claire ficou quente quando ela sentiu um desejo flagrante.
— Não há necessidade de você fazer isso. Parece que há muitas pessoas que gostam de você. Ou é um hobby pervertido que você gosta de ser forçado a cometer?
— Talvez sim.
Mesmo que a provocação tenha sido intencional, Elpian não pareceu se importar muito e tirou vagarosamente o pano de linho que Claire ainda usava. Claire o parou segurando seus dedos enquanto ele afrouxava a bainha da camisa.
— Você disse que me sequestrou porque precisava de um médico! Se você continuar fazendo isso, não vou cooperar, ugh!
Claire não conseguiu terminar suas palavras devido ao forte empurrão dele. Elpian cobriu o corpo de Claire, que havia caído para trás e afundado na cama, e falou ameaçadoramente, mostrando os dentes brancos.
— Não tente usar sua cabeça. Tudo o que você precisa fazer é limpar sua mente e fazer o que lhe for dito.
— Você acha que sou algum tipo de idiota?
— Sim você é um idiota. Se você ouvir as histórias que estão sendo contadas por aí, é natural pensar dessa forma.
Elpian zombou e falou friamente.
— Posso adivinhar o que a Mary falou para você. Pode apenas ser obediente ao capitão e cooperar por uma ou duas semanas até que eu me canse de você, em vez de perder suas forças sem motivo, certo?
— Não diga apenas uma ou duas semanas. Para quem está preso, é uma eternidade! Se vou estar aqui de qualquer maneira, pelo menos me tratar bem desde o início… … .
— Você achou que se eu dissesse que o tornaria um pirata, acreditaria em você e baixaria a guarda?
Claire, cujos pensamentos foram capturados, ficou sem palavras. Elpian escovou seu cabelo e aproximou seu rosto.
— Esta cabecinha está cheia de pensamentos inúteis.
Claire estava chorando e olhou para ele. Elpian sorriu, recebendo vagarosamente aquele olhar.
— Esta é a sua cara honesta.
— É isso que você quer, forçar e fazer tudo que quiser?
— A rebelião honesta é melhor do que a falsa obediência.
Elpian sobrepôs os lábios de Claire com lábios vermelhos. Quando Claire fechou a boca com força em recusa, Elpian mordeu a nuca com força. Claire gritou baixinho de dor, e a língua dele penetrou profundamente entre seus lábios entreabertos.
O som das ondas que dominam o navio durante todo o dia parece ser ouvido muito longe. Houve silêncio por toda parte, e apenas o som obsceno de lábios sugando e lambendo ecoou pela sala. Depois de devastar a língua de Claire por um tempo e deixar sua própria saliva em sua boca, Elpian afastou seus lábios persistentes.
Elpian encostou a testa na de Claire, que ainda estava ofegante porque não estava acostumado a ser beijado, e sussurrou em voz baixa.
— Se você realmente obedecer do fundo do seu coração, receberá sua parte sem ter que recorrer a tais truques. E não terei mais que matá-lo.
— Esse dia nunca chegará.
Não adiantava mentir, então Claire falou claramente. Elpian sorriu, beijando o rosto macio de Claire até ele emitir um som.
— Todo mundo diz isso no começo.
Ele odiava aquela voz relaxada, mas não conseguia falar por causa dos movimentos repentinos de Elpian com suas mãos que penetravam em suas roupas. Elpian beijou Claire novamente e desamarrou os cordões que prendiam sua camisa.
Em um instante, a blusa e até a calça e a cueca caíram nas mãos de Elpian. Claire, agora nu, encolheu o corpo todo, mas foi pressionado por Elpian e acabou abrindo as pernas.
Elpian admirou o corpo branco e macio impecável o quanto quisesse, sem qualquer sinal de hesitação.
Mesmo que seu corpo já estivesse totalmente visível, era vergonhoso. Elpian mordeu a nuca de Claire, o que ele não gostou, e começou a brincar com os mamilos dele com os dedos.
— Eu não quero fazer isso, não faça.
— Sua boca diz uma coisa, mas seu corpo reage de outro jeito.
Elpian esfregou os mamilos de Claire, que ficaram pontiagudos ao seu toque, e depois os lambeu com a língua. Os lábios do homem que só falava palavras frias se moviam suavemente e lentamente, fazendo Claire respirar fundo.
A sensação de rolar a língua e chupar um mamilo que ninguém havia tocado era incrivelmente estimulante. Quando arqueou as costas e suprimiu o gemido que escapou, a mão de Elpian envolveu a área entre suas pernas.
A voz de Claire aumentou de surpresa.
— Não faça isso! Você tem que fazer isso, porque … Hum… … !
Teria sido melhor se ele apenas perseguisse seu próprio prazer e recuasse, mas Elpian estava na verdade deixando Claire com raiva. Lágrimas se formaram nos cantos dos seus lindos olhos enquanto sentia seu pênis inchar em naquelas mãos grandes habilmente movidas.
— Mesmo que você diga que não gosta, no final, se eu estimular um pouco mais, é assim que seu corpo reage.
— Não, algo assim, mentira.
— Apenas negue como quiser. Quanto tempo você vai aguentar? 1 semana? 2 semanas?
Claire balançou a cabeça para afastar o sussurro constante em seus ouvidos. Porém, cada vez que o mamilo era lambido e sugado, o movimento diminuía. Claire, que não é imune aos toques de outras pessoas, não aguentou os toques obscenos e acabou soltando um grito.
Como se gostasse daquela resposta, os dedos que estimulavam seu pênis se tornaram mais densos e pegajosos. Com a mão subindo e descendo com força, Claire finalmente não aguentou e se deixou levar.
O prazer terrivelmente intenso passou num instante, e logo foi dominado por uma terrível sensação de autodestruição. Depois de passar o dedo na barriga manchada de sêmen de Claire, Elpian levou-o coberto de um líquido branco e pegajoso ao rosto de Claire. Então ele disse, empurrando-o entre os lábios vermelhos.
— Não importa o que você estava pensando, mas pare. Você não pode escapar de qualquer maneira.
— Ah, pare, ah… … .
— Se você quer se livrar do sofrimento, se torne domesticado. Porque essa é a única maneira de ser livre.
Claire mordeu o dedo, mas Elpian pressionou a língua sem sequer concordar. Depois de um tempo, quando a luta de Claire diminuiu, Elpian o deixou ir com uma expressão satisfeita. Claire fechou os olhos em resignação, deixando um longo rastro de lágrimas.
⚓⚓⚓
Na manhã seguinte, Claire acordou na cama de Elpian.
Só depois de olhar ao redor da sala e confirmar que estava sozinho é que ele relaxou. Então ele abaixou a cabeça e verificou seu corpo.
Podia ver as marcas deixadas por Elpian em seu peito e nuca. Porém, estava limpo, sem vestígios de saliva ou ejaculação. Movendo seus braços e pernas com cuidado, mas não havia desconforto e até se sentiu revigorado. Ele ficou um pouco aliviado por não parecer que nada pior tivesse acontecido depois que perdeu a consciência.
Não sabia para onde ir, mas queria sair da sala antes que Elpian voltasse. Claire rapidamente pegou as roupas em cima da mesa e saiu, logo dando de cara com Mary no corredor.
— Ah, você está acordado. Ouvi dizer que você fez bons barulhos ontem à noite, então acho que você dormiu bem.
Claire franziu a testa e expressou seu descontentamento, mas Mary sorriu feliz.
— Você deve estar com fome depois de tanto esforço. Vamos ao restaurante?
— Eu realmente não quero comer.
— Não faça isso, vamos embora. Porque não há ninguém lá agora.
Mary o arrastou com força pelo pulso de Claire e se dirigiu ao restaurante. Olhando para a sombra da grande janela do corredor, o sol parecia estar alto no céu, mas o restaurante estava vazio.
Mary vasculhou aleatoriamente o armário e tirou um biscoito de ovelha, entregou um para Claire e sentou-se à sua frente. Enquanto mastigava, Claire de repente percebeu que mal conseguia sentir o balanço do barco.
— Chegamos a Plymouth muito antes do esperado.
Mary disse como se tivesse lido seus pensamentos. A boca de Claire se abriu ligeiramente quando soube que eles haviam chegado a Plymouth enquanto ele dormia.
— Todos, inclusive o capitão, desceram ao porto. Somos só você e eu neste navio agora.
Ele estava prestes a perguntar por que ela não tinha ido junto, mas parou para pensar que ela estava sob vigilância. Mary começou a conversar enquanto mordia um biscoito duro com um alto som de “clique”.
— Estaremos ancorados em Plymouth por uma semana. Em geral, pretendo fazer a manutenção do navio, encher as balas de canhão, tirar a sujeira e polir. Enfim, estamos a encontrar a 1ª Frota. Não podemos ser desleixados.
Ficando desanimado porque não conseguiu confirmar se Henrique estava vivo ou morto, muito menos o ajudou a escapar para terra firme, mas o fato de o navio estar ancorado por uma semana em Plymouth foi um consolo.
— Minha estadia em Londres foi muito curta. Quando Giltre voltar, sairei e comprarei muita comida. Você gostaria que eu comprasse algo para você também?
— Não, está tudo bem.
— Ontem fui até onde os prisioneiros estavam amarrados e saqueei muitas coisas boas.
— Qual é a condição dos prisioneiros?
— Condições? Eles estão todos cozidos demais pelo sol, incapazes de comer adequadamente e amarrados a pilares até a morte extrema.
Pensando nas dificuldades pelas quais Henrique deve estar passando, o rosto de Claire ficou um tanto pálido.
— Ele ainda está amarrado assim?
— Ficará assim até ser solto.
Mary, que respondia com indiferença, só percebeu que a pele de Claire estava transparente. Percebendo que Claire estava preocupado com seu amigo, ela rapidamente acrescentou:
— A maioria dos prisioneiros em Plymouth será libertada. Porque também temos que carregar a carga no cais. Contanto que paguem o resgate corretamente, você não terá que se preocupar.
Mesmo ouvir essas palavras não se sentiu tranqüilo. A família de Henrique é composta por uma mãe solteira e, pelo que Claire sabia, eles não tinham dinheiro suficiente para pagar um resgate enorme. Além disso, ele precisava da ajuda de Henrique para escapar.
Ele está amarrado há vários dias, então mesmo que seja liberado não poderá andar imediatamente. Ele tinha que ver a oportunidade o mais rápido possível para encontrar Henrique e escondê-lo. Claire fez uma pergunta casualmente.
— E Elpian? Quando ele voltará?
— Não estará de volta quando zarpamos? Porque o capitão está muito ocupado em terra. As mulheres não vão deixar ele em paz.
Mary girou os quadris eroticamente, como se mostrasse com o que Elpian estava ocupado. Mas isso nem estava na cabeça de Claire. Sua cabeça estava girando rapidamente.
— Posso ver claramente o que você está pensando. Eu disse para você não pensar em coisas inúteis?
Não importa o que ele dissesse, Claire não tinha intenção de desistir de seu plano. Em vez disso, teve vontade de esfaquear o cara que o humilhou daquele jeito.
Agora que Elpian estava fora era uma oportunidade de ouro. Claire fortaleceu sua determinação e cerrou os punhos brancos por baixo da mesa.
𝕮𝖔𝖓𝖙𝖎𝖓𝖚𝖆…
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LILITH TRADUÇÕES: YANP, COVEN, NOCTURNE, MR.YAOI, BL NOVEL’S E WATTPAD