Noite De Caça - Capítulo 132
Seu antigo temperamento costumava surgir com frequência, mas agora é claramente diferente. Ele mudou. Estava se esforçando para provar sua transformação. Enquanto eu acariciava sua cabeça e o elogiava, ele encostou a cabeça em meu ventre, agindo como um filhote de cachorro fofo. Fiquei encantado com a maneira como ele se comportava como Mickey e Minnie, esfregando todo o corpo em mim.
— Você me tornou, humano.
E contou dizendo todas essas coisas. Eu ri.
— Se eu não tivesse conhecido você, teria vivido minha vida sozinho e, convencido da minha perfeição, nunca teria me casado. Continuaria caçando com uma arma e acabaria morrendo como um velho solitário.
— Você teria se casado, sua mãe não o deixaria ficar sozinho. O casamento é um negócio. Você provavelmente teria se casado com um ômega real cujos feromônios são mais atrativos que os meus e viveriam como um casal de contrato. Lembro de ter ouvido você dizer que não havia necessidade de amor em um casamento real, certo?
Recitei as mesmas besteiras que Doha havia dito descaradamente antes.
— Eu era tão idiota…
Em seguida, ele riu desamparado, murmurando para si mesmo.
— Baek Doha.
Quando o chamei pelo nome, ele ergueu a cabeça e olhou para mim. Seus cabelos estavam desarrumados, o que o fazia parecer um pouco mais jovem do que o normal. Seus olhos me observavam atentamente. Seu rosto era deslumbrante, era como se eu estivesse olhando para um menino inocente em vez da figura adulta e masculina que eu costumava observar. Claro, eu amo esse homem, não importa como ele seja. Mas, às vezes, sinto falta do antigo menino egoista que costumava ser fiel apenas aos seus instintos.
— Eu também sinto isso. Você não é o único que se sente inseguro. Sempre me sinto inseguro. Eu era e ainda sou.
— Por quê?
Há quanto tempo não ouço isso.
Ouvir aquela voz dizer ‘por quê?’ depois de tanto tempo foi quase uma novidade para mim. Aquele maldito ‘por quê?’. Mas, depois de tantos anos, fiquei feliz em ouvir isso novamente.
— Porque eu te amo. Eu estava tão inseguro quanto você porque eu te amo muito.
Quando chegamos a estar lado a lado em linhas paralelas como essas? O homem que sempre esteve acima de mim, me dominando, agora está olhando para mim, se agarrando ao meu corpo. E não é como se eu estivesse em vantagem. Também estou me agarrando desesperadamente ao amor desse homem.
Quando estávamos juntos, suas emoções permaneciam estáveis e nunca se inclinavam para um lado ou para o outro. Pensei que eu era o único inseguro, mas esse homem também estava sempre atormentado pela insegurança. Apesar de sermos um casal, vivendo tão próximos, aqui estávamos, sem nos conhecermos direito.
— Acho que realmente precisamos conversar mais.
Doyun tinha cinco anos agora. Estávamos há cinco anos vivendo juntos e, mesmo depois de tantos anos, ainda não havíamos tido uma conversa dessas. Simplesmente estávamos sempre ocupados. Ele estava ocupado com o trabalho enquanto eu estava ocupado com coisas triviais. E entre nós dois, o pequeno Doyun estava sempre presente.
— Vamos viajar?
Baek Doha falou primeiro.
— Isso seria bom.
— Partimos amanhã.
Ele era impaciente. Também era o tipo de pessoa que, uma vez que tomava uma decisão, tinha que levá-la adiante.
— Amanhã?
— É, fim de semana. Você deixou Doyun com minha mãe.
Agora que eu pensava, era uma boa oportunidade. Se fosse uma viagem doméstica, poderíamos ir e voltar em apenas dois dias. Mas de repente me lembrei do que Baek Yeonju havia me dito. Não parecia ser a hora de viajar calmamente.
— Isso seria ótimo, mas como está sua empresa? Ouvi dizer que não está indo muito bem atualmente.
— Não quero ficar preso no trabalho até no fim de semana. Não fale sobre trabalho. Você não precisa se preocupar com isso.
— Como assim? É um assunto de família, como posso não me importar?
— Quando você fica bravo como agora, seus olhos ficam arregalados e você diz ‘você, você’, como um coelho assustado. É fofo.
— Ei, Baek Doha… você vai me ouvir seriamente?
Ele simplesmente ignorou minhas palavras e começou a deslizar as mãos em minha cintura, acariciando e apertando minha bunda. Entre todas as partes do corpo, minha bunda era a que mais tinha gordura, e ele passou um bom tempo massageando-a. Então, ele disse casualmente:
— Por que você não está usando cueca?
— Ei!
— Você está sem roupa íntima e está usando algo que mostra tudo. Quem em sã consciência sairia vestido com uma peça transparente assim? Quem você quer provocar?
— Foi você quem comprou essa peça transparente, Doha.
No armário do meu quarto, só havia roupões de seda ou camisolas que mostravam as linhas do meu corpo ao menor movimento. Ele me forçava a trocar para essas roupas constrangedoras toda vez que eu entrava no quarto. O tecido era tão fino que todas as partes salientes ficavam visíveis, e o material era tão transparente que chegava a ser constrangedor.
Começou no outono do ano passado. De repente, ele trouxe isso para casa, chamando-as de roupa de dormir, e com uma postura ousada, me pediu para vestir. Foi um outono com uma onda de calor excepcionalmente tardia.
‘Seus pés e mãos são frios, mas você sente mais calor do que parece. Você costuma suar muito durante o sono. Roupas de dormir finas são melhores.’
Ele fingiu estar cuidando de mim, mas suas intenções pervertidas estavam bem claras. Mas suas verdadeiras intenções pervertidas estavam bem à vista. Se ele tivesse comprado essa roupa apenas para serem usadas como pijama, teria escolhido uma cor mais escura. Certamente não teria comprado apenas branco ou marfim.
Ele vivia me dizendo para não usar camisetas finas ou camisas brancas quando saíamos, pois transpareceria minha pele e faria com que meus mamilos e genitais ficassem à mostra. Quando usasse roupas brancas, deveria usar outra camada por baixo. Era um assunto comum para sermões.
Quando eu disse que estava envergonhado e não queria usá-los, ele me pediu para pelo menos tentar, pensando em seu esforço ao comprá-las. Sentir o tecido macio deslizando sobre o corpo era incrível. A roupa era tão fina que mostrava minha pele e destacava meus mamilos e genitais, mas ainda assim, era refrescante, como se eu não estivesse vestindo nada.
Baek Doha estava de braços cruzados, ainda com seu terno do trabalho, admirando minha aparência. Em seus olhos, que brilhavam com um sorriso orgulhoso, o desejo sexual era evidente.
Foi aí que eu percebi mais uma vez. Baek Doha era pervertido.
— Você costumava implorar para eu vestir isso. Por que essa reação exagerada agora?
Enquanto ele continuava a apalpar minha parte inferior, me senti excitado, então me contorci e o empurrei para longe. Eu nem tinha me tocado, mas minha frente estava saliente.
— Eu lhe disse para usá-lo apenas no quarto. Por que você está saindo com essa roupa pela casa?
— Não tem ninguém em casa.
— Estou aqui. Vou perder a cabeça. Por que não está usando roupas íntimas?
— Vai sujar de qualquer maneira. Só ia ficar acumulando roupa para lavar.
Enquanto falava, olhei discretamente para suas pernas e vi que seu pênis estava inchado. Seus feromônios estavam densos e fortes. Tentei afastá-lo enquanto me contorcia, mas ele me segurou pelos braços e me puxou rapidamente. Conforme ele me puxava, meus passos desajeitados me levaram até seus braços. Mesmo que eu me contorcesse, seus braços fortes ao redor da minha cintura não afrouxaram. O olhar de Doha estava fixo na minha parte inferior. Quando abaixei a cabeça para olhar para baixo, vi que o tecido cor de marfim estava molhado e grudado nos meus quadris, com o formato de um pênis e mostrando meus pelos pubianos
Era erótico, mesmo para mim. Era constrangedor. Mesmo que eu não tivesse nada para vestir, deveria ter usado roupas íntimas, mas já era tarde demais para me arrepender.
— Vou me trocar.
Envergonhado, dei as costas, incapaz de olhar para cima. Tentei correr para o vestiário para vestir um roupão. Em minha mente, eu queria correr, mas meu pênis ereto estava me puxando e eu mal conseguia dar um passo para frente. Inclinei a cintura e cambaleei alguns passos até que Baek Doha agarrou meu braço. Ele se levantou e me puxou rapidamente. Fui arrastado indefeso com seu puxão e caí em seus braços.
— Me solte.
Eu me contorci, mas os braços grossos em volta da minha cintura não se mexeram.
— Você tinha a intenção de me enlouquecer, não é? Realmente… tentei suportar por sua causa, mas aí você aparece vestindo uma coisa dessas, me provocando assim.
Seu hálito perto do meu ouvido me deu arrepios e meus ombros tremiam. Senti claramente sua ereção pressionada contra minha bunda. Minha própria respiração ficou mais quente.
— Foi você quem comprou essa coisa pervertida.
— Você nem está usando intencionalmente roupas íntimas, está tentando me enlouquecer.
Ouvi suas palavras e engoli um xingamento que estava prestes a soltar. De qualquer forma, não adiantaria tentar me justificar. Isso só faria ele falar mais e mais. Tentei afastá-lo, pois o aperto incomum em minhas costas não parecia certo.
— Me solte. Temos que comer, eu estou com fome.
— Coma meu pau primeiro e depois a gente come.
Ele estava pressionando sua ereção contra minha bunda e dizendo essas coisas pervertidas. Meu rosto e orelhas ficaram vermelhos de vergonha e constrangimento. Bem, ele sempre foi pervertido. Ele pressionava metade de seu pênis contra as minhas costas e sugava meu pescoço com uma mão. Como um animal, ele cheirava e colocava o nariz em meu pescoço, inalando meu aroma.
— Seu cheiro é delicioso.
Eu também fiquei excitado. Na verdade, desde que acordei naquele quarto, estava em estado de excitação constante. Meu abdômen inferior ainda estava rígido devido à nossa longa e intensa relação sexual. Na verdade, eu não havia usado roupas íntimas porque queria me envolver com ele novamente e não pela roupa suja. Talvez eu tivesse colocado essa camisola leve e fina de propósito.
O instinto sempre supera a razão. Doha acariciou meus seios amplamente enquanto chupava meu pescoço incansavelmente. Ele acariciou minhas aréolas descaradamente. Depois, tocou meus mamilos protuberantes, os agarrando e os torcendo com força.
— Ah!
Gemi, enquanto minha parte superior do corpo se inclinava para frente com a sensação de formigamento. Os mamilos estavam tão sensíveis que ardiam ao toque. Ele, então, os girou na ponta dos dedos, apertando-os e os esfregando. O prazer agudo, semelhante a uma agulha me perfurando, fez com que eu gemesse e meu corpo se contorcesse. A parte superior do meu corpo continuou a se inclinar para frente e os quadris caíram para trás. Com Baek Doha me segurando por trás, mexi o corpo de um lado para o outro e tentei escapar me levantando na ponta dos pés. Sem sucesso. Minha bunda balançou por conta própria, implorando para que ele os colocasse de volta rapidamente.
— Onde você aprendeu a gemer e mexer a bunda desse jeito? Com quem você aprendeu isso? Quem você quer devorar?
— Que bobagem… uh, uh… por que eu faria isso com outra pessoa? Hah?
Eu estava prestes a xingar, mas um gemido escapou de mim quando ele agarrou meu mamilo e mordeu com força. Ele me segurou com força e me puxou para seus lábios, sugando meu pescoço enquanto murmurava.
— Só comigo, só pode fazer isso comigo.
Ele chupou com força, e eu estremeci quando seu hálito quente tocou o ponto mais dolorido em meu pescoço.
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Continua…
Tradução: Rize
Revisão: MiMi