Noite De Caça - Capítulo 093
Ele suspirou e afastou o rosto. Seus lábios ensanguentados se curvaram de forma grotesca. Ele sorriu, com seus olhos brilhando, como se aquilo fosse insanamente divertido.
Você tocou o louco errado. Pensei o mesmo da última vez, quando tentei me cortar com uma faca em um ataque de desespero.
Ele riu. Seus lábios se esticaram e o sangue escorreu entre o pequeno rasgo. Ele colocou a língua para fora e lambeu.
— Merda. Yoo Seolwoo, porque você é tão divertido? Eu nunca me canso disso.
Ele ainda me segurava pela nuca. O aperto em meu pescoço se intensificou ligeiramente. Os dedos se moveram lentamente, não com intuito de me estrangular, mas como um gesto brincalhão. O maior problema eram os fortes feromônios que emanavam de sua mão.
Antes que os feromônios me dominasse, eu espremi cada grama de força que tinha e revidei. Um punho agitado bateu no rosto de Baek Doha e a mão em volta da minha garganta caiu. Sem perder o ritmo, abri a porta do carro e pulei para fora.
Mas eu não tinha como fugir. A saída da garagem estava bloqueada e, se eu subisse correndo as escadas à minha frente, acabaria dentro da casa.
— Droga. Foda-se!
Cuspi as palavras passando a mão em meus cabelos emaranhados. Tudo o que saiu foi um suspiro e uma maldição, seguidos pelo som de uma porta de carro se abrindo atrás de mim e o estrondo da porta se fechando.
— Você é bom em xingar.
Baek Doha saiu do carro vagarosamente e veio em minha direção.
— Mas você deve parar de xingar agora. Não é bom para o bebê na sua barriga.
Olhei para ele com descrença.
— O que lhe dá o direito de dizer isso?
— Por quê? Não sou qualificado? Sou pai dessa criança.
Eu queria dar um tapa na boca dele. À medida que a surpresa e choque diminuía, minha raiva aumentava. Ele sabia o tempo todo e ficou me observando fazer um show. O quanto ele deve se divertido enquanto assistia minha atuação desajeitada…?
— E eu lhe disse para me avisar a qualquer momento se precisasse de alguma coisa. Se precisar de mais dinheiro, eu te depositarei mais.
Meu rosto se contorceu com o som de suas risadas. Dinheiro? Do que ele está falando? Um pensamento passou pela minha cabeça. A grande soma de dinheiro em minha conta bancária em nome da empresa…
— O dinheiro…… foi você que fez o depósito?
— Você nem sabe o nome da empresa do seu marido.
— Eu sei o nome da empresa. Mas o nome que apareceu no extrato bancário era diferente.
— O que faz você pensar que eu tenho só uma empresa?
Talvez seja uma empresa de fachada. O presidente Yoo também tinha uma empresa de fachada para desviar o dinheiro de fundos duvidosos. Eu não era secretário de Baek Doha, então não tinha como saber o nome da empresa no papel.
A Sra. Park devia saber que meu celular estava grampeado. É por isso que ela parou de me enviar mensagens de repente.
— Não faz sentido que meu ômega esteja implorando por dinheiro por aí. Por que você age desse jeito quando tem um marido competente? Se precisar de algo, fale com seu marido.
Ele sabia para que servia o dinheiro. Eu não implorei… eu estava negociando com a Sra. Park.
Ele sabia de tudo. Em outras palavras, eu joguei o jogo de Baek Doha.
Eu nem me dei conta disso e achei que tinha vencido. Estúpido, sim. Menosprezei a inteligência de Baek Doha. Admito isso. Na verdade, eu até ri dele por ser tão estúpido a ponto de cair em um truque tão óbvio. Quem é o verdadeiro idiota que não percebeu a atuação de Baek Doha?
Se eu tivesse feito algo inadequado com Baek Doha pensando que ele estava desmaiado, eu teria experimentado uma humilhação que nunca esqueceria, mesmo na morte.
— Quem é meu marido?
Havia muitas coisas para dizer, mas essa foi a única coisa que saiu da minha boca.
— Seu marido? Sou eu, não?
Baek Doha riu e se aproximou. Seus feromônios fortes também me atingiram. Instintivamente, recuei. Ele estava sorrindo, mas os feromônios que ele emitia eram venenosos. Era a prova de que estava com raiva. Ele me pegou no colo, como se dissesse: já chega.
— Me solte!
Eu gritei, lutando e xingando. Então, ele jogou em seu ombro como se fosse uma bagagem.
— Me solte. Você é um criminoso, seu filho da puta!
— Você está fazendo muito barulho.
Ele deu uma risada sem sentido e deu um tapinha de leve em minha bunda com a mão. Beak Doha subiu as escadas por onde eu o havia arrastado suando muito, com passos firmes, mesmo enquanto me segurava. Rapidamente, levou-me para o seu quarto e me jogou na cama. O tigre empalhado na parede do quarto parecia estar me encarando com um olhar mortal, especialmente hoje.
Baek Doha não subiu imediatamente na cama, mas ficou de pé. Pegou uma garrafa de água na mesinha de cabeceira e a engoliu.
— Apesar de ter tomado o antídoto antes, estou um pouco tonto. Sabia que as pessoas podem ter um ataque cardíaco quando tomam álcool com pílulas para o estro?
Sem responder, eu me inclinei e me sentei encostado na cabeceira da cama. Enquanto engolia a água novamente, ele pegou algo da mesa e olhou para ela. Era uma pequena fotografia. Uma foto de ultrassom enviada do hospital. Por que Baek Doha está olhando para isso? A pergunta ridícula surgiu e desapareceu. Ele deve ter tirado a foto da minha bolsa.
— Interessante. Essa é uma foto da bolsa gestacional? Achava que o interior da barriga de um ômega masculino era especial, mas não tem nada de diferente.
Eu também olhei para a imagem de ultrassom e pensei nisso por um segundo.
Na verdade, acho que eu não teria conseguido distinguir entre as imagens de ultrassom de um ômega feminino e um masculino mesmo que o médico os tivesse me mostrado as duas ao mesmo tempo e explicado para mim.
— Vamos poder ver o bebê em breve, não é?
— A senhora não fez nada de errado.
Eu estava mais preocupado com a segurança da empregada. Ela não tinha feito nada de errado além de me ajudar.
— Não se preocupe. Afinal de contas, ela o ajudou, portanto, não vou tocá-la. Vou me certificar de que ela receba um bom pagamento e vá embora.
Isso foi bom. Não falei mais nada sobre. Eu tinha alguma fé de que ele não era o tipo de pessoa que mentiria sobre algo assim. Baek Doha continuou a olhar para a imagem do ultrassom com olhos curiosos.
— Então, o que você estava planejando fazer?
Em vez de responder, levantei os joelhos, me enrolei em uma bola menor e puxei o cobertor sobre mim.
— Você ia fugir com meu filho?
Ele desviou o olhar da foto e olhou para mim.
— Por que você faz isso?
Fiz uma careta, irritada e, ao mesmo tempo, senti uma dor na parte inferior do meu abdômen.
— Eu lhe disse para não perguntar ‘o por quê’.
— Você é meu ômega. Essa é a criança na barriga do meu ômega e, também, é minha criança. Você pensou que eu ia deixar minhas coisas preciosas escaparem?
Esse maldito tom de voz. O descaramento de sua boca, agora reivindicando uma criança como sua… Maldito Baek Doha, seu bastardo imaturo.
— Por que você não diz nada?
— …
— Yoo Seolwoo!
— Pare de gritar!
Em vez de responder, joguei a almofada que estava do lado nele. Também peguei o relógio de mármore que estava na mesinha de cabeceira ao lado da cama para arremessá-lo, mas Baek Doha se lançou contra mim de repente. Ele era tão rápido quanto um animal selvagem. Imediatamente, me segurou com seu corpo grande e removeu o edredom que me cobria. Ele agarrou meus pulsos e me bateu contra a cabeceira da cama. O relógio em minha mão caiu sobre a cama.
— Não teste a minha paciência. Se você continuar agindo assim, eu vou…
— Se eu continuar fazendo isso, vai fazer o que? Me matar? Ou quebrar minhas pernas para que eu não faça nada estúpido?
O sorriso e a compostura haviam desaparecido completamente, deixando apenas uma raiva ardente em seus olhos. Olhei diretamente nos olhos dele e disse:
— Ou use drogas, o que for preciso para me transformar em uma taxidermia viva. De qualquer forma, você só precisa do meu corpo. — meu tom era surpreendentemente calmo.
Suas sobrancelhas escuras se ergueram. Ele continuava cerrando os dentes, como se estivesse mastigando um palavrão e estivesse prestes a cuspi-lo.
— Você não vai fazer isso, vai? Pois vou continuar fazendo essa merda de novo e de novo.
Suas bochechas lisas, tremendo de raiva, relaxaram, e seus lábios se contorceram em um sorriso torto. O vermelho furioso se esvaiu de seu rosto e seus olhos brilharam de puro prazer. Os longos cílios acima das pupilas claras tremulavam como asas de libélula.
Seus olhos que refletiam emoções primordiais.
Está empolgado? É porque sua presa não é fascinantemente acessível, não é? Você não adora quando sua presa premiada salta para um lado e para o outro, ofegando, rosnando e mostrando as garras incansavelmente?
Ele segurou minhas bochechas com uma mão e inclinou o rosto para mais perto. Afastei minha cabeça. A mão que estava me tocando gentilmente apertou o meu queixo me fazendo virar o rosto. Sua respiração estava próxima e sua língua deslizou em meus lábios.
— Fique quieto. Shhh… — ele sussurrou, com os lábios ligeiramente separados como se para acalmar uma criança assustada.
Baek Doha colocou o seu peso sobre mim, entrelaçando suas pernas entre as minhas e me pressionando com força. Minha parte inferior pressionada pela coxa estava quente e molhada.
— Meu pau está duro por causa de todo o estimulante de cio que você me deu.
Mesmo sem palavras, o cheiro forte e úmido me atingiu. Os beijos leves que continuaram. O calor dos corpos pressionados um contra o outro, os feromônios flutuando no ar e o calor mecânico de tudo isso… Devido a todos esses fatores, meu pênis também ficou duro.
— Acho que preciso te foder com força mais algumas vezes.
Hmm. Mordi meu lábio enquanto um gemido quente escapava. Instintivamente, meu corpo aquecido se sacudiu e estremeceu.
— Saia de cima de mim. Me deixe…
— Qual é o ponto de continuar me provocando? Não sei que tipo de cachorro posso ser quando minha razão voar para longe.
Mãos úmidas deslizaram por baixo da minha blusa, acariciando minha cintura e depois meu abdômen. Naquele momento, a agitação parou. Suas ameaças sussurradas de fazer algo estúpido de repente ganharam vida, e ele me atingiu com seu membro.
— Não faça isso! Saia de cima de mim!
Eu me levantei e empurrei o maldito corpo para longe.
— Não vou fazer isso como costumo fazer. Vou ser gentil. Não posso mexer com você quando está carregando nosso destino* (unmyeong) na barriga.
— … Esse é o seu Tae-myeong**?
(* 운명 [unmyeong] = destino
**Tae-myeong — é o ato de nomear o bebê ainda na barriga da mãe. Os coreanos acreditam que o ato de nomear o feto e conversar com ele diariamente pode ajudar no desenvolvimento da criança.)
— Como você e eu estamos destinados a ficar juntos, decidi que o Tae-myeong da criança também será Unmyeong.
— E quem é você para decidir o Tae-myeong dele sozinho?
Ele se sentou sobre a minha barriga, com a parte superior do corpo erguida e os joelhos encostados no colchão da cama. Ele desafivelou a calça e seu pênis duro saltou para fora. Sem pudor, sentou-se em cima de mim e passou a mão sobre meu pênis ereto. Uma fina gota de líquido escorreu da ponta de minha genitália já encharcada.
— Você quer fazer com a boca ou com a parte de baixo? Não se preocupe, não vou gozar dentro de você.
Não tenho a opção de não fazer absolutamente nada? Eu sei. É uma ideia ridícula, eu sei. Quando foi que eu tive uma escolha real?
Não adiantava desafiá-lo. Não adiantava provocá-lo. Como ele disse, eu acabaria caindo sob o peso de seus feromônios e eventualmente seu pau furioso acabaria ficando preso de qualquer jeito no meu corpo.
Achei que seria melhor fazer isso com a boca do que lá embaixo, então levantei um pouco a parte superior do corpo enquanto soltava um palavrão em minha mente. Estendi as mãos, agarrei suas coxas firmes e aproximei meus lábios de seus órgãos genitais. Ele cobriu minha cabeça com a mão que, antes, acariciou meu pênis.
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Continua…
Tradução: Rize
Revisão: MiMi