My Beloved Visits My Grave - Capítulo 41

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No interior da residência da família Lu, o idoso Lu Pingshan entretinha-se com um pássaro que chilreava dentro de sua gaiola. Seus cabelos já estavam grisalhos, e ele parecia um ancião que passava seus dias em casa, divertindo-se com seus pássaros.

Nesse momento, o administrador da residência Lu chegou apressadamente e disse a ele: “Mestre, o comandante Zheng está tramando uma rebelião.”

Lu Pingshan fez uma pausa e perguntou: “Por quê?”

O administrador respondeu: “O Ministro Xu apresentou um memorial ao trono, acusando o comandante Zheng de corrupção e má conduta. O imperador ordenou uma investigação completa…”

Lu Pingshan perguntou: “Onde está Sua Majestade agora?”

O administrador respondeu: “Ele foi levado sob a proteção do eunuco Chen. As tropas da guarda imperial ainda estão à sua procura.”

“Imprudente!” Lu Pingshan sacudiu a manga de suas vestes. “Zheng Yufei comandou a Guarda Imperial por muitos anos e, num piscar de olhos, pode cercar a cidade imperial. Como o imperador não saberia disso! Se ele ousou confrontar Zheng Yufei, é provável que já estivesse preparado.”

O administrador perguntou: “E agora…”

“Onde está Gao Cheng?”

“Parece que ele saiu da cidade esta manhã.”

Realmente, algo está errado.

Lu Pingshan olhou para o pássaro na gaiola por um momento antes de dizer: “Mande alguém vigiar o palácio imperial e me informe se houver novidades.”

O administrador respondeu: “Sim, Mestre.”

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No outono que já se instalara na capital, embora não se pudesse dizer que estivesse frio, o vento trazia uma leve frescura. Qu Fengyun olhou para Ruan Nian, que segurava suas roupas molhadas, e sentiu um tremor na têmpora. “Tirar as roupas? Você não está com frio?”

Ruan Nian lançou um olhar para ele e murmurou: “Você está usando duas camadas…” A implicação era bastante clara.

Qu Fengyun: “…”

Qu Fengyun resignou-se e tirou a roupa exterior. Ruan Nian sorriu, os cantos dos olhos curvados, e também removeu suas roupas molhadas, pendurando-as em um galho atrás dele.

Qu Fengyun já o vira com os braços descobertos, mas nunca tão exposto, com o peito e as costas à mostra, até mesmo a barriga, que parecia branca e macia. Ele lembrou-se de quando o carregara nos ombros no primeiro encontro; a barriga era realmente macia.

Ruan Nian pegou a roupa exterior de Qu Fengyun e estava prestes a vesti-la quando sentiu uma beliscada na barriga. Ele estremeceu, quase soltando um grito.

“O que você está fazendo?” Ele encarou Qu Fengyun e sussurrou em voz baixa, “Por que você está beliscando minha barriga?”

Qu Fengyun esfregou o indicador e o polegar, como se ainda estivesse saboreando a sensação.

“Vista a roupa”, ele disse, tentando desviar o olhar, mas seus olhos pareciam grudados no corpo nu de Ruan Nian, incapazes de se afastar.

Sob a árvore, soldados da Guarda Imperial passavam. Ruan Nian, que acabara de vestir a roupa, congelou no lugar. As roupas molhadas que ele pendurara no galho começaram a pingar, e Qu Fengyun, rapidamente, inclinou-se para frente, estendendo a mão para capturar as gotas que caíam.

Como as roupas molhadas estavam atrás de Ruan Nian, ao se inclinar, Qu Fengyun acabou pressionando contra o peito dele, que ainda não tivera tempo de amarrar as fitas da roupa, como se o estivesse abraçando firmemente.

A respiração de Ruan Nian, suave e cuidadosa por medo de ser descoberto, aquecia a lateral da orelha de Qu Fengyun. Isso fez com que o coração de Qu Fengyun coçasse novamente, uma coceira que encheu sua mente com a lembrança da sensação macia ao beliscar a barriga de Ruan Nian.

Ele sentiu a boca seca e não conseguiu evitar se aproximar ainda mais. Os ombros levemente expostos de Ruan Nian pareciam tão suculentos quanto as roupas encharcadas, como se uma mordida pudesse saciar sua sede e acalmar sua agitação.

O peito vibrava com batidas “tum-tum”, e de repente ele percebeu que o coração do peito que estava tão próximo batia forte como um tambor.

Ruan Nian segurava a ponta da manga com os dedos, seu coração batendo cada vez mais rápido. Ele lembrou-se da vez em que foi perseguido pelos soldados de Beiqi e Qu Fengyun o segurou em seus braços pela primeira vez. Naquela época, seu rosto estava enterrado no peito de Qu Fengyun, e seu nariz estava cheio de um cheiro desconhecido, mas, mesmo assim, ele sentiu uma inexplicável sensação de dependência. Parecia que, enquanto Qu Fengyun estivesse por perto, não havia nada a temer.

A ponta das orelhas parecia estar ficando cada vez mais quente, e Ruan Nian mal conseguia suportar. Ele olhou para baixo da árvore e, vendo que as pessoas já haviam se afastado, sussurrou: “Eles foram embora, você pode soltar um pouco…”

Qu Fengyun não se moveu. A mão que segurava a água tocou as roupas molhadas no galho e ele perguntou: “Por que seu coração está batendo tão rápido?”

Ruan Nian gaguejou: “Você… Você está me pressionando, não consigo respirar… Seu coração também está batendo muito rápido, não está?”

Qu Fengyun permaneceu em silêncio, segurando as roupas molhadas com mais força. A água espremida escorria pelo seu pulso em direção ao braço, fresca e suave.

Vendo que ele não se movia, Ruan Nian tentou se afastar um pouco. Quando suas coxas se moveram, de repente esbarraram em algo duro e quente.

Ruan Nian congelou completamente, gaguejando: “Ah… ah…” De repente, ele não conseguia mais pronunciar a palavra, sentindo que, naquele momento, não era apropriado dizer tal coisa.

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