My Beloved Visits My Grave - Capítulo 32

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Gu Lang providenciou papel e pincéis para Quan Si, e removeu o conjunto de chá da mesa para liberar espaço para ele pintar. Quan Si esfregou as mãos com antecipação, pedindo a Gu Lang que não olhasse ainda, dizendo que seria mais impressionante ver a pintura somente quando estivesse terminada.

Assim, Gu Lang foi preparar o remédio. Quando o remédio estava pronto, Quan Si também havia terminado sua pintura, satisfeito com o resultado.

“Consorte do Príncipe Herdeiro”, chamou Quan Si, parado ao lado da mesa, como se estivesse buscando reconhecimento, “Terminei de pintar.”

Gu Lang se aproximou, sentindo uma inexplicável tensão. Ele olhou para a pintura sobre a mesa e viu um grande círculo estendido sobre o papel, com olhos, nariz, boca e outros traços desenhados de forma torta, e no topo, uma massa de linhas pretas desordenadas que provavelmente… representavam cabelo?

Gu Lang, “…”

Quan Si estava cheio de si: “Parece-se com o Príncipe?”

Gu Lang: “… Tem todos os traços faciais.”

“Se um dia eu deixar de ser um guarda das sombras”, disse Quan Si, “vou montar uma barraca para vender minhas pinturas.”

Gu Lang: “…”

Por que tanta falta de consideração?

“Consorte do Principe Herdeiro”, perguntou Quan Si, “onde você acha que eu deveria montar minha barraca para atrair mais gente?”

Vendo Quan Si tão cheio de confiança, Gu Lang não teve coragem de desanimá-lo e apenas perguntou: “Isso foi… algo que você aprendeu sozinho?”

“Não, foi o príncipe quem me ensinou”, respondeu Quan Si com orgulho. “Mas ele só me ensinou por um mês antes de admitir que eu já o havia superado, dizendo que eu estava pronto para seguir sozinho.”

Naquela época, ele viu que o estudioso da casa ao lado vendia suas pinturas bem e até conseguira se casar e ter filhos, o que o inspirou a querer aprender a pintar também. Mas, assim que saiu de casa, ele encontrou o Príncipe Herdeiro, que lhe propôs um acordo: se ele estivesse disposto a servir como guarda das sombras por cinco anos, o príncipe o ensinaria a pintar, e depois ele poderia montar uma barraca para vender suas pinturas quando não fosse mais um guarda.

“Eu perguntei ao príncipe o que um guarda das sombras fazia. Ele disse que, quando não havia nada para fazer, eu podia dormir, e quando havia algo, eu só precisava sair para dar uma volta, e que comida e moradia estavam incluídos. Mas, na realidade”, Quan Si reclamou indignado, “eu tenho que lutar, fazer recados, coletar informações… praticamente tudo! E só consigo dormir meio dia!”

Gu Lang permaneceu em silêncio.

Quan Si olhou para ele com um olhar suplicante, “No futuro, você poderia pedir ao príncipe para me dar menos tarefas?”

Gu Lang virou-se rapidamente: “O tio Zhao precisa tomar seu remédio.”

Quan Si: “…”

Quan Si, cabisbaixo e desanimado, retornou à árvore, fechou os olhos por um momento, mas logo os abriu abruptamente. Ele ouviu passos vindos da floresta, aproximando-se gradualmente da casa de bambu.

Ele se escondeu e seguiu a direção dos passos, mas acabou avistando Wu Qi na floresta.

“Wu Qi-xiong?” Quan Si surgiu e perguntou, “O que você está fazendo aqui também”

O Príncipe Herdeiro balançou a cabeça e disse: “Sun Fang, esse descuidado, chamou você sem explicar direito.” Ele levantou a mão e removeu a máscara facial que estava usando, “Sou eu.”

“Sua Alteza?” Quan Si ficou chocado. “Co-como assim é você?”

“A partir de agora, na frente de Gu Lang, eu serei a imagem de Wu Qi”, disse o Príncipe. “Lembre-se disso, e não deixe escapar, ou pode ser que um dia você me venda sem perceber.”

Quan Si olhou com uma expressão de horror: “Ma-mas eu acabei de desenhar um retrato seu para o Consorte do Príncipe…”

O coração do príncipe deu um salto, mas ele rapidamente se acalmou. Ele conhecia a habilidade artística de Quan Si; se conseguisse desenhar algo que se parecesse minimamente com uma pessoa, já era um feito, quanto a se pareceria com ele… isso nem era uma preocupação.

“Não se preocupe”, disse o príncipe, colocando o braço sobre os ombros de Quan Si enquanto caminhavam em direção à casa de bambu. “O consorte do príncipe não tem boa visão, não vai reconhecer. A propósito, por que você desenhou um retrato meu para ele?”

Quan Si: “O Consorte do Príncipe Herdeiro sente sua falta e queria um retrato para lembrar de você.”

Então, ele ouviu o Príncipe rir alto.

Quan Si: “… O-o que foi?”

“Não é nada”, disse O Príncipe Herdeiro, “Estou feliz, amanhã você pode dormir mais duas horas a mais.”

Sério? pensou Quan Si, animado. Se ele desenhasse um retrato para o consorte do príncipe todos os dias, será que poderia dormir uma hora extra cada vez?

Gu Lang desceu para o segundo andar da casa de bambu segurando uma tigela de remédio e viu o príncipe sentado à mesa, apoiando o queixo na mão enquanto olhava para o desenho de Quan Si.

“Essa boca até que foi bem desenhada”, o príncipe concordou com um aceno, “Hmm, houve progresso.”

Gu Lang, sem desviar o olhar, segurava a tigela de remédio e se preparava para sair.

“Ouvi dizer que você sentiu minha falta”, o Príncipe de repente levantou a cabeça e disse, “e queria um retrato para lembrar de mim?”

Gu Lang parou por um momento: “… Não, eu queria colocá-lo em um altar, queimar incenso todos os dias, como um gesto de gratidão.”

O Príncipe Herdeiro: “…”

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