Irmãos do desejo (NOVEL) - Capítulo 04-2 (Parte 1)
Capítulo 04-2 (Parte 1)
-Episódio 4.2 Parte 1-
Esforços Para Se Libertar dos Desejos
Quando a porta foi fechada, o som da música que ecoava por todo o prédio ficou mais fraco. Algumas pessoas entraram nos quartos para se divertir um pouco e outras preferiram assistir TV. Embora houvesse muita gente passando o tempo tranquila e relaxadamente, os lugares perto do terraço e da piscina ainda estavam muito animados e com bastante pessoas ao redor. Elas nadavam enquanto bebiam álcool e, quando se cansavam, iam se deitar em alguma rede ou em uma das camas que estavam disponíveis para descansar.
Enquanto todos naturalmente se misturavam, Kyubin entrou no prédio com uma taça de vinho na mão. Suas roupas estavam encharcadas por ter nadado recentemente. Como ele não tinha traduzido uma roupa de banho, todas as suas roupas estavam molhadas, até as íntimas, fazendo-o estremecer. O verão estava chegando, mas o vento da noite ainda era frio.
“Hyung.”
Um homem de pele escura seguiu Kyubin, que havia entrado no quarto, envolvendo-o na grande toalha de praia que ele carregava na mão.
“Se você andar por aí nesta condição, Hyung-min hyung vai ficar chateado.”
De um tom de voz sociável a um sorriso triste. Como se tivesse sido bem educado em casa, essa pessoa se portava com respeito e era bastante tranquilo. O homem era três anos mais novo do que ele, o que o fazia lembrar de alguém. O rapaz estava se especializando em educação social e física em uma universidade em Seul por quatro anos. Tinha certeza de ter ouvido seu nome, mas Kyubin não conseguia se lembrar. Naturalmente, ele estava mais interessado naquele corpo cor cobre do que em como se chamava.
Enquanto cobria seu corpo com a toalha de praia que o homem enrolou em seu ombro, Kyubin disse.
“Ok, obrigado. Você pode ir e continuar se divertindo.”
Geralmente quando ele dava uma resposta assim, era comum que a outra pessoa virasse as costas e se afastasse sem olhar para trás, mas por algum motivo esse homem ainda estava parado próximo a ele, olhando-o.
“Você tem um corpo bonito.”
Com o comentário repentino, Kyubin o encarou. O olhar que observava a silhueta revelada através das roupas molhadas que se agarravam ao seu corpo, era carregado de muitos significados.
Ele sabia. Ele sentiu o olhar de Kyubin enquanto nadava na piscina, e agora era a sua vez de olhar para Kyubin.
Ele é gay? Vendo que os homens estavam cientes de seu olhar e não o achavam desagradável, sua autoestima subiu, tudo indicava que ele gostava tanto de homens quanto de mulheres, assim como Choi Hyung-min.
“Eu me exercito bastante.”
“Que tipo de exercício você costuma fazer?”
“Um pouco de musculação.”
“Oh, essa é a minha especialidade.”
“Se você quer se gabar do seu curso, irei ouvi-lo.”
“Haha, não é por isso. O departamento tem a reputação de me ensinar bem para que eu não machuque os meus músculos.”
Não odiava a astúcia em se gabar. Kyubin foi seguido enquanto caminhava para tirar suas roupas molhadas. Kyubin, que chegou ao local onde a música gradualmente ficou mais baixa, virou-se para olhar para o homem. O som das risadas das pessoas era quase inaudível, e a respiração do homem parecia ter se tornado mais clara.
Por quanto tempo você vai me seguir? Por quê? Você quer ficar mais tempo comigo?”
Kyubin o estava testando. Como ele reagiria?
O homem pareceu hesitar por um momento, mas se aproximou.
“Eu posso fazer isso?”
Kyubin afastou o cabelo molhado com as mãos. Os olhos do homem seguiram meticulosamente a água que fluía de seus dedos para as costas da mão, depois para o pulso e, finalmente, para o cotovelo. Kyubin, que confirmou a concentração do homem nele, apontou para cima com o dedo molhado.
“Há um quarto de hóspedes no terceiro andar a oeste. Vá até lá e espere por mim.”
Subindo as escadas, Kyubin disse.
“Vou tomar uma ducha no segundo andar e depois subir.”
O homem, que parecia nervoso, estranhamente afrouxou os lábios e assentiu com as palavras. Kyubin entrou no banheiro do segundo andar, depois de ver que a festa continuava com sua celebração divertida na piscina do terraço.
Ele cantarolou enquanto tirava suas roupas molhadas e tomava um rápido banho. Antes da festa, havia feito mais pesquisas sobre relacionamentos entre homens e se preparou com um enema*. Estaria mentindo se dissesse que não se sentia estranho. O que estava pensando? Seduzir um estranho, dormir com ele e depois jogá-lo fora? Ele não estava cansado das mulheres e não tinha certeza se era gay de verdade, mas a cada momento que lembrava do que fez com Eun-bin, no chão, no banheiro, no quarto dos pais, na sala onde desligaram a câmera de segurança… Sua boca ficava seca só em imaginar deixar de lado um prazer que nunca havia experimentado em sua vida.
NT*: Enema (ou chuca), é um procedimento que consiste na colocação de um pequeno tubo pelo ânus, no qual é introduzida água ou alguma outra substância com o objetivo de lavar o intestino.
Sinto muito. Eu quero aproveitar um pouco mais.
Nem mesmo as pessoas à sua volta pararam o comportamento impulsivo de Kyubin, que era extremamente fraco ao prazer. Choi Hyung-min disse: “É a sua vida, então cuide dela você mesmo.” Assim ele se livrou do problema. Era por isso que eles eram bons amigos até agora, mas ele não conseguia adivinhar por quanto tempo Kyubin seria capaz de aproveitar a velocidade do carro sem pisar no freio.
Oh, ele odiava pensamentos complicados. O importante era que um homem delicioso o esperava no terceiro andar. Todas as suas outras preocupações poderiam ser adiadas para mais tarde.
Subiu para o terceiro andar vestido apenas com um roupão e com o cabelo ligeiramente seco. Ele podia ver um céu noturno bastante romântico do lado de fora do terraço conectado à sala de estar.
Sairia mais tarde e beberia champanhe enquanto olhava as estrelas.
Com isso em mente, ele abriu o quarto de hóspedes e entrou, como havia prometido.
“Você esperou por muito tempo?”
Ele pôde ver a silhueta de um homem sentado na cadeira macia do quarto escuro. Parecia que ele também havia tomado banho e agora estava de roupão.
“Por que você não acende as luzes?”
Kyubin tateou a parede e encontrou o interruptor.
Click.
Assim que a luz atingiu o teto, Kyubin se assustou e congelou no local. A pessoa sentada na cadeira não era o homem que estava tomando banho e exibindo o seu corpo na piscina. Em vez disso, era Jo Eun-bin, sorrindo alegremente como uma criança que escondia a expressão de um adulto por um momento, seu irmão mais novo.
Nem teve tempo de ter um sentimento de incompatibilidade. Agora, ele estava se acostumando a ser menos que um irmão mais velho.
Agora o relacionamento deles era diferente do tempo em que evitavam interagir. A ideia de que tinha que cuidar de uma criança pequena que nem sabia distinguir o certo do errado, como um irmão mais velho, era exaustiva.
Claro, se houvesse um demônio neste mundo, seria na forma de uma criança. Kyubin hesitou, com um sentimento de vergonha, por não ter resistido à tentação do demônio e ter cedido, fazendo algo que ia contra às regras dos céus e da terra.
“Hyung.”
Ele se levantou da cadeira e saiu correndo enquanto falava de forma fofa. Kyubin abraçou Jo Eun-bin, que pulou em seus braços, e olhou para cima incapaz de compreender a situação.
Seu irmão mais novo Jo Eun-bin, que tinha a idade mental de uma criança, estava em um lugar onde não deveria estar.
“Por que você está aqui?”
“Você desapareceu tão de repente! Eu até perguntei para a mamãe!”
“Como mamãe sabia onde eu estava?”
“Hyung, eu liguei para o seu amigo e perguntei a ele. Você disse que só tinha um amigo.”
Oh, ele perguntou a Choi Hyung-min. Desde o colegial ele tinha sido um amigo confiável que tirava boas notas e ganhou um lugar no coração da mãe de Kyubin. Jo Kyubin se refugiou muito em Choi Hyung-min porque ele lhe permitia passar um tempo ao seu lado sem perguntar ou questionar o que ele estava fazendo. Não sabia que pagaria dessa maneira.
Kyubin suspirou profundamente.
“Você veio aqui sozinho?”
“Sim!”
“Como fez isso? É perigoso.”
“Eu vim de trem. É a primeira vez que viajo sozinho. Foi realmente emocionante.”
Então, se ele se perdesse e vagasse por aí, Kyubin teria que se resignar a relatar seu desaparecimento. Quando soube que ele viajou sozinho de Seul para Busan, apesar do perigo, não pôde culpá-lo por não fazer ideia das dificuldades e perigos que poderia enfrentar. Kyubin deu um tapinha nas costas de Eun-bin.
“Vamos dormir aqui hoje e ir juntos para casa amanhã.”
“Sério? Você não veio aqui para passar mais tempo com seus amigos?”
“Não é mais possível por sua culpa.”
“Por que? Eu só quero passar um tempo com você.”
“Não posso brincar com você agora.”
“Eu queria ir para a piscina…”
“Vamos brincar amanhã de manhã quando formos para casa. Agora não posso.”
Era um grande problema levar uma criança para uma festa com bebidas. Não podia acreditar que tinha que ser uma babá, mesmo quando veio de tão longe.
Realmente não esperava que Jo Eun-bin o seguisse até aqui. Ao contrário de Kyubin, que estava perturbado por seu relacionamento com seu irmão mais novo e queria se distanciar por um tempo, Eun-bin parecia não querer se separar nem por um minuto. Ele tentou satisfazer o sexo com Eun-bin através de outro homem, mas nem mesmo esse plano pôde levar a cabo.
Não é possível que eu tenha que viver assim pelo resto da minha vida. Não acredito. Tudo deveria acabar quando ele recuperar a memória, mas que merda, quando isso vai acontecer?
O olhar ansioso de Kyubin se voltou para Eun-bin. Quando ele olhou para seu irmão e viu seu rosto dilacerado, uma sensação de incongruência que nunca havia examinado profundamente se fez presente.
Sua mãe acabou de mandá-lo para Busan de trem mesmo sendo uma criança? Isso faz sentido? Não teria sido melhor pedir ao motorista para levá-lo? Eun-bin era ouro e jade para sua mãe. Ela deixaria seu bebê mais precioso se perder? Ela não era alguém que faria uma coisa dessas. Sua família sabia de algo que ele não?
“Hyung.”
Kybin parou com a voz que bloqueava seus pensamentos. Reconhecendo a incompatibilidade, o sorriso de “olhe para mim” não parecia o de uma criança imatura. Obviamente, o sorriso de ontem e de hoje era o mesmo, mas o sentimento era o oposto. Ele não era uma criança que não sabia nada, mas um adulto que sabia mais do que o próprio Kyubin.
“Você não tem que voltar para os seus amigos, certo? Você não pode simplesmente dormir aqui comigo e sair amanhã de manhã?”
Enquanto tentava ler suas intenções, uma mão entrou no roupão de Kyubin. Dedos suaves tocaram sua cintura. Ele massageou a extensão de sua espinha côncava uma a uma. A parte que costumava tocar e esfregar quando faziam sexo e até mordia com os dentes enquanto se movia por trás.
“Ou podemos fazer o que quiser.”
A mão que estava tocando suas costas naturalmente deslizou por sua bunda. Um dedo cavou entre suas firmes e empinadas nádegas, deslizando no espaço entre elas e esfregando a entrada bem fechada. Kyubin engoliu saliva.
Ele veio até aqui para evitar continuar fazendo isso com Eun-bin. Pensou que eles nunca mais se envolveriam desta forma novamente.
“Eun-bin, todos os meus amigos estão aqui para se divertir. Eu não posso ser o único a ficar de fora.”
Kyubin empurrou a mão de Eun-bin para longe.
“Hoje, o compromisso do hyung vem primeiro. Então durma aqui por um tempo, querido Eun-bin, que veio sem ser convidado.”
Com essas palavras, seus inocentes olhos redondos se distorceram. Eun-bin olhou para Kyubin com os olhos úmidos, como se estivesse prestes a chorar.
“Hyung, você me odeia?”
Por que ele está dizendo isso de repente? Como eu poderia entender a velocidade da mente das crianças!
“Não é que eu te odeie…”
“Fiquei no meu quarto o dia inteiro porque meu irmão não estava lá.”
“Eun-bin, espere um minuto.”
“Mamãe e papai foram trabalhar, minha tia, que encontrei pela primeira vez, preparou uma refeição e fez os acompanhamentos que eu gosto. Mas eu não gosto de deodeok grelhado. É muito picante e tem um cheiro estranho. O que eu mais gosto é de hyung. Além disso, sou muito limpo, então só coloco minhas roupas uma vez e as lavo…”
“O que…”
“Minha tia disse que é incomum o fato de eu ter uma boa relação com meu irmão. Não era assim a princípio. Isso faz algum sentido? Como eles podem acreditar que eu tinha uma relação ruim com hyung? Não é dessa forma. Certo? Você também gosta de mim.”
A tia soltou palavras que poderiam incendiar a mente de qualquer um. Era por isso que ele estava tão ansioso a ponto de pegar o trem e correr até aqui.
Eun-bin fechou a maçaneta da porta, enquanto o engenhoso Kyubin pensava sobre esta e aquela possibilidade.
Click.
A voz de Eun-bin diminuiu com o som particularmente alto.
“Eu realmente gosto muito de você. Você sente o mesmo por mim, não é?”
Kyubin colocou sua testa na frágil criança que estava implorando por amor. Ele queria abraçar Eun-bin e dar umas palmadinhas em suas costas, mas não o fez.
Não poderia continuar com isso. Tinha que ser frio. Se erroneamente tocou seu irmão com a ideia de experimentar o sexo, e agora chegaram a este ponto, não deveria saber como por um fim nisso?
“Eunbin-ah, hyung tocou em você do jeito errado. Sinto muito.”
Vendo Eun-bin imóvel, Kyubin apenas coçou a parte de trás de sua cabeça.
“Pensamos levianamente que iríamos nos divertir uma vez e depois parar. Eu não quero continuar com essa relação, e Eun-bin, também não é bom para você. Quando você recuperar sua memória mais tarde e pensar nisso, vai se arrepender.”
“Hyung?”
“Não é como se eu tivesse que assumir a responsabilidade por você pelo resto da minha vida. Você não pode esperar que eu seja sua babá até o fim.”
Olhando para a expressão chocada de Eun-bin, Kyubin pensou: ‘Eu falei demais?’ Ainda assim, tinha que fazer o possível para explicar a situação e se desculpar, já que estava agindo como lixo e não havia outro jeito. Para Kyubin, Eun-bin era o melhor parceiro sexual que ele já teve, mas não sentia que ele fosse nada mais do que a primeira pessoa a abrir seus olhos para um mundo novo. Assim como viveram sem se preocupar um com o outro durante muito tempo, ele não queria que houvesse nenhum ponto de contato entre eles no futuro. Nem todos os irmãos e irmãs neste mundo tinham um bom relacionamento, e Kyubin queria tratar Eun-bin como esse tipo de irmãos e irmãs.
“Vá descansar.”
Ele abriu a porta trancada, mas a mão de Eun-bin, que se estendeu por trás de Kyubin, a fechou novamente.
Ele olhou para a porta branca fechada e virou a cabeça para trás. Não havia sorriso no rosto de Eun-bin. Quando ele sorria, seu rosto derretia como sorvete macio, mas quando o sorriso diminuía, parecia mais frio do que qualquer outra pessoa. Era a diferença entre uma criança de verdade e uma criança vestida com a pele de um adulto. Os nervos de Kyubin ficaram sensíveis mais uma vez devido à sensação de incongruência que isso evocava.
O incomodava há algum tempo. As expressões faciais, ações, tom e tudo de Eun-bin estavam estranhamente desalinhados. Ele fingiu ser legal de propósito porque queria ser elogiado. Uma criança naturalmente não faria isso.
“Você brincou comigo?”
Acho que entendi a identidade da sensação de incompatibilidade.
A reação era excessivamente lógica. Se ele fosse uma criança, no momento em que acreditasse ter sido traído por seu irmão mais velho, em quem mais confiava e amava, a primeira coisa que deveria fazer era se sentir triste e expressar seu ressentimento em relação a Kyubin. Eun-bin já havia superado aquele nível de resignação, não, parecia um estado mais digno do que resignação, era como se ele soubesse como Kyubin iria responder.
“Tentei te jogar fora depois de experimentar uma vez, mas parece que estou com problemas porque você se apegou.”*
NT*: Aqui é Eun-bin falando as palavras que provavelmente sairiam da boca de Kyubin sobre o relacionamento deles.
Acima de tudo, o vocabulário usado estava longe de ser a forma como as crianças falavam.
O que? Ele recuperou a memória? Ele estava fingindo ser uma criança depois de se recuperar? Desde quando?
Kyubin, cuja a cabeça estava atordoada, olhou para as mãos envolvendo sua cintura. O manto desorganizado de Kyubin deslizou de seus ombros. Graças a isso, seu corpo seco foi totalmente revelado. Kyubin olhou para Eun-bin, que o estava tocando estranhamente e abriu a boca.
“Suas memórias voltaram?”
Não pode ser.
Ele perguntou sinceramente. Estava mais confuso porque não tinha ideia de quando suas memórias haviam voltado. Eun-bin, que estava lendo a expressão de Kyubin, sorriu brilhantemente. Era um sorriso que o lembrava dos poucos momentos agradáveis com Eun-bin.
“Um pouco.”
Mais uma vez, ele sussurrou em um tom infantil.
“Algumas coisas. Memórias de mim e hyung lavando os pés na banheira juntos estão de volta.”
Longe de se sentir aliviado por aquela aparência, a expressão de Kyubin ficou ainda mais distorcida. Olhando para a expressão confusa de seu irmão mais velho, Eun-bin sorriu ainda mais.
Reinar sobre os outros era sua rotina diária. Do topo da pirâmide estipulada pela sociedade, como pessoa que nunca experimentou a vida, ele exalava calma e arrogância. Embora ele esteja cheio de vitalidade em uma idade jovem, Kyubin podia vislumbrar algo especial nessa pessoa… É provável que quando ele chegue na casa dos 30 ou 40, se torne uma pessoa que ninguém possa tratar casualmente.
Sua memória voltou um pouco? Enquanto falava dessa forma, fazendo essas expressões e ações? Ele tinha que dizer algo que fizesse sentido.
“Saia do meu caminho.”
Kyubin tentou soltar os braços em volta de sua cintura. Eun-bin nem se mexeu. Mesmo que Kyubin tentasse escapar à força, a diferença de força era grande.
“Saia do meu caminho!”
Ele levantou o joelho para chutar seu ponto vital. Vendo isso, Eun-bin colocou as coxas entre suas pernas. Coxas grossas e duras foram pressionadas firmemente contra sua virilha. Os ombros de Kyubin tremeram com a força que o esfregava estranhamente. Eun-bin inclinou a cabeça. Uma voz pura como a de uma criança ecoou nos ouvidos de Kyubin.
“Hyung, você gostou de brincar comigo? Perdeu o interesse em mim porque já me provou uma vez?”
Isso foi de propósito. Ele estava fingindo ser uma criança de propósito.
Mesmo que Kyubin o tenha fulminado com os olhos enquanto rangia os dentes, Eun-bin só chorou lamentavelmente.
“Você é tão mau, irmão. Sem você meu corpo fica tão quente que eu não consigo me controlar. Você fez isso de propósito?”
“Pare.”
“Quão quente fica dentro de você? Quando te vejo tremendo enquanto está preso debaixo de mim, eu enlouqueço.”
“Jo Eun-Oops!”
Eun-bin cobriu a boca de Kyubin com a mão. Em um instante, metade de seu rosto estava coberto. Mais uma vez, Kyubin percebeu que Eun-bin não era apenas mais alto que ele, mas também tinha mãos grandes e uma força física considerável.
“Shh, se você gritar muito alto, seus hyungs e amigos vão te ouvir.”
Como ele ousa ameaçá-lo?
Kyubin, que estava ofegante, agarrou a mão de Eun-bin e a empurrou. Sua voz quase se elevou, mas ele olhou pela janela.
Podia ouvir risos, conversas e música vindos da piscina. Kyubin grunhiu com a voz reprimida, pois não tinha nenhuma vontade de divulgar esse tipo de coisa para as pessoas em larga escala.
“Você está se vingando?”
Com isso, Eun-bin bufou levemente.
“Vingança?”
“Sim. Você veio aqui porque eu brinquei com você quando perdeu a memória.”
“Hyung, estou com medo, como eu poderia fazer isso com você?”
“Merda, isso é assustador, me dá arrepios.”
“Não posso viver sem você. O que vai acontecer se você me afastar?”
“Pare com isso!”
“Você não pode viver sem mim também.”
Continua…
Tradução: Meniazul
Revisão: Pepita