Entrega especial - Capítulo 1
Só o Baek Hyunwoo fez um bom trabalho. Disse Gyu-won ficou um tempão olhando pro prédio da empresa.O prédio brilhava mais a cada dia.
(Não é exagero dizer que metade desse prédio foi levantado com o suor do Go Gyu-won.)
Sempre que ele via aquele prédio, pensava que tinha gasto demais nele, já que não era rico.
(Lembro direitinho dos dias em que trabalhei feito um cachorro na juventude.)
Como recompensa por todo esse sofrimento, ele construiu o prédio da empresa e juntou dinheiro o suficiente pra nunca mais precisar trabalhar… mas, mesmo assim, apareceu por lá depois de só dois meses parado.Comparado com outros atores do mesmo nível, que ficavam parados por pelo menos meio ano, Gyu-won ainda tava no corre.Diferente de antes, quando aceitava qualquer roteiro que caísse do céu, agora tinha uma equipe que analisava tudo e escolhia bem o que mandar pra ele mas, mesmo assim, as histórias já não tinham mais alma.
(Pra falar a verdade, era mais divertido achar um roteiro bom, esquecido num canto, do que pegar logo o primeiro que me oferecem.)
Foi por isso que decidiu ir até a empresa. Gyu-won deu uma hesitada antes de apertar o botão do elevador, mas acabou indo pro último andar. Era onde sempre subia pra avisar que ainda tava vivo — lá só tinha a sala do representante.O funcionário na recepção só acenou quando viu o rosto do Gyu-won. Ele era tão famoso que nem precisava de crachá.Parou de andar quando ouviu, pela porta meio aberta, um nome conhecido. E aí veio a bomba. Gyu-won esqueceu que tava escutando escondido, abriu a porta com tudo e gritou:
Por que o Kim Ki-joo saiu da empresa?
O representante, Hyeon-Woo tomou um susto, afrouxou a gravata e respondeu irritado:
Você não sabe por quê?-disse Hyeon-Woo
Como é que eu ia saber?!-diz Gyu-won
Ué, ele só pediu demissão de manhã e sumiu. Tá doente?-disse Hyeon-Woo
Doente? Ele? Pode enfiar uma agulha que não sai nem sangue! Esse moleque é tão safado que come toda comida saudável antes de mim, por isso que nem gripe pega-disse Gyu-won
Depois a gente conversa. Só de pensar no Kim Ki-joo minha cabeça já começa a doer-disse Hyeon-Woo.
“Ele é MEU manager. Se for pra alguém ficar puto, sou eu primeiro! Onde é que esse desgraçado tá?!” Com o orgulho ferido, Gyu-won saiu correndo da sala.Começou a procurar o Ki-joo pela empresa toda. A primeira sala tava vazia, porta fechada.Quando a estrela da empresa — com o cachê mais caro — abriu a porta, os funcionários até brincaram que o clima tava bom hoje.Mesmo com o olhar assassino, igual ao personagem da última produção, Gyu-won forçou um sorriso e disse:
-bom trabalho-, antes de fechar a última porta.Ki-joo não tava lá. Gyu-won desligou o celular, jogou no banco do passageiro e foi dirigindo até a casa do Ki-joo, que era perto e familiar.Na frente do apê, tentou lembrar o número, mas teve que ligar pra empresa e perguntar pro Hyeon-woo.O segurança reconheceu o rosto famoso e só acenou. Gyu-won apertou a campainha várias vezes, mas nada.
(Como que pode estar aí dentro e não abrir?)
Encostou o ouvido na porta tentando ouvir algo.
(Parece até cena de filme…)
(Ah, tô parecendo psicopata daquele filme…)
Tossiu de leve e se afastou.Olhando pros lados, viu uma câmera no corredor.Com um jeitinho meio suspeito, tirou o boné, ajeitou o cabelo, olhou direto pra câmera e foi pro elevador.Quando a porta abriu, o cara lá dentro se assustou com a presença do Gyu-won, recuou e saiu grudado na parede.Gyu-won só riu de canto, colocou o boné de novo e foi embora. Sem saber pra onde ir, ligou o carro e saiu dirigindo sem rumo…E acabou voltando pra empresa.
(É o único lugar onde esse desgraçado poderia ter ido.)
Quando chegou, viu que nem sinal dele tinha.Notou que um par de sapatos familiares não tava mais no armário — então correu até o apartamento. Ki-joo, assustado com a entrada brusca do Gyu-won, parou com a caneta na mão.Tava sentado marcando coisas num roteiro com marca-texto.Gyu-won ficou puto ao ver aquilo.
(Perdi meu tempo pra isso?)
O que você tá fazendo aqui?-Gyu-won puto.
…Trabalhando. E você, hyung, tá fazendo o quê?-disse ki-joo
-Você passou o dia inteiro sem me dar nenhum sinal de vida!
-Desculpa, mas você também não me procurou. Meu telefone nem tocou.
Não tô falando do telefone da empresa!
-Eu tô no trabalho… não posso fazer nada se o celular pessoal não tocou. Se fosse urgente, cê devia ter ligado pro telefone da empresa.
Ki-joo falou rindo, mostrando o celular corporativo.Mas aquele telefone era só pra coisa do trabalho — nem ele nem Gyu-won usavam pra conversar de verdade.
-Eu nem sei o número desse! Sem trabalho, sem casa, sem contato… que porra cê tá fazendo? Ainda é meu manager ou não?!.
-Você foi até minha casa? Por quê?”
-Você se demite e eu descubro no trabalho? Que merda é essa?!”
-Você foi trabalhar? Sabia… tava só esperando eu dizer isso.”
-Devia ter sido EU o primeiro a saber! Tinha que ter falado COMIGO, não com a empresa!-Gyu-won
Mas quem me emprega é o Hyeon-woo, não você, hyung. Agora senta aí. Disse Ki-joo que empilhou os roteiros, colocou de lado, abriu a geladeira e tirou um saco plástico.Tinha soju e uns docinhos na mesa.Gyu-won sentou com cara de poucos amigos. (O convite pra beber já diz tudo… tem alguma coisa que ele não consegue falar de cara limpa. Mas tá claro que é sério.)
Continua…