Deseje-me se puder - Capítulo 144
Diante da prateleira vazia, Grayson agora estava parado com o rosto completamente vermelho, diferente de antes. Mais precisamente, seu rosto alternava do vermelho ao roxo, enquanto ele tremia de raiva. Dane, que estava atrás dele, coçou a nuca e disse:
— …Tava só jogado, rolando ali, então eu peguei.
— Rolando?
Grayson lançou um olhar fulminante de canto para Dane. Diante da expressão feroz, Dane hesitou, e Grayson continuou com uma voz carregada de veneno:
— Aquela coisinha estava quietinha aqui, só respirando, e você vem me dizer que estava “jogado”? Ela tem braços? Tem pernas? Como é que ia sair rolando por aí? Fala logo a verdade: você sequestrou ela, não foi?!
— Ei…
Com a enxurrada de palavras, Dane ficou atordoado por um instante, mas logo a irritação subiu à tona.
‘Filho da…’
— Então por que deixou tão visível desse jeito? Qualquer um que olhasse ia pensar que foi jogado ali de qualquer forma.
— Eu tinha mandado fazer uma prateleira nova!
Grayson gritou como se aquilo fosse a maior injustiça do mundo.
— Eu ia montar uma prateleira bem aqui. Com troféus feitos sob medida, tipo assim, assim, e ia colocar ela bem aqui, assim, bonitinho! Você não sabe de nada!
Era difícil acreditar que toda aquela comoção era por causa de uma simples latinha de petisco para cachorro. Dane ficou pasmo, mas sabia que, mesmo dizendo isso, não adiantaria. Então resolveu tentar um outro caminho mais racional:
— Eu tinha comprado para dar para o Alex.
Foi apenas entregue ao destinatário certo. Mas nem isso colou, Grayson rebateu sem hesitar:
— Já tinha comprado uma igualzinha para o Alex e já tinha dado. Essa era minha!
— Urgh. — Dane engoliu seco, já não havia mais como escapar. Suspirando fundo, ele levou a mão à testa, como se estivesse se rendendo:
— Tá bom, eu compro outra para você.
— Não precisa.
Inesperadamente, Grayson recusou na hora. Dane, surpreso, o encarou, e ele respondeu com os olhos vermelhos e cerrando os dentes:
— Esse foi o primeiro presente que você me deu. Não importa o que me ofereça no lugar, nunca vai ser a mesma coisa. Era o meu tesouro mais precioso…
A mão de Dane, que estava passando pela testa, parou no meio do movimento. Seus olhos também congelaram, fixos no rosto de Grayson, e ele ficou ali, completamente imóvel.
‘Tudo isso… por uma simples lata de petisco de cachorro…’
Quando sua mente ficou em branco, Grayson lamentou:
— Minha Diana…
‘Você ainda deu nome pra isso?’
Dane sentiu o cansaço bater, mas no fim das contas, ele estava errado. Usou uma coisa que pertencia a outra pessoa sem permissão. Não havia desculpa.
Depois de encarar Grayson por um tempo em silêncio, Dane finalmente soltou um sorriso torto e ofereceu uma solução:
— Quer apertar meus peitos?
Imediatamente, Grayson fez uma careta feroz.
— Não pense que pode resolver tudo com seus peitos.
Provavelmente, aquilo era seus sinceros sentimentos. Assim como a mão que ele estendeu sem pensar.
Mas Dane não perdeu a oportunidade e agarrou imediatamente aquela mão, levando-a até seu peito. Sentindo a firmeza daquele monte de carne que não pôde tocar por tanto tempo, Grayson se sobressaltou. Ainda assim, sem afastar a mão, ficou parado, e Dane sussurrou de forma sedutora:
— Vou te dar outro presente, então toca e deixa essa raiva passar, ok?
Com aquele sorriso suave, Grayson quase caiu na lábia dele. Apertando o peito de Dane como se fosse algo natural, ele perguntou com a cara ainda amarrada:
— Outro presente? Não vai tentar de novo essa desculpa de compensar com Vênus?
‘Então tira a mão, idiota.’
Suas palavras e ações eram o completo oposto. Diante da desconfiança ridícula dele, Dane não resistiu e deixou escapar uma risada.
— Hm, o que eu poderia te dar?
‘Sabia que não tinha pensado em nada.’
Foi o que Grayson concluiu, mas, estranhamente, não sentiu raiva. Na verdade, ao ver Dane sorrindo, seu humor melhorou tanto que ele ficou até confuso.
— Que tal você pensar em algo que queira?
Dane perguntou. Jogar a decisão nas mãos do outro era um jeito bem fácil de resolver as coisas, mas era mesmo algo típico dele.
Grayson então começou a apertar Vênus com as duas mãos, pensativo:
‘Hmmm, o toque ainda é tão macio. Dá vontade de pôr na boca. Devo pedir para chupar os mamilos? Não, calma, um desejo tem que ser feito com cuidado. Presente, presente… o que seria bom? Ah, queria enfiar o rosto na Vênus e esfregar até cansar…’
— Grayson.
Ele voltou a si ao ouvir seu nome. Piscando rapidamente, olhou para baixo e viu Dane sorrindo com ironia. Só então percebeu que estava ali, com os olhos vidrados, massageando o peito do outro sem parar. Imediatamente, seu rosto se contorceu de frustração.
— Droga, não consigo me concentrar nos meus pensamentos por causa do seu peito!
— É só tirar a mão.
— Isso não dá!
Grayson, que acabara de soltar um palavrão, recusou a solução de Dane sem hesitar, e como se quisesse provocá-lo de propósito, apertou ainda mais o peito. Ele mudava a posição das mãos, apertava pelas laterais, desenhava círculos com as palmas sobre os peitos grandes, brincando de forma criativa, até que de repente abriu os dedos e agarrou com toda a força possível, tentando cobrir tudo.
— É impossível! Como é que alguém vai pensar friamente com Vênus bem na frente?!
A voz dele ecoava com o drama de um ator de tragédia grega, mas, na verdade, o grande “sofrimento” de Grayson era só ter que pensar no que pedir enquanto apertava os peitos do outro.
Haaah… suspirando profundamente, imerso em seu dilema, ele ouviu Dane dizer:
— Não precisa dizer agora. Pode pensar mais um pouco e me contar depois.
— Depois? …Quando?
Essa última palavra saiu após uma breve pausa. O ar que fluía naturalmente entre eles de repente pareceu congelar. Os dois ficaram ali, em silêncio, se encarando. ‘Ah…’ Dane se deu conta.
Grayson também sabia. Sabia que só restava uma semana.
Dane ficou observando os olhos vacilantes de Grayson. Era claro que, no fundo, ele esperava pelo próximo gesto de Dane. Como se estivesse buscando uma resposta, uma solução para a insegurança que tentava esconder.
No instante seguinte, Dane agarrou o braço de Grayson e o puxou para perto.
— …!
Grayson arregalou os olhos, surpreso. E então, os lábios dos dois se encontraram. Sem entender o que estava acontecendo, ele abriu a boca por reflexo – e, como se fosse a coisa mais natural do mundo, a língua de Dane invadiu o espaço. Seus olhos se desfocaram e os pensamentos cessaram. Grayson fechou os olhos e se entregou ao beijo, enquanto com uma mão apertava o peito de Dane e com a outra, sua bunda.
— Haa, ha…
Com respirações curtas entre um e outro beijo, ele se afastou brevemente, apenas para colar os lábios no outro lado logo em seguida. Diferente de antes, agora quem tomava a iniciativa com mais intensidade era Grayson.
Era só um beijo, mas a sua parte inferior já estava toda tensionada e quente. Grayson percebeu rapidamente: Dane estava liberando feromônios de forma sutil. Ao se dar conta disso, uma sensação de formigamento percorreu seu cérebro.
— Já usou feromônio… para transar com outro cara?
Grayson perguntou no breve intervalo entre um beijo e outro. Ele sabia muito bem o quão mesquinho e infantil era fazer esse tipo de pergunta durante o sexo. Sabia também o quanto isso era capaz de arruinar completamente o clima. Sempre achou que não havia nada mais lamentável do que um homem que fazia esse tipo de pergunta.
E, no entanto, ali estava ele, sendo exatamente esse tipo de homem. Dane com certeza pensaria o mesmo. Afinal, mesmo que Dane já tivesse feito sexo inúmeras vezes assim antes, o que ele poderia fazer a respeito…?
— Nunca.
De repente, Dane respondeu com naturalidade. Naquele instante, Grayson arregalou os olhos, surpreso, Dane soltou uma risadinha ao ver a reação dele.
— É claro que não, seu idiota. Esqueceu que eu me fingia de beta esse tempo todo?
Usar feromônio para fazer alguém desmaiar, isso sim, já aconteceu. Dane pensou em acrescentar isso, mas decidiu não falar. Afinal, não queria deixar o cachorrinho triste de novo, justo agora que ele estava tão feliz.
Como esperado, o rosto de Grayson começou a corar pouco a pouco, e seus olhos logo estavam brilhando de alegria.
— Sério? Sério mesmo? Eu sou o primeiro?
— É.
Dane acenou com a cabeça novamente. Ele deslizou a mão pela bunda de Grayson, mas, é claro, não havia nenhum rabo ali. Dane riu baixinho de sua própria imaginação absurda.
— Pronto, agora que você sabe que é o primeiro, que tal expressar essa felicidade com o corpo?
°
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Continua..
•°Simp_Koynue°•
😏🤭
Duda
KKKKKKKKKk meteu “cala a boca e me come”