Deseje-me se puder - Capítulo 132

— Você entendeu, certo?

Dane perguntou de novo, como se quisesse uma confirmação. Grayson não respondeu na hora – ficou piscando, cobrindo a boca com uma mão, até que finalmente acenou com a cabeça. Satisfeito com a resposta, Dane voltou ao assunto anterior.

— Então, qual palavra de segurança você quer usar?

Ele repetiu a pergunta e Grayson levou a mão ao queixo, pensativo. Dane achou que ele estava considerando as opções, mas a pergunta que veio em seguida não tinha nada a ver com isso.

— Quais eram as palavras de segurança que você usava com outras pessoas?

Dane não respondeu de imediato. Quando ele hesitava assim, geralmente era porque não queria falar sobre o assunto ou porque ainda estava pensando no que dizer. E, na maioria das vezes, era o primeiro caso. Dane ficou em silêncio, até que de repente sorriu e devolveu a pergunta:

— E você? Qual vai usar?

Grayson suspirou mentalmente. Era óbvio. Ele tinha feito uma pergunta que não devia. Mas, ao mesmo tempo, ficou intrigado. Qual era o problema em dizer quais palavras de segurança ele usava com outras pessoas?

Ficou curioso, mas não insistiu. Já tinha ultrapassado o limite antes e ficou um bom tempo de castigo por isso. Repetir o mesmo erro era coisa de idiota sem salvação. E Grayson definitivamente não era um idiota.

— Sei lá. Preciso pensar um pouco nisso.

Ele recuou habilmente, e Dane, felizmente, aceitou com um aceno.

— Não precisa pensar profundamente nisso, mas faça como quiser. Então, vamos sem palavra de segurança hoje?

A reação dele contradizia o que tinha dito antes, quando insistiu que era essencial ter uma. Antes que Grayson pudesse questionar, Dane esclareceu:

— Hoje vamos fazer algo leve. No seu nível.

— Ha…

Grayson franziu as sobrancelhas e soltou um suspiro curto. O sorriso divertido no rosto de Dane não deixava dúvida: aquilo era uma provocação. Cruzando os braços, Grayson o encarou de cima e perguntou num tom sarcástico:

— Certo. E o que você vai ensinar para o iniciante hoje?

— Primeiro, vá tomar um banho.

Dane disse, e então sorriu de um jeito meio estranho antes de completar:

— Mas não vai adiantar muito. Logo, logo, você vai estar todo sujo de novo.

Grayson não fazia ideia do que esperar dali para frente, mas decidiu seguir as instruções. Depois de um banho rápido, ele saiu do banheiro e encontrou Dane sentado na beira da cama, segurando um par de algemas.

— Deite. — Ele deu tapinhas no colchão. — E tire tudo.

Ao ouvir isso, Grayson sentiu sua garganta secar. Engoliu em seco e, sem dizer nada, deixou o roupão cair aos pés. Dane imediatamente baixou o olhar para suas pernas. “Virgínia” já estava animada, meio erguida.

— Que indecente.

Dane resmungou, franzindo a testa para Virgínia, mas ela não se intimidou, pelo contrário, começou a tremer e a balançar ligeiramente. O canto da boca de Dane se curvou num sorriso torto. Grayson percebeu o que estava acontecendo. Dane tinha falado aquelas palavras provocativas de propósito, só para ver sua reação.

— E você também está ansioso, não está?

Agora foi a vez de Grayson provocá-lo. Olhando para ele com os olhos semicerrados, inclinou-se ligeiramente e sussurrou:

— Dá até pra sentir o cheiro dos seus feromônios.

Era verdade. Dane também sabia que, instintivamente, estava liberando feromônios. Ele estava tão excitado quanto o homem diante dele, pelo que estava prestes a acontecer. Com um sorriso contido, Dane murmurou em voz baixa:

— Que cachorro sem educação…

— Au.

Grayson latiu sem hesitar, como se estivesse esperando exatamente por isso. Dane parou por um segundo, mas logo relaxou os lábios e soltou uma risada.

— Deita, cachorrinho.

Ele voltou a bater no colchão. Sem perder tempo, Grayson obedeceu.

Dane então pegou os pulsos dele, prendendo um com a algema e passou a outra mão pelas grades de madeira da cabeceira, prendendo o outro pulso. O design da cama era perfeito para esse tipo de coisa, e Dane achou isso bem conveniente. Claro, se Grayson realmente quisesse, poderia quebrar aquela estrutura de madeira e até mesmo as algemas de brinquedo sem esforço.

Enquanto observava os músculos tensos dele, Dane acabou deixando escapar uma risada ao notar Virgínia, firme entre as pernas de Grayson.

— Virgínia está bem animada, hein.

— Ela tem um charme ousado. — Grayson respondeu entre respirações aceleradas. — Virgínia é tímida no dia a dia, mas quando surge a oportunidade, nunca recua. Você nem imagina.

— É mesmo?

— É.

Dane ergueu as sobrancelhas como se estivesse impressionado, e Grayson completou com um sorriso presunçoso:

— Vou esfregar tanto Virgínia em Vênus, até ela ficar em frangalhos.

Aquilo definitivamente não era um blefe. Dane não conseguiu apenas rir dessa vez. Seu peito ainda estava dolorido das últimas marcas que Grayson havia deixado, então a provocação foi bem direta.

— Que cachorrinho ambicioso. — Ele comentou, pegando um cigarro do bolso. Com um clique, acendeu o isqueiro, tragou fundo e soltou a fumaça antes de continuar: — Então vamos ver por quanto tempo Virgínia aguenta.

— Ótimo. Estou pronto.

Grayson respondeu na mesma hora, cheio de expectativa. Ele já tinha visto muitas coisas em festas e tinha uma boa ideia do que poderia acontecer. Sem contar os itens que Dane tinha comprado…

Só de imaginar, Virgínia ficou ainda mais quente e dura. Grayson sentiu o rosto corar e mordeu o lábio. Sua respiração ficou irregular. Ele poderia quebrar aquelas algemas a qualquer momento, mas, em vez disso, ficou apenas apertando e soltando os punhos.

‘O que Dane vai fazer agora? Vai subir em mim? Vai colocar uma mordaça na minha boca? Cobrir meus olhos? Mas e o chicote…? Cadê o chicote? Deve ser para depois. Ele disse que hoje pegaria leve. Então, quando vem a parte de bater na Virgínia…?’

Nesse instante, um cheiro intenso de feromônio tomou o ar. Grayson saiu do devaneio e virou a cabeça depressa. Dane ainda estava ali, tragando o cigarro, olhando para ele. E deixando seus feromônios escapar.

Ah… haah…

Seus olhos ficaram turvos, ele relaxou a mordida nos lábios e deixou escapar um gemido entre a respiração entrecortada. Seu corpo todo começou a tremer e a pélvis se moveu sozinha, como se estivesse procurando algo no ar. Grayson se debatia no ar, com o pau duro. Dane tirou o cigarro da boca e soltou a fumaça devagar.

E, entre a fumaça, ordenou:

— Aguente.

— …Hngh.

Grayson fez uma careta e parou de se mover. Ele queria agarrar a cintura de Dane e enfiar tudo dentro dele naquele instante, mas não podia. Apertou e soltou os punhos com desespero, lutando para se segurar, quando ouviu uma risadinha curta de Dane. E no instante em que Grayson se contorceu, veio a ordem:

— Não. Aguente.

Apesar do tom doce, o comando era implacável. Grayson cerrou os dentes novamente, sem escolha a não ser obedecer.

Enquanto isso, o cheiro do feromônio continuava se espalhando, envolvendo cada parte do seu corpo, a cada inspiração, seus pulmões se enchiam dele. Sua pele, já tensa pelo esforço de se controlar, parecia absorver a fragrância diretamente. E Virgínia… ah, ela estava lá, tremendo, sofrendo, cercada por aquele aroma embriagante.

— Ngh… kgh… agh…

Sons baixos e roucos escapavam involuntariamente dos lábios de Grayson. Todo o seu corpo estava tão contraído que seus músculos pareciam prestes a explodir. Virgínia, inchada ao máximo, já chegava até seu umbigo, pulsando com violência. Sua glande brilhava, encharcada de pré-gozo, balançando impaciente. Mais um pouco, e ele seria capaz de quebrar as algemas e destruir a cama inteira.

‘Não. Aguente. Você tem que aguentar. Não pode…’

Ele já estava à beira do colapso, sua mente prestes a se desconectar da realidade, quando finalmente ouviu:

— Pode gozar.

— Uuungh!

Um gemido profundo escapou de sua garganta ao mesmo tempo que Grayson derramava tudo de uma vez. O esperma que ele segurava com tanta força jorrou em um jato grosso, espirrando para todos os lados. Seu corpo se arqueou enquanto ele continuava despejando seu prazer, sem conseguir parar. E Dane, observando aquela cena, só conseguiu pensar:

‘Como esperado… é uma quantidade absurda.’

Haa… haa…

Grayson, com o rosto avermelhado, ainda recuperava o fôlego quando Dane inclinou a cabeça com um sorriso.

— Bom garoto.

°

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Continua…