Defina o relacionamento - Capítulo 32
— Então vocês estão morando juntos agora?
Era domingo à tarde. Carlyle estava em um rancho de propriedade da família Haywood nos arredores de Londres.
Carlyle, que estava prestes a montar em seu cavalo, ficou em silêncio com a pergunta repentina de Aiden. Quando a mão que segurava as rédeas parou, o cavalo de Carlyle, Alexander, agitou sua crina. O cavalo que se preparava para ser montado por seu mestre olhou para Carlyle com curiosidade.
— Alex cresceu muito. Ainda não pensou em colocá-lo para procriar?
Tendo jogado palavras descuidadas nele, Aiden habilmente caminhou ao lado de Carlyle. Alexander relinchou de forma grosseira para Aiden, como se não tivesse gostado de seu apelido.
— …Acho que já te disse não.
— É difícil ver pelo preto como este na linhagem Eclipse. Pense nisso.
Aiden estava mais interessado nos cavalos do que Carlyle. Ambos possuíam cavalos puro-sangue, mas Carlyle sempre teve apenas um. Aiden por outro lado sempre tinha vários cavalos à sua disposição. A propósito, os nomes dos cavalos de Carlyle sempre foram Alexander. Até mesmo a mãe de Alexandre, que fez cinco anos este ano, e todos os seus ancestrais.
De qualquer forma, voltando ao assunto principal, Carlyle ponderou sobre a pergunta de Aiden, sentindo-se de alguma forma um pouco culpado. Felizmente, Aiden foi atraído por Alexander e parecia ter esquecido a questão.
— De qualquer forma, é verdade que estão morando juntos, certo?
Ele não tinha esquecido. Carlyle se virou, esfregando as rédeas de couro.
— Vocês…
‘O que te importa?’ Carlyle engoliu pacientemente a resposta. A reação de Aiden foi óbvia. Sua conexão com o Marquês Gordon e quanto ele havia contribuído fluirão como uma secretária eletrônica. Era melhor lidar com isso com moderação do que apenas reagir emocionalmente e cometer algum erro.
— Não é o que você está pensando.
— Até onde eu sei, você não foi do seu trabalho para a casa dele por mais de um mês?
Carlyle olhou para Aiden friamente.
— Se interessa desnecessariamente pelos meus assuntos.
— O primeiro amante com quem você sai pode ser uma pessoa estranha, então eu tenho que prestar atenção como amigo.
Era uma espécie de desculpa. Além disso, era uma afirmação sem sentido, dizer que Ash era uma pessoa estranha. Carlyle balançou a cabeça. Então, subiu em cima de Alexander. Abanando suavemente o rabo, Alexander silenciosamente esperou que ele se sentasse.
— Bem… As coisas simplesmente foram… acontecendo.
— Ah, sério? E agora que você está lá, ele não pediu para que morassem juntos?
Aiden disse significativamente. Embora ele tivesse firmemente determinado a não se importar, a mente de Carlyle começou a vacilar perigosamente. Para dizer a verdade, era um tema que o preocupava.
Obviamente, eles estavam morando juntos. A casa de Ash agora tinha roupas, papéis e um laptop de Carlyle. O número de coisas que os dois compraram juntos também aumentou.
Claro, ele não ficava na casa de Ash todos os dias. Às vezes, ele ficava em um hotel para uma curta viagem de negócios e, outras vezes, ficava na casa dos pais. Mas 90% de seu tempo era gasto na casa de Ash.
— … não tenho certeza.
Já que era algo que o preocupava muito, Carlyle finalmente respondeu às palavras de Aiden. Então, ele deu um sorriso com desconfiança.
— Serio?
—…Sim.
— Então não deveria começar a procurar uma casa de novo? Ele não pediu para vocês morarem juntos, viver assim é um incômodo.
Aiden começou a cuspir palavras muito duras. Esta é sua retaliação por perder novamente na semana passada nas apostas de poker? Carlyle olhou para ele com olhos ansiosos.
— …É incômodo…
— Sim, incômodo. Afinal vocês começaram a namorar agora, não acha que ele precisa de privacidade? Se não, pode ficar entediado rapidamente. Eu lhe digo que é melhor dar espaço a ele no início.
Aiden cavou a ferida um pouco mais fundo. Carlyle pensou que seria menos doloroso cair das costas de Alexander. Carlyle ouviu as palavras estranhamente plausíveis de Aiden com um rosto pálido. A parte de não se entregar, ele não conseguia entender o porquê, mas Aiden era um homem experiente de qualquer maneira.
Carlyle sabia que Aiden tinha em média dois amantes por ano. Seu amante mais antigo era um modelo que virou ator, uma celebridade cercada por muitos paparazzi. Então ele tinha certeza de que deveria haver alguma verdade no que ele disse.
Ash poderia se cansar disso.
Com essa única frase, Carlyle enfrentou um medo insuportável. Ele sentiu tanta pressão, que teve vontade de pegar suas malas e encontrar uma nova casa imediatamente.
— Provavelmente… sim.
— Claro que é. Quando ele se sentir ansioso vai te chamar para morar com ele. Bem, vocês também podem se casar.
Carlyle agora estava completamente convencido por Aiden. Ele geralmente ignorava metade dos conselhos de Aiden, mas quando se tratava de amor, ele era estranhamente confiável.
Em particular, quando ele falou sobre casamento, seu nível de confiança aumentou. ‘É assim? Tinha que usar esse método para se casar? Mas por quanto tempo tinham que viver separados?’
— Quantos meses?
— O que?
— Quantos meses estão juntos? Vocês deveriam viver separadamente por pelo menos um ano.
‘Um ano…’
Seu coração ficou subitamente deprimido. Ele perdeu a energia. Partia seu coração não poder ver Ash por apenas um dia, então não tinha certeza se poderia viver assim por um ano inteiro.
No passado ele se perguntou, como poderia suportar ver Ash apenas uma vez por semana no passado. E Carlyle ficou profundamente entristecido, quando teve que fazer uma viagem de negócios e passar todo o fim de semana fora.
Graças a isso, ele aprendeu a fazer vídeos chamadas com seu amante, e com isso… Ele fez algumas coisas estranhas… Mas estava triste por estar longe dele de qualquer forma.
— Eu realmente preciso?
— Confie em mim, Carlyle.
Ele não queria acreditar. Carlyle tentou negar a realidade de uma maneira incomum. Mas depois de alguns segundos, ele concordou. Não estava se comportando como um adulto. Como Ash o havia mimado tanto, ele simplesmente se acomodou. Então era melhor ficar alerta. ‘E se eu adquirir um mau hábito e me tornar o tipo de pessoa que Ash mais odeia?’
As palavras de Aidan eram razoáveis. Ele havia se tornado muito complacente. Ash era uma pessoa muito legal, então talvez Carlyle o tivesse entendido mal só porque o tinha aceitado. Ele precisava de algum tempo para manter distância e se aperfeiçoar.
Carlyle não entendia o conceito de tédio, mas Aiden parecia pensar que era o caso. Além disso, Aiden e Ash eram pessoas experientes.
Aiden revirou os olhos quando Carlyle fechou a boca como se estivesse deprimido. E antes que as palavras ‘era apenas uma brincadeira’ saísse da boca de Aiden, Carlyle falou com ele com uma voz séria:
— Eu odeio admitir isso, mas você está certo.
— Não, espera…
E antes que Aiden pudesse detê-lo, Carlyle virou as rédeas de Alexander. Então o cavalo começou a correr vigorosamente, sob seu comando. Aiden esfregou o queixo enquanto observava Carlyle correndo pela vasta floresta.
— Bem, você vai descobrir por si próprio.
Uma voz despreocupada encheu o lugar que Carlyle havia deixado.
*
Cliques intermitentes podiam ser ouvidos no espaço silencioso. Carlyle estava olhando para a tela do laptop com uma expressão séria. Foi porque ele estava escolhendo uma casa para comprar, revisando as fotos e condições que seu secretário lhe enviou.
Seu dedo longo pressionava o touchpad com movimentos moderados. Carlyle, que estava olhando para a tela com um rosto inexpressivo, soltou um pequeno suspiro. A outra mão, que apoiava levemente o queixo, também desceu ordenadamente até a mesa.
Não havia nada que ele gostasse.
As condições estavam de acordo com suas necessidades. Carlyle só havia pedido três coisas ao seu secretário. Um apartamento em Notting Hill, onde ficava a casa de Ash, o mais próximo possível da casa dele, e um lugar com uma decoração que um designer gostaria. E, claro, o preço não importava.
Seu competente secretário compilou uma lista que se encaixava nos critérios, em apenas um dia. Não foi uma tarefa difícil, já que ele estava usando o sobrenome Frost em primeiro lugar.
Todas as casas selecionadas tinham pelo menos três andares e as estruturas internas eram variadas. No entanto, nenhuma tinha um design de interiores tão sofisticado quanto a casa de Ash. Não era de se surpreender, já que aquela casa era originalmente um espaço que Ash havia remodelado.
Além disso, não havia casas à venda a menos de cinco minutos a pé. Havia uma maneira de comprá-los a um preço mais alto, mas ele não achava que Ash gostaria que ele fizesse isso. Mas esse era um critério muito importante. Se Ash pegasse um resfriado, ou entrasse no RUT, Carlyle poderia visitá-lo imediatamente.
Porque Carlyle Frost era o namorado de Ash Jones…
Como um mantra de bem estar esse pensamento, fez os lábios de Carlyle afrouxarem suavemente enquanto ele se lembrava desse fato. Então, ele parou os dedos, enquanto mordia os lábios secos.
Já fazia mais de um mês desde que Ash se tornou seu amante. Ele queria se agarrar a cada dia devagar, mas o tempo passava tão rápido que ele estava apavorado. Embora achasse que era infantil, Carlyle manteve o registro da data em que começaram a namorar em sua cabeça. Hoje faz exatamente 40 dias.
Enquanto isso, Carlyle havia criado dez datas dignas de comemoração. Uma delas foi o dia em que Ash o apresentou como seu namorado para seus colegas de trabalho, e outra foi o dia em que ele foi em uma viagem de negócios e se masturbou na frente de Ash durante uma videochamada… Era embaraçoso pensar nisso, então ele preferiu seguir em frente.
No final, Carlyle vinculou tudo ao aniversário, do dia em que Ash lhe comprou uma escova de dentes e chinelos, e o dia em que o chamou de “Querido”. Esse dia parecia merecer uma comemoração única.
Carlyle, que estava imerso em pensamentos enquanto sua consciência fluía, virou-se ao ouvir o som da porta se abrindo no primeiro andar. Prendendo a respiração, ele ouviu atentamente o som. E logo escutou o som de passos. Era Ash.
Ultimamente eles estavam voltando para casa juntos, com um deles pegando quem terminasse primeiro. No entanto, como o trabalho de Ash se estendeu hoje, Ash pediu a Carlyle que fosse descansar primeiro.
Carlyle queria esperá-lo na frente da empresa por horas, mas ele sempre seguia os conselhos de Ash. Após alguns segundos de hesitação, ele disse que entendia e foi para casa primeiro.
Carlyle estava vestido com um roupão acromático, pois havia tomado banho logo depois de chegar. Então, ele se levantou da cadeira e desceu as escadas. Seu ritmo parecia relaxado, mas pouco a pouco foi acelerando. Ash estava parado na porta, sorrindo enquanto olhava para as escadas. Era como se soubesse que Carlyle desceria para vê-lo.
— Você já chegou?
Carlyle disse baixinho, fazendo contato visual. De alguma forma, toda vez que ele dizia isso, se sentia tímido e envergonhado. Os cantos dos lábios de Ash se contraíram levemente.
— Sinto muito pelo atraso.
Então Ash devolveu essas palavras a Carlyle, como se fossem um casal apaixonado vivendo junto. Ash tirou o casaco e o pendurou no cabide, então caminhou até ele. Os braços envolveram sua cintura como um hábito, e Carlyle o abraçou com força.
Os braços frios de Ash tinham uma temperatura refrescante. Carlyle pressionou o rosto contra a pele fria, que fez seu coração disparar. Agora ele se sentia muito melhor. Ele esfregou a bochecha contra Ash, sem se dar conta. Então, os feromônios de Ash, que estavam escondidos atrás do ar fresco, também foram gradualmente inalados por ele. Carlyle estava convencido que o cheiro dos feromônios do homem tinham se tornado diferentes nos últimos dias.
Os feromônios de Ash anteriormente tinham um tom amadeirado refrescante, mas recentemente, seus feromônios também começaram a se misturar com um forte aroma doce. Então, Carlyle respirou fundo, como se não quisesse perder nenhuma mudança. Ao contrário de outros Alfas, os feromônios de Ash o deixavam excitado.
Então Carlyle de repente pensou que seus feromônios estavam particularmente fortes hoje. Mas seus pensamentos logo foram dispersos por Ash. A mão de Ash gentilmente acariciou sua bunda. Carlyle abraçou Ash com força, encolhendo os ombros ligeiramente.
— Já jantou?
— Ainda não.
— Você já deveria ter jantado.
Carlyle balançou a cabeça. Ele sabia que Ash se preocupava quando ele não comia direito. No entanto, estava esperando por Ash para jantarem juntos. Mas talvez ele estivesse errado. Pensando nisso agora ele se lembrou do fato de que Ash poderia ter comido sozinho.
Ele pensou sobre isso quando se encontrou com Aiden no dia anterior, mas talvez porque Ash estivesse aceitando todas as suas atitudes mimadas, ele perdia a habilidade de raciocinar.
— É só que eu não estava com fome. Posso comer sozinho mais tarde.
Ao dizer isso, as sobrancelhas de Carlyle se curvaram um pouco tristemente. Ash riu, observando suas sobrancelhas retas e afiadas se curvarem.
— Por que você vai comer sozinho? Eu também não comi ainda.
As sobrancelhas de Carlyle, que estavam estranhamente curvadas, voltaram à sua posição original. Carlyle não percebeu a mudança em sua expressão e acabou rindo um pouco.
— Então… posso comer com você?
— Você está perguntando o óbvio, é claro, meu Lyle.
Ash beliscou levemente seu nariz e soltou. Os olhos de Carlyle se arregalaram. Enquanto isso, a mão de Ash que esfregou seu nariz tocou sua bochecha. Então, ele deslizou para baixo e começou a fazer cócegas no pescoço de Carlyle.
O calor aumentou gradualmente. Ash fechou a boca. Como se seus lábios macios estivessem segurando algo, ele só podia ver um leve sorriso neles. Carlyle parou e pegou a mão de Ash.
Então a mão que havia tocado sua clavícula enfiou-se em seu roupão. Mas Ash logo balançou a cabeça com um suspiro suave.
— Você quer pensar sobre o que vamos comer? Eu vou tomar um banho primeiro.
Assim como Ash conheceu Carlyle mais afundo nos últimos 40 dias, Carlyle começou a entender algumas das ações de Ash, pouco a pouco. Ele estava prestes a entrar em uma situação estranha. Na verdade, Carlyle já estava excitado, sentindo isso ele disse como um reflexo automático.
— Eu não…. estou com muita fome.
Ash ergueu as sobrancelhas. “Hmm”, houve um som baixo vindo de sua boca.
— Ah, sério?
— Você está com muita fome?
Carlyle ainda não estava acostumado a fazer sugestões diretas. Mas Ash notou imediatamente, mesmo com aquela pequena expressão. Ao mesmo tempo que a parte inferior do seu corpo estava rígida, Carlyle sentiu seu buraco começar a se contrair levemente.
Honestamente, essa mudança também foi bastante embaraçosa para ele. Carlyle viveu como um Alfa toda a sua vida, mas agora ele estava usando uma parte dele que nunca havia usado antes, apenas por prazer.
No entanto, seu corpo se adaptou completamente a esse prazer. Agora, mesmo quando Ash começou a se comportar lascivamente, seu buraco começava a latejar. Com isso, Carlyle ficou intrigado e soltou um suspiro longo e envergonhado.
— Não.
Ash disse, movendo a mão que estava descansando em sua clavícula. E como se quisesse ver o peito dele, ele levantou o dedo indicador e abriu o roupão. O roupão frouxamente amarrado se desfez, revelando o corpo de Carlyle.
A faixa do roupão bem tecido pendia abaixo de sua cintura. A virilha estava quase invisível, mas era perceptível o suficiente para saber que Carlyle não estava usando nada por baixo. Os olhos de Ash estavam diretamente sobre ele.
— Lyle… até onde você está tentando me seduzir?
Ash disse, parecendo realmente perturbado, enquanto seus olhos rolavam pelo abdômen dele. Carlyle piscou os olhos ao ouvir sua voz grossa. Cambaleando para trás, Carlyle virou ligeiramente a cabeça vazia. ‘Você intencionalmente fez algo assim sem se dar conta? Quão lascivo você se tornou?’
— Vou subir.
Ash olhou para Carlyle enquanto se afastava, deixando-o sozinho. Mas antes que ele pudesse subir, o dedo de Ash puxou a faixa do roupão.
Agora o manto estava completamente aberto. Carlyle tentou fechá-lo com as mãos trêmulas. Ash lambeu o lábio inferior e olhou para ele, o escaneou de cima a baixo, sorriu e estendeu a mão.
Os feromônios que ele sentiu um momento atrás nos braços de Ash começaram a fluir explicitamente. Então, Carlyle pegou a mão dele como se estivesse enfeitiçado, enquanto absorvia os feromônios intensos que o cercavam a ponto de fazê-lo perder a cabeça.
***
Carlyle sentou na frente de seu laptop enquanto Ash tomava banho. De qualquer forma ele tinha que marcar um horário para dar uma olhada na casa, pois queria tomar uma decisão rápida para se concentrar em seu tempo com Ash.
Mas não foi uma tarefa fácil. Nesse momento ele se lembrou dos feromônios intensos de Ash, que continuavam a permear seu corpo. Eles eram obviamente muito diferentes do habitual. Ash tinha a habilidade de cativá-lo com seu sorriso lânguido, mas nunca fez isso com seus feromônios.
Honestamente, os feromônios de Ash foram calmos desde o primeiro encontro. Claro, com um Ômega seria diferente. Os feromônios Alfas e Ômegas tinham a propriedade de seduzir um ao outro.
No entanto, o cheiro que ainda permanecia na ponta de seu nariz evocou uma emoção que teria feito até mesmo um Alfa congelar. O aroma intenso não é tão leve e fresco como o sândalo, mas sim pesado e ácido com um leve tom adocicado. O cheiro de Ash, que ele pensou ser como chocolate amargo com rum, parecia ainda mais refinado.
Então Carlyle decidiu verificar novamente. Era difícil identificar o que era exatamente, mas ele estava preocupado que seus feromônios tivessem se tornado mais intensos. E de repente, em sua mente, ele imaginou inúmeras pessoas, cercando Ash, possuídas por seus feromônios.
‘Havia muitas possibilidades. Então, pensando por esse lado, talvez eu devesse prender Ash…’
Sentindo a ganância que crescia dentro dele sem que percebesse, os olhos de Carlyle se arregalaram. ‘Até onde você planeja ir, Carlyle Frost?’ Ele se repreendeu duramente.
— Você está trabalhando enquanto espera por mim?
Carlyle ergueu o queixo ao ouvir a voz atrás dele. E quando virou a cabeça e olhou para cima, viu Ash olhando para ele. Ash estava completamente pelado.
Ele também observou como seus lábios levemente levantados se afrouxaram em um sorriso. As gotas de água que escorreram pelo cabelo úmido, deslizaram por sua testa. Então elas desceram pelas sobrancelhas espessas, e se juntaram na ponta do queixo até finalmente caírem.
Gotas de água caíram nas pálpebras de Carlyle. Então os dedos de Ash as esfregaram contra os olhos de Carlyle.
— Em vez disso…— Carlyle disse enquanto franzia as pálpebras. A sensação dos dedos esfregando lentamente sua pele fina era estranha. — Eu estava procurando uma casa à venda.
Os dedos que estavam esfregando suavemente suas pálpebras tocaram as suas sobrancelhas desta vez. Carlyle fechou os olhos por alguns segundos, depois os abriu suavemente. Ash ainda estava olhando para ele. Seu olhar parecia profundo, talvez por causa da sombra que seu corpo infligiu.
— Por que está procurando uma casa à venda?
Ash perguntou, como se não pudesse entender.
— Eu… eu sinto muito, por abusar da sua hospitalidade.
Carlyle disse isso, tentando se recompor. As palavras de Aiden ecoaram em sua cabeça naquele momento. Ele não podia ser um amante causando problemas, pois não seria bom o suficiente. Além disso, ele se lembrou do que havia pensado alguns segundos atrás. Não seria assustador? Ele precisava se conter para não fazer algo assim.
— Abusar da minha hospitalidade? — O sorriso de Ash gradualmente se tornou mais escuro. Seus lábios franzidos conjuraram a ilusão de estar estranhamente irritado. — Eu devo ter dito algo inútil de novo. — Ash disse calmamente, como se estivesse falando consigo mesmo. Era um som tão baixo que Carlyle só conseguiu entender porque leu seus lábios.
— Desculpe, mas não ouvi o que disse.
— Não é nada, porque isso não era para você, Lyle.
Ash deslizou para o lado e abraçou Carlyle por trás. O cheiro de sabonete líquido e água fresca do chuveiro diminuiu. Ao mesmo tempo, Carlyle podia sentir os feromônios que havia inalado na entrada. Não tinha sido uma ilusão. Eles eram muito doces.
E como ele naturalmente empurrou Carlyle para frente, Ash se sentou atrás dele. A mesa em que Carlyle trabalhava era feita de madeira nogueira em forma de retângulo e estava colocada no centro do piso. Ash colocou duas grandes cadeiras acolchoadas uma na frente da outra. Seria uma boa forma para os dois trabalharem juntos.
A cadeira não era tão larga para caber o comprimento de duas pessoas, então quando Ash se sobrepôs e o abraçou por trás, Carlyle foi empurrado e deslizou para frente. Ash colocou Carlyle em cima dele, quando ele estava prestes a se levantar os braços de Ash que deslizavam como cobras, pressionaram sua cintura e o prenderam fortemente.
— Então… você está procurando uma nova casa?
— Por agora sim.
Foi o que Carlyle disse, mas não era isso que ele realmente queria. Foi doloroso. Só de pensar que não poderia mais ver Ash sair do banheiro com o corpo úmido logo após se lavar todos os dias, sentiu uma pontada no peito. Parecia que os sintomas de sua abstinência já estavam chegando.
A mão de Ash afundou no seu roupão, como se procurasse seu lugar. Nesse meio tempo Ash desamarrou facilmente a faixa que Carlyle tinha amarrado com muito cuidado. A mão que havia mergulhado suavemente esfregou a parte inferior de seu abdômen. Carlyle estremeceu e endireitou as costas enquanto as grandes palmas acariciavam sua barriga lisa.
Seu pênis já estava meio ereto. A mão de Ash esfregou suavemente seu abdômen, então roçou as costas da mão em seus genitais. Ash gentilmente abriu as coxas de Carlyle com ambas as mãos. Carlyle que estava olhando para seu laptop ficou rígido.
— Por que de repente você pensou nisso?
— Isso é…
As palavras que ele estava prestes a proferir se espalharam como fumaça. Isso foi porque a mão direita de Ash afundou em sua virilha. “Ah”, ele suspirou abruptamente. Então, ouviu a risada baixa de Ash e os lábios do homem tocaram seu pescoço.
Os dedos de Ash circularam e esfregaram o períneo abaixo de seus testículos, então lentamente tocaram seu buraco. “Tak”, houve o som de uma tampa de plástico se abrindo. E quando Carlyle virou a cabeça para aquele som, ele percebeu que Ash estava segurando o frasco de lubrificante com a mão esquerda.
Ash moveu a ponta de seu polegar para abrir a tampa, então alcançou a virilha de Carlyle. Ele podia sentir algo duro entre as coxas de Ash. O pênis de Ash, que estava sob suas nádegas, parecia firmemente ereto.
— Estou ouvindo, Lyle. Continue falando.
“Truck.” Com um som de aperto, o gel roxo meio transparente fluía sobre seu pau. Seus dedos, delicados, mas firmes, espremeram muito lubrificante. Carlyle se agarrou à borda da mesa, quando sentiu o gel frio escorrer sobre sua glande. Uma sensação de calafrio percorreu sua espinha.
— Quero dizer… comprar, casa, fechar, ah, ah… Ugh, ah!
O lubrificante que escorria por seu pênis deslizou, molhando seus testículos redondos. E logo, molhou o interior de suas coxas ligeiramente separadas. Parte caiu no chão e parte escorreu pelo períneo.
Um dedo que roçou suavemente as rugas perto do buraco pegou um pouco de lubrificante e o esfregou. A coisa pegajosa começou a umedecer as rugas do orifício. Ash então moveu suas pernas completamente, balançando os joelhos abaixo dos de Carlyle e esticando-os. Carlyle ofegou e sacudiu as costas.
— Sim. Está certo.
Graças às suas pernas bem abertas, seu pênis deslizou para debaixo da mesa. Com uma ereção rígida, Ash ignorou completamente o pênis que caiu abaixo de seu estômago.
Então Ash, que colocou o lubrificante perto do buraco, o espremeu diretamente dentro, como se estivesse borrifando água. Em seguida, ouviu-se o som do ar drenado e o gel começou a fluir abundantemente.
— Ugh, uh, ugh, Ash….
Ash aplicou tanto gel dentro dele, a ponto de ser incomparável ao habitual. Era como se ele quisesse usar a garrafa inteira. Carlyle ficou surpreso já que mesmo em seu RUT eles não usaram essa quantidade de lubrificante.
O ânus de Carlyle se contraiu e seus olhos formigaram devido a sensação de calor. Era tão estranho sentir que sua bunda estava toda molhada.
— Você está me dizendo que está procurando uma casa desde o início?
— Ah, ugh, ah, ah, é que…
Dois dedos deslizaram de uma vez para dentro. As coxas de Ash e o fundo da cadeira na qual estavam sentados estavam cobertos de lubrificante. O dedo indicador e médio afundaram no buraco, ligeiramente rígido, e então se separaram como uma tesoura. Carlyle engasgou ao sentir as rugas se expandindo e o buraco se abrindo. Ele ofegou sem fôlego. Os arrepios subiram e a parte de trás de seu pescoço parecia estar pegando fogo.
Ash colocou a tampa do lubrificante de volta no lugar. Carlyle suspirou e virou a cabeça. Quando ele olhou para Ash com os olhos vermelhos tentando descobrir o que ela ia fazer, Ash disse com os olhos semicerrados:
— Eu vou espremer tudo para dentro.
Ele nunca tinha feito isso. O buraco estremeceu de ansiedade e antecipação. Os dedos abriram o buraco que se contraiu repetidas vezes.
— Se você não gosta, não vou fazer.
Aparentemente, o toque de Ash hoje estava um pouco estranho. Ele parecia uma pessoa um pouco diferente, mas a maneira como ele pediu seu consentimento foi amigável. Ele não parecia estar com raiva. Carlyle então lhe perguntou, pressionando os dedos sobre a mesa.
— Está tudo bem… fazer isso?
— É quase como água, por isso vai ficar tudo bem. É para Alfas… Usei quatro frascos no seu último RUT. Foi esquisito?
Carlyle não conseguia acreditar que tinha usado quatro garrafas. Durante o CIO que teve que enfrentar novamente depois de seis meses, Carlyle ficou fora de si por dois dias e se jogou nos braços de Ash.
Como se recuperasse algo que havia perdido, seu corpo foi envolvido pelos feromônios de Ash e ele ficou loucamente excitado. Ele sentiu tanto prazer, que ficou inerte por um tempo como se desmaiasse, então ele realmente não se lembrava muito da situação.
— Eu não lembro.. Bem, Ahhh!
— Talvez eu devesse te lembrar corretamente desta vez.
Um pouco de lubrificante fluiu em sua parede interna. As nádegas de Carlyle se contraíram quando o líquido frio tocou sua carne quente.
— Não gosta?
Ash perguntou novamente. “Não gosta?” Não era isso exatamente. Carlyle balançou a cabeça lentamente. E como se ele tivesse respondido corretamente, os lábios macios de Ash tocaram sua bochecha.
— Que lindo.
E assim que Ash terminou de falar, o lubrificante correu para dentro dele. Carlyle deu de ombros, seu torso estremeceu quando o líquido pegajoso o invadiu com um único aperto.
Os dedos de Ash dentro dele logo se tornaram três. Os dedos começaram a roçar suas entranhas molhadas. O som aquoso estalou. Carlyle olhou para baixo com lágrimas nos olhos.
— Esse som… você, ah…
— É porque Lyle é lascivo. Ouça com atenção.
O som estridente gradualmente ficou mais alto. Seus dedos mergulharam dentro dele e depois deslizaram para fora. À medida que a velocidade aumentava, o lubrificante escorria. Realmente parecia que estava espirrando água.
Carlyle, que não conseguia ver aquela cena, levantou os olhos e olhou para o laptop.
— Ok, Lyle, volte a fazer o que estava fazendo.
Ash disse a ele, com voz estranhamente formal. Carlyle moveu as coxas, enquanto distraía os olhos. Não havia como isso ser possível, mas Carlyle de alguma forma tentou fazer o que Ash estava pedindo.
Então, ele tocou o touchpad do laptop com as mãos trêmulas. Seus dedos tremiam ansiosamente. E assim que Ash esfregou sua próstata, Carlyle se inclinou para frente, e cerrou o punho.
— Ah, ugh, ah, ah… Ah, ugh!
— Foco, Lyle.
Então, ele clicou em uma das imagens que estava olhando e ela apareceu na tela do laptop. Ash olhou para a tela e disse:
— Você gostou dessa casa? Eu vou dar uma olhada também.
— Ah, sim, ah, não…
— Eu não acho que a propriedade esteja voltada para o sul. Não seria um pouco escuro no inverno?
Ash se inclinou e pressionou Carlyle para baixo. Seu peito firme esfregou contra as costas de Carlyle. O calor era abrasador. Os dedos teimosamente pressionaram sua próstata. Ele fez isso sem parar, a ponto de deixá-lo louco.
Carlyle, que estava tentando fechar as coxas, teve elas ainda mais ampliadas pelas pernas de Ash. Ele sentiu como se estivesse ficando louco. E enquanto ele movia as palmas das mãos para escapar, desta vez outra imagem apareceu.
— Ah, ugh, hum, não… Ash, ugh, ah…
— Você não gosta desta casa? Eu também não gosto.
Carlyle balançou a cabeça freneticamente. O suor escorria por suas costas trêmulas. E enquanto ele contraia o buraco, Carlyle queria desesperadamente que Ash entrasse nele.
— Por favor…
— Que? Quer que eu o acompanhe quando for ver a casa?
Ash continuou dizendo coisas fora de contexto. Carlyle conseguiu dar força a seu braço para se firmar, então fechou o laptop completamente. Carlyle se levantou, os olhos cheios de excitação.
Os dedos de Ash deslizaram lentamente para fora dele. Ash deixou Carlyle fazer isso sozinho. Respirando fundo, Carlyle ofegou e estendeu os braços. Então, ele colocou a mão na coxa dura de Ash e encontrou o pênis que estava sob sua bunda.
— Por que você continua… falando… disso, estou no limite, ah.
Carlyle disse como se estivesse aborrecido. Sua cabeça estava girando. Ele tinha que fazer algo imediatamente. Ele sabia exatamente o que ia fazer. Era algo que ele tinha aprendido com Ash nas últimas semanas. Mas foi a primeira vez que ele colocou assim.
Carlyle então lentamente colocou o pênis que ele estava segurando em seu buraco brilhante. Como a entrada estava completamente molhada, o pau não entrou imediatamente no buraco e escorregou.
— Ha, ha. — Exalando impacientemente, Carlyle franziu a testa. Ash moveu lentamente sua cintura. Carlyle mal conseguiu colocar o pênis em se buraco. Como três dedos tinham acabado de sair daquele lugar, a glande tocou a entrada que estava ligeiramente aberta.
Então Carlyle o agarrou e se sentou. Mas o pênis escorregou novamente. Sua ansiedade aumentou. Carlyle soltou um suspiro quente por entre os dentes e trincou o queixo. Ele havia falhado novamente.
— Ash, por que, você não… não faz…
— Se você pudesse responder minha pergunta de antes.
Ash disse docemente, enquanto mordiscava suas costas. Arrepios subiram na pele de Carlyle quando Ash levantou os dentes ligeiramente e mordeu a pele clara. Seus olhos estavam girando. ‘O que você disse? O que Ash me perguntou? Que vamos ver a casa juntos…?’
— Vamos, vamos juntos… eu ficaria feliz se você fosse… Ahhh!
Isso estava correto. Ash apertou as mãos ao redor de sua cintura e entrou no buraco de Carlyle. Seu pau enorme afundou profundamente no espaço apertado. O membro duro e latejante como sempre, perfurou Carlyle lhe trazendo uma sensação incrivelmente intensa.
— Carlyle me pediu, então eu vou fazer isso.
Ash disse satisfeito, mencionando um pedido que ele deveria ter feito antes. Os feromônios de Ash explodiram em chamas. O forte aroma que parecia atingir suas entranhas despertou a excitação de Carlyle. Mas, ao contrário de quando estava com um Ômega, parecia que ele estava batendo de frente e arrancando algo que ainda estava escondido. Foi como uma colisão.
Com a sensação de ser esfaqueado até a garganta, o pau o penetrou até o fim. Carlyle gemeu como um animal quando o pênis de seu Alfa foi pressionado com força contra sua próstata.
— Ah, ah, ugh. — Carlyle estava quente e seu corpo estava preso naquele posição. Então, Ash puxou o pênis que o estava perfurando por dentro. Depois pegou Carlyle e o colocou sobre a mesa.
Seus corpos estavam misturados como bestas. Com um movimento súbito, sua razão voou para longe. Carlyle abriu as pernas, descansando as costas na mesa de madeira dura. Ash agarrou a parte de trás de seus joelhos e os empurrou para cima. Carlyle estava preso pelos tornozelos com as pernas bem abertas.
O laptop foi empurrado para fora da mesa. O celular colocado ao lado do laptop caiu imediatamente no chão. Ash mordeu os lábios de Carlyle como se fosse comê-los.
Ele estava se comportando como uma verdadeira fera. E esse ato foi contagiante. Como se tivessem enlouquecido ao mesmo tempo, Carlyle passou os braços ao redor das costas de Ash e cravou as unhas nele. Quando ele inclinou o queixo e soltou um gemido acalorado, Ash começou a se mover em um movimento selvagem, como nunca tinha experimentado antes.
Quando o sexo terminou Carlyle se abaixou e pegou seu laptop que havia caído no chão e se partido em dois. Isso foi literalmente uma catástrofe causada por seu comportamento bestial. Independentemente disso, não houve problema porque não havia documentos importantes no computador, ele era usado apenas para trabalhos leves.
O fato de ter quebrado seu laptop enquanto fazia sexo na mesa deixou Carlyle com uma terrível sensação de vergonha. Sua formalidade caiu por terra e fluiu para o esgoto. Agora era impossível se recompor.
Carlyle se culpava. Toda aquela situação ultrapassou seu limite de aceitação. Carlyle nunca tinha feito sexo com Ash fora da cama. Os lugares onde eles fizeram qualquer coisa antes disso, foi no banheiro e no sofá da sala.
Mas, no fundo, Carlyle nunca tinha usado outro espaço além da cama como cenário para sexo, nem na casa dele, nem na de Ash. Portanto, para Carlyle, que teve uma vida sexual cheia de regras, a situação em si era um choque contra seus valores.
Não era familiar para ele ter esse tipo de sexo, nem mesmo durante o RUT. As costas de Ash estavam cobertas de marcas vermelhas, Carlyle finalmente não conseguiu superar o clímax e mordeu seu ombro, deixando uma marca roxa parecida com uma contusão.
O corpo de Carlyle estava, é claro, mais vermelho. Todo o seu torso e o resto de seu corpo estavam pintados de marcas de beijo como uma tela. A parte de trás de suas coxas e nádegas estavam cobertas de lubrificante e sêmen densamente secos.
Ele só percebeu que ambos tinham perdido a sanidade quando Ash gozou dentro dele três vezes sem usar camisinha, ao contrário do normal.
— Lyle… me desculpe.
Ash se desculpou, com um rosto menos sorridente do que de costume, enquanto o ajudava a sentar na cama. Então, ele fechou os olhos e esfregou a testa com um olhar de constrangimento.
— Vou comprar um laptop novo para você. Tinha algum dado importante nele? Se você quiser, eu contrato uma empresa de restauração.
— Não precisa fazer isso.
— Mas você o deixou cair por minha causa.
Na verdade, Ash o fez deitar na mesa, e o penetrou com tanta força que Carlyle rastejou pela extremidade espaçosa e tentou fugir, então atingiu o laptop e o deixou cair. Em outras palavras, o culpado era Carlyle.
—Tá tudo bem.
Além disso, Carlyle Frost era um homem relativamente rico e poderia facilmente resolver isso. Portanto, Carlyle só se sentia envergonhado de si mesmo, por ter se mostrado dessa forma.
— Não, me desculpe. Além disso, o preservativo… Nesta época do ano eu fico um pouco fora de mim. Talvez procurar uma casa seja a escolha certa.
Ash sussurrou em voz baixa, como antes. Mas desta vez, Carlyle foi capaz de ouvi-lo parcialmente. A velocidade do entendimento de Carlyle também diminuiu diante da voz sussurrante. Como resultado, impediu que Carlyle pudesse ouvir quando Ash disse “Nesta época”.
Como esperado, Ash estava pensando a mesma coisa… É um pouco triste. Parece que Aiden estava certo.
Então seu corpo perdeu a energia. Talvez uma das razões tenha sido porque ele se esforçou demais, em cima da mesa de madeira até uma da manhã. Carlyle lambeu os lábios e desviou o olhar. Estava cansado.
— Ash, não precisa. Você deve estar cansado, então é melhor apenas dormir.
— Mas primeiro Lyle tem que se lavar. Eu vou limpar a bagunça.
Ash parecia genuinamente triste por seu laptop ter sido arruinado. Enquanto isso, os feromônios de Ash se intensificaram gradualmente. Normalmente, quando ele aliviava seu desejo sexual, eles tendiam a suavizar um pouco, mas em vez disso, o cheiro forte fez Carlyle despertar novamente. Se ele não se sentisse atraído, poderia ter sufocado Ash.
— Eu posso te ajudar com isso.
— Não precisa. Me deixe fazer.
Carlyle estava completamente exausto, porque sentia que estava traçando uma linha estranha. Então, lhe parecia que continuar insistindo também seria um incômodo.
— Está bem.
— Obrigada.
Não parece que ele está tratando um convidado? Carlyle queria compartilhar o trabalho da limpeza com Ash. Porque por mais que Ash não quisesse que ele sofresse, Carlyle sentia que ele também era culpado.
Enquanto Carlyle tomava um banho leve, Ash colocou o computador quebrado e o frasco de lubrificante que estava no chão em uma bolsa que ele trouxe da cozinha. E quando Ash foi para a cama depois de limpar levemente a bagunça no chão, Carlyle já estava meio adormecido.
Quando Carlyle levantou seus olhos sonolentos, Ash encontrou os olhos cinzas e se inclinou com um sorriso.
— Boa noite.
Uma voz doce que sempre o fazia ter bons sonhos, um beijo de boa noite e uma mão quente que tocava suas bochechas. Carlyle não conseguia dormir sem essas coisas agora. Então, ele fechou os olhos melancolicamente, com a súbita percepção clara desse fato.
*
A visita às casas começou no dia seguinte. Talvez ele tenha sido sincero quando disse que eles poderiam ver o imóvel juntos, porque Ash perguntou a Carlyle sobre o assunto com alguns detalhes.
Quando Ash perguntou a Carlyle que tipo de casa ele gostava, Carlyle relutantemente escolheu quatro delas, que não tinham nenhum atributo especial. Já que Ash não estaria naquela casa, ele não precisava se preocupar com isso de qualquer maneira.
A primeira casa foi visitada em 11 de fevereiro. Como era dia útil, agendaram a visita para as 19h. A casa estava localizada em uma área residencial, a 10 minutos a pé da estação de Notting Hill, foi pintada de branco como uma mansão no Mediterrâneo, e as vinhas cresciam lindamente no jardim.
O interior da mansão não era particularmente bom, mas também não era ruim. Havia uma garagem enorme e o inusitado era que tinha um lago no quintal. O interior era em estilo vitoriano. Olhando para ela, era semelhante à casa de Natalie.
E era incomparavelmente menor do que a mansão em Hampstead Heath onde Carlyle havia morado originalmente. Mas isso não importa, já que iria morar sozinho de qualquer jeito… .
— Ela é muito pequena.
Ash disse, assim que entrou na casa. Carlyle piscou e olhou para frente:
— Você acha?
— Sim, considerando a casa em que Lyle morava… não seria muito pequena?
Era aproximadamente o dobro do tamanho da casa de Ash. Mas com isso, Carlyle foi rapidamente persuadido:
— Provavelmente é.
— Há um certo ambiente como onde você morava, mas ainda não acho que seja essa. — Ash, disse virando-se. Então ele abaixou a cabeça, arqueou as sobrancelhas e continuou: — Claro que é apenas a minha opinião. Se Lyle gostar, o que eu acho não importa. Eu vou te ajudar com a mudança.
Carlyle ficou desolado quando ouviu a palavra ‘mudança’. Então, com um rosto calmo e frio, ele balançou a cabeça. Ele explicou para seu secretário o porque não gostava daquela casa, com um olhar sério como se estivesse trabalhando.
— Ash está certo.
Só porque Ash tinha dito isso.
— É mesmo?
— Sim.
Carlyle assentiu rapidamente, depois olhou para o secretário, que estava atrás deles, e balançou a cabeça. E imediatamente, uma das opções da lista foi riscada.
— Fico feliz que Lyle concorde.
Ash sorriu como uma rosa desabrochando e olhou para ele com olhos brilhantes. O coração de Carlyle se encheu com seu lindo sorriso. A decisão que Carlyle acabara de tomar era muito prudente e racional. Quando se tratava de design de interiores, Ash era mais especialista do que ele.
Além disso, Carlyle estava no ramo imobiliário, mas não no ramo de venda de casas em si. Ele simplesmente administrava os ativos e assinava documentos. Portanto, quando se tratava de casas, Ash obviamente tinha que estar certo.
Em 12 de fevereiro eles continuaram a visitar as casas. Eles viram duas naquele dia. Uma delas estava localizada a cerca de 15 minutos a pé da casa de Ash. A situação da propriedade e a localização não eram ruins.
A casa cercada por paredes de tijolos estava muito bem conservada. O visual renovado em preto e branco, que lembrava um apartamento, parecia ter sido retirado de algumas das casas mais caras de Mayfair.
— Eu não gosto da direção das janelas. Claro, isso é apenas a minha opinião.
Ao contrário da mansão anterior, esta casa era do mesmo tamanho que a de Ash. Subindo as escadas, olhando para dentro cuidadosamente com o queixo cerrado, Ash respondeu ao pedido de opinião de Carlyle.
— A temperatura corporal de Carlyle ainda está baixa, então eu pessoalmente quero que você viva em algum lugar quente. Eu não acho que esse tipo de casa permite muita luz solar no inverno. Existe uma diferença entre ter um bom aquecimento e ter uma boa luz solar, certo?
Na prática, o corpo humano produz vitamina D a partir da faixa UVB da luz ultravioleta. O comentário de Ash fez muito sentido, porque se ele não obtivesse uma exposição adequada teria um enorme impacto no corpo.
Além disso, o tempo nublado por mais da metade do ano contribui para a natureza sombria da maioria dos britânicos. Quando chegava o verão, essa era uma das razões pelas quais eles tiravam as roupas e se deitavam no gramado onde o sol brilhava. Isso acontecia em todo o país, independentemente da região.
— Parece ser um pouco deprimente.
Isso também era verdade, porque ele sempre ficava deprimido quando Ash Jones não estava por perto. Com as palavras de Carlyle, Ash esfregou o queixo seriamente.
— Eu ficaria muito triste se meu Lyle estivesse deprimido. Posso até não conseguir comer.
Deixar a pessoa amada triste o suficiente para afetar sua alimentação e o trabalho de um libertino. Carlyle era um cavalheiro educado em boas maneiras desde tenra idade. Na verdade, ele estava realmente misturado com sangue nobre.
— Acho que este lugar também não é adequado.
— Bem pensado.
Ash, que tinha olhos tristes, sorriu suavemente. Ele fez isso tão lindamente que até Carlyle sentiu suas entranhas derreterem. Desde que ele não pôde resistir, estendeu a mão e agarrou a de Ash. Ash pegou a mão de Carlyle com força e beijou as costas dela com um sorriso.
Então, eles imediatamente se dirigiram para a casa. O secretário ajustou o horário, pois passaram menos de 10 minutos olhando a outra casa. Mas desta vez, a mansão estava na direção oposta.
Ash olhou para dentro com olhos indiferentes. Carlyle nem sequer considerou olhar para dentro, e silenciosamente esperou pela revisão de Ash. Atrás dele, seu secretário parecia confuso.
— Não gosto da cozinha daqui. E Lyle gosta de cozinhar.
Por um total de 33 anos, Carlyle Frost só esteve associado à cozinha por pouco mais de 20 dias de sua vida combinada, com exceção de 43 dias este ano e três dias no ano passado, quando conheceu Ash. Fora isso, dizer que ele era bom em cozinhar era apenas uma gentileza da parte de Ash.
Porque sua carreira culinária foi totalizada em cerca de 66 dias. Esse período foi muito curto para considerar que cozinhar era um de seus hobbies.
— A indução também não é boa.
Na verdade, eles podiam facilmente trocar os eletrodomésticos, mas esse era o ponto de vista de Ash de qualquer maneira. Carlyle assentiu suavemente desta vez.
— Ash, você tem um bom ponto de vista.
— Você acha? No entanto, acho que o fato de eu ter estudado design de interiores foi útil. Estou um pouco envergonhado pelos seus elogios, Lyle.
Sua voz era descarada, mas Ash piscou os olhos timidamente e ergueu os lábios ao ponto de fazer covinhas. Seu sorriso era como uma pintura desenhada em seus lábios finalmente curvados.
Carlyle olhou para os lábios dele inconscientemente querendo beijá-lo, e como se percebesse, Ash o beijou nos lábios, tão suavemente quanto o toque de uma pena. Vendo aquela cena, o secretário se afastou envergonhado.
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Continua…
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✓ Tradução: Rize
✓ Revisão: Yuri