Defina o relacionamento - Capítulo 13
Os olhos de Natalie se arregalaram como se ela tivesse ouvido a história mais ridícula e sem sentido do mundo.
— Sr… Carlyle? Se for uma piada, funcionou. Fiquei realmente chocada.
Natalie acenou com a mão como se estivesse se convencendo. Carlyle não entendeu a situação por um tempo. Não sabia exatamente qual era o problema no que havia dito.
Não era só com Carlyle, mas os filhos de famílias relacionadas à política, geralmente, não tinham relacionamentos formais. Claro, havia tido muitos encontros e muitos parceiros sexuais.
— Não estou brincando sobre isso.
Quando ele respondeu como se estivesse dizendo o óbvio, Natalie fez outra pausa. Ash continuou sem dizer uma palavra.
Preocupado com isso, ele olhou para Ash, que estava sorrindo, mas mantendo a boca fechada. Por alguma razão, ele tinha uma expressão complicada no rosto.
— Nossa, isso é ainda mais incrível. Então Carlyle só saiu com pessoas casualmente?
Natalie parecia ter entendido mal desta vez. Carlyle balançou a cabeça silenciosamente. E logo respondeu novamente sem qualquer expressão no rosto.
— Eu realmente, nunca namorei ninguém.
Claro, fez sexo durante o RUT com Ômegas que nunca tinha visto antes, e muitas vezes tratava de negócios com os mesmos. Mas nas lembranças de Carlyle nunca fez nada que pudesse ser definido como namoro.
Às vezes os levava para jantar ou a festas, mas isso acontecia por necessidade. Não se tratava de conhecer ninguém ou interagir emocionalmente com eles.
— Então… Ash e seu primeiro?
Natalie disse com uma expressão séria. E assim que Natalie terminou de falar, Ash tossiu. Houve um som estridente de tosse misturada com um chiado, como se ele tivesse engasgado.
Os olhares de Carlyle e Natalie se voltaram simultaneamente para Ash. Ash franziu a testa ligeiramente, cobriu a boca com a mão e se virou de costas. Carlyle perguntou preocupado, vendo as largas costas tremendo.
— Você está bem, Ash?
Ash acenou com a mão. Em seguida, foi até a pia, lavou as mãos e acenou com a cabeça. Natalie, que estava assistindo a cena, falou imediatamente.
— Você não sabia?
Ash ficou em silêncio por um curto período de tempo. Então ele olhou para Carlyle com um sorriso perplexo no rosto. Carlyle pode ver a mão do homem escovar o cabelo para trás. Foi a segunda vez hoje.
Ash parecia agir assim sempre que se encontrava em uma situação problemática. Natalie perguntou novamente. Desta vez, a pergunta caiu sobre Carlyle.
— Carlyle, você é mais jovem do que Ash?
De acordo com sua memória, Ash era um ano mais velho.
— Não é uma grande diferença, mas eu sou.
E Carlyle até corrigiu o fato que o estava preocupado desde antes, só para garantir.
— Acho que você entendeu mal o que acabei de dizer, mas não estou namorando o Sr. Ash.
Com essas palavras, a expressão de Natalie tornou-se muito séria e perplexa. Natalie pegou o pistache que estava em uma tigela de madeira perto da bancada e jogou em Ash.
— Ashley Jones, o que você está fazendo?
Ash agarrou levemente o pistache. Ele estava olhando para Carlyle com uma expressão pensativa no rosto. Com uma cara de preocupação, Ash finalmente abriu sua boca.
— … Eu ouvi isso pela primeira vez hoje.
Carlyle estava confuso. O aspecto da conversa em andamento, a aparência embaraçosa de Ash e o comportamento sério de Natalie estavam além da sua compreensão. Ele não estava familiarizado com esse tipo de reação.
— Isso é errado!
Natalie envolveu suas bochechas, para saber exatamente o que ele estava fazendo.
— Eu sei.
Ash admite sem rodeios. O constrangimento interno de Carlyle aumentou um pouco mais por causa do uso repentino da palavra ‘errado’ que Natalie usou com Ash. Sendo que Ash nunca fez nada de errado.
— O Sr. Ash não fez nada de errado.
Então ele decidiu defender Ash pela primeira vez. Não sabia que parte de seus comentários os provocou isso, mas ele parecia ser o culpado. Natalie olhou para Carlyle com uma expressão estranha no rosto.
— Carlyle, ele é um cara mau. Ele veio até aqui com um homem mais novo, que nunca nem sequer namorou, e ainda nem começou a namorar com ele! Continuou achando que seria melhor você reconsiderar o encontro. Há tantas pessoas melhores do que Ash?
Carlyle permaneceu em silêncio. Como a premissa em si estava errada, Natalie acabou mal-interpretando as coisas.
Além disso, Carlyle não podia simpatizar com as palavras de Natalie, pois era improvável que houvesse uma pessoa melhor do que Ash no mundo. Foi Ash quem salvou Carlyle, que estava um pouco envergonhado.
— Nat. Você pode me dar um minuto? Eu tenho algo para falar com ele.
— Sim, vocês dois deveriam fazer isso.
Natalie acenou com a cabeça como se fosse necessário. Ash olhou para Carlyle em silêncio, então estendeu a mão e gentilmente agarrou seu pulso.
— Podemos conversar um segundo, Carlyle?
— Tudo bem.
Carlyle olhou para o pulso agarrado. Uma sensação formigante surgiu como se uma fraca corrente elétrica estivesse fluindo na parte onde os dedos tocaram. Ele gostou muito desse tipo de contato apesar da gravidade da situação, então tentou suprimir a sensação que transbordava por dentro, sem saber o que era exatamente.
Os dois subiram as escadas e se dirigiram à sala de estar do terceiro andar. Todo o terceiro andar, que possui uma área menor que o andar inferior, era utilizado como espaço para hóspedes, havia uma cama e dois sofás. Ash e Carlyle se sentaram lado a lado na cama, virando seus corpos obliquamente um de frente para o outro.
— Carlyle.
— Pode falar.
Ash fechou os olhos uma vez, e logo os abriu e passou a mão na testa. Vê-lo fazer isso uma vez após a outra era muito constrangedor. Ash soltou um pequeno suspiro e olhou diretamente nos olhos de Carlyle.
— Você disse que nunca esteve em um relacionamento, certo?
— Sim.
— Então… O que você faz comigo… Essa é a sua primeira vez?
Carlyle ficou em silêncio por um tempo porque havia muitas primeiras vezes. Era necessário um exemplo concreto.
— É a primeira vez que saio com um Alfa.
— Eu sei e que-… Então… Quero dizer, você já saiu para assistir a um filme com outra pessoa, fizeram algo juntos ou coisas parecida?
Ash deu um exemplo. Carlyle examinou sua memória. Costumava ver filmes quando participava de uma pré-estreia ou festivais de cinema, mas sempre havia várias pessoas juntas.
A única vez que viu um filme sozinho com outra pessoa, foi a muito tempo atrás com Kyle. Mesmo assim, não sabia se esse caso se aplicava à pergunta. No entanto, Ash foi a primeira pessoa com quem cozinhou algo.
— Acho que nunca fiz nada assim.
Ash riu. Foi o sorriso mais estranho que já viu. Ele estava sorrindo, mas tinha uma expressão estranha que parecia estar um pouco envergonhado. Carlyle endireitou as costas e olhou para Ash em silêncio.
— Você está bem, Ash?
— Sim. Estou bem.
Ash suspirou suavemente com os olhos levemente curvados. Então perguntou novamente.
— Então…
Como se estivesse concentrado no que Ash estava dizendo, Carlyle esperou pacientemente.
— Foi a primeira vez que você beijou alguém?
Não sabia exatamente quais eram os padrões das pessoas no geral, mas tinha começado cedo, aos 17 e beijou regularmente em todos os cios desde então. Ash conteve Carlyle, que calmamente calculava o período do ciclo, uma vez por mês, o número de parceiros com quem passou o RUT e o número de beijos que havia dado na época.
— Carlyle, você não está contando, certo?
— Você não precisava do número exato?
— Não. Estou feliz que eu não seja o primeiro beijo.
‘Eu não sei se isso é bom’. Carlyle pensou baixinho antes de abrir a boca.
— Eu nunca beijei a mesma pessoa mais de uma vez.
Ash olhou com atenção para Carlyle. O olhar o deixou um tanto envergonhado, então Carlyle apenas desviou um pouco o olhar.
— Então, se houve algum momento em que fui um pouco desajeitado…
— Nunca?
Ash aproximou a parte superior de seu corpo. Seus olhos ficaram ainda mais próximos. Quando a lacuna entre eles se estreitou o suficiente para que seus cílios pudessem ser vistos tremendo ligeiramente, Carlyle evitou mais uma vez o olhar.
Seu coração ficou agitado. Sempre que beijava Ash, seu coração ficava tão tenso que chegava a doer.
—… Nunca.
— Carlyle. — Ash ergueu a mão. Um dedo acariciou suavemente sua bochecha. O calor aumentava onde quer que ele tocasse. — Como você pode ser tão ingênuo?
Ash disse várias vezes hoje que ele era ingênuo. No entanto, por mais que pensasse nisso, a palavra ingênuo não combinava com ele.
— Eu não acho que sou ingênuo.
Carlyle viu muito e passou por muito. À medida que os Frost’s se dedicavam aos negócios, sob o nome da família rica e adentrava cada vez mais no mundo da alta sociedade, ele viu muitas coisas que não queria ter visto.
Agora, a liderança da família seria herdada por Kyle, mas Carlyle iria continuar a lidar com o trabalho sujo em vez de Kyle. Ele não queria que seu adorável irmão fizesse tal coisa.
— Você disse que nunca teve um namorado, como vai lidar comigo?
Ash sussurrou em uma voz baixa e suave. Seus lábios se aproximaram como se estivessem prestes a se tocar. Carlyle colocou a mão na cama. Se inclinou um pouco para trás. Era difícil respirar. Tentou fechar os olhos porque pensou que seu olhar continuaria indo na direção dos lábios de Ash.
—… Bom…
— Mesmo não estando satisfeito com meu método, você foi paciente?
Carlyle negou rapidamente.
— Não é isso.
— Se há algo que Carlyle não gostou de fazer, mas tolerou de propósito, por favor me diga.
Ash sussurrou em uma voz triste. Carlyle ergueu os olhos. E uma pequena expressão de desordem foi revelada em seu rosto.
— Eu não me forcei a nada.
— Tem certeza?
Seus olhos se encontraram. A boca de Carlyle estava seca. Sem se dar conta, olhou para os lábios de Ash. Com um sentimento de angústia, ele balançou a cabeça de forma calma e lenta.
— Em vez disso. — A mão de Ash tocou sua coxa. Carlyle olhou para a boca dele por um tempo e sussurrou voltando a fazer contato visual: — Foi ótimo.
Quando disse a palavra “ótimo” dessa maneira, sentiu como se de alguma forma estivesse se confessando. Um breve silêncio travou sua garganta.
Era difícil respirar, Carlyle abriu os lábios ligeiramente e soltou um suspiro longo e fraco. No final do longo suspiro estava o belo rosto de Ash, que olhou para ele em silêncio.
Logo, Ash curvou a cabeça ligeiramente. Seus lábios se tocaram levemente. Um leve calor atingiu a epiderme, aumentou gradualmente e se espalhou por todo o corpo. Carlyle fechou os olhos.
O beijo foi muito suave. O ato de morder e soltar os lábios como se quisesse fazer cócegas foi repetido lentamente. Sentiu seu estômago formigar por dentro. Algo o estava prendendo. Sentindo-se muito querido, Carlyle apertou com força o lençol da cama. Era difícil de suportar aquela sensação. Seus cílios tremeram ligeiramente.
Quando finalmente algo transbordou por dentro de si e estava prestes a explodir, a língua de Ash habilmente separou seus lábios e entrou em sua boca. Ahh, enquanto Carlyle engolia o ar incapaz de respirar a língua quente percorreu o interior da sua boca.
Dentes retos, palato sólido e língua macia. A ponta da língua tocou o céu da boca, depois se esfregou contra ele, Carlyle franziu os olhos levemente soltou um som quente.
— Huh, ahh.
Ele inclinou o corpo para trás em uma onda de prazer. Ash o seguiu e deitou Carlyle na cama. Em um piscar de olhos, Subiu no corpo deitado de Carlyle. Sua língua estava profundamente emaranhada com a dele.
A língua de Ash, se enroscou até a raiz de sua língua, e foi friccionada promiscuamente contra a de Carlyle. A saliva que se misturou provocando um som agudo era muito doce. Carlyle ergueu os braços e apertou os ombros de Ash.
O beijo se tornou ainda mais profundo quando Carlyle abraçou Ash desesperadamente, com força. Ele não conseguia pensar em mais nada. Torceu o pescoço, engolindo ansiosamente a saliva de Ash. Uma sensação quente subiu por seu corpo. Queria tocar o corpo de Ash com mais força e mais profundamente do que estava fazendo agora. Gostou disso tanto que não conseguia parar. À medida que tudo se tornava mais intenso ele sentiu uma leve tristeza.
A mão de Ash desceu naturalmente e se adentrou na camisa do terno de Carlyle. A palma que deslizou pelo corpo estava muito quente. A mão que esfregou a barriga firme subiu até o peito.
Suas costas estavam curvas por causa dos dedos que tocavam seus mamilos. “ah ah, huh, hu” e logo um som explodiu. Suas nádegas estavam muito tensas. O interior de seu abdômen também estava rígido. Ele estava terrivelmente excitado.
Esquecendo-se completamente de onde estavam, Carlyle se agarra ao beijo de Ash. A excitação cresceu com o toque da mão que acariciava e apertava a parte superior de seu corpo. O som da respiração explodindo aumentou com intensidade.
As línguas se emaranharam, fazendo um som de fricção úmida. O tempo parecia ter desaparecido. Era como se o momento se repetisse indefinidamente. A única coisa que importava era beijar e tocar Ash.
Finalmente, quando a situação começou a se tornar realmente perigosa e ele começou a sacudir a bunda involuntariamente, uma voz veio de longe.
— Lamento perturbá-los.
Era Natalie.
— Vocês não querem comer, senhores?
A voz que parecia saber, mesmo sem nem ver o que estava acontecendo lá dentro, ressoou habilmente através das escadas. Carlyle arregalou os olhos e deixou escapar um suspiro. Ash ergueu as sobrancelhas por um momento após ouvir o som, então estendeu a mão, apertou a bochecha de Carlyle e passou a língua quente por seus lábios.
— Ash, sim, agora, temos que ir…
— A comida pode ser aquecida. E a sobremesa é gelada.
— Mesmo assim, aqui, ah, hmm, uhh, ugh.
A mão ainda dentro da camisa brincou com os mamilos tensos. As pontas dos dedos esfregam suavemente os mamilos duros e elevados. Todo seu corpo tremia. Carlyle estremeceu e torceu a parte superior do corpo. Aquilo parecia estranho.
— Você quer parar?
Ash sussurrou perigosamente. Carlyle olhou para Ash com os olhos rígidos em meio ao ar quente. Exalando repetidamente uma respiração profunda. Até mesmo seus cílios continuaram a tremer diante dos estímulos.
— Se você continuar…— Quando os mamilos foram tocados mais uma vez, Carlyle mordeu o lábio e franziu a testa. Sua cabeça estava latejando. — Eu sinto que vou querer fazer isso… — Carlyle disse seriamente, pensando que não deveria agir de forma leviana na casa de outra pessoa. — Então, vamos comer.
As palavras de Carlyle não duraram. Ash franziu a testa e cobriu os lábios de Carlyle. A língua, que se aprofundou como se quisesse devorá-lo, lambeu o interior de sua boca. “Uh-huh, hmm” Ash deixou escapar um som crepitante e mordeu lentamente a língua de Carlyle. Ash soltou um suspiro enquanto chupava os lábios com força antes de deixá-lo ir.
— Certo.
Uma voz muito baixa foi ouvida, e Ash se afastou. Movendo fortemente o peito para cima e para baixo, Carlyle se levantou lentamente. Não era surpresa que sua mente está uma bagunça. Afinal foi a primeira vez que experimentou isso.
Ash, que estava olhando para ele, jogou o cabelo para trás como antes e logo estendeu a mão, olhando para Carlyle que parecia meio perdido.
— Vou organizar suas roupas.
Com um movimento suave, Ash ajeitou o traje desorganizado de Carlyle. A mão dele finalmente tocou seus lábios. Seu polegar esfregou suavemente os lábios avermelhados e húmidos. O constrangimento surgiu tarde, então Carlyle virou lentamente a cabeça e se levantou da cama, e enquanto ajustava suas roupas mal conseguia falar.
— Você deve estar com fome, então vamos descer.
— Eu quero comer outra coisa em vez disso.
Ash se levantou aceitando as palavras de Carlyle.
— O mais velho tem que ser paciente, certo?
Ash proferiu essas palavras e ficou ao lado dele. Um braço agarrou a cintura de Carlyle e o conduziu para fora da sala.
*
Natalie não disse nada para Ash e Carlyle. O jantar que se seguiu transcorreu em uma atmosfera agradável.
Ash e Carlyle, exceto Natalie, beberam um vinho leve, e a conversa continuou com tópicos apropriados, como a história sobre o trabalho de Natalie, filmes recentes e destinos de viagem. Natalie também falou moderadamente sobre o que Ash gostava.
Quando Sarah acordou e começou a chorar, o assunto foi deixado de lado. Já era tarde. Natalie pediu um abraço a Carlyle e disse que se divertiu muito. Foi estranho porque era a primeira vez que isso acontecia, mas Carlyle curvou-se ligeiramente para responder ao pedido de Natalie sem dizer uma palavra. Com as palavras “até a próxima vez’”, Natalie se despediu deles. Os dois caminharam em silêncio enquanto se dirigiam à rua principal para pegar um táxi. O céu, que estava começando a escurecer, era uma mistura das cores laranja escuro e violeta.
Quando saíram do beco silencioso onde caía o crepúsculo, entraram em uma rua moderadamente barulhenta e avistaram um táxi. Ele não queria que aquele dia terminasse, mas não podia tomar mais do tempo de Ash. Ash levantou a mão e chamou o táxi.
— Obrigado por hoje.
Ash disse gentilmente enquanto observava o táxi vindo em sua direção. Carlyle respondeu, olhando para a frente.
— Eu que agradeço.
Pensou que iam apenas se despedir imediatamente, mas ele foi amável desde o momento que o apresentou à sua irmã. Sabia que era apenas gentileza devido à personalidade de Ash. E embora saber disso fosse doloroso e angustiante, estava satisfeito, pois tudo que viveu foi extraordinariamente bom, foi uma experiência totalmente diferente, que havia experimentado pela primeira vez na vida.
— Então…
O táxi parou na frente de Carlyle. Ash abriu sorriu e sorriu.
— Entre, Carlyle.
— Você pode pegar esse e ir primeiro.
— Estou bem. Eu quero ver Carlyle ir primeiro.
Parecia estranho ser cuidado. Carlyle se sentiu forçado a entrar no táxi. A tristeza o atingiu.
— Carlyle.
No entanto, essa angústia logo desapareceu sem deixar vestígios devido às palavras que Ash proferiu pouco antes de a porta se fechar.
— Quando você chegar em casa, por favor me envie uma mensagem dizendo que chegou bem.
Dizendo algo que nunca tinha dito antes, Ash fechou a porta suavemente. Carlyle piscou. Não consegui pensar em nada por um tempo, a ponto do taxista ter que perguntar qual era o destino e ele só respondeu muitos segundos depois.
Ash havia dito que os dois poderiam entrar em contato… Essa foi a primeira vez.
Mesmo sabendo que as estranhas expectativas geradas por aquela simples atitude eram apenas uma ilusão, Carlyle não conseguia acalmar o estômago trêmulo. Seu coração começou a bater loucamente uma pequena possibilidade.
✓ Tradução: Rize
✓ Revisão: Yuri