Da Terra ao Céu - Capítulo 25
Foi difícil se acalmar.
Foi o ciclo de calor mais intenso que ele já experimentou na sua vida. E também, foi o primeiro em que foi completamente acompanhado de alguém mais.
De vez em quando, cada vez que abria os olhos, via que Sasha estava junto a ele. O chamava pelo seu nome, acariciava sua cabeça, o beijava e esperava pacientemente para lhe dar água ou um pouco de sopa de rábano picante.
Algumas vezes ele o viu limpando seu corpo, e outras vezes,o observou dormindo junto a ele, com a cabeça muito próxima a sua. Porém o que mais recordava eram aqueles momentos em que o homem tomava seu corpo e o fazia mover a cintura ao seu ritmo. Era duro e tão perfeito que Noah começou a pensar que se tratava de um Alfa em vez de um simples Beta.
O sexo com Sasha era tenaz e rude.
Às vezes se movia suavemente, mas na maioria do tempo era dominante e absolutamente controlador. Um dia, Angela disse que ele era o tipo de homem que mudava na cama. E toda vez que não conseguia controlar a excitação, ele cuspia palavrões e o penetrava até o ponto em que parecia difícil poder suportar até o fim.
Era incrivelmente provocativo. Ele fazia isso tão bem, TÃO MALDITAMENTE BEM, que agora estava completamente seguro de que o homem faria seus testículos ficarem vazios sem se esforçar tanto. Além disso, Sasha também era aquele tipo de pessoa que se preocupava o suficiente para abraçá-lo com ternura no final enquanto perguntava se ele estava se sentindo bem.
Inferno. Não conseguia parar de pensar em Sasha ao invés de si mesmo!
Se sentia nojo só de pensar que Sasha era esse tipo de pessoa que viajava com mulheres, dormia com mulheres e terminava sendo gentil e amável, mas violentamente impulsivo. E sim, quanto mais pensava sobre isso, mais irritado ficava. Nunca havia dormido com um homem, e agora na sua primeira vez, lembro que Sasha já havia abraçado dezenas de garotas.
— Você é um maldito.
Noah, que estava meio dormindo, falou isso sem se dar conta.
— O que você disse? Eu não escutei.
Sasha, que estava ao seu lado, perguntou se estava tudo bem, mas Noah apenas balançou a cabeça. Ele não tinha energia suficiente para falar sobre isso agora, e tão pouco queria dizer a ele. Sasha riu e envolveu Noah com um pequeno cobertor fino.
— Tente descansar um pouco.
— … Porque?
Quando perguntou, Sasha se inclinou para segurar Noah em seus braços e puxá-lo da cama.
— Porque é hora de voltar para casa.
Desta vez, Noah definitivamente não entendeu o significado das palavras de Sasha. O calor de seu ciclo não tinha passado completamente, então por que ele queria ir agora?
Seus membros estavam caídos e sua cabeça pesava tanto que nem sequer podia mover-se para vê-lo. Seguia adormecendo e não conseguia sequer acompanhar o ritmo da conversa. Foi definitivamente estranho.
— Não se preocupe, chegaremos em breve.
Os suaves lábios de Sasha tocaram sua testa. Não foi nada ruim na verdade, então Noah pressionou a bochecha contra o peito dele e deixou que o abraçasse e o levasse para onde ele quisesse.
Estava enrolado por completo no cobertor, como uma lagarta, e quando começou a andar com ele, descobriu também que havia perdido o interesse pelo lugar para onde aparentemente iam. Primeiro, parecia difícil manter os olhos abertos. Segundo, seus passos regulares soavam como uma canção de ninar bem cantada. E terceiro, o pequeno calor que saía do homem era completamente delicioso e relaxante. Ele adormeceu, foi colocado no carro, depois tirado, Sasha caminhou novamente e no final parecia que estavam em um novo veículo. Ele sabia que era um avião pelo barulho do motor e pelas vozes dos funcionários, mas na realidade, durante todo esse tempo, Noah não deixou de estar entre os braços de Sasha nem uma só vez.
Quando abriu os olhos, talvez uma hora depois, a primeira coisa que viu foi o peito amplo de Sasha vestido com uma camisa branca bem passada. Ele tinha o rosto sério, como se estivesse concentrado o suficiente para não perceber que Noah estava olhando para ele, e fones nos ouvidos.
Depois de observar fixamente em sua direção por um momento, desviou os olhos e se perguntou o que o tinha cativado tanto a ponto de fazê-lo por uma expressão assim. Obviamente, descobriu que ele tinha um laptop sobre a mesa. A tela mudava cada vez que ele movia as pontas dos dedos. Como ele pode trabalhar com tal atitude e foco depois de tudo que tinham acabado de passar?
— … Sasha.
Finalmente, Noah conseguiu chamá-lo com uma voz falha. Ao som fraco, Sasha baixou o olhar da tela do laptop e observou agora ao Noah.
— Diga.
Já que o havia chamado, tinha que dizer algo para complementar sua desculpa, isso era óbvio… É só que não conseguia pensar em nada de bom. Depois de hesitar por um momento, Sasha de repente abaixou a cabeça e sorriu como se tivesse se dado conta disso. Ele estava bebendo uísque, assim que o cheiro de álcool amargo foi sentido na ponta de seu nariz:
— Noah, eu não te disse que se você me olhasse assim seria impossível para mim ser paciente?
Sasha, que ainda tinha os lábios úmidos, sussurrou isso em uma voz bastante baixa… Mas nos olhos que o encaravam havia uma luxúria deliciosa e imutável que transbordou até cair contra o chão. Eles estiveram entrelaçados, se beijando, fazendo sexo durante dias e dias, mas, ainda assim, não se sentia como se tivesse sido suficiente. Além disso, só de olhar para ele fez seu abdômen apertar e sua garganta doer por um tempo.
Noah estendeu as duas mãos e as envolveu em volta de seu pescoço: — Existe alguma razão para ser paciente?
Noah, que não tinha perdido todo o calor de seu cio, o seduziu, além de que tinha os olhos ligeiramente semicerrados. Sasha deixou escapar um pequeno riso: — Porque estamos em um avião agora mesmo. Você tem que se conter até chegarmos em casa.
Noah esfregou sua testa no ombro de Sasha e então se inclinou um pouco mais contra ele. Nem sequer podia ouvir o que ele estava dizendo! E talvez fosse porque Sasha o estava segurando contra seu corpo ou porque ele ainda estava enrolado em um cobertor, mas cada vez parecia fazer mais calor ao redor dos dois.
A medida que o rosto de Noah ficava mais vermelho, Sasha estalou a língua como se essa fosse sua maneira de tentar se conter.
— Em breve…
A voz de Sasha diminuiu à medida que ele dizia a Noah que deveria ter paciência.
— Mas minha cueca já está molhada, Sasha. Assim como minhas coxas e minha bunda, então que por favor… por favor.
— … Merda Noah!
Não havia escolha a não ser levá-lo ao banheiro.
Noah estava sentado na pia do pequeno banheiro do avião, colapsando. Se não fosse o fato de haver uma parede logo atrás dele, ele teria caído completamente e batido a cabeça. Quer dizer, Sasha estava agarrando seus tornozelos, mas não era uma questão de segurança. Era apenas para empurrar seu pênis para dentro.
— Ah, ah, ah, ai, um pouco mais…
— Mesmo que eu tenha estado em muitos aviões, nunca pensei em foder em um. Você realmente faz de tudo uma nova experiência.
Noah olhou para Sasha quando ele rosnou. A forma como puxou seu pau enquanto usava um terno tão formal parecia diferente de quando ele não estava usando uma única peça de roupa. Ele parecia um cavaleiro por fora, mas a atmosfera que emanava dele era a de uma besta demoníaca com chifres. Quem poderia imaginar alguma vez que ele fosse assim?
Com um rosto indiferente e inexpressivo, um doutor vestido com terno, sem distrair-se, atento e sério…
Bem, agora os olhos indiferentes se foram.
— Eu não sabia… que você era assim.
— E daí? Você quer que os outros saibam sobre minha verdadeira personalidade? Você sabe, como uma de suas pequenas chantagens.
Sasha perguntou, levantando os cantos dos lábios. Noah, que estava olhando para ele com os olhos quase em um vermelho vivo, pensou por um momento e logo negou com a cabeça. Contar aos outros sobre a aparência de Sasha durante o sexo… não gostou da imagem mental disso por algum motivo.
Na verdade, ele não queria que ninguém soubesse. Gostaria que todos pudessem conhecê-lo apenas como um Doutor absorto em seu trabalho, com um olhar cético e um rosto indiferente e inexpressivo. Ele desejava ser o único que sabia sobre sua aparência bestial, sua luxúria, seus rosnados, e a forma apaixonada como ele deixava os bons modos para trás quando chegava o momento.
Mas esse pensamento absurdo rapidamente desapareceu de sua cabeça com um novo movimento do pênis.
Noah deixou escapar um grito curto e passou os braços em volta do pescoço de Sasha pela segunda vez:
— Eu gostaria de encontrar e matar todos que sabem ao menos um pouco sobre sua aparência quando você perde o controle.
Havia irritação na voz de Sasha.
Noah queria dizer a ele que isso não existia. Além disso, ele queria perguntar algo como “Por que você está falando bobagem assim?” Mas é claro, ele não conseguia pronunciar nenhuma palavra agora que a cintura de Sasha se tornou mais violenta e ele estava muito ocupado ofegante.
Puck, puck,puck,puck.
O movimento fez seus olhos se fecharem. Foi um momento em que sua mente parecia estar completamente tonta pelo intenso balanço de seus corpos e pela forma tão desesperada em que buscava seus lábios no final.
— Ah! Meu Deus, Sasha!
O corpo de Noah se afastou da pia.
Surpreso, ele gritou e envolveu as pernas em volta da cintura de Sasha para tentar não cair. O homem parecia ter o estranho hábito de pegá-lo e sacudi-lo livremente como se estivesse segurando uma boneca. E quando isso acontecia, uma corrente elétrica vertiginosa começava a percorrer sua coluna vertebral e o centro do estômago. As coxas que envolviam sua cintura tremeram violentamente e Noah parecia então ser incapaz de não poder evitar agarrar a camisa de Sasha com toda a força.
— Diga-me, Noah. No tempo que você estava longe de mim… Você pediu emprestado outro penis? Você fez com outro homem?
— Uhg, uh, Uh…
— Sim, é melhor você não me dizer. Prefiro pensar que meu pênis é o melhor e que sigo sendo único. Mesmo que seja mentira.
Sasha cerrou os dentes, como se estivesse com raiva. Noah não respondeu, mas não foi porque não queria. Foi porque Sasha o beijou como se insistisse que não ouviria mais nada dele. Ele chupou, mordeu, sugou e então, incapaz de suportar a estimulação de suas mãos, até permitiu que Noah chegasse ao clímax primeiro.
Segundos depois, talvez sem nem chega a ser um minuto, uma sensação de calor se espalhou no interior de seus intestinos, fazendo com que Sasha (que estava muito ocupado chupando os lábios de Noah para notar qualquer outra coisa) encolhesse os ombros e gemesse desesperadamente seu nome.
Noah olhou para ele quando o homem entrou em seu campo de visão e então colocou força nas mãos para abraçar seu peito. Queria se agarrar a ele o maior tempo possível e ficar firmemente envolto em seus braços. No entanto, ao contrário de sua mente, a energia começou a se esgotar de um corpo que já havia atingido seu pico com o máximo de prazer.
No final, só teve que voltar a fechar os olhos.
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Continua…
Tradução: Kykiasia
Revisão: Sasori