Da Terra ao Céu - Capítulo 24
Ele poderia pagar uma multa por excesso de velocidade iria fazer isso dezenas de vezes, se necessário.
Uma enorme tempestade de areia soprava da lateral do carro, que descia a estrada a uma velocidade completamente exagerada. As palmas das mãos, que seguravam o volante, estavam encharcadas de suor, e pingava não só dessa parte, mas também das têmporas até o comprimento da garganta.
Um minuto.
Dois minutos.
Cinco.
Então o carro finalmente parou com um baque alto.
O som de um pneu raspando e logo Sasha olhou para seu relógio para ver quanto tempo havia se passado desde então. Se não fosse por sua obsessão em apenas dirigir o Mustang 69, ele não teria chegado a este lugar desde a Base da Força Aérea tão rapidamente. Isso era um fato.
Sasha saltou do carro.
O tempo que eles teriam até que a bomba explodisse era de aproximadamente 20 minutos. Ou seja, exatamente 20 minutos após o término do programa de mísseis. E isso apenas significava que a maldita coisa estava prestes a explodir para destruir até mesmo a menor evidência de seus planos.
Seria perfeito, é claro, se Noah ainda não estivesse lá.
Quando ele verificou a mensagem de texto, houve um momento em que parecia que seu cérebro havia se destruído e, de repente, ele se viu correndo imprudentemente na direção do estacionamento. Várias pessoas, aqueles que viram Sasha correndo feito um louco, pularam e gritaram seu nome junto com outras perguntas sobre sua saúde ou se algo ruim havia acontecido. Mas ele não ouviu um único som. Caleb pode ter suspeitado disso e poderia ter enviado alguém para segui-lo agora mesmo, mas ele não se importava com a porra do homem! Apenas a última palavra de Noah estava flutuando em sua cabeça repetidamente como se gostasse de atormentá-lo.
“Adeus.”
Foi um adeus curto. No entanto, aquela palavrinha simples e comum permaneceu em sua mente como se estivesse grudada. Mesmo enquanto ele estava dirigindo pela estrada a todo vapor e mesmo agora enquanto apontava a arma que até então estava em seu cinto para a fechadura do caminhão.
Bang, bang, bang.
O som era tão alto que sacudiu o deserto. Era perigoso e estúpido, mas ele atirou na fechadura até que o cartucho estivesse vazio. Algumas balas desviaram, e então a placa se soltou depois que acertou uma última vez na maçaneta.
Deixando a arma no bolso interno, Sasha agarrou a pesada porta do caminhão e começou a abri-la.
Faltavam apenas três minutos.
Ele havia conduzido o carro na velocidade mais rápida do mundo desde o momento em que assumiu o volante. Estava nervoso com a ideia de chegar atrasado, então sua camisa ficou encharcada de suor. Chegou lá antes que algo acontecesse, mas esse não era todo o problema: se ele não tirasse Noah em três minutos, todos morreriam. Bem, pelo menos os dois. E a área se transformaria em um caos de poeira e sangue.
Sasha, que teve um pensamento tão terrível, mordeu o lábio, balançou a cabeça e puxou a porta com força pela segunda vez. Sem dúvidas ela finalmente se abriu…
— Noah?
Foi então que ele percebeu que algo estava terrivelmente errado.
Pior do que terrivelmente errado.
Mesmo estando preso em um caminhão, ele teria ouvido os tiros altos e a porta pesada se abrindo. Ainda assim, Noah não disse nada. Quer dizer, não houve nenhum som, não correu quando a porta foi aberta ou xingou ele, e bateu, em vez disso apenas parecia esperar o homem com um forte cheiro de feromônio de alta qualidade.
Sasha olhou para dentro e depois entrou.
O cheiro era tão forte que ele sentiu a sensação que dava para ver. O aroma era amargo e doce, e ao mesmo tempo terrivelmente obsceno. Ele já sabia que o cheiro do feromônio de Noah deixava as pessoas loucas. E ainda que, o que enchia o interior do caminhão fosse definitivamente o cheiro do feromônio de Noah, era bem diferente do que ele conhecera da primeira vez. Era gostoso, sem ser muito doce, e era pegajoso, mas sem se tornar asqueroso.
O cheiro não era sutil, na verdade parecia veneno.
Sasha levantou o braço e cobriu o nariz. Foi dito que nenhum alfa poderia se defender contra um ômega dominante, então mesmo um Beta como ele poderia se tornar estúpido em poucos segundos.
Desesperado, Sasha olhou ao redor da sala que estava cheia de equipamentos de informática. Felizmente, o caminhão não era tão grande, então ele encontrou Noah deitado entre a mesa do computador e a caixa que continha as bombas. Mas sua aparência também era completamente diferente do que esperava: o longo cabelo loiro de Noah estava bagunçado no chão. Seu rosto, ligeiramente coberto pelos fios dourados, estava tingido de vermelho pelo calor e uma respiração pesada continuava a sair de seus lábios ao ritmo de um movimento acelerado de seu peito. Para piorar a situação, sua camiseta estava encharcada de suor e ele havia baixado as calças e a cueca até as coxas.
— …
As manchas em sua boxer eram óbvias. Estava todo molhado entre a virilha, nas coxas e no chão em que estava deitado. Ele parecia estar com o rosto para cima, enrolado, e cada vez que mexia um pouco a cabeça, um grito e um ocasional gemido abafado podiam ser ouvidos claramente. Sasha nem mesmo o reconheceu. Não, ele nem parecia notar que alguém estava parado na frente dele. Era como um animal levado apenas por seu instinto e luxúria. Devia ser por causa de seu cio. Era de se esperar a partir do momento em que percebeu que o caminhão estava cheio de feromônios, mas ainda assim ficou surpreso. Já havia lidado com alguém no cio? Noah parecia tão diferente, jamais imaginava que ele ficaria assim.
Três anos atrás, quando seu ciclo começou no cruzeiro, Noah apenas apontou sua arma para ele e começou a dizer que precisava de um vibrador. Seu caráter sempre foi o mesmo.
Mas agora…
Por um momento, ele não conseguia nem piscar. Não conseguia voltar a si ao ver Noah, (que era sexy o suficiente para que qualquer pornografia podesse se comparar) ali na frente dele e tão desprotegido. Ele quase esqueceu que o tempo estava se esgotando.
Sasha se culpou por ser tão fraco, rapidamente tirou a jaqueta e cobriu o corpo nu de Noah. Então saiu do caminhão com ele, enrolado em suas roupas, e assim que pisaram na rua, ele fechou a porta traseira do caminhão, verificou se a fechadura estava travada e correu para seu carro. Ele olhou para a hora e notou que faltava pouco para a explosão.
Um minuto, provavelmente.
Perdeu muito tempo admirando a aparência de Noah. Se ele tivesse chegado um pouco mais perto, se tivesse sentido um pouco mais os feromônios, não teria conseguido sair de lá. E ao pensar nisso, em como quase os matou, um arrepio pareceu percorrer sua espinha. Se ele fosse um Alfa em vez de um Beta, teria conseguido escapar de lá? Não. O cheiro e a aparência sexy de Noah o teriam feito esquecer completamente a explosão. Ele nunca teve inveja de pessoas como Caleb, mas agora, ainda mais agora que poderia salvá-lo, ele se sentia sortudo por ser apenas quem era.
Foi nesse momento.
Boom, pow, bam!
Houve uma sucessão de explosões atrás de suas costas. O caminhão balançou como se estivesse prestes a estourar, ele podia sentir as vibrações por todo o corpo. Sasha abraçou Noah com força, depois o empurrou para o banco do passageiro como se quisesse protegê-lo.
O caminhão ainda não ia explodir, embora as coisas lá dentro já estivessem. Quer dizer, ele podia ter certeza disso porque já havia feito alguns testes de explosão antes de tudo isso, mas ainda assim, não podia deixar de ficar nervoso porque sempre havia uma probabilidade de “uma em cem” que poderia acontecer. As bombas podem desestabilizar uma após a outra bem na frente deles.
O movimento de pisar no acelerador foi tão violento como quando ele se dirigiu até o lugar, então, uma respiração áspera escapou dos lábios de Sasha. Era tão difícil para ele respirar que até seu coração batia forte. Estava impaciente com a ideia de sair de lá o mais rápido possível e, além disso, Noah, deitado no banco do passageiro, olhava para ele como se o tentasse se aproximar.
Merde, merda.
Sasha afrouxou a frente de sua camisa. Noah estava emitindo um calor vertiginoso, feromônios, gotas de suor, e tudo isso estava se misturando em uma névoa completamente aterrorizante. Até sua virilha parecia estar prestes a estourar! Era difícil de suportar mesmo depois de inalar muito lentamente. Sua garganta estava queimada e sua língua estava seca. Aumentando a paciência que havia caído por terra, ele de alguma forma agarrou o volante com as duas mãos… Mas não tinha certeza de quanto tempo poderia aguentar, mesmo que chegasse ao limite de velocidade. Noah, incapaz de entender seus sentimentos, parecia não poder aguentar mais um segundo.
Torceu seu corpo, esfregou a virilha com as duas mãos e começou a dizer:
— Ah, ah… Por favor.
Era uma voz completamente diferente da habitual. Claro, também era algo que ele normalmente não teria imaginado, que o outro faria.
Os ossos começaram a se expor nas costas da mão de Sasha devido a quão violentamente estava apertando o volante.
— Espere, só um momento…
Sasha nem virou a cabeça. Ele apenas olhou para frente e respondeu friamente. Ele havia decidido deliberadamente não prestar atenção em Noah. Era porque sabia muito bem que se olhasse para ele, mesmo que apenas uma vez, seria ele que não aguentaria mais e acabaria enlouquecendo.
Assim como Orfeu, que sabia que, olhando para trás, sentiria falta de Eurídice, ele olhou teimosamente para a estrada e dirigiu o carro em linha reta. Claro, não tinha intenção de se tornar Orfeu. Agora não. Ele não cometeria o erro de ceder aos seus impulsos.
Determinado, ele mordeu o lábio uma segunda vez e agarrou o volante novamente. Seus olhos estavam nublados com o cheiro porque nem tinha aberto a janela. A intenção era evitar que o cheiro de Noah vazasse porque é claro que não queria que mais ninguém tomasse o feromônio de Noah na boca. Além disso, se houvesse um alfa por perto…
Ele nem queria imaginar o que aconteceria então.
Ele não abriu as janelas nem parou o carro. A única maneira que conhecia para escapar do perigo era agarrar o volante o mais forte possível e correr em direção à casa enquanto se agarrava a última parte sã de sua mente.
O sedã de luxo de Sasha funcionava como um carro de corrida. Foi o mesmo quando vagou pelos arredores do deserto a toda velocidade para encontrar Noah em sua mansão assim que soube que Caleb tinha ido falar com ele. No final, o carro parou bruscamente sobre o jardim da mansão e os guarda-costas, que observavam Sasha perder a compostura, pareceram tão surpresos que nem se aproximaram para oferecer ajuda. A camisa do homem estava encharcada de suor e enrugada. Mesmo na parte de baixo. Seu cabelo estava muito bagunçado e seus olhos pareciam prestes a saltar do rosto. Era estranho que Sasha, que sempre foi famoso por manter uma cara de pôquer, tivesse o rosto franzido e a boca aberta.
Então ele deu um comando simples:
— Saiam.
Sasha, que ordenou que ninguém entrasse na mansão até que ele os chamasse, abriu a porta do passageiro somente depois que todos os guarda-costas desapareceram de sua vista. Noah estava agachado, meio deitado. Então ele ajustou sua jaqueta, carregou-o nos braços e caminhou com ele para seu quarto. O pobre homem estava tão bêbado do calor que era impossível reconhecê-lo. Tudo o que fez foi ofegar como um animal e retorcer o corpo, rezando para que algo acontecesse enquanto movia os dedos na direção de Sasha como se quisesse agarrá-lo. Pelo menos tinha certeza de que em sua própria mansão, ele poderia escondê-lo completamente pelo tempo que fosse necessário.
— Noah.
Sasha se inclinou, olhou para Noah e disse seu nome. Mas ainda assim, ele balançou a cabeça como se não pudesse ouvi-lo.
— Noah. Abra os olhos.
Ele chamou seu nome novamente em voz mais baixa, acariciou suas bochechas, então beliscou seus lábios em uma tentativa de tentar acordá-lo.
— Abra os olhos e olhe para mim. Quem sou eu?
— Eu… eu não…
Finalmente, aquela pupila verde-oliva, um pouco fora de foco, correu para cima e para baixo se fixando no rosto de Sasha.
— Se você sabe, tente.
— Sasha… Ugh, Sasha. Ajude-me.
— O que você quer que eu faça para ajudá-lo?
Ele perguntou, acariciando a testa de Noah com as pontas dos dedos, sentindo o calor que emanava da pele corada enquanto ajustava um pouco aqueles pelinhos que ardiam nas pequenas pálpebras.
— Diga-me.
Mas mesmo que estivesse falando com uma voz calma, o olhar que examinava cada expressão de Noah era infinitamente aterrorizante.
— Eu quero que você coloque isso em mim.
Noah respondeu sem vergonha, abaixando as sobrancelhas, gemendo e mostrando a maneira encantadora como ficava vermelho ao redor dos olhos, bochechas e nuca. Ele estava completamente envolvido em seu ciclo de calor, então, parecia extremamente excitante para onde quer que Sasha olhasse.
Sasha subiu lentamente em cima dele, colocando os joelhos sobre a cama e o torso esbelto daquele Ômega entre suas coxas:
— Certamente você quer pedir emprestado de mim novamente. — Ao contrário de seus olhos, que tinham a forma de uma fera enfrentando sua presa, seu tom de voz era completamente incompatível. — Mas agora você vai ter que dizer por favor.
Noah piscou como se não entendesse o que ele queria dizer com isso. Mas, em vez de responder, Sasha estendeu a mão, desabotoou as calças e começou a abaixar a cueca revelando seu próprio pênis, que ficou tão duro que até as veias já eram visíveis à distância.
Era assim desde que estava no carro. Desde antes, possivelmente. Desde o momento em que ficou tonto com o cheiro de Noah, até agora. Como se a única coisa que ele pudesse fazer fosse crescer e ficar duro como pedra.
Então, o pequeno gemido de Noah foi ouvido. Seu rosto ficou mais vermelho do que antes e ele mordeu os lábios até ficarem manchados com seu sangue. O olhar, dirigido ao pênis de Sasha, era terrivelmente explícito, então o homem ergueu a ponta dos lábios e riu:
— Foi há três anos. Quero dizer, você tomou emprestado à força, sabe?
Noah, que ainda estava olhando para os órgãos genitais de Sasha, de repente distorceu sua expressão como se estivesse prestes a explodir em lágrimas. Como se mal parecesse entender o que estava o homem dizendo. Então, ele se virou e rastejou até a beirada da cama para se afastar dele, embora fosse óbvio que não conseguia mover seus membros corretamente devido ao calor do ciclo.
Sasha teve que empurrá-lo para baixo. Pegou o lençol, com as mãos trêmulas e suadas, e o empurrou para que Noah não pudesse usá-lo para cobrir seu corpo. Então, gentilmente agarrou seu cabelo comprido com uma mão e deixou Noah choramingar pelo tempo que fosse preciso
— O que você está fazendo…? Você está tentando me atormentar? Você vai se vingar pelo que aconteceu então?
— Ei, eu não sou tão ruim quanto você pensa…
Havia um leve timbre de riso na voz de Sasha, como se estivesse brincando.
— É cansativo acreditar em qualquer coisa agora, sinto que vou morrer…
— Eu sei.
— Eu me sinto horrível.
Noah começou a chorar. Sasha sorriu e acariciou sua bochecha algumas vezes com as costas da mão. Como o movimento que um pai faria para acalmá-lo.
— Mas o que você acha? Que eu vou te emprestar meu pênis agora ao invés de te dar um vibrador foi apenas uma piada. Eu prometi a você que nunca mais faria isso e quebrar minha promessa parece um pouco como um pecado…
— Ah merda… Não seja assim.
— Mas, agora você precisa muito de mim, não é?
Ele se inclinou, agora pressionando os lábios contra o lóbulo da orelha de Noah. E com certeza, isso por si só a fez assustar, estremecer e se agarrar ao peito dele como um gatinho faminto faria.
— Oh espere…
— Noah, diga-me. Diga-me que você precisa de mim.
Ele queria ouvir isso há muito tempo, então forçou Noah a dizer, embora já fosse óbvio que havia enlouquecido. Afinal, não importa o quão bêbado Noah estivesse devido ao calor de seu ciclo, ele não tinha intenção de tirar vantagem disso, a menos que o próprio Noah se agarrasse desesperadamente aos seus desejos. Ele queria que as palavras dizendo “me tome” saíssem da boca de Noah primeiro porque pelo menos teria uma desculpa para se comportar de maneira tão louca perto dele…
Tão terrivelmente cativado.
— Então…? Se eu disser que preciso de você…
A ansiedade agora apareceu no rosto de Noah. Era óbvio que ele estava muito nervoso sobre o que poderia responder e até pareceu que por um segundo havia esquecido que estava simplesmente sob o efeito do ciclo do calor.
— O que vai fazer?
— Eu vou mantê-lo neste lugar durante uma semana. Vou meter em você várias vezes até encher completamente seu buraco com meu pau tanto quanto você quiser, mas do jeito que eu necessito.
A mão, que havia decidido agarrar os cabelos de Noah, começou a apertá-los com tanta força que parecia que poderia arrancá-lo a qualquer momento. Noah não percebeu.
— Então fale…
Sasha deu uma ordem em tom baixo, separando as coxas de Noah, usando os joelhos, ele colocou e esfregou sua virilha com os dedos finos que pareciam destinados a instalá-lo.
— Vamos lá…
Mas Noah não pôde responder imediatamente. Sasha descaradamente esfregou seu pau novamente e insistiu:
— Vamos lá.
— Eu quero…
Então, finalmente, ele falou.
— Eu…
— Você está indo bem. Mas tem que responder de uma forma que me permita entender exatamente o que você quer.
— Sasha… eu quero você. Mas, só um pou…
Então a resposta de Noah pareceu ficar inacabada porque Sasha decidiu engolir seus lábios.
E sem fazer mais nada, nem dizer outra palavra, o pênis de Sasha entrou no ânus inchado de Noah em um instante.
— …!!
Era como se ele estivesse gritando, mas nenhum som foi realmente ouvido. A boca de Sasha estava cobrindo seus lábios até ele ficar sem fôlego. Seus gemidos e gritos foram esmagados dentro de suas próprias bocas e logo parecia que eles estavam ocupados o suficiente chupando a língua um do outro e engolindo a saliva um do outro. Os olhos de Sasha tremeram como se estivesse bêbado e logo sentiu o mesmo como se o calor de Noah tivesse sido transferido para ele.
Sasha abaixou o corpo e derramou um beijo feroz e apaixonado pela segunda vez. Ele lambeu toda a boca, chupou os lábios, e então Noah engasgou, estendendo a mão e inclinando todo o corpo contra o peito de Sasha.
O torso deles tremiam.
Acidente Não Planejado (Tradução: Sayuri)
— Uh uh Uh…
Um gemido abafado se dispersou no quarto. Estava embargado e parecia vir de muito longe.
Levou um tempo considerável para perceber que era sua própria voz.
— Oh!
Era até difícil dizer se o som dos gritos, rangidos, pele molhada batendo, o gemido que emitia fracamente e o chacoalhar de seus corpos tremendo independente de suas vontades era algo real ou apenas parte de um sonho.
Não, certamente a realidade era verídica. Era tão claro quanto a sensação de estremecimento e vertigem que o grande pênis do homem lhe deu quando tocou o interior de seu estômago. Era uma felicidade que nunca havia sentido, nem mesmo quando estava dormindo ou alucinando.
— Noah…
O homem colocou a mão no queixo de Noah e, embora ele estivesse segurando sua cintura e empurrando violentamente seus genitais até encurralá-lo contra a cama, parou de se mover como se esperasse uma resposta para sua pergunta:
— Diga quem eu sou?
“Não pare… Mais, eu preciso de mais.” Queria dizer algo assim, mas sua língua pareceu endurecer tanto que não conseguia formar uma única frase.
— Me responda. — O homem grunhiu.— Olhe para mim e diga pelo menos meu nome.
— … Sasha.
Com isso, Noah pronunciou perfeitamente o nome do homem. Na verdade, nem conseguia ver o rosto dele direito. Sua mente estava nublada e não conseguia nem lembrar o que estava acontecendo ou exatamente como tudo aconteceu. No entanto, o nome “Sasha” involuntariamente se dispersou da ponta de seus lábios, talvez porque o tenha mencionado muitas vezes enquanto faziam sexo. Quer dizer, ele realmente o pronunciou uma e outra vez, a ponto de agora, quando abre a boca, só saia essa palavra.
— Sasha..
— Quem te está penetrando? Quem está em cima de você, Noah? Olhe para mim e me diga.
Sasha aproximou o rosto e repetiu a mesma pergunta… E foi aí que as linhas grossas de seu rosado chamaram atenção de Noah. Seus olhos escuros, o nariz alto, os lábios que comiam cada canto de sua boca e aquela forma do corpo musculoso. ‘Merda!’
Noah levantou a cabeça e cobriu o pescoço do homem com as duas mãos. Então, beijou os lábios grossos de Sasha, chupou-os, os lambeu com a ponta da língua e sorriu quando começou a dizer: — Sasha. Sasha, é quem faz tudo, então vá em frente. Por favor, não pare.
— Adoro quando você age tão desesperado.
Sasha estava sorrindo. Agarrou as coxas de Noah e as separou para revelar aquele pequeno buraco entre suas nádegas. Lá, seu fluido corporal e o sêmen de Sasha estavam emaranhados e constantemente pingando para manchar todo o colchão. Eles estavam assim há tanto tempo que sua bunda e coxas estavam vermelhas e inchadas devido a todo o atrito, para não mencionar a entrada onde seu pênis não parava de penetrar!
No entanto, ainda machucado, superexcitado e terrivelmente confuso, ele continuou a murmurar todo o tempo que “precisava disso”, como se o que lhe deu ainda não fosse suficiente.
Sasha ergueu o canto dos lábios:
— Mesmo que a prostituta mais experiente do lugar venha, tenho certeza que ela não seria tão travessa quanto você.
— Uh ahhh…
— Já foi todo fodido pelo meu pau e ainda assim me diz para não parar.
— Sasha…Sasha.
— Coloque suas mãos em seu buraco e abra para mim. Então, se me fizer feliz, lhe darei exatamente o que você quer.
Sasha disse isso sem tirar a mão que abria as coxas de Noah.
— Vamos meu bem, você consegue.
Noah levantou os dedos, trêmulos e molhados, e abriu o buraco de seu ânus. Foi um ato que não pode ser visto como uma “vergonha” depois de tudo que passaram para chegar lá e ainda assim, antes que percebesse, um enorme fluxo de sêmen saiu dele, seus ombros tremeram loucamente e seu rosto foi pintado de um vermelho que poderia se passar por roxo.
O pênis de Sasha penetrou em sua parede interna com um golpe bastante terrível. Então a carne, já suficientemente solta para se tornar flexível, pulsava no ritmo dos movimentos do corpo do homem, aumentando em intensidade até o ponto em que Noah soltou outro gemido. Apertou seu buraco, mexeu suas nádegas e cedeu como se para deixá-lo esfregá-lo mais forte e um pouco mais profundo também.
— Ei… aaahh porra! Está apertando com tanta força que… Hum!
— Ah, ah, mais. Quero mais.
Sasha, que estava sorrindo até agora, de repente franziu as sobrancelhas e mordeu o lábio. Então parecia que suas estocadas se tornaram consideravelmente mais violentas e mais frequentes, porque havia até o som de seus testículos batendo com força total contra a bunda de Noah.
Noah levantou a mão, que antes havia estado em seu ânus, e a usou para agarrar o peito do homem. Na verdade, bateu nele até seus dedos doerem, mas nem percebeu o que estava fazendo ou por que estava fazendo isso para começar. Na verdade, toda vez que a parede interna batia e inchava, seus olhos se arregalavam e sua boca caía em uma expressão de dor. Então as pontas dos dedos que estavam segurando Sasha, seus braços, seus pulsos e todo o seu corpo em geral, começaram a tremer como uma vara verde e, finalmente, sentiu uma sensação de explosão.
— Ah, Sasha, Sasha, o que devo fazer? Ah! Isso é tão estranho, é tão estranho… Ah, Sa…
— É estranho, entendo que é estranho. Mas às vezes essa palavra também significa que algo é muito bom.
— Sim, sim é… Sim.
Assim como o grande vibrador que Noah usava diariamente em casa, o enorme pênis de Sasha encaixava perfeitamente em seu interior toda vez que começava a descer um pouco. Foi tão, tão terrível, que seu ventre pareceu começar a se projetar para fora como um caroço. Mas como se isso não fosse suficiente para consolá-lo, Sasha colocou as pernas de Noah sobre seus ombros e levantou sua cintura em um ângulo reto, empurrando seu pênis mais fundo do que antes, embora por um momento ele pensasse que isso não seria possível.
— Aah!
Seus quadris flutuaram no ar. Era uma posição tão estranha que até sentia como se seu corpo não fosse mais seu e ainda assim era engraçado como era incrivelmente bom. Foi sexy. Até se perguntou se realmente estava bem se sentir tão bem, no meio de um êxtase vertiginoso que o aterrorizava ele constantemente empurrava seu corpo para frente. Sentindo como se fosse perder a cabeça ou morrer ou derreter ou simplesmente se transformar em algo que não era.
N/T(PQP tô morrendo de inveja)
Naquele momento, Sasha levantou a parte superior do corpo de Noah e colocou-o diretamente sobre suas coxas. Noah, que respirava ofegante, abriu os olhos e olhou para a pessoa que parecia exigir mais dele do que ele podia suportar: era como se deparar com um sólido muro de pedra à sua frente em vez de outra pessoa. Sabia que Sasha tinha um físico majestoso quando estava vestido com roupas normais, mas quando estava nu, era lindo. Ombros largos, peito duro, abdômen firme e coxas bem definidas. O corpo de Sasha, coberto de juntas fortes, era ameaçador e perfeito e, como Noah era tão magro, quando ficavam um contra o outro e comparados, era mais do que óbvio que a diferença de físico entre os dois era enorme.
Não admira que Sasha tenha lidado com Noah com tanta leveza todo esse tempo, como um adulto brincando com uma criança.
— Se você transforma homens como eu em cães, tem que assumir a responsabilidade, não é? Aguente firme. E se desmaiar quando estivermos no meio disso? Vai me deixar assim?
Noah colocou os braços em volta dos ombros de Sasha e começou a chorar. Foi porque o pênis estava tão profundo dentro dele que seu estômago doeu quando se inclinou em direção a ele.
— Não é tão profundo, calma. Seu buraco está me comendo perfeitamente…
Sasha, que sussurrou isso em voz baixa, parou abruptamente de segurá-lo e de repente decidiu agarrar sua pélvis para fazê-lo se mover em cima dele, lentamente e como se estivesse montando um cavalo. Seus quadris balançavam diante da vontade de Sasha, não a dele, e cada vez que sua bunda caía para trás e deslizava para frente novamente, seu pau maciço parecia começar a estimular um pouco mais aquela parte escondida de sua parede interna. Era um som úmido e estridente que ecoava lascivamente. Tanto que, no final, Noah descansou a testa no ombro de Sasha como se tivesse desmaiado completamente. Ele não conseguia se sentar direito porque seu corpo inteiro estava tremendo como um louco e, para ser honesto, também era um pouco como se sua coluna tivesse derretido.
Noah soltou um gemido de pura dor. Não que fosse particularmente intenso ou insuportável, era por causa daquele formigamento, devido a sensação de êxtase que se espalhou até o ponto em que arrepios subiram por seu corpo. Já havia experimentado tanto prazer ao usar um vibrador? Claro, uma resposta simples seguiu a pergunta que veio à mente: NUNCA.
Usava um vibrador diferente a cada ciclo de calor, mas nunca foi tão bom o suficiente para lhe fazer perder a cabeça. Não, para ser preciso, achava que todos os tipos de brinquedos e vibradores eram mais do que bons, mas apenas até hoje. Noah sorriu.
— Você é perfeito… Hum… é perfeito em tudo, Sasha.
Esfregou a testa e as bochechas no ombro de Sasha, pressionou o peito contra o dele, que estava encharcado de suor, e então sentiu como se seus corações começassem a derreter de prazer a cada nova batida.
— Levante a cabeça e mostre a língua.
A voz suave de Sasha soou docemente em seus ouvidos, embora infelizmente Noah não pudesse se mover com facilidade o suficiente para ouvi-la. Seu corpo estava quebrado da raiz às pontas, então tudo o que ele podia fazer era se apoiar em Sasha como se fosse uma espécie de gatinho recém-nascido.
Então, o homem agarrou o cabelo de Noah e o puxou até que sua cabeça foi jogada para trás. Sua língua deslizou pelos lábios entreabertos e então, muito lentamente, começou a encher a boca de Noah até que eles se entrelaçaram e chuparam profundamente um ao outro. E, claro, enquanto os beijos que tomaram conta de sua boca e lhe tiraram o fôlego continuavam, sua mente ficou tão embaçada como se tivesse se tornado uma folha de papel em branco.
— Espere…
Sasha lambeu a nuca de Noah, então afundou os dentes em sua carne.
Enquanto Noah gritava, ele aproveitou o momento para apoiar as costas dele contra o colchão e forçá-lo a se acomodar da maneira mais confortável possível. Então, usando a boca, o homem mordeu seus mamilos e chupou a área ao redor de sua auréola, enchendo a pele branca com marcas de dentes e beijinhos.
Seus dedos se curvaram com a sensação:
— Ah! Pare com isso! Pare com isso, Sasha!
O mamilo que Sasha estava chupando pareceu ficar mais rígido com o passar do tempo. Claro, um medo surgiu instintivamente dentro de Noah de que pudesse ejacular com uma coisa dessas.
— Já que você é um ômega, então um dia poderá dar leite também.
De repente, Sasha murmurou isso baixinho, como se estivesse falando sozinho. Noah, que estava semiconsciente e completamente sem fôlego, o olhou para sem expressão. Como não pensava em ter nenhum homem em seu futuro, a gravidez também era algo que obviamente nunca aconteceria em sua vida. Claro, isso significava que nenhum leite sairia da li. Mas antes de responder, Sasha abriu a boca e mordeu o peito de Noah novamente.
— Oh!
Seu corpo começou a flutuar no ar e então, obviamente envergonhado, Noah estendeu a mão e abraçou Sasha o mais forte que pôde. Por sua vez, Sasha colocou os dedos sob os joelhos de Noah para fazê-lo abrir um pouco mais as pernas.
— O que está fazendo? Vou cair!
— De jeito nenhum, estou te segurando.
Então Sasha se levantou, segurando as nádegas de Noah entre as palmas das mãos e segurando-as com firmeza enquanto encontrava um espaço onde pudesse apoiá-lo para continuar.
— Uh-huh, Sasha! Sasha.
A profundidade era exagerada e os movimentos de Sasha pareciam incrivelmente violentos enquanto segurava seus quadris. Uma sensação estranha se espalhou e um tremor vertiginoso formigou se instalando em seus dedos dos pés. Então, quando seu corpo se dobrou como se estivesse prestes a cair no chão do quarto, o pilar do pênis de Sasha penetrou profundamente na parte mais escondida de seus órgãos internos. Seu corpo foi levantado novamente, o pênis saiu, então perfurou seu ânus mais uma vez fazendo um som muito alto. Além disso, de seus lábios entreabertos, só saíram xingamentos e soluços que o fizeram pensar que o homem havia se transformado em um pequeno animal. Claro, Sasha também não conseguia encontrar as palavras certas para expressar seus sentimentos.
As lágrimas, que se acumularam nos cantos avermelhados de seus olhos, se mexeram e caíram pelas bochechas de Noah. Sasha xingou baixinho, mas ao contrário do que pensou que faria em seguida, as lambeu lentamente e começou a acelerar o movimento de seus quadris ao mesmo tempo.
— Ah, ah! Sasha, pare com isso!!
Noah, que soltou um grito enorme, bateu nas costas de Sasha e até começou a arranhá-lo. Em vez de causar-lhe qualquer desconforto, no entanto, parecia ter conseguido fazer o homem rosnar como uma fera faria. Além do mais, ele até abraçou Noah o mais forte que pôde. Quase ao ponto de quebrá-lo ao meio. Não, parecia que era seu interior que estava quebrando, mas sim seu corpo inteiro! Era como se os órgãos internos, os de seu abdômen, fossem queimados pelo movimento da fricção.
— Isso é estranho! Espere, não aguento mais. Acho que vou morrer! Sasha, Sasha!
Noah gritou com uma sensação estranha e torceu o corpo para tentar fugir dele. Sasha cerrou os dentes, fazendo com que sua mandíbula se levantasse e parecesse bem definida.
— Meu Deus, está ficando cada vez mais apertado. Pode sentir como está me comendo? Você é tão lascivo.
— Pare, por favor, pare…
Foi quando Sasha grunhiu, com a voz baixa e quebrada, que um fio de água começou a sair do buraco que segurava seus órgãos genitais. E enquanto este líquido escorria, manchando suas coxas e as coxas de Sasha antes de cair no chão, Noah tinha uma expressão um pouco confusa em todo o rosto. Sentiu como se a umidade em seu corpo tivesse sido drenada devido ao calor de suas mãos e dedos e, sem surpresa, não tinha ideia do que estava acontecendo com ele. Nunca tinha agido assim! Assustado, Noah enterrou a testa no ombro de Sasha e chorou sem parar.
— O que há de errado comigo? O que há de errado comigo, Sasha? Humm, estou com medo… estou com tanto medo disso. Está errado!
De repente, o som de Sasha rangendo os dentes descontroladamente foi audível de todo o lugar. Ao mesmo tempo, ele entrou no buraco de Noah com a mesma força que usou da primeira vez e entrou até que o sêmen que Sasha estava guardando encheu seu interior por inteiro.
Era tão, tão quente.
Noah parou de respirar com a estimulação excruciante. Queria abraçá-lo, mas não sentia que tinha força suficiente para fazer algo assim. Além disso, a voz baixa e quebrada de Sasha soou em seus ouvidos em uma palavra incompreensível. Algo que parecia doce, mas talvez não fosse nada.
Noah não podia dizer que sabia o que havia acontecido com os dois. Só que sentiu como se estivesse caindo cada vez mais fundo em seus braços. Como se fosse sugado para um abismo.
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Continua…
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Tradução:Yuna
Revisão:Rize