Da Terra ao Céu - Capítulo 11
Tudo era sua a primeira vez, assim como voar pelas praias da Califórnia em um pequeno avião. Claro, tudo desde um local em ruínas que tornava difícil dizer se era um aeródromo em um ambiente rural ou um hangar decadente.
Era a primeira vez que comia um sanduíche barato em um restaurante na estrada.
— É assim?
Sasha, que desembrulhou o papel e deu uma mordida em seu sanduíche, perguntou como se fosse uma surpresa que o homem não tivesse feito nada sozinho até aquele momento. Noah deu de ombros. Havia tantas coisas que estava experimentando agora tinha finalmente saído de casa então… tudo parecia um pouco lamentável. Obviamente, não queria dizer isso.
— Eu gostaria que fosse mais divertido.
— Bem, você pode ter mais experiências como essa no futuro, então não se preocupe com isso.
— Para ser honesto. Não quero andar de avião/ultraleve nunca mais.
Ele disse casualmente, como se estivesse brincando. Seus olhos estavam ligeiramente semicerrados, mas quando viu Sasha, lembrou-se do doce sorriso que lhe deu quando ainda estavam em seu avião. Os músculos de seu ombro ficaram tensos, contraídos, e uma sensação de desconforto por motivo desconhecido se espalhou descontroladamente por seu peito. O homem, que obviamente nada sabia sobre isso, levantou a ponta dos lábios e disse:
— Ainda temos que ir para São Francisco, o que faremos se você já se sentir mal?
Ao contrário das palavras, ditas em tom de tristeza, a expressão em no rosto do homem ainda mostrava uma clara sugestão de alegria e vontade de implicar com ele. Então Noah ficou bravo com o comportamento infantil de Sasha. Ele apagou todos os sentimentos desconfortáveis que não conseguia entender e apenas estalou a língua:
— Bem, isso não importa. Porque ainda estou fazendo um monte de loucuras hoje. Estou aqui, tentando ajudar o criminoso que me sequestrou.
— E você ainda não sabe se eu sou um golpista.
O homem acrescentou calmamente, como se soubesse exatamente o que ele estava pensando. Noah respondeu:
— Se você se atrever a me enganar, vai ter que estar preparado para perder sua maldita vida. Especialmente se fizer isso apesar de saber que eu sou um membro da família Felice. Mas é uma ameaça bastante óbvia, não é? Doutor Lambert?
Ele fechou os olhos para enfatizar um aviso tão cruel. Sasha assentiu com indiferença.
— Claro que sei. Eu também entendo que a razão de Vincenzo e Félix não terem vindo atrás de você naquele momento foi porque os contatou para dizer que estava bem. Caso contrário, bem, eu já estaria morto.
— De jeito nenhum… Foi por isso que você deixou o celular lá?
Achou estranho o homem ter deixado o telefone ao lado de sua cama enquanto estava sendo feito de refém. Ainda assim, nunca imaginou que ele teria trabalhado nisso conhecendo seus sentimentos e pensando que ele certamente pediria para que não o matassem. Quando percebeu o quão transparente seu coração estava sendo, se sentiu ridículo.
— Eu sabia que você ia fazer isso.
— É só que… você não me deu uma escolha em primeiro lugar!
Se pensasse sobre isso com cuidado, era até surpreendente. Tinha se reunido com o homem na noite anterior, comeu assim que acordaram de manhã e voou diretamente em um ultraleve. Claro, durante esse curto período de tempo, Sasha não falou e agiu como se tivesse certeza que Noah não recusaria o trabalho. Mas agora, vendo-o responder calmamente que “sabia perfeitamente que ele aceitaria o trabalho” e que “sabia que o defenderia dos outros” o deixou doente.
— Por quê? Nunca usei a força e também nunca ameacei você. Não foi assim?
Sasha olhou para Noah e perguntou isso antes mesmo de deixá-lo responder. E ao contrário de seu desejo de xingá-lo, nenhum som saiu de seus lábios entreabertos. Se pensasse sobre isso, era verdade que ele nunca tinha feito nada disso. Aparentemente, Sasha o sequestrou ontem de manhã usando o método extremo de bater em seu carro na estrada. Mas, depois de encontrá-lo cara a cara, ele nunca o ameaçou, não houve intimidação ou uso de sua força de forma excessiva, assim como disse. Ele simplesmente encostou a cabeça na dele e pediu ajuda em voz baixa e abafada. Em todo o caso foi ele quem ficou abalado com seu pedido e o seguiu até este ponto. Como um rato perseguindo um tocador de flauta, o seguiu sem pensar em mais nada ou em sua própria segurança… E claro, quando percebeu isso, ficou terrivelmente surpreso.
Ele estava sendo possuído por um demônio.
Noah gemeu baixinho, esfregando seu rosto quente.
— Você não precisava me ameaçar para fazer com que me sentisse assim.
— Do que você está falando?
— É assim que me sinto, idiota!
— Ei, pare com isso. Eu admiti que você é o melhor do mundo, certo? É por isso que trabalhei duro para te trazer aqui. Você não deveria me chamar de idiota já que consegui fazer você vir comigo.
Noah, que estava com a mão na testa, como se sua cabeça doesse demais, levantou os olhos e olhou para Sasha.
— Droga, pare com isso. Você está me dando uma enxaqueca.
Era a mesma voz ameaçadora que tinha usado quando acordou naquele quarto. Sasha olhou para Noah, então, quase baixinho, disse:
— Você deveria estar a altura do jogo de gato e rato em que me pôs a três anos. Continua parecendo uma criança birrenta.
— Ei, pare com isso, droga! — Noah não aguentou mais e bateu a palma da mão na mesa. O prato do sanduíche que estava em cima da mesa tremeu com a força usada por Noah e então viu como o prato quase caiu no chão. — Isso é real, seu bastardo! Você tem que começar a ser mais sério porque minha paciência é tão pequena quanto seu maldito cérebro em forma de noz!
Ele gemeu e proferiu um monte de palavrões. Mas a voz de Noah, que estava gritando todo esse tempo, parou por um momento quando finalmente viu o rosto de Sasha: O homem estava ali, sorrindo.
Foi por causa das constantes discussões que tiveram desde ontem ou foi pela imagem dele contando-lhe uma história triste e pedindo sua ajuda, que ainda estava gravada em sua mente? Ele parecia ser uma pedra vil, então por que sorria tão brilhantemente sempre que estava na frente de Noah? Além disso, ao contrário do que havia visto de dentro do avião algumas horas atrás, esse momento conseguiu evocar um sentimento ainda mais estranho dentro dele. Ele sorriu como se sua voz o divertisse ou como se achasse agradável compartilhar momentos ao seu lado. Era brilhante, como uma criança.
Foi estranho.
Sim, foi muito desconfortável.
Era estranho porque ele não parecia o tipo de homem que tinha aquela maldita “aura pacífica” enquanto outros traziam seus problemas internos.
— Ok, acalme-se. Eu não queria te deixar com raiva. Me desculpe se eu ofendi você.
Os ombros de Noah se enrijeceram. Foi porque Sasha, que ainda tinha uma expressão brilhante, proferiu um pedido de desculpas que não combinava bem com sua imagem geral. De ontem para hoje, ele nunca disse “desculpe”. Mesmo depois de causar deliberadamente um acidente de carro ou depois de cometer um crime tão grave quanto um sequestro. Ele não vai continuar com sua atitude arrogante? Não devia ter sido fácil para tal pessoa se desculpar de repente. Noah ficou envergonhado, ainda mais quando percebeu que o sorriso só aumentou.
— Por que… você está agindo assim comigo? Por que está se desculpando quando sabe que sou eu quem não para de gritar? Quero dizer, você está diferente hoje.
— Eu acho que você me faz diferente.
Nervosamente, Noah começou a rasgar o sanduíche em suas mãos, então saltou de seu assento. Ele não podia suportar a sensação estranha, desconfortável e brega que este homem o estava fazendo sentir. Sasha olhou para cima. Estava silenciosamente se perguntando para onde ele estava indo.
— Banheiro.
Depois de uma resposta curta, Noah se virou apressadamente e se afastou dele. Era uma pena que metade de sua comida fosse deixada na mesa, mas agora não conseguia mastigar muito menos engolir enquanto continuavam esse tipo de conversa. Achou que seria melhor se acalmar, então foi por isso que saiu primeiro.
O olhar seguiu atrás dele.
A água fria o fez estremecer.
Depois de ficar parado com os braços cruzados e as mãos sob a água corrente por um longo tempo, percebeu que suas mãos estavam frias e bastante doloridas. As pontas dos dedos estavam tingidas de um azul claro.
— Deus, o que estou fazendo?
Ele estava cansado de sua auto piedade.
Noah juntou as mãos frias e esfregou-as. Devido ao seu físico magro, não podia encontrar uma boa quantidade de carne que pudesse aquecer. E, graças a isso, seus dedos começaram a parecer mais proeminentes, parecendo um pouco mais longos que o normal. Suas unhas estavam limpas, mas o adjetivo de que eram bonitas não combinava com elas. Na verdade, eram até um pouco ásperas. Suas costas tinham veias salientes e seus dedos às vezes pareciam longos demais, como garras. De vez em quando, esfregava as mãos que o lembrava as de uma bruxa para organizar sua mente desordenada. O que o havia incomodado tanto? Foi só porque ele sorriu? Absurdo. Bobagem completa.
Lenta e suavemente, tocou a mão fazendo o calor deslizar sobre seus dedos azuis congelados. Sua cabeça perturbada e seu coração acelerado se acalmaram o levando a conclusão de que “ficaria tudo bem” agora, então Noah se olhou no espelho dando mais alguns tapinhas na bochecha. Ele respirou fundo, endireitou os ombros e deu um passo à frente. No entanto, sabendo que já fazia algum tempo desde que entrou, seus passos se tornaram um pouco mais apressados.
Então, antes que abrisse a porta do banheiro, alguém a abriu e entrou. Era um homem grande vestindo uma jaqueta de couro e calças semelhantes às do grupo Harley-Davidson. Embora fosse alto, era gordo, com uma barriga bastante saliente. Algo muito diferente de Sasha. Além disso, podia sentir o cheiro de feromônios nele. Um aroma muito próximo do fedor. Em suma, ele era um alfa.
Só de olhar para o homem que estava bloqueando a porta com seu tamanho grande, franziu as sobrancelhas. Noah esperou pacientemente para evitar causar um problema, aguardando que ele saísse do caminho para seu próprio bem.
O homem não se mexeu, ficou ali parado como se estivesse preso no batente da porta. Seus olhos estavam semicerrados porque ele parecia estar bebendo desde o amanhecer.
— Oh? Este não é o banheiro masculino? — O homem, que olhou ao redor do banheiro fazendo uma expressão meio idiota, imediatamente disse: — Não é? — E começou a rir bem alto.
Ele devia estar mais bêbado do que parecia. Ou é apenas um maluco?
— Bem, saia do caminho.
— Então por que uma gracinha como você está no banheiro masculino? Você quer confundir as pessoas?
O bêbado balbuciou.
— Você é um ômega? Desculpe, vendo que seu cabelo é tão comprido, eu pensei que fosse uma mulher quando na realidade é apenas um maricas. Por que alguém como você está entrando e saindo do banheiro masculino tão casualmente? Use o banheiro feminino!
O cara alfa espalhou um feromônio que parecia bem ameaçador. Noah mordeu o canto da boca porque sabia que se abrisse só sairiam palavrões que fariam tudo piorar. Não era a primeira vez que tinha uma ou duas brigas desse tipo, então não se sentiu particularmente envergonhado. Se quisesse xingar, poderia dizer quantos quisesse. Mas agora… Ele não estava se sentindo bem, estava cansado, e seu humor pareceu cair consideravelmente a ponto de pensar que não queria se meter em encrenca.
— Você pode… se afastar por um momento? Como vou sair se a porta está bloqueada?
Ao contrário de outras vezes, Noah foi muito gentil e paciente. Ele fingiu não ouvir nada e sorriu como se dissesse “não quero encrenca”.
— Bastardo, você não me entendeu?
No entanto, o homem permaneceu na porta e gritou como se tivesse decidido discutir. Era uma atitude que demonstrava estar ciente, de que ele era duas vezes mais alto que o adversário, assim conseguiria intimidá-lo facilmente. Ainda mais, porque estava rosnando com os dentes totalmente expostos.
— Ei, já ouvi bobagens suficientes por um dia. E estou realmente muito cansado para responder. Se você fizer a gentileza de ir…
Claro, as ameaças do homem não funcionaram em Noah. A máfia tratava a vida das pessoas como se fossem vidas de moscas. Aos olhos de Noah, que nasceu e cresceu em tal família, a quase ameaça de um homem parecia realmente ridícula. Além disso, era um lixo com o qual nem valia a pena lidar.
Noah levantou a mão pedindo silêncio e virou-se para o outro lado. Foi uma tentativa de sair de alguma forma. No entanto, com um gesto ameaçador, o bêbado o agarrou pelos ombros e o virou para que pudesse olhá-lo nos olhos.
— Seu desgraçado! Não ouviu o que eu disse?! Não importa se você é um homem! Se você é um Ômega, vá ao banheiro feminino!
O homem aproximou seu rosto do de Noah e cuspiu palavras terríveis ao sentir seu feromônio repugnante na ponta do nariz.
Seu estômago embrulhou.
A expressão a que se agarrou até agora estava completamente distorcida, a ideia de querer agir com calma também pareceu desaparecer completamente.
— Ei, seu desgraçado infeliz. Você tem um cérebro na cabeça ou não? Como vou entrar no banheiro feminino se tenho um pau? Vou ser preso como molestador. De acordo com sua lógica, então mulheres alfa devem entrar no banheiro masculino, certo? Certo? Você ouviu como isso soa estúpido?
— O que?!
— Mesmo que você tenha o hábito de falar bobagem, ouça a si mesmo de vez em quando para perceber o quão estúpido você soa. Eu tentei fingir que não me incomoda, mas é difícil pra caralho! Não fique cuspindo essas merdas por onde passa, também vem ao meu redor para me dar náuseas. Cale a boca e saia daqui, seu porco de merda!
Depois de cuspir palavras duras, Noah ficou nervoso. Disse — Merda, merda, o que eu fiz? — ele o empurrou e imediatamente alcançou a maçaneta da porta do banheiro. O pensamento de querer sair daquele lugar tornou-se intenso em um segundo. Não queria se envolver com uma pessoa rude que estava falando bobagem o tempo todo enquanto jogava feromônios desagradáveis em sua direção. Com tudo, naquele momento, o homem levantou a mão enquanto pronunciava outro palavrão. E disse:
— Filho da puta!
E então “Pam”. Seus olhos brilharam com um soco inesperado. A bochecha que tinha sido atingida estava latejando. Seu longo cabelo dourado estava espalhado sobre a cabeça curvada e as pequenas mechas de sua franja tornavam impossível para ele ver à frente. Noah apenas piscou. O que aconteceu? Ele ficou tão chocado que não conseguiu mover seu corpo por um momento.
— Você quer morrer, puta?
—…
— Abra os olhos e fale comigo. Ou o quê? Você não vai dizer mais nada?
O homem, cheio daquele cheiro horrível de álcool e feromônios, agarrou o pulso de Noah até que não pudesse mover seus dedos.
— Ah…
— Vou garantir que o bastardo ômega atrevido nunca mais abra a boca!
Nas mãos ásperas do homem, os pulsos e as mãos de Noah começaram a ser torcidas. Foi então que seus olhos se fecharam. Seus lábios se separaram, ele franziu a testa de dor, reflexivamente tentando puxar sua mão. Mas era difícil fugir do homem que o segurava tão forte. Não sabia se seus dedos estavam desalinhados ou feridos e, de repente, as pálpebras de Noah se abriram em um instante.
— Deixe-me ir agora!! — Havia raiva em sua voz enquanto gritava mostrando os dentes. Estava puto porque foi atingido no rosto do nada e pensou que poderia até quebrar a mão — Me solta!
— Se eu não te deixar ir, o que vai fazer? — O bêbado riu e puxou Noah para mais perto. Os olhos do cara brilharam horrivelmente. — Você é uma pobre vadia Omega.
O homem apertou a mão de Noah com mais força do que antes enquanto gritava alto o quanto o odiava. Mas suas palavras não foram muito longe. Foi porque Noah pulverizou uma quantidade significativa de feromônios bem na frente de seu rosto. O cheiro flutuou por tão pouco tempo que foi apenas como uma pitada de perfume, no entanto, com o feromônio derramado sobre o homem, o macho alfa arregalou os olhos com um rosto quase azul.
Era bem diferente do que aconteceu há muito tempo; quando derramou feromônios em Sasha, como um banho, ele teve uma reação como se tivesse acabado de tomar uma pequena quantidade de drogas. O feromônio de Noah só era tóxico para alfas que não eram dominantes. Foi um erro do homem mexer com ele sem se dar conta quem ele era.
— Seu porco nojento… O que há de errado com você? Você não vai mais falar?
Noah rapidamente estendeu a outra mão em sua direção quando o homem parou de se mover devido ao feromônio do Omega.
— Espere espere!
O homem se assustou e gritou. Noah estava segurando sua virilha com força na mão. Quando pressionou a virilha do homem com a ponta dos dedos, sem mostrar um único traço de bondade, o cara engasgou e torceu o corpo como se estivesse tendo um ataque cardíaco.
— Qual banheiro deve usar um bebê que está fazendo xixi com medo?
— Eu…
— Me responda.
— Pare!
O homem Alfa gritou soltando rapidamente a mão que segurava o pulso de Noah. Foi uma luta impressionante para se livrar dos dedos que apertavam sua virilha. No entanto, Noah agarrou seu pescoço, pegou a parte vital da veia e bateu as costas do homem contra a parede como se estivesse prestes a quebrá-la. “Ban, ban, ban”, um som surdo, como uma parede quebrando, ressoou no banheiro.
— Eu estourei tantas bolas até agora. Não se preocupe muito, vou amputar você de forma limpa.
Noah zombou esmagando impiedosamente a virilha. Não era mentira, ele pretendia estourar suas bolas agora. E não muito tempo depois, a sensação de um pedaço de carne esmagado começou a se espalhar claramente pela ponta de seus dedos. Era uma sensação terrivelmente desagradável. Ele se sentiu assim a partir do momento em que ouviu o grito estridente do homem e o viu babar… Mas é claro que isso não durou muito. Noah deu força à mão que segurava o pescoço do homem para parar o som. O Alfa, com a garganta esmagada, não falou mais, mas engasgou. Seu rosto, que estava vermelho de embriaguez, desvaneceu-se em um instante quando falou com ele novamente:
— Agora que você é um bastardo sem bola, por que não usa o outro banheiro? Não, se algo sujo como você entrar lá, vai ser irritante para as mulheres, então continue usando o banheiro dos homens. Não seria hilário se os outros caras tirarem sarro de você toda vez que vier ao banheiro?
Noah sorriu e agarrou a cabeça do homem que estava na frente dele. Então colocou o joelho em seu rosto e “Pan, pan, pan”. Toda vez que o atingia no rosto, o nariz do homem se quebrava e sua boca explodia em uma bomba de sangue.
Uma luz enlouquecedora brilhou nas pupilas verde-oliva de Noah enquanto ele transformava o rosto do homem em mingau.
— Droga, as coisas que eu mais odeio são machucar minhas mãos e ser obrigado a derramar meus feromônios por nada… Mas você me fez fazer as duas coisas hoje. Além do mais você pensou que poderia me tratar assim? Nem meu avô toca em mim. Porque você pensou que poderia?
Noah esmagou o rosto do homem com os joelhos, como se estivesse louco. O nariz do homem estava quebrado e seus olhos começaram a lacrimejar quando o sangue espirrou em todas as direções. Ainda assim, sua raiva não foi embora, então ele arrastou o homem ensanguentado pelo chão do banheiro e jogou a cabeça dele no vaso sanitário. A cada golpe, golpe, golpe, o vaso sanitário branco ficava manchado com o sangue vermelho do Alfa. O cara não resistiu nem uma vez e rapidamente desmaiou como se já estivesse morto. Noah o ajoelhou no chão e enfiou a cabeça do homem no vaso. Foi desastroso se ver completamente encharcado de sangue dos dedos dos pés às mãos. Tudo estava vermelho. Ainda assim, Noah agarrou a cabeça do alfa e não a soltou por nada. Ele apenas jogou o torso na água e esmagou o rosto na porcelana várias e várias vezes. Sentiu como se a cabeça houvesse se partido.
— Noah!
De repente, ouviu uma voz alta chamando seu nome de algum lugar. Era um tom firme.
O movimento de Noah, que estava esmagando o homem sem piedade, finalmente parou.
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Continua….
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Tradução: Krampus
Revisão: Rize