Da Terra ao Céu - Capítulo 06
Havia uma grande razão psicológica para que Noah, um ómega dominante, reagisse tão mal em vez de ficar entusiasmado com os feromônios de um Alfa. A antipatia para com eles, que se tinha acumulado desde a infância, atingiu o seu auge na adolescência e explodiu quando ele se tornou adulto.
Havia apenas alguns ômegas super dominantes no mundo, pelo que se diziam eram ainda mais raros que os alfas dominantes. E Noah era o único ómega super dominante no país.
Como se quisesse chamar mais a atenção do que já fazia.
Era um ômega tão dominante que, quando combinado com qualquer alfa, produzia um traço de supremacia absoluta que fazia todos estremecerem. (Não figurativamente, claro.) E isso só tornava o seu valor como ómega ainda maior. Além disso, Noah tinha uma beleza espantosa. Seu feromônio era tão cativante que qualquer um poderia ficar viciado nele sem a necessidade de entrar no cio. Não era exagero dizer que todos os alfas que conheciam Noah pretendiam ter algo mais sério com ele e que entre eles, havia aqueles que estavam até dispostos a sequestrá-lo. Sem saber quando ou o que iria acontecer, Noah aprendeu a se proteger, e os pais e avós de Noah se esforçaram muito para protegê-lo.
Não foi uma vida fácil.
Era natural que ele estivesse nervoso com os alfas que o perseguiam emitindo feromônios completamente destinados a deixá-lo louco pelo resto de sua vida. Mas, de certa forma, pode-se dizer que Noah, que tinha um alfa familiar emaranhado nas suas costas onde quer que fosse, tinha tido a sorte de ter vivido uma vida…. particularmente normal. No final, ele acabou por ser um dos sortudos.
O avô de Noah, Vincenzo Felice, era o chefe da grande máfia italiana. E esse fato tornou-se a principal razão pela qual ninguém se atreveu a tocar num único filme de cabelo de Noah. A propósito, Noah era o neto mais velho e também era o herdeiro.
Ninguém no mundo poderia ignorar o fato de que para prejudicar ou raptar os netos de um executivo mafioso, eles teriam de arriscar as próprias vidas ou mais do que isso. Vincenzo tinha prometido matar quem quer que os tocasse, e obviamente ele não ia fazer apenas isso. Além disso, ao lado de Noah, sempre havia seu primo, o Alfa dominante Felix Felice. Eles nunca foram parentes particularmente próximos. Desde muito jovens, eles brigavam como cães e se insultavam ao menor contato visual. Mas, como era o caso de todas as famílias, Felix e Noah quebravam a cara um do outro dentro de casa, mas não deixavam ninguém tocar em um fio de cabelo deles. Nesse sentido, pode-se dizer que eram bem unidos e eram escudos um do outro. Além disso, Noah não era o tipo de pessoa que seria atacada por um Alfa tão facilmente. Como seu avô Vincenzo e seu primo Felix, Noah não era uma pessoa comum. Ele sabia como confundir o alfa que o seguia. Esmagá-los e matá-los das formas mais terríveis.
Noah estava no auge dos mundos Alfa e Ómega. Ao contrário de outros Ômegas, ele tinha o mesmo poder que um Alfa dominante, por isso não importa quem vinhesse ou tentasse dominá-lo, Noah não podia ser suprimido com feromônios tão facilmente. Como resultado, tornou-se o pequeno hobby de Noah usar o seu poder sem hesitação para subjugar os homens “e fazer coisas muito piores com eles também”.
O rapaz se transformou em uma flor, mas os espinhos em seu caule eram terrivelmente afiados. A força, o passado de Noah, e sua personalidade excêntrica a ponto de ser chamado de louco, o transformaram em uma flor venenosa. Uma flor que todos os alfas queriam possuir, mas nunca tocaram ou arrancaram da grama.
No entanto, os alfas que tentavam arrancar tal flor sempre existiam. Esses alfas geralmente não sabiam quem era Noah, ou eram alfas que sabiam, mas tinham a minha presunção de que talvez fossem capazes de possuí-lo. Eram terrivelmente irritantes. Quando o ciclo do calor o atingiu, aconteceram coisas que ele nem sequer queria dizer, como resultado, o seu ódio pelos Alfas tornou-se cada vez mais insuportável. Poderoso. Ele não suportava os feromônios que espalhavam e, à medida que o ódio se aprofundava, começou a detestar não só os Alfas, mas também as próprias pessoas. A tal ponto, que é,é chegou a sentir uma fobia por causa deles.
Cansado das pessoas, Noah abandonou o caminho que já percorria há muito tempo e se trancou em uma sala com computadores e máquinas. Foi bom ter tudo o que ele queria num teclado. Ele podia obter respostas claras e descobrir segredos horríveis escondidos pelas pessoas. E depois disso, fechou-se definitivamente no seu escritório até se tornar um hacker reconhecido.
A vida de Noah tinha sido monótona desde então. Tirando o primo Felix, que às vezes descia só para falar coisas estranhas sobre ele, viver cercado de máquinas e computadores sem ter que enfrentar as pessoas era confortável tanto para o corpo quanto para a mente. Os dildos foram suficientes para acalmar seu corpo quente. E não importa o quanto Félix o xingasse ou dissesse que ele era um pervertido com quem não conseguia lidar, Noah perseverava e comprava todos os tipos de dildos. Os mais baratos, os mais caros, os grandes, os pequenos, eram o passatempo excêntrico e o prazer mais querido de Noah. Na verdade, não era exagero dizer que todos ao redor de Noah, incluindo seu avô e pai, seu primo Félix e seu sobrinho Benjamin, eram Alfas dominantes. E alfas super dominantes também. No entanto, ela já havia dito que estar com eles era inevitável porque eles eram sua família, e não tinha intenção de permitir que nenhum alfa ou homem interviesse em sua vida, exceto eles.
— Agora, passemos a outra coisa. É necessário fazer outra coisa. Qualquer coisa.
Noah apagou o pensamento que estava dentro dele por um longo tempo e se enterrou mais fundo no banco do carro. Ele olhou pela janela por um momento apenas para ver o amplo e ensolarado céu de San Diego. A vista era tão azul e deslumbrante, mesmo sob aqueles óculos escuros. Ele achava que em dias assim o melhor era ir ao jardim, passear com Benjamin e comer doces ao lado dele o tempo todo e até passar mal. Noah olhou para o céu azul novamente e continuou pensando nas coisas que o faziam feliz… Até que de repente lágrimas brotaram e sua boca fez um beicinho impressionantemente aterrorizante.
— Felix, este bastardo de merda, filho da puta, o Sr. Cabelo Perfeito NUNCA pode fazer as coisas sozinho. E só neste dia! Só hoje!!!! Ele é imbecil. Eu vou matá-lo.
Era tempo de Benjamin sair do jardim-de-infância, por isso ele deveria estar viajando a caminho da sua escola. Como é que se tornou isso tão rapidamente? Noah, que estava murmurando um monte de maldições, parou de se mover enquanto batia no tablet que estava segurando entre as pontas dos dedos só porque precisava de algo para focar sua atenção. Até esta manhã, ele estava cuidando da sua vida cotidiana como de costume. Isaac levou o menino para a escola, depois foi para a floricultura para começar a ordenar os pedidos, deixando os guarda costas de Félix, que estavam encarregados da segurança, da bebê Callie e da babá na mansão. A única diferença era que Félix havia feito uma viagem de negócios a Nova York há alguns dias. Nada mais…
Noah acordou um pouco tarde, como de costume, e começou a cuidar de Callie junto com sua babá. Era uma manhã calma, tranquila, pacífica… Até que uma mensagem de texto de Félix chegou dizendo que estava tratando de assuntos urgentes agora, estão ele precisava que Noah viesse ao centro de San Diego para o hotel xx para fazer um grande favor para ele. Como sempre, as palavras de Félix ao pedir algo não foram nada gentis. E o custo de fazer isso não era nada barato.
— Por que diabos isso me incomoda quando estou tentando descansar?
Franzindo a testa e xingando muito, Noah imediatamente começou a guardar todos os papéis que precisava carregar e fechou sua pasta. Independente do que fosse, como se tratava de um pedido de Félix, Noah era o único capaz de executá-lo com precisão. Mas, o que estava acontecendo de errado para que seu primeiro pedisse para ele sair às pressas? Noah olhou para a pasta ao lado dele e pensou por um momento. Félix tinha dito que seu projeto estava indo tão bem a ponto de não deixá-lo preocupado, então o que foi tudo isso do nada? Algo deu errado? Quanto mais ele pensava, mais estranho parecia e menos respostas podiam ser encontradas.
Noah bateu na coxa com as pontas dos dedos, batucando e remoendo suas dúvidas. O sedã, deslizando suavemente pela estrada, nem sequer balançou ou mostrou qualquer sinal de oscilação. Ele pensou que seria bom fechar os olhos enquanto desfrutava do passeio, mas com a mente inquieta, estranhamente até o assento que normalmente era macio parecia duro e desconfortável, tornando impossível de relaxar. As sobrancelhas, sob os óculos escuros, estreitaram-se por um momento.
Ahhhhh.
Noah, que permanecia pensativo enquanto olhava para os papéis ao seu lado, pegou o celular. Ele clicou na discagem rápida, ligando para o número de Félix. Após alguma interferência, o sinal foi ativado e a voz do homem respondeu com um pequeno [E aí?.]
— Ei, o que diabos está acontecendo? Por que você está fazendo isso comigo?!
Ele não ouvia a voz de Félix há muito tempo, mas Noah pulou as saudações e mencionou seu desconforto desde o princípio. Um palavrão veio através do celular:
[Callie bateu na sua cabeça com um chocalho ou o quê? Estou ocupado, droga, por que você está me ligando de repente? Se não tem nada importante a dizer, então eu vou desligar!]
Ao ouvir a voz de Félix, que estava chateado dizendo que não podia e não queria mais falar, seu estômago começou a doer muito. Um pressentimento sinistro passou por sua mente, então ele perguntou:
— Onde você está?
A voz de Noah era baixa.
[Está me perguntando isso como se não soubesse que estou em Nova Iorque, quando passei a semana inteira falando sobre isso?]
— Nova Iorque? Não…? Você não voltou para San Diego porque esqueceu algo?
[Por que eu faria isso?]
Noah apertou o celular com força, com as mãos frias e trêmulas, desviando o olhar da janela para frente. O motorista segurava o volante quando observou Noah através do espelho retrovisor interno. Seus olhares se encontraram por um momento e logo, ele voltou a ouvir a voz:
[O que está acontecendo?]
— Dê à volta, agora!!!
Noah gritou imediatamente com uma voz aguda e aterrorizada. Lhe pareceu estranho que Félix, que sabia claramente que dificilmente ele saía de casa, houvesse pedido a Noah para lhe entregar alguns documentos. Porém, era fácil acreditar em suas palavras e confiar nele, pois isso jamais havia acontecido antes. Além disso, tinha muitas razões para acreditar naquele contato: Primeiramente, recebeu uma mensagem direto do número pessoal de Félix, que possuía vários níveis de segurança. A proteção que instalou em seu próprio aparelho também era minuciosa e extremamente cara, por isso não existia uma única pessoa que soubesse seu número. Ainda assim, alguém entrou em contato com ambos, vasculhou sua agenda e até enviou uma mensagem de texto de um celular para outro. O tom era o mesmo de Félix e o documento que deveria levar também era algo que somente Felix conhecia.
— Caralho, é sério! Dê a volta com o carro agora!!!
Noah gritou com rudemente de novo, tirou os papéis da pasta que repousava ao seu lado e começou a triturá-los um por um. Mesmo que não fossem informações confidenciais, eram documentos acerca do projeto que Félix estava trabalhando atualmente. Nada de bom aconteceria caso a pessoa por trás dessa enganação pusesse as mãos nessas informações, afinal, essa foi a razão de terem tramado contra ele. Suor frio escorreu por suas costas. O automóvel, que circulava pela avenida, mudou imediatamente de faixa, então Noah abriu a janela e jogou fora todos os pedaços de papel. Em seguida, rasgou o que restava até este virar confete.
[Noah! Noah, o que houve?! Não… Onde você está? Aconteceu alguma coisa? Noah! Cadê o Isaac?!]
Até mesmo Félix, que era um inútil em perceber as coisas, não podia ignorar que a situação de seu primo era terrível naquele momento. Porém, ao escutar a urgência na voz áspera, Noah rapidamente abriu a boca:
— Vai à merda! Como você tem a audácia de perguntar por ele quando estou prestes a morrer? Não, não, presta atenção, Isaac não está comigo, idiota! Saí com uns documentos sozinho porque pensei que…! Eu já sei, imbecil! Ah, sim, alguém deve ter hackeado nossos celulares porque…
Entretanto, a explicação de Noah, que foi dita rapidamente, não continuou até o final. Com um barulho estridente, o condutor pisou nos freios abruptamente quando um caminhão enorme veio a toda velocidade perto da lateral do sedã em que Noah viajava. Ainda que o homem tenha pisado no pedal para desviar, foi em vão, pois segundos depois…
Pamm!
O caminhão que os seguia de perto, girou o volante, e se chocou contra o carro de Noah.
— Aaah!!!
Um grande impacto o atingiu, fazendo-o sentir como se seu corpo estivesse sendo partido ao meio. Seu tronco, que estava envolto pelo cinto de segurança, inclinou-se pesadamente para frente antes que ele batesse a cabeça contra a janela ao seu lado. Foi como se seu crânio estivesse destroçado, porque a dor era inigualável e aterrorizante. No mesmo instante, um grito saiu de sua garganta e o papel que estava sendo rasgado espalhou-se por todo o lugar, até ficar manchado de sangue. Foi um espetáculo vertiginoso.
[Noah! Noah!!!]
A voz de Félix soou com força através do celular, que havia caído de sua mão. O condutor agarrou o volante tão forte quanto podia para parar o carro, no entanto, em um dado momento, o sedã que já havia perdido a direção, começou a girar pela estrada como se estivesse fora de controle. Afortunadamente foi uma manhã tranquila, então tudo que eu precisava era se chocar contra um carro para me manter acordado! Quando esse pensamento ao azar surgiu em sua mente, um estalo e a sensação de se chocar contra outro carro se repetiu, desta vez vindo de trás. Ante esse impacto, foi arremessado para frente como um boneco. Sentiu como se todo seu corpo fosse se romper, os airbags abriram e os gritos do condutor ressoaram com força.
Em um piscar de olhos, o sedã virou um completo desastre.
Noah só não morreu por estar usando cinto de segurança, ainda assim, sentiu como se não fosse capaz de abrir os olhos. O carro, que estava dando voltas na autopista, finalmente chocou-se contra algum lugar à direita com um ruído alto. Com essa última batida, seu corpo, preso ao cinto, sacudiu-se com tanta força que não conseguiu controlar a si mesmo.
Por fim, tudo que viu foi… escuridão.
Tudo estava escuro quando Noah levantou lentamente com as pálpebras pesadas. Nada era visível ao redor e não necessariamente pela ausência de luz, mas sim porque sua visão estava estranhamente borrada e desfocada.
Noah continuou piscando várias vezes, com os olhos rígidos e doloridos, antes de negar levemente com a cabeça na tentativa de se livrar da dor que ali estava. Sua cabeça estava dando voltas e seu pescoço terrivelmente dolorido. Nenhum som saía de sua garganta e obviamente, não podia conferir o porquê, embora pudesse supor que estava seca, chegando à conclusão de que devia tomar água primeiro. Assim, estendeu a mão em direção ao criado mudo ao lado da cama, porque tinha o costume de sempre levar um copo de suco para beber antes de dormir. Contudo, imediatamente parou seus movimentos devido à dor insuportável que torturava cada centímetro da sua carne e soltou um gemido escandaloso.
Seu próprio grito ressoou com força no espaço antes submerso no silêncio. Sua testa estava franzida e além disso, todo seu corpo palpitava como se tivesse sido espancado com um porrete. Por que sentia tanta dor? O que realmente aconteceu?
Noah agarrou seu cabelo e forçou sua memória. Mareado, a primeira coisa que lhe veio à mente foi a cena onde o sedã que se dirigia à San Diego. Então… estava sentado no assento traseiro do carro enquanto era conduzido por uma avenida tranquila, quando aconteceu um acidente. Um caminhão enorme chocou-se deliberadamente contra o sedã e no fim, este foi arremessado contra a parede na lateral da estrada. A grande comoção se repetiu três vezes seguidas. Foi um choque similar a ter o corpo quebrar em milhões de pedaços.
Noah lembrou de tudo isso e mordeu o lábio.
— Merda…
A voz que exclamou fracamente estava rouca. Ele queria beber água, mas não estava em condições nem de olhar ao redor. A dor insuportável o cobriu da cabeça aos pés, dificultando até mesmo que levantasse um dedo. Por fim, Noah perdeu o fôlego e recostou-se na cama. Não é que deixasse de ser horrível, mas foi treinado para suportar essas sensações. Ainda assim, ao olhar para seu corpo fraco e manchado de sangue, podia perceber que sua força física não era nada boa. Para pessoas como ele, que se sentavam imóveis diante do computador por horas a fio todos os dias, especialmente aqueles que odiavam caminhar, a luz do sol e os exercícios, era natural se sentir assim.
Noah não gemeu como um ancião agonizante, mas ofegou. Sua visão borrada recuperou o foco lentamente, podendo assim olhar o que estava ao seu redor e acima. Arregalou os olhos quando percebeu que o lugar onde estava não era seu quarto. Deve ter sido sequestrado após o acidente, pois o quarto não era familiar. Foi difícil supor onde ficava aquele lugar ou quem estava por trás do sequestro. Diferente de Félix, Noah não era conhecido, e como vivia extremamente isolado em casa como um cachorro, quase não conhecia ninguém. Não obstante, ao observar o próprio estado, era evidente que o sequestrador não parecia ter intenção de tratá-lo mal. No lugar de ter as extremidades amarradas, estava deitado em uma cama suave e confortável em um ambiente quente. Acaso aquilo não era um tratamento de luxo após ter se chocado violentamente contra seu carro? Não sabia o que aconteceria em breve, mas naquele momento, concentrou-se na dor de cabeça e nos machucados que cobriam todo seu corpo por causa do acidente.
Portanto, queria ver o rosto do autor do sequestro imediatamente. Pouco a pouco, começou a questionar-se que tipo de pessoa seria, por qual razão fez aquilo e qual seu objetivo.
— Ei, você! Vou morrer de dor, então se tiver alguma coisa pra dizer, vem logo e desembucha de uma vez! Se apresse para que eu possa ir pra casa!
Foi quando Noah murmurou isso, ofegante no ambiente escuro e movendo-se como um cadáver sobre a cama que, de repente, escutou passos…
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Continua…
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Tradução: Haru
Revisão: Rize