Beijo do inferno - Capítulo 09
Depois de retornarem ao Heritage College, os dias ocupados continuaram por um tempo. Foi a temporada de preparação para a faculdade.
Yohan, que não tinha objetivo específico de ir para a faculdade, tinha uma certa margem de manobra. No entanto, a situação de Valentine, com certeza de ir para a faculdade, não foi tão fácil. Ele era brilhante e, depois de definir seus objetivos, era persistente o suficiente para se mostrar interessante. Portanto, em vez de excesso de confiança em suas próprias habilidades, Valentine foi confinado à biblioteca, exceto durante o tempo de aula.
Como resultado, a quantidade de tempo que os dois passaram juntos foi muito limitada. E com a ausência de Valentine, Yohan percebeu o quão importante ele era em sua vida diária. Ele não pretendia agir como uma criança, mas Yohan foi pego no vazio inevitável. Mas tudo o que ele podia fazer era torcer para que o período de provas terminasse logo.
Ao contrário do que costumava fazer, depois da aula, Yohan foi direto para o dormitório. Seu corpo tremia porque não estava em boa forma. A temperatura de seu corpo não estava normal, e de alguma forma ele não parou de sentir frio o dia todo. Foi quando ele estava prestes a passar pela sala de estar do primeiro andar, esfregando as pálpebras pesadas e rígidas, uma risada familiar explodiu em voz alta e um sarcasmo malicioso perfurou seus ouvidos.
— Aquele bastardo beta fica se escondendo atrás daquele Valentine Lindbergh.
Os passos de Yohan pararam quando ele, sem querer, ouviu a conversa. Teve um mau pressentimento. E assim como havia intuído, as palavras que a pessoa disse depois, despertou sentimentos nem um pouco amigáveis.
— É o que eu sempre digo. Quem sabe como aquele desgraçado acabou na casa dos Lindbergh? Além disso, se você olhar para a cara dele, vocês vão ver uma cara de atrevido.
— Porra, há quantos anos ele tem a bunda enfiada neste dormitório?
— Droga, ainda tenho que esperar alguns meses para finalmente não ter mais que olhar na cara dele.
Mesmo sem olhar para eles com seus próprios olhos, Yohan foi capaz de adivinhar suas identidades. E também sobre quem eles estão sendo sarcásticos.
— Fala sério, né Joseph?
Sabia.
Eles eram a gangue de Joseph, como Yohan esperava. Todos eles vinham de uma família de prestígio, alfas e aristocráticos, um grupo de pessoas que se uniam em um sentimento de superioridade, dividia as pessoas em classes e as discriminava. Um sorriso brilhante ocasional desceu pelos lábios de Yohan. Ele se perguntou se havia alguém além deles que não tinha boas maneiras para se referir a ele só porque é um beta.
Joseph Pierce era neto de um ex primeiro ministro e filho único de uma família aristocrática de alto escalão. E ele também era um jovem alfa dominante que parecia um pouco forte e era notavelmente alto. É por isso que sempre houve pessoas do mesmo tipo ao seu redor.
No entanto, seu temperamento frágil e uma mente discriminatória foram suficientes para ofuscar os pontos fortes originais de Joseph. Em uma sociedade britânica onde o fingimento sob o pretexto de cultura ia e vinha, ele era uma pessoa muito sincera em alguns aspectos, mas ser honesto não significava que fosse totalmente bom.
Sim, exatamente como agora.
‘Não é como se eu não soubesse o que todos pensavam de mim…’
Pelo menos dentro do Heritage College, todos eram iguais e nenhum aluno tinha preferência por causa de sua origem. E Yohan, embora o sono irregular fosse a razão, claramente quebrou a regra não escrita da escola. Era um fato que até mesmo Yohan sabia perfeitamente que havia pessoas que o desprezavam por ser um beta.
Foi quando Yohan, que estava se afogando em seus pensamentos por um momento, voltou a si. Joseph, que havia ficado em silêncio até então, cuspiu suas palavras como se estivesse engasgando.
— Aquele desgraçado…Sinto como se meu estômago se revirasse só de olhar para ele.
— …
— É irritante.
Yohan sorriu amargamente mais uma vez e enxugou o rosto com a palma da mão. Por mais que na sua cabeça entendesse, também não era agradável ser insultado sem ter feito nada de errado. Ele ponderou por um momento, mas foi direto para a sala de estar. Por estar decidido, não havia necessidade de dar um passo para trás. Quando Yohan puxou a maçaneta da sala, a área de luz que dividia o corredor se abriu em um instante.
— Olá.
Com a saudação de Yohan, a risada daquelas pessoas nojentas congelou por um momento. Sentindo o olhar deles sobre ele de uma vez, Yohan deliberadamente sorriu abertamente. Quando ele sorria, geralmente era tímido, os meninos não conseguiam esconder a agitação. Yohan olhou ao redor com cuidado e disse como se estivesse fazendo uma piada leve.
— Ouvi sua apaixonada confissão de amor. É impressionante que você se importe tanto ccomigo.
— …
— Mas, no futuro, se você tem algo a dizer, apenas diga. Masturbar— se assim escondido deve ser uma merda, não é?
Quando Yohan acabou de falar, não demorou e deu as costas. Fingiu estar bem, mas seus passos em direção às escadas foram mais rápidos do que o normal. Ele não estava em boa forma, e era porque ele não tinha jeito para lidar com aqueles gigantes o atacando de uma vez.
Felizmente não havia sinal de algum deles seguindo Yohan, talvez tenham percebido que o que haviam feito não era bom. Yohan mordeu os lábios e esfregou o rosto pálido de cansaço.
— …Preciso me apressar e ir para o dormitório descansar.
Com esse pensamento em mente, Yohan tinha acabado de agarrar o corrimão.
— Yohan.
— …
— Olá.
Uma voz dura e rígida chamou a atenção de Yohan. Yohan parou de andar por reflexo e se virou lentamente. Como esperado, Joseph estava lá. Mas em vez de sua arrogância usual, uma sobra de impaciência apareceu em seu rosto. Joseph, que abriu a boca apressadamente, fez uma pausa. Era porque Yohan estava olhando para ele com olhos indiferentes que ele jamais havia visto antes.
Yohan se aproximou de Joseph em passos vagarosos. À medida que a distância entre eles diminuía, a expressão de Joseph mudou. Uma tensão mais aguda do que nunca, inflada entre os dois, Yohan, de frente para Joseph a uma curta distância, ergueu um lábio lateralmente. Um sorriso brilhante foi sobreposto em seus lábios finos. E uma voz fria, não muito diferente de sua expressão, voltou— se para Joseph.
— Joseph. Você não pode me comer, por que acha que aqui seria diferente?
— …Que?
***
As palavras de Yohan causaram uma leve ondulação no rosto de Joseph. Yohan olhou diretamente em seus olhos agitados e falou com força em cada sílaba. O que ficou evidente em sua voz foi uma zombaria sincera.
— Você é irritante e nojento.
— …
— Sim, você mesmo.
E, inesperadamente, uma coloração vermelha rapidamente se espalhou pelo rosto de Joseph. O que apareceu em seus olhos foi uma perplexidade que não pôde ser escondida. Não importa o quanto Joseph o provocasse, Yohan nunca mostrou qualquer desgosto ou insulto em relação a ele. Esta foi a primeira vez que Yohan, que sempre foi pacifista, enfrentou as provocações de Joseph de frente. Esse fato deve ter intrigado Joseph. Porém, ele não estava constrangido, mas havia um sentimento suave em seus olhos.
— Você já teve essa mesma atitude nojenta antes, não sei porque a surpresa agora.
Com um pensamento cínico, Yohan deu as costas. A ideia de uma cama macia foi ficando cada vez mais desesperadora. Se tomar banho com água quente e ouvir sua música favorita deitado em um cobertor macio, é claro que iria se sentir melhor agora. Yohan estava prestes a subir as escadas.
— …
Seu corpo, que foi repentinamente puxado por trás, cambaleou e se virou. Yohan, quase caiu quando Joseph apertou seu pulso com força, virou a cabeça sem esconder seu aborrecimento. Quando seu olhar frio se voltou para ele, Joseph contraiu o lábio e disse. Uma voz teimosa desceu por seus lábios curvos.
— Eu não terminei de falar.
— Não estou curioso.
— …
— Eu não me importo com o que você pensa.
— … você…
— Deixa para lá.
Em resposta, fria como o gelo, a mão de Joseph aos poucos começou a perder força. Finalmente, assim que sua mão caiu, Yohan deu um toque em seu pulso como se estivesse dolorido. Então ele deu as costas para Joseph sem hesitar.
Por um tempo, enquanto Yohan subia as escadas, não conseguia ouvir sons de Joseph se mexendo.
Por mais indiferente que fosse, Yohan ainda tinha apenas 18 anos. O ódio do encontro cara a cara com um imbecil, o deixou mentalmente exausto e estava fortemente impresso em sua mente. Ele nem se deu conta no início, que estava magoado. Quaisquer que fossem as palavras desagradáveis de Joseph, Yohan o olhou com frieza.
Joseph também era muito indelicado, mas não agiu com Yohan como se nada tivesse acontecido antes. No entanto, quando encontrou Yohan, o encarou com uma expressão impaciente, como se estivesse sendo perseguido por algo.
Se Yohan não se importou com isso, honestamente era uma mentira. Odiar alguém gasta muita energia. Yohan, que vinha tentando não odiar Joseph, ficou um pouco deprimido com a situação e acabou cedendo ao ódio.
Valentine pareceu notar que Yohan estava deprimido. Yohan, após o banho, suspirou e se jogou no sofá, Valentine que estava lendo um livro inclinado de lado contra a cabeceira da cama, se levantou.
— O que aconteceu?
Valentine, que se aproximou com um ritmo vagaroso, segurou a toalha pendurada sobre a cabeça de Yohan em sua mão. Os cabelos de Yohan se soltaram devido a mão gentil que sacudia a água. Deixando sua cabeça nas mãos de Valentine, Yohan balançou a cabeça calmamente.
— Não foi nada.
— Mentira. O que há de errado com você? Sua feição lhe entrega.
— O que há de errado com a minha feição?
— Você sabe que não engana ninguém.
Yohan ergueu os olhos para a leve repreensão de Valentine. Valentine olhou para ele com um sorriso fraco. As pontas dos dedos bem tratados deslizaram pela bochecha de Yohan. A boca abriu sozinha enquanto tateava o contorno dos lábios. Com o rosto mais solto, Yohan murmurou como se estivesse cuspindo as palavras.
— Apenas…Valentine. Talvez eu realmente devesse tentar ficar longe de você a partir de agora.
Nesse ponto, Valentine parou de se mover para o alto. Sua mão, que estava tateando seus lábios, desceu e agarrou a mandíbula de Yohan de uma vez. Yohan, forçado a erguer sua cabeça, olhou para Valentine. Valentine inclinou sua cabeça com um rosto inexpressivo. Uma das pontas dos lábios vermelhos se ergueu ligeiramente.
— Você tem dito coisas estranhas há muito tempo, o que você realmente quer dizer?
— …Valentine.
— Deixe claro para que eu não entenda errado.
Superficialmente, era um pedido gentil, mas suas palavras estavam em um tom próximo a uma ordem. Sentindo uma sensação momentânea de alienação, Yohan não pôde dizer nada, e Valentine, que estava esperando sua resposta por um momento, sentou— se na mesa diante do sofá. Os olhos se fixaram em uma altura semelhante. Consciente da tensão de Yohan, Valentine perguntou suavemente em uma voz mais relaxada.
— O que ele disse? Que tipo de cara ele é?
— Não, não é nada demais. É só…
Yohan suspirou e inclinou a cabeça. Ele estava olhando para o teto onde a luz se espalhava, e ele estava escolhendo suas palavras.
‘Bem…’
Yohan estalou sua língua.
— Não nada demais, mas se você pensar bem, é estranho que eu more neste dormitório desde o começo.
— Não sei por que isso é estranho.
— …Valentine, eu gosto de mim, do que eu sou.
— Eu também gosto de você.
— Não…quero dizer, nunca pensei que queria ser um Alfa. Mas não sei…por que me sinto assim agora?
— Tipo o que?
— Bem, me sinto um pouco intimidado. É como se estivesse entrando sorrateiramente pela porta dos fundos, não pela porta da frente.
Com as palavras de Yohan, Valentine cruzou os braços e endireitou as costas, os olhos que olhavam para Yohan era como se estivessem procurando por algo, a medida que se tornavam mais finos. Foi quando Yohan revirou os olhos de lado porque ele não conseguia suportar o olhar que estava enfrentando.
— …!
De repente, Valentine colou seus lábios contra os de Yohan. Os olhos de Yohan se arregalaram devido ao contato inesperado. Uma língua úmida e quente se espremeu pela abertura em seus lábios abertos por reflexo. A ponta da minha língua pressionou contra o céu da sua boca.
— Urgh…!
Excepcionalmente, o movimento para bisbilhotar a boca era implacável e agressivo. Yohan ficou sem fôlego em um instante. Foi difícil acompanhar os movimentos ásperos e implacáveis como a primeira vez que se beijaram. Yohan, que não conseguiu superar o estímulo, torceu a cabeça ofegante, e suas mãos esticadas fixaram seu rosto para que ele não pudesse escapar.
Valentine, que colocou um joelho no sofá, pressionou o corpo de Yohan de cima. O sofá tocou confortavelmente nas costas de Yohan sem ser capaz de resistir adequadamente. Seu pescoço estava tremendo completamente.
— …!
As costas de Yohan, que mal conseguiam suportar o beijo de Valentine, estavam com cãibras. Fora o joelho de Valentine que foi empurrado na virilha de Yohan. Yohan flutuou como um peixe perfurado por um arpão no sentido de que áreas sensíveis eram pressionadas descuidadamente.
— …Joelho, Valentine!
Assustado, Yohan empurrou apressadamente Valentine e tragou uma respiração áspera. Os lábios de Valentine se curvaram quando seus olhos se encontraram. Os lábios com curvas claras estavam mais coloridos do que o normal e úmidos. Os olhos de Yohan foram impressos como em câmera lenta quando a ponta de sua língua vermelha lambeu seu lábio inferior.
‘Agora mesmo, que porra foi…’
Yohan balançou a cabeça confuso. O sangue de todo o corpo circulava rapidamente nas veias e o coração batia forte. Mesmo se ele não fizesse isso, a virilha que tinha acabado de ser tocada pelo joelho de Valentine tornou-se mais consciente e tensa.
‘Não…Não pense muito.’
Era hora de Yohan tentar se acalmar de alguma forma. Valentine perguntou em um tom leve.
— O que há errado?
— …Que?
— Sua expressão é engraçada.
Valentine estendeu a mão quando Yohan não pôde responder. Yohan não sabia, mas suas orelhas, incapazes de mentir, ficaram vermelhas.
— Ah…Não.
Yohan encolheu os ombros com a sensação dos dedos habilidosos em volta do lóbulo da sua orelha. Suas pálpebras compridas e estendidas tremeram. Olhando para Yohan, que não pode esconder sua inquietação, fixou o olhar relaxadamente em seus olhos e sussurrou em voz baixa.
— Não pense muito. Não dê ouvidos aos filhos da puta sem importância. E continue sendo apenas você.
Foi um momento em que a expressão de Yohan estava prestes a aliviar com as palavras confiantes de Valentine. A mão que pairava sobre sua bochecha desceu e envolveu seu pescoço. A pressão repentina na nuca congelou Yohan como se estivesse paralisado.
A mão de Valentine apertou sua nuca. Na estranha tensão, Yohan engoliu saliva seca sem perceber. Valentine com suas grandes mãos abertas no ar as balançou suavemente. É como se dissesse ‘não vou te machucar’. Sentindo um leve tremor, Valentine sorriu e escorregou suas mãos até às costas de Yohan.
— E, Yohan…
Seus olhos escuros piscaram lentamente como se ele o estivesse contemplando. Quando Yohan congelou diante da sensação desconhecida, Valentine inclinou a cabeça e disse em voz baixa.
— Tudo é perfeito com você.
— …O que isso significa?
Em vez de responder, Valentine sorriu suavemente e se inclinou para Yohan. Valentine descansou sua cabeça vagamente no ombro de Yohan, sussurrando suavemente em sua orelha vermelha brilhante, ainda pulsando.
— Apenas…Tem sido assim desde a primeira vez que te vi. Então, Independente de qualquer motivo, não me deixe, Yohan.
A expressão de Yohan mostrava seu ligeiro abalo com as palavras que soavam como se ele ansiasse por mais afeto de forma direta. Mesmo que Valentine estivesse calmo e centrado, houve momentos em que ele agia como se estivesse desarmado e retornado à sua infância. Exatamente como agora.
— Huh? Yohan…
Valentine se apressou em responder e esfregou a ponta de seu nariz na nuca de Yohan. O tom de voz estranhamente jovem era um jeito de Valentine que só podia ser visto por Yohan. Yohan colocou a mão, que estava no ar, nas costas largas de Valentine. Com as mãos nas costas de Yohan, Valentine as afundava cada vez mais em direção a parte inferior de Yohan. A tensão que o conduzia até agora já havia desaparecido.
— …
Deve ter sido porque ele já estava um pouco sensível demais, há algum tempo. Havia partes que não eram claras o suficiente para simplesmente pensar dessa maneira, mas o mecanismo de defesa instintivo o alertou para não pensar muito sobre isso. Yohan balançou a cabeça como se tentasse se livrar do desconforto que afetava suas costas e a parte inferior delas. Piscando os olhos em resposta para aquele que o olhava de baixo e exigia uma resposta, Yohan tossiu levemente.
— …Por que eu te deixaria?! Que absurdo.
Então um sorriso se espalhou pelo rosto de Valentine. Com os olhos semicerrados, ele esfregou a bochecha contra a nuca de Yohan, como se estivesse em um aegyo (N/T: Aegyo se lê ÊGUIO, significa se fazer de fofo, ter atitudes fofas.). Era como um grande gato.
Yohan encolheu os ombros devido as cócegas, mas não o afastou. Ele estava indefeso com o afeto direto de Valentine. O motivo era simples. Ninguém no mundo precisava dele tanto quanto Valentine. A afeição de Valentine, às vezes vista até mesmo às cegas, era um dos poucos suportes psicológicos em que Yohan podia se deleitar à vontade. Yohan se tornaria indefeso e fraco sempre que Valentine se apoiasse nele, forçasse ou exigisse.
Hoje isso estava acontecendo. Yohan brincou com o cabelo de Valentine com uma feição leve. Valentine, que estava quieto apoiado em Yohan, endireitou sua coluna, agarrou o pulso de Yohan e o fez se erguer. Seus olhos se encontraram, e Valentine sorriu e curvou sua cabeça. Com os lábios vermelhos deixaram um beijo nas costas da mão de Yohan.
— Porque você está fazendo isso?
Surpreso, Yohan puxou a mão. Então Valentine sorriu e o abraçou pela cintura. Suas bochechas brancas e macias estavam pressionadas contra sua barriga lisa. Um hálito quente soprou uniformemente pela camisa fina.
— Costas da mão ao invés de seus lábios?
— ….
— Vamos parar de pensar bobagens e ir para a cama.
— Ugh…!
***
Depois de terminar o que tinha a dizer, Valentine deu um abraço em Yohan sem nem mesmo lhe dar a chance de responder. Embora não tanto quanto Valentine, Yohan também era alto e tinha um físico bem equilibrado. Mas o poder de Valentine para erguê-lo levemente estava além do comum.
Yohan, que foi empurrado para a cama como estava, de repente foi envolto por um lençol. Valentine, que envolveu Yohan sem chance de escapar, riu maliciosamente como se estivesse satisfeito com seu trabalho. Então ele segurou Yohan firmemente em seus braços e o sacudiu com força.
— …O que você está fazendo agora?
Yohan, que de repente se tornou um casulo, não escondeu seus sentimentos absurdos. Valentine sorriu vagamente com seus olhos fechados.
— Durma rápido.
— Você vai me deixar dormir assim?
— Huh.
— Ei…solte— me Isso é desconfortável.
— Não. Hoje, farei o que eu quiser.
Depois de chorar como uma criança, Yohan finalmente caiu na gargalhada. Valentine também sorriu frouxamente e apertou o abraço que segurava Yohan.