Beije-me se puder - Capítulo 35
Josh piscou e se sentou. A razão pela qual conseguiu dormir bem e até tão tarde foi provavelmente por causa da desculpa do resfriado. Graças a isso ele se sentiu mais descansado.
“Estou feliz que o ciclo de calor não aconteceu”. Deu um breve suspiro de alívio que escapou à vontade, e logo se levantou da cama.
— Eh?
— Uh.
Quando abriu a porta e saiu para o corredor, Josh se encontrou com Isaac, que por acaso estava passando. Isaac correu e perguntou com alegria:
— Como está o seu resfriado? Você está bem?
Josh acenou com a cabeça e Isaac perguntou:
— O que aconteceu com você ontem? Mark estava muito zangado.
—…
— Bem… Nada. Está tudo bem.
Isaac também respondeu brevemente. Josh não perguntou mais porque também não queria falar sobre o dia anterior. Isaac abriu a boca enquanto continuavam caminhando juntos pelo longo corredor juntos:
—… O que aconteceu com C?
— O que aconteceu?
— Bem… — O tom de Isaac denotava ciúme.
Josh percebeu o que ele queria dizer, mas fingiu não saber. Isaac hesitou e depois falou novamente.
— C não saiu do quarto desde ontem. Então… Se você sabe de alguma coisa…
— Não, não sei.
Isaac estava curioso sobre uma coisa: por que cheirava a tantos feromônios? Isaac nunca obteria uma resposta a menos que fosse encorajado a perguntar diretamente. Claro, Josh não queria dizer a ele, mesmo se perguntasse diretamente. A conversa foi interrompida e os dois chegaram à sala de vigilância.
— Então eu voltarei a patrulhar…
— Oh, Josh.
— Sim?
Isaac o chamou como se tivesse se decidido, mas hesitou novamente. Josh esperou por um tempo, mas Isaac não deu mais sinais de querer falar.
— Se você quiser me dizer mais tarde, vá em frente. Estou indo agora! — Josh, que falou com simplicidade, se virou.
Atrás dele uma campainha tocou, seguido por Isaac, ele atendeu o telefone.
[Visitantes?… C deu permissão a você? Sim, vou te guiar…]
Josh saiu diretamente da mansão. Na forte luz do sol da manhã, tirou os óculos de sol do bolso. Tudo estava quieto, exceto que se podia ouvir o vento ocasional farfalhando as folhas. De alguma forma, sentia-se estranho em um mundo incrivelmente pacífico.
O que aconteceu no dia anterior parecia uma fantasia. O fato de ter feito isso com Chase, que Seth o flagrou como um Ômega, mesmo o que acabasse de acontecer, mesmo o que aconteceu um pouco antes… Seguramente não estava tendo um sonho ridículo como agora, certo? Enquanto estava perdido em pensamentos, um carro cruzou o jardim.
Uh?
De repente parou de andar. É um carro familiar. Piscou perplexo para o carro que passava na frente dele, parou na porta da frente da mansão. Então a porta do veículo se abriu e alguém apareceu do banco do motorista. Quando virou a cabeça, o rosto da mulher parecia tão surpresa quanto o de Josh.
Emma. Inconscientemente, repetiu seu nome em sua boca, a porta da frente se abriu de repente. Assim que parou e virou o rosto, Isaac, que logo apareceu, falou com ela:
— Oi, recebi sua ligação. Por favor, entre.
— Obrigada. — Emma deu um sorriso habilmente profissional.
Isaac, que se virou primeiro, levou-a para dentro de casa. Emma, que o estava seguindo, virou a cabeça. Seu rosto, em contato visual com Josh, tinha um sorriso mascarado. O significado era claro: falo com você mais tarde. Quando Emma virou a cabeça para Isaac, ela estava mostrando uma expressão gentil, como se fosse uma mentira.
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Chase estava de mau humor desde a manhã. Foi exatamente depois que abriu os olhos. Não, considerando o desastre, antes de dormir na noite anterior. Na verdade, não sentiu nenhuma mudança repentina em seu humor. Os motivos foram muitos: falta de sono, ódio de si mesmo, ser um neurótico. E uma reclamação de desejo.
Ele rangeu os dentes. Não conseguia suportar sua raiva depois de pensar relutantemente sobre o fator mais importante. Seus olhos estavam vermelhos e com raiva, mas não conseguia voltar a dormir. Depois de permanecer sentado por um tempo, Chase se levantou em um pulo e foi para o banheiro. O armário estava cheio de diferentes tipos de medicamentos. Depois de escolher alguns deles, pegou um punhado de comprimidos na palma da mão e despejou diretamente na boca. Foi necessário beber dois copos d’água da pia para engolir todo o remédio.
— Ah-ah-ah. — Chase olhou para frente, respirando pesadamente.
Havia um rosto pálido salpicado de água, lábios entreabertos, cabelo loiro emaranhado e olhos cansados. Ele tentou socá-lo, mas quase bateu no espelho sem perceber. Foi o toque repentino do telefone que o deteve na hora da crise. Depois de um tempo, a secretária eletrônica ligou e a voz do homem foi ouvida.
[Sr. Miller, está acordado?] Era a voz calma e profissional de um dos guardas costas.
Infelizmente, não era a voz do homem que manteve Chase acordado na noite anterior. Ele continuou falando:
[Senhor, a secretária de Pittman…]
Por um momento, Chase ficou em silêncio. Um guarda-costas o chamou do outro lado com um silêncio entre:
[Sr. Miller, você ainda está dormindo? Devo mandá-la de volta?] Se não houvesse resposta, desligaria. Quando a linha estava prestes a ser cortada, Chase agarrou o telefone da parede.
[Deixe-a entrar]. A linha foi cortada imediatamente, seguida de silêncio. Chase esfregou os olhos cansados com um suspiro.
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— Olá, Sr. Miller. Prazer em conhecê-lo. Emma Bailey. A secretária do Sr. Pittman. — Chase olhou para o rosto deslumbrante que acabara de ser habilmente apresentado em uma voz suave.
Era uma mulher bonita que poderia aparecer na televisão imediatamente. Tinha um corpo esguio e uma pronúncia perfeita. O nível de ser secretária de Keith Pittman parecia brilhar diante de seus olhos. No entanto, não respondeu muito. O rosto inexpressivo de Emma, ignorando o roteiro, manteve suas palavras calmas e preparadas com cuidado.
— Obrigado por ter vindo à festa. Culminou extraordinariamente…Sobre o que apareceu no meio do caminho*…
(T/N: Refere-se ao cachorro que apareceu repentinamente no meio da estrada.)
— Ele apareceu no meio do caminho? Do que diabos você está falando?
Emma parou com a primeira palavra que ele disse. Mas continuou suas palavras logo após manter um sorriso profissional.
— Estou aqui porque me pediram para revisar qualquer problema. Ouvi dizer que você teve um probleminha antes de partir. É comum que os convidados tenham problemas nas festas. — Emma adicionou de propósito de maneira significativa.
Chase não respondeu muito. Com o rosto seco e perplexo, Emma pensou que ainda estava meio adormecido. Não é que não fosse, pois os olhos de Chase estavam vermelhos e seu rosto estava cheio de fadiga, como se tivesse sido forçado a acordar. Vai me entender? Estaria em apuros se dissesse mais alguma coisa. Por outro lado, enquanto se preocupava, Emma continuou falando.
— Começará a filmar na próxima semana? Vim para lhe dizer que seria bom se você permanecesse fiel ao programa. Antes disso, gostaria que você terminasse todos os preparativos para entrar no trabalho. — acrescentou sem perder um sorriso. — Posso informar que não há nenhum problema? Dessa forma, as filmagens serão tranquilas conforme o programado.
Chase levantou a cabeça e olhou para seu rosto. Emma queria dar um passo para trás, mas em vez disso, sorriu diretamente na frente dele, fingindo estar bem.
— Todos estão ansiosos pelo trabalho do Sr. Miller.
De repente, Chase jogou fora o script que estava segurando. O som pesado de um folheto grosso soou fortemente contra a parede. Emma hesitou e logo fixou os olhos em Chase. Chase abriu a boca com um ar claro de aborrecimento:
— Só o diga para me deixar em paz porque ele já sabe… Vou esquecer o que aconteceu na festa.
— Obrigada. —. Com o comentário inesperado, Emma o cumprimentou com um sorriso cordial.
De qualquer forma, foi sorte para Emma que o oponente exigente disse que deixaria passar primeiro. Veio aqui, preocupada, pelo que fazer se encontrasse falhas novamente e demorasse mais tempo, como aconteceu na fase de contrato. “Se terminarmos o relatório desta forma, tudo estará acabado”. Emma terminou rapidamente suas palavras antes que ele mudasse de ideia.
— Se precisar de alguma coisa, sinta-se à vontade para me dizer. Então irei agora.
O jeito que falou pareceu um pouco rápido, mas conseguiu finalizar bem. Emma se virou para o final com um breve sorriso, como fez quando chegou. Apenas conseguia ouvir o som de seus saltos altos, graças aos seus passos.
— Acabou? — Perguntou Seth, que estava andando pelo corredor quando a encontrou. Emma ouviu sua voz e percebeu que era o homem que pediu autorização na sala de monitoramento.
— Sim, obrigado.
— Não se preocupe. — Seth disse com um sorriso. — Te levarei até porta principal.
— Oh, tudo bem. Eu posso ir sozinha. Obrigada.
Não podia fazer mais barulho quando foi rejeitado por um breve período. Seth sorriu sem jeito e se afastou. Emma acenou com a cabeça ligeiramente para devolver a saudação e se foi sem hesitação, deixando para trás o homem musculoso e bonito que estava longe de seu ideal.
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⟨Fim do capítulo 16 parte 1⟩
Continua»»»