Beije-me se puder - Capítulo 21

— Papai!

Assim que viu seu rosto, o menino que se encontrou com ele o segurou e não o soltou.

Ah meu anjo!

Josh abraçou o menino com força, sentindo todo o cansaço e o estresse irem embora. Pete esfregou os lábios no rosto de Josh, mas Josh não se importou. Então virou a cabeça para que pudesse beijar as bochechas rosadas e a testa de seu filho enquanto ainda o segurava. Abraçou o menino e entrou na casa.

— Josh, seja bem-vindo. — Sua mãe deu-lhe as boas-vindas e beijou-o em suas bochechas.

— Emma disse que chegaria tarde hoje. Ela deve ter saído para um encontro. —  Disse a mãe ocupada, indo e vindo da cozinha.

—  Quer ajuda? — Josh perguntou.

Ao sentir o doce aroma do bolo, aproximou-se para cheirá-lo, a mãe o repreendeu levemente.

— Não faça isso, parece que você está morrendo de fome. Farei algo para você se estiver com fome. Por que não tira os óculos escuros?

Incapaz de se esconder mais, Josh tirou os óculos escuros e levantou a cabeça enquanto ela falava. Quando o rosto que ainda tinha o hematoma foi revelado, os olhos da mãe se arregalaram ao vê-lo.

— Meu Deus, o que aconteceu? O que fez para se machucar? Você entrou para o exército de novo?

Josh sorriu sem jeito com as palavras urgentes de sua mãe.

— Não, é apenas a segurança das celebridades… É apenas um hematoma, não é grande coisa.

— Papai, está doendo? — Pete perguntou, olhando em seus olhos. Quando viu aqueles olhos verdes inocentes igual aos dele piscando, seu coração bateu com força

— Não, de jeito nenhum.

Josh era o único Ômega na família, e todos os outros eram Betas. Eram apenas sua mãe e irmã, mas graças a isso, as pessoas naturalmente pensavam nele como Beta. Josh ainda olhava para o rosto de Pete. A criança, que ainda é inocente, pode se expressar como um Alfa dominante, como Chase Miller fez, ou se tornar um Ômega como Josh, ou ambos podem viver como um beta pelo resto de sua vida. De qualquer forma, saberá disso antes dos 20 anos. É muito raro ocorrer uma mutação depois disso. A incapacidade de saber no que o menino vai se tornar o deixou mais assustado do que o esperado, ele ficou arrepiado ao pensar que esse menino encantador iria crescer, como Chase. Por favor, apenas se pareçam na aparência.

Antes que percebesse, o menino que escalou o corpo alto de Josh, subiu como se fosse um cavalo e o agarrou pela cabeça. A mãe se virou para olhar e disse a Josh, para que segurasse as pernas de Pete e mantivesse-as firme para que ele não se machucasse.

— Cuidado para não bater a cabeça de Pete…

— Sim, eu sei. — Josh falou friamente e beijou as panturrilhas gordinhas do menino.

— Então, quanto tempo são suas férias? — Perguntou a Josh.

— São apenas dois dias. Posso voltar amanhã à noite.

A mãe mostrou um sentimento de tristeza, mas seu olhar se voltou para Pete. Ao ver o menino já agarrado a ele, imaginou como seria o dia seguinte à noite. Ela balançou a cabeça e abriu os olhos como se tivesse acabado de se lembrar de algo importante.

— Ei, agora que pensei nisso, preciso de um remédio… Poderia ir buscar para mim? Traga algumas dessas coisas pelo caminho. Ainda temos que esperar mais ou menos uma hora para o bolo ficar pronto, então vá com Pete.

Josh assentiu enquanto recolhia a lista de compras de sua mãe. Tirando Pete do pescoço e o abraçando para que não batesse com a cabeça, o menino lutou para se levantar. Josh que segurava seu corpo com dificuldade, só depois que saiu é que deixou o menino fazer o que ele queria. Pete rapidamente agarrou Josh pelo ombro, subiu e montou novamente como se fosse seu cavalo.

— Hahahaha.

Sentindo-se melhor, Pete balançou os quadris e deu uma risada de criança. Em Boston, ele costumava andar pelas ruas com o filho nos ombros.

Josh deliberadamente parou o carro no estacionamento de um shopping center, a um quarteirão da farmácia, e começou a andar com o menino nos ombros pela primeira vez desde que saíra de Boston. Enquanto caminhava, ele frequentemente notava pessoas andando em carros ou arrastando seus cães. Pete ficou animado quando as pessoas passaram sob seu olhar.

— Papai.

Pete era infantil, tocando a cabeça de Josh com as mãozinhas e esfregando suas bochechas. Josh se sentiu culpado porque parecia tê-lo deixado sozinho por tanto tempo que o comportamento do menino era mais incomum do que o normal. Pete balançou e deu um tapinha na cabeça de Josh aqui e ali, mas ele simplesmente deixou passar.

Pouco antes de chegarem à farmácia:

— Pete, desça um momento.

O menino rapidamente se moveu para seus braços e eles entraram.

Pete ficou sentado em um dos braços o tempo todo enquanto pegava alguns itens da lista, após pegar o remédio de sua mãe. Não demorou muito para encontrar todas as coisas da lista de compras e colocá-las na cesta e depois ir ao caixa. A caixeira que viu Josh rapidamente veio ajudar e falou.

— O menino é tão lindo. — O jeito que ela o olhou com um sorriso foi cheio de bons sentimentos. Josh não teve escolha a não ser beijar a cabeça de Pete em seu braço.

— Sim?

— Sim, acho que vai ser mais lindo quando crescer.

— Obrigado.

Josh colocou as notas na fenda e pegou um pequeno troco.

— Obrigado Hannah.

Quando a cumprimentou usando o nome na etiqueta de identificação, o rosto da caixa se iluminou. Josh, que se virou, hesitou porque encontrou um rosto familiar.

— Emma. — Sorriu e caminhou até sua irmã. — Ouvi dizer que você se atrasaria, mas por que está aqui?

Emma se aproximou de seu irmão com um sorriso.

— O compromisso foi cancelado. Parei porque minha mãe pediu para comprar algo… Embora Josh já o comprou. — Emma deslizou o cotovelo para o lado de Josh. — Pare de seduzir garotas, seu patife. Quer vir e fazer isso na sua cara?

— O que eu fiz? — Josh insistiu em sua inocência, mas Emma não se deixou enganar.

— Você tem que esconder, certo? Há uma marca, se soubessem que você é Ômega, muito menos mulheres falariam com você. Você não gosta, certo? Homem mau, homem mau.

— Você não pode dizer isso. — Josh pisoteou o seu pé com força, olhando para Emma. ​​— Tenha cuidado com o que você diz na frente da criança. Eu só não tenho que revelar, isso interfere no meu trabalho.

Josh deliberadamente moveu o menino para evitar aprender palavras inúteis.

Pete começou a brincar com a cabeça de Josh novamente. Caminhando lado a lado, Emma abriu a boca:

— Vale a pena o trabalho? Parece que você recebe muito dinheiro, mas é um trabalho muito árduo.

<Fim do capítulo 11 parte 1>

Continua>>>>