A Tatuagem de Camélia - Capítulo 19
Houve alguma alegria ou deleite em vir para esta terra congelada, separada do país próspero?
Mesmo assim, Amber fez o melhor que pôde em seu papel.
Igmeyer ficou grato e comovido com os esforços de Amber, esperando que ela não vendesse o que possuía.
Então,
— Depois, pode ser tarde demais!
— ?
— Igmeyer, será tarde demais depois. Se há algo assim aqui, vamos fazer agora. Podemos começar quanto antes!
As bochechas de Amber ficaram vermelhas de excitação.
Na verdade, ela estava em um estado de excitação avassaladora.
‘Há tanto lingote de ferro Litton!’
A batalha final significou o dia fatídico em que todo o norte sacrificaria tudo para matar o dragão maligno Nidhogg. Não apenas enfrentando os monstros caindo do portão, mas invadindo seu covil e cortando a cabeça do monstro.
Era um desejo antigo do norte e um dever do Grão-Duque de Niflheim ao longo das gerações.
Mesmo que não pudesse ser alcançado imediatamente, era algo que deveria ser alcançado algum dia.
Para esse propósito, Niflheim vinha se preparando há gerações… ou assim parecia.
‘Hum.’
Amber afrouxou a mão que apertava no antebraço de Igmeyer.
Algo estava errado, ela não conseguia identificar o que era. Era uma contradição visível para ela, tendo vivido duas vidas.
‘Com tanto ferro de Litton, por que eles não reuniram os ferreiros naquela época?’
Igmeyer, sem dúvida, se arrependeu profundamente.
Entretanto, mesmo depois que o terrível ‘Rugido de Nidhogg’ terminou, ele ainda não abriu este armazém.
Mesmo que não demonstrasse interesse nos assuntos do castelo, ela teria notado se os ferreiros tivessem sido chamados e feito alguma coisa.
Ela não era tão alheia assim.
‘Não entendo. Por quê?’
Se ela fosse a Grã-Duquesa, ela teria imediatamente ordenado aos ferreiros que fizessem armas assim que tal evento fosse concluído. Mesmo no caos da recuperação dos danos, ela teria separado os ferreiros para fazer as armas.
Igmeyer também teve o discernimento de não lhe faltar.
‘Além disso, ele tem um forte desejo de vingança. E não há escassez de ferro. Por quê?’
Refletir sobre sua personalidade apenas aprofundou o mistério.
Pelo que Amber sabia, Igmeyer era um homem que iria sozinho matar um dragão. Ele tinha esse tipo de determinação ou teimosia.
Em resumo, era difícil explicar. Tudo o que parecia fazer era se arrepender.
— Não sei o que você quer fazer de repente, mas concordo que é tarde demais depois do evento.
Igmeyer curvou-se e pegou um pedaço de ferro da pilha. Ele jogou o objeto pesado como um brinquedo e o pegou enquanto seu rosto estava imerso em pensamentos.
— Como não sabemos quando será a batalha final, esses lingotes de ferro devem ser cuidadosamente armazenados até que chegue a hora. Foi o que o antigo Grão-Duque me disse.
— Sim.
— Mas… por que tem que ser assim? Pensando bem, é estranho. Sinto como se tivessem me feito uma lavagem cerebral sem perceber.
Seu tom era alegre, mas o conteúdo escondido ali estava longe de ser leve.
Amber engoliu em seco, sentindo a boca seca.
— Você está dizendo que há algum tipo de feitiço na linhagem? Para apenas coletar ferro?
— Bem… não é um feitiço em certo sentido.
Ela não tinha certeza do que ele queria dizer.
Então, como se entendesse isso, ele acrescentou algumas palavras.
— Existe uma profecia entre nós.
— Sim. Foi por isso que nos casamos.
Um filho nascido entre uma nobre dama da terra da abundância e um homem governando a terra do gelo exterminaria o dragão.
Mesmo com os olhos fechados, Amber conseguiu recitar aquela frase.
— Por gerações os Grão-Duques de Niflheim têm um sonho específico no dia da sucessão. Nesse sonho, alguém diz a eles para reunir ferro e armas para se prepararem para o dia final.
— ….
— Mas de qualquer forma, se nosso filho vai matar Nidhogg, não podemos usar esses lingotes de ferro de agora em diante? Só precisamos confiar nele, certo?
Era fascinante que houvesse um sonho passado de geração para geração, mas Amber não se incomodou em perguntar sobre ele. O que importava agora era a decisão de usar esses lingotes de ferro, então ela simplesmente deixou o assunto da criança de lado.
Afinal, se eles não conseguissem evitar esse incidente, o filho que ainda não nasceu e eles enfrentariam a morte.
— Aprendi que o ferro Litton resiste bem às chamas.
— Sim. É o mais caro e o melhor entre os metais.
— Você fará as espadas para os cavaleiros de elite primeiro?
Só com isso, as chances de sobrevivência de Raphael aumentariam drasticamente.
‘Se ele apenas fizer as espadas, terei feito tudo o que pude.’
Pensando assim, Amber finalmente se sentiu um pouco aliviada.
O aperto no peito diminuiu e Amber soltou um longo suspiro.
— Hum.
Então, com os olhos semicerrados, Igmeyer examinou Amber.
— Algo parece um pouco estranho.
— O quê?
— Por que você está se esforçando tanto para preparar espadas para os cavaleiros? Há alguém que você deseja que não morra?
A voz de Igmeyer tinha um tom suspeito.
Amber piscou, inclinou a cabeça e finalmente falou.
— Claro, eu não quero que ninguém morra. Espero que retornem em segurança… Não, espero que todos eles retornem vivos.
— Não está tentando proteger alguém específico?
O braço grosso e forte de Igmeyer envolveu a cintura fina de Amber.
Naquele momento, Amber, que agora estava pressionada contra ele, olhou fixamente em seus olhos vermelhos intensamente ardentes, como se tentasse ver seu coração.
Era difícil entender por que ele a procurava com tanto ciúme, quase como se implorasse por algo.
— Não existe tal pessoa. Se existisse, seria você. Seria difícil sem você, aquele que será o pai do meu filho.
Assim, Amber expressou calmamente seus pensamentos.
Não foi uma declaração inventada ou exagerada, apenas seus sentimentos sinceros expostos, puros e simples.
Sem nenhuma embalagem, sua sinceridade pura voou direto e se alojou no peito de Igmeyer.
— Ah… Estou com problemas.
Ele fez uma profunda reverência, pressionando a testa contra o ombro de Amber, emitindo sons de angústia.
‘Essa mulher ao menos sabe o que está dizendo?’
Para se tornar o pai da criança. No final, não era uma proposta para fazer um bebê?
Apesar de nutrir pensamentos negativos sobre ter filhos, Igmeyer não tinha intenção de perder essa oportunidade.
— Igmeyer?
— Sim.
— Só um momento, hup!
Ele explorou a área que Amber sentia.
Subindo a curva graciosa da cintura dela e pressionando a espinha com o polegar, ela estremeceu.
É como provocar intencionalmente um pássaro fofo, e ele também gostava do cheiro dela. Ele podia enterrar o nariz o dia todo sem se cansar. A fragrância sutil misturada com o cheiro natural dela fazia sua boca salivar toda vez que ele sentia o cheiro.
Parecia que ele era um predador faminto que não comia há dias e não conseguia devorá-la rápido o suficiente.
— Não sei por que fico assim.
— Sim, ah! Aqui, aqui não…
— Sempre que te vejo, fico sem fôlego.
As palavras careciam de eloquência.
Ele parecia realmente trancado, ou melhor, preso.
De qualquer forma, não queria ficar longe de Amber. Fosse apego irracional ou obsessão, não se importava, contanto que não tivesse que deixar ir e pudesse mantê-la em seus braços.
No entanto, se lhe perguntassem se ele a amava, poderia balançar a cabeça confiantemente. Seria loucura.
Era profundo demais para ser descartado como um mero impulso sexual ou considerado apenas uma paixão.
Como se essa emoção estranha estivesse pairando no fundo do seu peito por muito, muito tempo.
— Ah, Igmeyer. Não aqui, aqui. Ugh, haah!
Perdido em devaneios, ele mal conseguiu se recompor diante da insistência de Amber enquanto massageava seus seios.
Assim que o fez, uma única frase que parecia ignorar a educação refinada de um membro da realeza e chocaria qualquer nobre bem-educado saiu de seus lábios.
— Quero colocar uma joia no seu mamilo.
— !
— Claro, no seu clitóris também. Se isso pudesse te dar alguma sensação de estabilidade, sabe?
Observando os olhos dela se arregalando em choque, ele riu de brincadeira. Ele realmente quis dizer isso, mas disse de forma brincalhona para evitar levar um tapa.
— Você é louco, é um verdadeiro pervertido. Como pode dizer essas coisas…!
— É brincadeira. Eu sei. Eu não vou fazer isso de verdade, mas… bem, seria legal se você furasse para mim.
Amber deu um tapa forte no peito dele e, mesmo assim, ele ficou excitado.
Ele mordeu sua orelha redonda e bonita, varrendo sua pele com a língua. Isso a fez perder força nas mãos. Eventualmente, desistiu e se rendeu ao abraço dele.
Beijando-a no rosto algumas vezes, ele olhou maliciosamente em seus olhos.
Ele teve uma ideia muito interessante.
— Já que começamos com essa conversa lasciva, que tal irmos até o fim?
— O que…?
Amber olhou para o marido com os olhos turvos. Seu corpo inteiro parecia coçar como se ela estivesse ficando louca.
Não era a pele dela, era sua vagina… Seu buraco estava coçando.
Apenas coçar com um objeto grande e grosso poderia proporcionar algum alívio, mas como isso não aconteceu, suas costas se torceram e a tensão aumentou em suas coxas, fazendo com que suas pernas tremessem.
‘Mas… mesmo assim, mesmo assim, isso deve ser feito na cama.’
Conforme os padrões de Amber, relações íntimas deveriam acontecer no quarto ou talvez no banheiro. Fazer qualquer coisa explícita em outros lugares era inimaginável.
No entanto, Igmeyer sempre ultrapassou seus limites.
— Vamos fazer isso aqui, sobre as moedas de ouro.
Sussurrando provocativamente, ele pressionou os lábios no pescoço dela. Movendo-se gradualmente para baixo, ele mordiscou delicadamente sua clavícula, deixando um rastro.
— Será uma experiência inesquecível. Eu prometo. Vou me certificar de fazer bem gostoso.😳😳
(Elisa: Me segurando para não dar spoilers)
Continua…
Tradução: Elisa Erzet